sexta-feira, 30 de abril de 2010

Nota ao mercado de comunicação

Sermões aos peixes...só do Padre António Vieira...

Cameron favorito

Depois de ontem ter suplantado um Brown cansado, David Cameron é o favorito para ganhar as eleições britãnicas.

Assim partiu, e apesar do surgimento fortíssimo de Clegg que podia dividir, o líder conservador tem todas as condições para ganhar.

Foi um discurso de mudança apresentado nestas eleições, mas ainda é uma incógnita saber se os Tories estão mesmo preparados para essa mudança.

Denoto que o tema imigração esteve fora do debate eleitoral, quando se sabe que a sociedade inglesa é a que está mais aberta a quem vem de fora.

Porém, registar que, em termos de comunicação política, o "change" continua a ser um jargão que marca eleitorado.

PS: ontem com a publicação antecipada da sondagem bati todos os recordes de entradas neste blog. Agradeço, em primeiro lugar, ao Rodrigo, depois ao João, ao Nuno, ao Afonso e ao Vasco os links que fizeram.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sondagem de amanhã dá PSD na frente

É uma excelente notícia para o Pedro Passos Coelho e boa para as tropas do PSD que estão entusiasmadas com a nova liderança.

Uma sondagem a publicar amanhã vai dar, ao fim de muito tempo, o PSD em vantagem. Segundo o estudo de opinião da Marktest para Diário Económico/TSF os resultados são os seguintes:

PSD 39,8
PS 34
BE 8,3
CDU 7,2
CDS 4,5

E mostra que, primeiro, o caminho de unir agradou aos portugueses; segundo, o discurso da credibilidade marca pontos, terceiro, que os sinais negativos da nossa economia marcam Sócrates.

Mourinho

É muito difícil escrever mais elogios sobre esta personagem genial que compreende, como poucos, o que é liderança e comunicação.

Ontem, mais um passo de um dos melhores treinadores de sempre, que pôs um Inter, apenas razoável, na final da Champions, á frente do campeonato e na final da taça de Itália só este ano.

O El País dizia que José Mourinho foi «protagonista e estratega como é a sua personalidade» e retirou toda a pressão aos seus jogadores.

Quem tem auto-confiança não tem medo de assumir os riscos e tornar-se o centro das atenções. Com isso, os ódios são atraídos para si e a sua personalidade é a catalizadora de vontades e ambições.

Pessoas assim, é fácil de caracterizar: ou se amam ou se odeiam. mas nunca passam despercebidas.

E aquela corrida por Camp Nou é um prodígio de comunicação. Lembram-se que no Porto fez o mesmo em Manchester? Pois bem, aquela corrida vitoriosa de ontem conquistou definitivamente o Real Madrid.

O risco Espanha

Na terça-feira, no hotel Tivoli, durante o primeiro almoço do International Club of Portugal, Mira Amaral foi premonitório.

Aí vinham as agências de rating dar mais uma cacetada em Portugal e mais um momento difícil para as bolsas europeias.

Mas alertou mais para o seguinte: isto é como um pequeno fogo que vai crescendo e o próximo país a ser atingido será Espanha.

O problema é que a União Europeia pode suportar o problema grego e português, se assim a Alemanha o entender, mas Espanha não terá possibilidades para isso.

Ontem as agências de rating também baixaram o estatuto de Espanha, quando se sabia que o desemprego é mais de 20% aqui ao lado e ele é um dos nossos principais mercados exportadores. O risco maior é Espanha.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Oráculo (34)

«Viver não é esperar a tempestade passar, é aprender como dançar na chuva»

Segundo a Tathá Rodrigues, minha amiga do facebook, frase de autor desconhecido. Mas aproveito para desejar felicidades a quem passa por momentos difíceis.

O mau dia de Cameron e os milagres do Spin

Em campanhas eleitorais, ser confrontado por um pai com um filho portador de deficiência é terrível.

Quando isso abre todos os telejornais, pios ainda. E quando o seu partido ainda tem de expulsar um candidato por ser homofóbico, aí está como se arrisca a perder as minorias.

Foi o que se passou com David Cameron, em Inglaterra, como ainda pode ler melhor aqui. Por algum motivo, as sondagens dão todas as minorias perto dos Liberais-Democratas.

Este cocktail de más notícias pode ter influência nefasta sobre os Conservadores que ainda não conseguiram provar que mudaram na sua mentalidade.

E recordo uma história péssima para um candidato, aqui em Portugal. Numa eleição um candidato, há uns anos atrás foi confrontado por um homem em cadeira de rodas, algo que surgiu nas televisões em Portugal.

O problema é que dois dias depois, esse mesmo homem estava, de pé, com uma bandeira ao ombro a apoiar o candidato rival. É o que se chama milagre de "spin doctor".

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ninguém investiga o mercado?

Há certas coisas que o mercado tem de trabalhar para melhorar. E falo do mercado de conselho em comunicação em geral, não é nenhuma crítica à APECOM, até porque muitas agências não estão ali associadas.

É muito importante conhecer os verdadeiros accionistas das empresas. Repito, os verdadeiros accionistas das empresas profissionais de conselho em comunicação.

E porquê? Porque se vão percebendo melhor diversas coisas, não só conquistas de clientes mas também certos trabalhos que envolvem esta área de actividade.

Quero deixar uma pista: imagine-se uma empresa que tem um sócio verdadeiro e outro fictício, do verdadeiro não há nada a dizer.

Agora,quando muitos sabem que o fictício representa determinada pessoa A, e essa pessoa A tem um razoável salário para Portugal, mas apenas razoável, e compra uma casa por mais de um milhão de euros não está tudo dito?

Ninguém investiga nada? O mercado não é polícia, nem agente judicial, mas suspeita. E as suspeitas são legítimas. E como é que o mercado reage? Aguarda as migalhas do poder?

Marketing da cadeira do Papa

Há grandes manobras de comnunicação e marketing que às vezes passam despercebidas. A Feira do Móvel de Paços de Ferreira criou um magnífico momento para a sua promoção.

É que a cadeira onde se vai sentar o Papa Bento XVI na Missa da Avenida dos Aliados no Porto, está a ser contruída ao momento durante esse certame que se realiza na já muito falada capital do móvel (esta foi uma manobra plenamente conseguida, como por exemplo, também, a cereja do Fundão).

Esta notícia é do Correio da Manhã de hoje, que ainda chama a atenção do carpinteiro se chamar José, a quem já chamam na terra «o outro carpinteiro José». A peça ficará depois exposta no Paço Episcopal do Porto.

Não sei quem foi o criador deste momento, mas isto é boa comunicação da Feira do Móvel.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Terceiro Homem

Não vou falar do mítico filme de Carol Reed, que juntava em Viena, Orson Welles e Joseph Cotten e tinha uma música que fica na história do cinema.

Falo de como os media adoram dar atenção quando surge um terceiro homem, numa corrida eleitoral que, à partida, se joga entre dois.

Em França, nas últimas presidenciais, o espaço mediático foi tão ocupado, na primeira volta, pela dupla Sarko-Ségo bem como François Bayrou.

Agora, em Inglaterra, Nick Clegg é o factor divisor de uma sociedade bipolarizada e a surpresa desta jornada. E a prova de que as sociedades gostam, em determinadas alturas, de algo novo.

Clegg está no mesmo campeonato de brown e cameron. mas não está noutro campeonato: o do apoio dos grupos de media. É que em inglaterra os jornais tomam partido e anunciam quem apoiam. É salutar para a democracia.

E uma nota: Rupert Murdoch, o barão dos media, apoia Cameron, como antes apoiou Blair.

sábado, 24 de abril de 2010

Oráculo (32)

«Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida»

Séneca

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sensation 2010

A Special One irá trabalhar o Sensation 2010, a sua primeira edição ibérica, e que é um dos melhores eventos do mundo.

De certo recordam-se que foi o evento que coloriu de branco o pavilhão Atlântico, e o encheu, o ano passado. E nas audiências da SIC Radical, só a Amy whynehouse o bateu.

É um evento de luxo, "premium", que traz alegria e é um momento inesquecível, algo de que falei ontem.

Deixo aqui um "trailer" do evento para despertar ainda mais o desejo de estar presente e conto com todos os leitores deste blog e amigos do facebook lá.

Oráculo (31)

«Não há montanha sem névoa, nem mérito sem calúnia»

Miguel cadilhe

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Life Emotions

No conselho em comunicação uma vertente a ter sempre em conta, e cada vez mais, é a área das coisas boas da vida.

Não a criação do evento em si, mas o desenvolvimento do conceito e a sua promoção mediática.

Criar movimentos, envolver tribos, conseguindo momentos únicos que servem, naturalmente, para a projecção das marcas envolvidas directamente ou as que surgem como sponsors.

São Life Emotions. É um factor de diferenciação que, quando tem por objectivo ser “Premium” se tornam marcantes para quem os vive.

Em tempos de saturação de micro-eventos ou de eventos de qualidade média duvidosa, criar algo de novo pode ser decisivo.

O mercado diz, hoje, que as empresas têm dificuldades, mas quando a ideia é boa há sempre uma folga no orçamento para quem vê uma boa oportunidade num momento que pode ser inolvidável.

E qual é a pessoa que não gosta de viver momentos inesquecíveis?

PS: há uns tempos atrás, uma senhora costumava-me sempre dizer: «tu nunca dás ponto sem nó»...

A Inês que pague a viagem

É uma das anedotas da política portuguesa e uma das que mais danifica a imagem do nosso parlamento.

Inês de Medeiros foi uma flor na lapela das listas socialistas, para piscar o olho à cultura.

Integraram-na nas listas do PS por Lisboa. E aqui tudo bem. Agora a senhora justificar que vive em Paris e a AR atribuir-lhe subsídios especiais e pagar-lhe as viagens para ela passear nos Champs Elisées em vez da Avenida da Liberdade é ridículo.

Se quis ser deputada, tem de assumir essa despesa, que aliás já é bem remunerada. Se está na política é para prestar um serviço público não é para passear ás custas do povo.

No facebook já existem grupos contra esta decisão de Gama e bem. As redes sociais servem também para o direito à indignação. A Inês que pague as suas viagens. Se não, é um triste capítulo do nosso parlamento e uma vergonha para a nossa política.

Registo que como a AR nunca aceitou a creditação das agências de comunicação, a LPM (a primeira a fazê-lo) e outra (por minha intervenção e ideia) pediram-na, apesar disso, ninguém que apareça a dizer que isto são as manobras do lado negro das agências. É que isto é tão mau que tem mesmo vida própria.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A comunicação de Paulo Sérgio

Hoje, estive atento à maneira como Paulo Sérgio, o novo treinador do Sporting, fez as primeiras declarações e o que se escreve sobre ele.

Primeiro ponto: gosto de Paulo Sérgio. Considero-o um discípulo de Jesus, duro e próximo dos seus jogadores, com uma polivalência táctica que lhe permite mexer durante o jogo usando vários sistemas. Joga futebol de ataque e vistoso e isso é que me interessa. E tem a ambição dos jovens lobos.

É muito melhor treinador que Domingos (trabalhinho herdado de Jesus), Villas-Boas (uma incógnita)e Jorge Costa (uma nulidade). Mas se viesse Manuel José, Cajuda (mais pelo personagem), José Peseiro (o melhor treinador do Sporting nos últimos anos), Adriaanse, Spalletti ou Guidolin também ficava satisfeito.

Segundo ponto: o discurso tranquilizador de motivação e vitória é um bom sinal. Com confiança nas suas capacidades em que a frase «nunca precisei de um empresário enquanto jogador e treinador» é muito significativa. Discurso positivo.

Terceiro ponto: a imagem de toureiro/forcado. Solidário, sem medo, confiança, ele que, segundo o "Jogo" é amigo de um dos melhores forcados que vi pegar: Carlos Teles. E que cuidava do físico com os atletas do Vilafranquense, onde conheceu Paulo Sérgio. E uma costela ribatejana, o que é sempre bom (descontando os ribatejanos vigaristas).

Quarto ponto: a minha memória ajuda-me a recordar a primeira entrevista que deu enquanto treinador do Guimarães. Disse: «não é preciso vestir Prada para se ser um bom treinador». Mas reparei que desde que trocou o Paços pela cidade-berço abandonou os bonés, aparou o cabelo, rendeu-se a fatos. Enfim, como Jesus começou a fazer em Braga.

Duas notas finais: eu acredito em Paulo Sérgio e ele não se pode esquecer que o director-desportivo veste Prada.

Oráculo (30)

«Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito»

Clarice Lispector

terça-feira, 20 de abril de 2010

Rodrigo Saraiva na Next Power

Depois de já ter falado na Joana, quero dar uma palavra pela pesca do Rodrigo Moita de Deus na LPM com a aquisição do Rodrigo Saraiva.

Se há pessoa que eu fiquei a conhecer no mercado de comunicação e gosto é o Rodrigo. Muito atento e profissional, bom RP, um diplomata e bom rapaz.

Desejo felicidades e estou satisfeito pela Joana e ele estarem na Next Power. Era o tal casamento do dia das mentiras: Buzzofias/PiaR.

Vamos ver se haverá mais novidades em breve relativamente a estes blogs. Da minha parte ficaria muito satisfeito também.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Sevilha: Feira de Abril

Tenho fortes laços com uma das mais belas cidades espanholas. Sevilha foi o primeiro destino de viagem com os meus pais, depois um dos meus melhores amigos (que apresentei à concorrência na sexta-feira) viveu lá dois anos, já lá fui mais vezes e tenho lá amigos agora.

Tirei uma foto com 12 anos junto ao cartaz do "cambio" de Felipe González e vi a última actuação do Faraó, Curro Romero, na cidade que muito o adorava.

Viver Sevilha é desfrutar dos melhores tempos da nossa vida. Ambiente intenso, calor fantástico, cores lindas, mulheres "guapisimas".

Ver a Praça de Espanha, visitar a Macarena, passear junto ao Guadalquivir, estar com amigos em Salvador, ir ao Matisse ao fim de tarde ou à "terraza" do EME e depois, agora, ir ouvir flamenco ao Los Cabrera significa qualidade de vida.

É tempo da feira de Abril - e quem fala de Sevilha e nunca entrou na Feira ou não conhece ninguém ou é um "hortero" - ver tudo com as suas melhores roupas, as mulheres à sevilhana, a intensa vida das "casetas", é uma alegria.

E ainda há touros, para quem é aficionado. El Juli levou 3 orelhas (podiam ter sido 4 e abriu a Porta do Príncipe da Real Maestranza. Manzanares e Castella, ontem, uma. E espero Morante hoje.

Na Aplausos desta semana, uma revista de tauromaquia deixo este texto do editorial: «Abril es Sevilla. Parecen hechos tal para cual. La luz, la ilusion, el estreno, la primavera, el optimismo, la fiesta, la feria...Llega Abril y apetece ser torero».

Reputação

Lia ontem um artigo de Moises Naim, no El Pais, sobre os problemas, e como os enfrentaram, de Tiger Woods, Toyota e o Papa.

Fiquei a saber, sobre um estudo realizado pela Oxford Metrica, que há 20 anos a probabilidade dos quadros superiores de uma instituição terem de enfrentar um escãndalo que manchasse a sua reputação era de 20%. Hoje, é de mais de 80%.

O mundo mediatizado, a possibilidade de qualquer pessoa fazer notícia e, logo, manchar a reputação de alguém está ao virar de cada esquina.

Há quem se dedique a isso, até no mercado de conselho em comunicação. Dizer mal, inventar mentiras para apagar o ressentimento e as suas próprias mediocridades e fracassos.

Hoje, a reputação é um bem escasso, mas os pusilânimes florescem na cobardia das mentiras que inventam. É um mal dos tempos e algo que os profissionais da comunicação têm de estar preparados para enfrentar.

domingo, 18 de abril de 2010

Fini

Gianfranco Fini é um dos melhores políticos italianos, estratega brilhante e astuto.

Iniciou a sua demarcação de Berlusconi e de Bossi, porque entende que o centro-direita moderno não pode ficar refém de «cesarismos» e de falta de debate.

Fini é um descendente do MSI (os discípulos de Mussolini) e depois da Aliança nacional, que soube conduzir para uma linguagem centrista e de discurso sério e credível.

Este ensaio de Fini pode implicar novas eleições no país politicamente mais instável da União Europeia e que deixou, há muito, de estar na vanguarda das grandes decisões. É algo a seguir.

Oráculo (29)

«Os políticos deviam ler obras de ficção científica, em vez de westerns e histórias de detectives»

Arthur C. Clarke

sábado, 17 de abril de 2010

Oráculo (28)

«O mais importante em comunicação é ouvir o que não está a ser dito»

Peter Drucker

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Green Zone

Para quem quer ir ao cinema no fim-de-semana deixo uma sugestão: Green Zone.

Mais uma associação de Paul Greengrass e Matt Damon, os de Jason Bourne, mas desta vez no Iraque.

Eu já vi o filme, se se chamasse a Verdade da Mentira estava bem escolhido o título. É sobre os enganos no envolvimento na Guerra do Iraque, e com uma personagem fascinante que é a do tradutor de Roy Miller (Damon), que é a apenas a voz do povo iraquiano. Vejam que vale a pena.

Mario Conde

«Ahora, Mario, vas a ir a la celda. Comprendo que el primer encuentro puede ser desestabilizador. Te ruego que no te vengas abajo y que procures leer para evadirte. Al ver el sitio donde vas a vivir es muy posible que..en fin..., no te preocupes porque te sobrepondrás enseguida. Por eso, por favor, lee y no pienses demasiado. Mañana será otro dia».

Começa assim com esta invectiva do director da prisão o livro que é um sucesso em Espanha, sobre a passagem de Mario Conde pela prisão.

Conde foi o símbolo de uma nova Espanha, que adorava o risco, que gostava de investir, que se modernizava. Liderou um banco, esteve na política, na comunicação social, onde ajudou a construir o El Mundo e fundou uma revista a MC.

Num ápice, na vertigem do sucesso, Conde foi invejado e logo abatido pelo poder socialista. Neste livro, Conde reproduz memórias e conversas, nomeadamente uma com D. Juan Carlos, sensacional.

Um livro interessante que reproduz «ese trânsito forzoso entre la gloria y la cárcel, entendiendo, claro, la finanza como gloria y la cárcel como abismo de lo insondable».

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Grande Reportagem (II)

Esta terça-feira, foi para o ar mais uma edição do programa 30 minutos, na RTP.

Foi, mais uma vez, magnífico o trabalho da Rita Marrafa de Carvalho, na reportagem desta semana, sobre a Eza e a sua história.

Estão de parabéns o Colégio António Aurélio, que pertence à Casa Pia de Lisboa, pelo trabalho que desenvolve todos os dias, e a Rita, que é uma das jornalistas com mais talento da televisão, com uma sensibilidade especial para histórias de vida como a da Eza.

Aqui fica o link do programa, que depois da semana passada ter sido o 3º programa mais visto, esta semana foi o quarto, mesmo em dia de derby.

PS: De parabéns está também a Special One, Inês Saraiva.

Joana Mil-Homens na Next Power

Uma notícia que já é oficial, pois publicada na Briefing (edição em papel). A Joana trocou a Pure pela Next Power. Gostava de ter sido eu a dar em primeira mão, mas aguardei.

Fico muito satisfeito com a entrada da Joana no grupo LPM, onde irá trabalhar na nova empresa comandada pelo Rodrigo Moita de Deus.

Ela fazia parte do meu "dream team". Trabalhou bem na YoungNetwork, na Pure deu show, por exemplo, com a Poker Stars.

É uma excelente consultora, com uma vertente criativa e também estratégica á flor da pele, e tenho a certeza que será bem enquadrada até porque é bom trabalhar com o Rodrigo que é uma pessoa inteligente, de valor e muito divertido.

Grande aquisição e desejo muitas felicidades naturalmente à minha amiga.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A banalização da mediocridade *

Há pouco tempo, um director de uma empresa dizia-me o que achava ideal para Portugal. Mais trabalho, maior produtividade, reconhecimento do mérito, mudança de sistema político e revisão do sistema e do nosso aparelho na Justiça.
Registo para quem tem memória que o melhor Procurador Geral da República que tivemos, apesar de muito polémico, foi Cunha Rodrigues. O que dá de imediato a ideia da péssima figura que Souto Moura e Pinto Monteiro têm dado das nossas instâncias judiciais.
No capítulo da política e do nosso sistema, registo uma frase de Adelino Maltez que dizia que em Portugal «se assiste à banalização do mal». O que releva que os tempos são de cansaço, descrédito e perplexidade com tudo o que envolve o nosso sistema de poder.
Em Itália houve uma operação “Mãos Limpas”, por cá já ouvi alguns falar nisso. Mas esse é mais um sintoma do radicalismo com que a populaça observa a salivar cada uma das histórias sinistras que envolvem políticos e outras personalidades que se envolvem com eles, como é o triste caso de Luís Figo que se deixou enredar numa trama de que as conversas entre Paulo Penedos e Marcos Perestrelo dão conta.
Portugal começa a habituar-se, de facto, ao mau, por cá não é o triunfo dos porcos é o triunfo dos medíocres, dos carreiristas, dos que nada fazem para chegar a um poder que lhes é dado por serem os serventuários das personalidades mais famosas.
Continuo a adorar o nosso país, a nossa cultura, a nossa maneira de ser, mas continuo a achar Portugal um país medíocre. Sem brilho, com memória passada mas preso no fado. Triste e pejado de carpideiras.
Há verdadeiramente muito pouco de novo em Portugal. O mérito é de quem é vigarista, chico-esperto, sabujo. Sempre foi assim. Deixámos de produzir “reis” fortes – já não existe um D. João II – e só nos sai Sebastiões ou D. Afonso VI ou D. Sancho II. Os nossos “reis” são fracos e medíocres.
Não existe uma estratégia portuguesa, não há visão global, vivemos carregados de contabilistas e produzimos muito poucos gestores com rasgo e génio.
Portugal não pode continuar assim. Precisamos de gente mais qualificada, que leia mais, que conheça mais o mundo. Pois continuamos provincianos e nada cosmopolitas.
Portugal perde todos os anos para os últimos países a aderirem à União Europeia. É uma vergonha.
Seguimos resignados a dizer: «é o que temos». Está errado não podemos pactuar com o mau nem tergiversar face ao medíocre.
Portugal precisa de uma nova esperança e de uma nova alma. Vamos ver os próximos capítulos.

*Artigo Publicado na Frontline

A imagem do Vaticano

Já escrevi algumas vezes sobre Bento XVI e a desilusão que tem sido a sucessão de João Paulo II.

E a comunicação tem sido terrível. Notícias de encobrimento de casos de pedofilia de Ratzinger antes de ser Papa e declarações erróneas de altos responsáveis do Vaticano minam a imagem de uma instituição milenar.

As declarações de Tarcisio Bertone ligando a homossexualidade à pedofilia são quase de tempos medievais, sem sensibilidade nem conhecimento.

Este Vaticano está a meter água por todo o lado e terá de mudar muito em breve. É necessária gestão de crise rápida e nova injecção de confiança e esperança.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Boa imprensa

É algo que se vai construindo, a boa imprensa. Pedro Passos Coelho não fez só a plataforma Construir Ideias, construiu muito mais que isso.

Falando com jornalistas de política a opinião é unânime: «o Pedro está com boa imprensa».

É um sinal. Sócrates também a teve, Guterres também. Pedro Passos está a caminhar de forma segura.

Perceptions Management

Esta expressão que faz título é provavelmente a mais importante para quem trabalha em conselho em comunicação.

Mantenho e defendo uma trilogia descrita uma vez por Luís Paixão Martins: agências de publicidade vendem criatividade, agências de meios vendem preço, agências de comunicação vendem influência.

Aliás, na entrevista que dei à Meios & Publicidade em Julho, no soundbyte que criei e provocou muita azia em certas partes do sector, e foi título, «Há agências que têm muitos clientes mas não têm influência nenhuma» foquei esse tema.

Mas os consultores são gestores de percepções e possíveis criadores de percepções. Por isso, o nosso mundo não pode estar fechado. Sem informação, sem leituras, sem cultura, sem lazer, sem amizades, a tendência é que o mundo se feche.

Na semana passada, a um novo cliente (anuncio na próxima semana), explicava-lhe quando ele me falava da opinião pública que o sector dele (ambiente) não é a opinião pública. É um nicho.

Logo, a percepção que ele tinha sobre a sua empresa era limitada. Cabe ao consultor de comunicação enquadrar, relevar ou tirar importância a determinadas notícias. O campo da percepção é fundamental pois não joga só com factos, mas também com o subliminar, o que determina a nossa maneira de pensar e criar opinião.

Oráculo (27)

«Adoro o ruído dos meus inimigos»
José Mourinho

Numa altura em que perde o topo do campeonato italiano, mas no mesmo dia em que se reforça o desígnio de ser treinador do Real Madrid, o ruído dos inimigos de Mourinho deve incomodar pouco.

domingo, 11 de abril de 2010

Festa Brava

Já andava chateado com a repetição de corridas de touro no México que o canal Festa Brava, de que sou assinante, abusava.

Já tinham perdido as "Fallas" de Valência que homenagearam Ponce por 20 anos de carreira e onde o triunfador foi El Juli.

Ontem começou, finalmente para os aficionados, a maratona da Feira de Sevilha no canal de touros.

Numa época de combate sem tréguas pelo primeiro lugar no "escalafon" aguardo com grande expectativa o mano a mano Perera/Luque, as pisadas de Juli, Morante, Castella pela Real Maestranza.

E no domingo de ressureição brilharam em Sevilha, Morante e Manzanares que depois há noite, vi as fotos no facebook, passaram no bar da moda, Los Cabrera, no bairro de Los Remedios. Espero lá estar em breve com os meus amigos Marta e Pepe Cabrera.

sábado, 10 de abril de 2010

Serra vs. Dilma

José Serra lançou finalmente a sua candidatura à presidência do Brasil. E é o melhor candidato.

Grande governador de S. Paulo, magnífico secretário da Saúde de Fernando Henrique Cardoso, homem sério e íntegro, discreto mas eficiente.

Em comum com Dilma Roussef, a candidata do PT apoiada por Lula, tem a falta de carisma.

Não serão eleições espectaculares, mas vamos ver o que os magos do marketing político, Luis Gonzalez (de Serra) e João Santana (Dilma) terão para apresentar e no Brasil aprende-se sempre nesta área.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Emídio Rangel

Vi diversas reacções plenamente bem elaboradas sobre a performance de Emídio Rangel no Parlamento. rangel portou-se como uma semente do ódio tentando tornar-se "spin doctor" de Sócrates.

Para desviar as atenções de algo que qualquer formiga já percebeu, desatou a atacar a Justiça (algo que terá de ser acompanhado) e as agências de comunicação.

Como jornalista uma das suas obrigações é tentar falar verdade, por isso se sabe algo devia denunciar as más práticas que falou, se não devia estar caladinho.

Não me esqueço do papel de Rangel na televisão em Portugal. Não me esqueço também que foi ele a lançar Sócrates tanto na SIC como na RTP, juntando-o a paineis de comentadores.

E não me esqueço que na RTP-N e ao sábado no "Correio da Manhã» tem-se revelado mais socratista do que o próprio Sócrates.

Se lançou aleivosias, também me posso dar ao luxo de perguntar a Rangel se esta defesa acirrada que faz de Sócrates é de consciência ou se será a troco de algo.

Rangel quis vestir a pele de D. Quixote de uma causa perdida, virou apenas cavaleiro de triste figura.

Oráculo (26)

«Se tirares dez vidas és um assassino, se tirares milhares és um soldado»

Prison Break

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Grande Reportagem

Na terça-feira, na RTP,passou uma grande reportagem sobre a Casa Pia e o magnífico trabalho que desenvolve no colégio António Aurélio.

São crianças cegas-surdas tratadas com bondade e amor por funcionários competentes e que se sentem realizados com este grande trabalho de carácter social.

A Rita Marrafa de Carvalho um dos valores mais seguros do jornalismo português pôs toda a sua sensibilidade na história da Jacinta. Foi uma reportagem magnífica a que a Casa Pia concedeu todas as facilidades pois tem orgulho no trabalho que realiza.

E uma nota importante: foi o terceiro programa mais visto do dia, só suplantado pelas duas novelas da TVI. Está a Rita de parabéns e a Casa Pia pelo brilhante trabalho que realiza e que uma vez já tinha citado.

Aqui fica a reportagem, vale a pena perder um bocadinho de tempo quando dispuserem dele.

Oráculo (25)

«Se tivermos os pés bem assentes na terra, os resultados caem do céu»

Frase ouvida no elevador, acho que pode ser atribuída ao LPM no início de Julho do ano passado. Uma homenagem ao Luís que gostava muito que escrevesse, pelo menos, de vez em quando.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Gekko e Conde

Já sabemos que a sequela de "Wall Street" de Oliver Stone, 2money never sleeps" foi adiada para o Outono.

Segundo a produção porque é um filme que se coaduna mais com aquela altura do ano. Ao ler a "Vanity fair" com capa de Michael Douglas fiquei a saber uma curiosidade.

Quando sai da prisão, Gordon Gekko vai dar consultoria financeira e promover o seu livro. E como se chama o seu livro? "Nadando entre tubarões", algo que gosto.

Por sinal, o El Pais há 3 semanas também fazia entrevista com o actor americano, tendo por base o novo filme. mas fazendo uma associação curiosa.

Associando Gordon Gekko ao mago das finanças espanhol que também esteve preso, Mario Conde, e que agora publicou um livro de memórias que é um sucesso e que comprei em Sevilha e já estou a ler.

Sporting e o novo assessor de imprensa

Não é erro o título deste post. O Sporting anunciou um novo director de comunicação, mas para mim é apenas um assessor de imprensa.

Não conheço o profissional em causa e nada me move contra ele e até me dizem que é um excelente comentador da Sport TV mas não é disto que o Sporting precisa.

Havia dois modelos possíveis. O do Porto, com uma agência de comunicação, a LPM, e um director de comunicação, o Rui Cerqueira. E o do Benfica, sem agência, mas com dois profissionais muito competentes o João Gabriel (que até nem gosto muito, confesso) e o Ricardo Maia (este já gosto bastante).

Nos dois casos há uma preocupação importante não só com a gestão desportiva mas com a instituição e as marcas que representam.

Para o Sporting, nem especialistas em conselho de comunicação nem especialistas em comunicação institucional. O Sporting acaba de contratar, apenas, um assessor de imprensa e esse é o problema.

É que o Sporting não teve apenas a pior temporada dos últimos anos, mas, mais grave, perdeu peso institucional e valor da sua marca. E em comunicação o Sporting anda na Liga dos Últimos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tocha e as derrotas saborosas

Hoje li na Meios&Publicidade uma notícia que já sabia, uma conquista da F5C de João Tocha.

Gosto de explicar uma coisa e parece-me óbvio. João Tocha foi o responsável de várias campanhas políticas, nomeadamente a de Teresa Almeida à Câmara Municipal de Setúbal. Depois da derrota, o PS solidário como sempre colocou-a na presidência da Comissão do Vale do Tejo, a conta ganha por Tocha.

Todos gostamos de ganhar, mas em política há derrotas que se podem tornar saborosas (e eu também sei do que falo pois também tive derrotas saborosas), é o caso desta que envolve com certeza uma avença interessante.

Lembrar que foi esquecido pela Meios que Tocha também fez a campanha de Hermínio Loureiro em Oliveira de Azemeis, apesar de todos sabermos que a sua agência tem uma ligação umbilical ao aparelho do PS.

Tenho respeito pelo profissionalismo de João Tocha, não o conheço, dizem-me que é um homem tímido que nem parece do mundo da comunicação, mas às vezes a timidez também pode esconder outras coisas.

Mas o que é verdade é que o que é importante é trabalhar. Ganhar e perder, mas sobretudo, ir a jogo e Tocha foi. Anunciar o que não se faz, simular o oásis no deserto é um jogo de perdedores e de ressentidos. Não é o meu jogo.

PS: quanto a uma famosa entrevista de Tocha em que disse à Meios que tinha sido convidado pelos 3 candidatos à liderança do PSD na altura: Manuela, Passos e Santana, sobre as pessoas que os rodeavam não sei, mas pelos 3 candidatos hoje posso dizer: era mentira. Manuela era alérgica a agências de comunicação, Passos não o conhecia e Santana também não. Fica o esclarecimento feito. E sei do que falo, como sabem.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Oráculo (24)

"Escrever é um divinizador do ser humano".
Clarice Lispector

Morante

Para quem me acompanha por aqui, sabe que sou aficionado da festa brava. O grande triunfador do ano passado foi Sebastian Castella, mas continuo a ter na linha da frente Jose Tomás, Miguel Angel Perera e Morante de La Puebla.

Dos últimos 20 anos, os que gostam disto, sabem que a faena de Jose António Morante de La Puebla, com o capote, em Las Ventas, há um ano, vai ficar para a história.

Morante tem a loucura dos génios, agora chamam-lhe o "duende". O resquício da arte dos grandes na tauromaquia moderna está em cada um dos seus lances. Mas o "puro" que o inspira entre faenas, enquanto espera o sinal dos deuses, já é tão mítico como as suas visões e os tratamentos psicológicos.

Esta semana o "El pais" dedica-lhe seis páginas e a "Aplausos" revista de tauromaquia espanhola a sua capa. Aqui fica a entrevista do El País como homenagem a um génio. E como a comunicação é importante para se criarem os mitos.

Mercado

Agora que já passaram as notícias do 1º de Abril e foram bastante interessantes, nomeadamente a fusão PiaR/Buzzofias volta a normalidade.

Espero, gostava que fosse hoje, de dar a notícia de uma agência nova que acabou de contratar um grande talento em quem deposito muita confiança.

E via PiaR também aproveito para saudar o blog do Pedro Rodrigues, da Desafio Global, um dos nomes mais importantes na criação de eventos em Portugal. E que sabe mais de comunicação do que diz.

E do que eu já espreitei também mostra que é um homem de muito bom gosto e que sabe viver a vida. Trabalhar muito e bem e saber usufruir do lazer e dos gostos mais requintados é uma das condições para obter melhores resultados.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Comunicação do PSD

Ontem o Salvador analisou bem. Eu vou acrescentar mais umas coisas quanto á comunicação que o PSD e o seu novo líder precisam.

Mal vão os políticos que ainda não confiam no conselho em comunicação profissional. aqueles que fazem disto sua profissão estão mais atentos ao mercado, às tendências, à sociedade civil. Sobretudo, porque não vivem em cicuito fechado e o nosso mundo não é só o da política.

Manuela Ferreira Leite estava fora do tempo. Não confiava na comunicação ou, no mínimo, achava que a comunicação esfíngica dos tempos do cavaquismo ainda podia ultrapassar os novos tempos.

Pedro Passos Coelho pelo que lhe conheço dele gosta de ouvir (e também decidir) e confia em quem lhe merece confiança. Assim, ele terá dois desafios:

Comunicação endógena, para dentro do partido: e começou bem. Ao falar num conselho dos ex-líderes e ao integrar Aguiar Branco já percebeu que a mensagem é de união. Sabendo que o mais difícil é pacificar o PSD e juntá-lo, colando as diferentes tribos e agradando aos diversos egos que por ali habitam.

Comunicação exógena, para a sociedade: o discurso é de mudança. Mudança Tranquila, acrescentaria eu. Conquistar a classe média, seduzir elites, passar bem junto dos líderes de opinião. E vai consegui-lo.

Sabendo que os tempos são difíceis e Portugal atravessa momentos difíceis. Acrescentaria que será necessária RAZÂO. Calma e pouca paixão.

O regresso de Blair

Lia ontem à noite o regresso fortíssimo de Tony Blair à liça. Num momento em que o Labour está pertíssimo dos Tories nas sondagens.

Vantagem óbvia, Blair é muito melhor cabo eleitoral do que Gordon Brown. Desvantagem, o recolocar na agenda política a Guerra do Iraque e a sua imagem danificada com esse envolvimento com George W. Bush.

O ataque é fortíssimo a Cameron: «Parece que ainda não se decidiram sobre aquilo que defendem. Ou continuam a ser o velho partido Tory e querem escondê-lo, ou não sabem para onde querem ir». Acusando o slogan conservador «Tempo de mudança» de ser «o mais vazio de sempre».

David Cameron, perito em comunicação, ele que que trabalhou como PR, não foi menos matador: «foi a primeira vez em vários anos que Blair fez um discurso que ninguém pagou». Isto é muito bom, agressividade em comunicação eu gosto muito.