sábado, 31 de julho de 2010

Oráculo (72)

«Para resolver as crises, não é necessário humilhar, é preciso tentar compreender»

Nicolas Sarkozy

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Oráculo (71)

«Os que não são muito inteligentes têm de ser muito trabalhadores»

Rosa Quintana

Paixão, cor e energia para melhorar a vida

Eu gosto deste blog de Protocolo. Já me habituei via agregador Briefing a lê-lo quase todos os dias às 9 horas em ponto.

Como já disse que, neste mês, naturalmente, os tempos são mais descontraídos, recomendo que vejam este post.

Como as cores têm importância na nossa vida. E também a maquilhagem e o cabelo.

Se repararem bem à vossa volta, há pessoas que são catalizadores de má energia e, com isso, mais cedo ou mais tarde não vão acabar bem.

O optimismo, a alegria e a energia positiva são sementes para se ter uma vida melhor. Não falo sobre os que escrevem sobre isto, mas depois não dormem à noite carregados de insónias e problemas, com uma mente mesquinha e ressentida. E, como imaginam, perdedora por natureza.

Falo de quem vive a sua vida bem, fazendo o que gosta, com paixão. Isso sente-se. Quem vive assim, tem uma aura inspiradora e de boa disposição para quem os rodeia. E torna a vida dos outros melhor.

Boas Férias

Sinto que para alguns que aqui vêm este será o último dia de trabalho desta fase. Há muitos consultores que vão assoprando, com o calor e o cansaço, nas redes sociais.

Para já, ainda não é o meu tempo, por isso vou continuar a escrever aqui sobre diversos assuntos.

Nesta fase, em que o mercado está a banhos e o espírito é outro, vou optar por tentar inspirar com os Oráculos e escreverei mais sobre outras coisas que me interessam: literatura e cinema.

Desejo boas férias a quem me acompanha e continuação de bom trabalho aos que por cá ficam.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

8 razões para o sucesso no Facebook

Via o meu amigo João Villalobos, que já trabalha bem as redes sociais há muito tempo, aqui ficam os 8 requisitos para marketing positivo e de sucesso no Facebook para podermos trabalhar com eles.

A aposta do Correio da Manhã

O mais novo reforço do Correio da Manhã, que pode ler no Briefing sendo que quem a deu em primeira mão foi o Jornal de Negócios, faz-me reconhecer algo.

Há uns anos atrás, quem trabalhava no jornalismo, ouvia o aforismo de que quem amarrotasse o Jornal de Notícias arriscava-se a que corresse sangue, tal era o número de notícias de crimes que este jornal que é líder a Norte do Mondego trazia.

O Correio da Manhã, com pezinhos de lã, e com muito trabalho do João Marcelino, conseguiu ir galgando terreno, tornando-se o jornal diário mais lido do país.

A aposta num jornal popular foi clara. Notícias de crimes, e bizarras, novas secções explorando o "beatiful people" e umas meninas descascadas (os mais sexys do país foi excelente aposta) e muita informação desportiva. Sem deixar de apostar na investigação e na polémica.

Com Octávio Ribeiro a aposta manteve-se, mas o CM tem dado um salto para outras águas. Tem contratado bons jornalistas, apostado na política e escolhendo mais nomes para a opinião (João Miguel Tavares, sempre uma delícia, José Eduardo Moniz ou João Pereira Coutinho, por exemplo).

Ainda ontem li sobre uma mulher que desconhecia que estava grávida e deu à luz na sanita. Mas o crescimento do CM de mero jornal popular e sensacionalista para um jornal popular credível é um salto qualitativo que elogio.

PS: Não sei se têm reparado, mas desde que o PSD anunciou a intenção de privatizar a RTP, o Correio da Manhã tem estado mais crítico de Sócrates. Paulo Fernandes, líder da Cofina, não quer perder a oportunidade de arrebatar o que lhe falta: um canal televisivo.

PS2: E logo após a publicação deste post, uma amiga jornalista do Correio da Manhã me chamou a atenção de outra aposta que é o multimedia e a informação on-line, com muitos milhares de leitores, com uma nota pessoal minha para um excelente jornalista que comanda nestas áreas que é o Leonardo Ralha.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Oráculo (70)

«Sou como toda a gente, luz e sombra. Defendo que ser infeliz não custa nada. Todos somos. Ser feliz é que custa imenso»

Helena Sacadura Cabral

Oráculo (69)...

... «Curioso número...»

Mota Amaral, em plena sessão parlamentar há uns tempos atrás.

PT vs. Telefonica: uma guerra que nunca foi

Vi durante esta guerra luso-espanhola, em termos de comunicação, duas coisas:

O Governo a arremesar o nacionalismo, uma velha arma da comunicação política, para dizer que não se rendia aos espanhóis. Utilizando uma "golden share" na PT para garantir os «nossos interesses vitais».

E utilizou a mesma panóplia de recursos comunicacionais para tentar triturar a imagem do líder da oposição, o único a criticar o uso da «golden share», que se pronunciou sobre este negócio em Madrid, afirmando que ele estaria "prostrado" aos interesses espanhóis. Mais uma vez o nacionalismo.

Leio isto, logo de manhã, com a Telefónica a anunciar que já chegou a acordo. Como vai ser explicado agora o interesse nacional. Pela manutenção da participação da PT no mercado brasileiro com a Oi?

Agora, se virmos com atenção o filme todo, nunca houve guerra nenhuma. Se a houve, foi uma de alecrim e manjerona. O Governo tentou somar uns pontinhos nas sondagens, mas já estava tudo combinado.

Quero ver as reacções agora de todos os partidos. É que estas batalhas florentinas são criadas para inglês ver. Muita gente está a banhos, espero é que não estejam desatentos.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Caso Freeport

Foi o caso que mais abalou a política portuguesa, e se bem se lembram, esteve na origem da saída de Manuela Moura Guedes (e provavelmente de José Eduardo Moniz da TVI) dos ecrâs.

O Freeport que passou mais a ser conhecido como código de pseudo-corrupção na política do que pelas suas lojas vazias e pelo escândalo de ali se ter construído aquele mono nas barbas do Tejo.

O que fica das notícias de acusação a Manuel Pedro e Charles Smith é simples: Portugal é um país onde só existem corruptores...

Oráculo (68)

«Saber que posso morrer dá-me ânimo para viver»

in, Lawrence da Arábia, de David Lean

Passos Coelho perdeu boa imagem?

O Jornal de Negócios decidiu, ontem, ouvir «especialistas em comunicação política», no caso, eu e o director da Agenda Setting, sobre se Pedro Passos Coelho perdeu a boa imagem por causa desta proposta de Revisão Constitucional. E fez 3 perguntas:

1 O timing de anúncio desta proposta foi o ideal?

Respondi: O timing não foi o ideal. Vivemos a muito falada silly-season e naturalmente os portugueses querem ir para banhos, a sua atenção está focada noutras coisas. Depois, a proposta é apresentada muito em cima da data das próximas eleições presidenciais o que pode condicionar o debate. Cavaco não quer falar disso, Alegre só quer falar disso.

2 Face às sondagens que indicam que Pedro Passos Coelho está com uma imagem muito positiva junto dos portugueses, comparativamente com Sócrates, é possível que ele perca essa vantagem?

Respondi: Acho que não. Ele não perde a boa imagem por causa desta proposta. Neste momento Portugal vive o regresso de uma onda laranja, como o indicam todas as sondagens. Passos encarnou a mudança, Sócrates está com uma imagem muito fustigada e dificilmente recuperará.

Além do mais, as questões de regime, hoje em dia, interessam pouco aos portugueses porque não lhes tocam no seu bolso. O que estes querem é soluções para a crise que Portugal atravessa, por isso esta proposta de Revisão não choca com a expectativa positiva que rodeia o novo líder do PSD.

3 O ataque do PS pode conseguir dar nova força a Sócrates e o equilibrar das coisas nas sondagens?

Respondi: Está provado, historicamente, que quando o PS ataca ferozmente, mesmo com agressões verbais, isso é sinal de muitas dificuldades. E esse sinal é que o PS está a correr atrás da agenda imposta pelo líder do PSD. Por isso, vai ganhar muito pouco com isso.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Oráculo (67)

«As culturas e as raças desaparecerão. As formigas controlarão o mundo»

in, Quem tem medo de Virginia Woolf, filme de Mike Nichols, com Elizabeth Taylor e Richard Burton em performances inesquecíveis.

Oráculo (66)

«O talentoso tem as respostas correctas, o genial faz as perguntas correctas. O talentoso tem o emprego garantido, o genial tem a carreira garantida»

Eugenio Mussak

O preço da Floribela

Há certas coisas que eu considero ridículas. Aquilo das pessoas chamadas "colunáveis" cobrarem "cachets" para dar informações é uma delas.

Não me chocam as "presenças" nem os "embaixadores". Pois aí há o facto de espaços e marcas quererem retorno mediático, utilizando a imagem dessas pessoas ditas "colunáveis.

Agora, vender entrevistas e informações a troco de dinheiro, não é ilegal mas é deveras estranho.

Dirão, o mercado sente que pode comprar, porque as revistas "del corazón" que, então no Verão, estão em explosão nas praias portuguesas entre gelados e sandes, entre toldos e chapéus de sol, entre barrigas e celulites, consomem estas "informações".

É verdade. Mas ler que um agente luxemburguês exige consoante seja uma entrevista por mail, uma entrevista presencial ou uma entrevista com o casal, e fotos, de Luciana Abreu/Yannick Djaló um determinado montante é difícil de engolir.

A Floribela foi raínha das crianças, comunicava com elas por um blog onde, por esta altura no ano passado, anunciava que afinal «existia o príncipe encantado» (cito).

A Floribela foi perdendo fôlego, substituída por uma Luciana Abreu que se despiu para a FHM (uma das edições mais vendidas), mas nunca conseguiu fazer a transição para estrela dos mais adultos.

Vendia a imagem de menina boazinha, vinda de fora de Lisboa com a carreira feita a pulso. O merchandising da Floribela rendia milhões á SIC. Falava muito na família e nas crianças, mas acabou o seu estrelato.

Hoje, para ganhar umas coroas, tornou-se mercenária. Vende os retalhos da sua vida a revistas. Vamos ver como acabará a história.

domingo, 25 de julho de 2010

Oráculo (65)

«Nós já não vivemos juntos. Dividimos apenas a mesma gaiola»

Elizabeth Taylor para Paul Newman, em "Gata em Telhado de Zinco Quente"

O museu da inocência

Olhem este começo...

«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo ia conservado sem nunca o deixar escapar».

Adoro Orhan Pamuk, já lhe conhecia a riqueza da escrita de "Istambul" e a "Neve", agora delicio-me com o "Museu da Inocência", de que tiro este arranque fantástico.

Há quem diga que Kemal, a personagem principal, entrará na galeria das personagens da história da literatura.

Eu tenho a certeza que a paixão dele, que o leva a recolher coisas que o façam lembrar a mulher de classe mais baixa com quem ele não casa, até fazer um museu, é de uma intensidade bela e uma das companhias óptimas para o Verão.

Não para ler na praia, que este livro é rico demais para ser invadido por grãos de areia. Para ser lido em ambiente propício, mais tranquilo, para que se absorvam as palavras de Pamuk. E os seus sentimentos.

sábado, 24 de julho de 2010

Oráculo (64)

«Amamos as mulheres pelo que elas são, os homens pelo que prometem vir a ser»

Goethe

Ghost Writer

Ghost Writer é aquela pessoa a quem não é reconhecida a autoria de livros ou discursos, sendo o seu nome substituído por alguém importante.

No filme "The Ghost Writer" a história começa com o convite a Ewan McGregor para escrever, de maneira escondida, as memórias de um ex-Primeiro-Ministro, Adam Lang (Pierce Brosnan).

O filme arranca com um diálogo muito interessante como conceito para a comunicação política:

- "Conheces o Adam Lang?"

- " Claro, votei nele, toda a gente votou nele. Ele não era um político era uma moda".

Depois, o filme que tem laivos declarados de inspiração na personalidade de Tony Blair, não é um filme político. É um thriller com fundo político, tal como o conto de Robert Harris que o originou.

Relembre-se que Harris escreveu Pátria (Fatherland), Enigma, Pompeia e Imperium. Li os quatro, o primeiro e o último referidos fantásticos.

Mas a mim, cinéfilo militante, o que me interessa é como Roman Polanski, o realizador, dá provas de maestria.

Um grande realizador sabe contar uma história, cria um universo próprio. Neste caso, o tempo que passamos na sala é um tempo angustiante, pois algo ainda está para vir.

Muita gente não gosta de Polanski, há quem até não o veja agora como protesto silencioso pelas suas histórias relacionadas com a pedofilia, mas Polanski é um director genial.

Os pormenores são deliciosos com ele. Nunca me esqueço de um dos meus filmes preferidos, "Repulsa", na sua fase inicial de carreira, com uma Catherine Deneuve que, de repente, se torna uma psicopata refugiada em casa.

Mas Polanski tem Tess (mais "ternurento"), a Semente do Diabo (com uma Mia Farrow completamente enleada na influência de algo que não compreende), Frenético (sempre como som de fundo Grace Jones e uma degradada Paris, com o plano inicial e final do filme iguais: um carro de recolha de lixo), o Pianista (onde filma os seus terrores de adolescência), ou o perturbante Lua de mel - Lua de Fel, Oliver Twist (numa visão pessoal do livro de Dickens). Escrevo de memória, daqui a bocado lembro-me de mais.

Este "Ghost Writer" é um thriller actual, um grande filme, ainda com a aparição de um dos melhores secundários de sempre de Hollywood, o "velhinho" Eli Wallach. Recomendo vivamente, não se vão arrepender.

Nos dias de hoje em que Hollywood vive uma fase "cromagnon" de "blockbusters", de prodígios técnicos e de filmes para anormais baseados nos heróis da Marvel (honrosa excepção os dois Batman de Christopher Nolan) é raro vermos cinema de qualidade. Polanski conta uma história e faz um FILME. Que raro isso é hoje.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A comunicação da Jabulani e o PSD

Quando se lança um novo produto o ideal é gerar buzz e criar notoriedade. Se a isto se acrescentar o reconhecimento de qualidade, o objectivo é conseguido.

Nunca ouvi falar tanto de uma bola como esta Jabulani, lançada durante o Mundial da África do Sul.

Mas os profissionais da bola falam mal dela. Os guarda-redes queixam-se das trajectórias o que provavelmente explica os "frangos" do novo responsável das balizas do Benfica.

Não sei se o produto é bom ou mau. Mas, quem gosta de futebol não tem a mesma sensação do que eu, de que é horrível ver um jogo com aquela bola laranja, que parece de futebol de praia?

As bolas sempre foram brancas e assim deveriam continuar. Já repararam o que seria se um dos grandes clássicos programas da Rádio portuguesa, na Renascença, o "Bola Branca" se tornasse no "Bola Laranja"?

Aí é que ficaria definitiva a influência subliminar da bola laranja na onda PSD que parece chegar ao país.

Para pessoas indesejáveis...

Bela peça de design mobiliário para convidar pessoas indesejáveis.

Do blog brasileiro Com Efeito da Fabiana Mello.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Oráculo (63)

«A maioria das mulheres casa com tolos, mas demora a aperceber-se disso»

In, Eu, Cláudio

500 milhões no facebook

Pois é, é um sucesso o facebook.

Eu gosto imenso e agora quem lá não está já é quase um analfabeto digital.

São 500 milhões já os amigos desta rede social muito simpática. E o Conselho em Comunicação também tem de saber trabalhar com este mega meio para passar mensagens.

Cartoon do ano

Este é seguramente um dos cartoons mais engraçados do anos. E como qualquer bom cartoon, com perspicácia, ironia e actualidade.

E o já famoso polvo também é candidato a uma das figuras do ano, diga-se de passagem.

O polvo deu Dilma. E porquê? Veja

PS; Vi esta «charge» como chamam os brasileiros aos cartoons, via Thatá Rodrigues no Facebook

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Liberais, os novos fascistas

O PS ainda não aprendeu. Quando aparece toda a brigada do reumático a defender as conquistas históricas da esquerda, isso assusta as pessoas.

Em 2001, tive a sorte de integrar a direcção de uma das campanhas mais empolgantes, e renhidas, em Portugal e que conseguimos ganhar.

Nessa altura, Vasco Lourenço e os do costume vieram com o cravo na lapela recordar a luta anti-fascista, tentando assustar o eleitorado lisboeta. Passaram por bolas de naftalina, agarrados ao passado e sem visão de futuro.

Hoje, como eu alertei com antecedência neste post, a esquerda vem atacar o «neoliberalismo» da direcção do PSD.

Parece que agora os liberais são os novos fascistas e a esquerda unida lá tem de se unir em uníssono.

Esquecem-se que apesar da matriz do PSD ser liberal, as suas hostes são sociais democratas e há certas coisas que estão no projecto, ambiciosas, mas que provavelmente não passarão.

Mas assustar os portugueses com o «fascismo» dos liberais é ridículo.

«Rubriquei, não assinei»

Confesso que estou preocupado com o Brasil. Sendo um país maravilhoso, muitas vezes ainda é muito pouco esclarecido.

Com a possibilidade de ter um Presidente, pouco carismático é certo, mas de eleição, de categoria mundial, as sondagens mostram que a popularidade de Lula é mais forte que a preparação de José Serra.

Dilma é uma mulher que nem tinha sonhado ser candidata e nestas coisas da política o afâ, a vontade de ser, é muito importante.

Dilma é fraquíssima. A prova é a entrega dos programas eleitorais, em que a candidata provou, e reconheceu, que nem leu o programa. «Rubriquei, não assinei».

Dilma é um produto guiado por especialistas de marketing, teleguiado diariamente consoante o valor das sondagens. Serra tem ideias próprias e a sua maneira de encarar a política.

Serra não liga à imagem, Dilma foi toda retocada para passar melhor. Serra precisa de vitórias expressivas em S. Paulo e Minas Gerais, mas nos palanques para Governador o PT apostou forte para contrariar Alckmin (o candidato do PSDB) e a força de Aécio que se retira para senador nos dois Estados.

E para quem quiser espreitar e ver a imitação brasileira do Will I. Am, de Obama, já há um rapaz o Dilmaboy, que agora parece que virou para Serraboy. Para mais desenvolvimento das coisas do Brasil pode espreitar aqui.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Oráculo (62)

«O jornalismo é apenas a arte de capturar comportamentos»

«Eu registo o que motiva as pessoas, o que lhes mete medo. E assento tudo para que o artigo na verdade seja escrito por elas»

In "Shatered Glass", filme de Billy Ray, sobre Stephen Glass o homem que inventou 14 peças jornalísticas para a New Republic e um case-study para o mau jornalismo.

Nota optimista ao mercado de comunicação

Como diria José Marinho a relatar um jogo da Liga inglesa na Sport Tv ou Álvaro Costa a contar os internautas no À Noite o Mundial, o mercado «está electrizante».

Não digo em termos de conquistas e novidades, porque nesta altura qualquer novidade passa despercebida e não é marcante. Essas, as novidades, guardam-se para Setembro.

O que é um facto é que diversos players estão em jogo, diversas boas ideias e acções surgiram envolvendo os profissionais de Conselho em Comunicação e isso é bom.

Com a excepção de uma entrevista infeliz de há duas semanas, o mercado está bem. Faz-me lembrar a política - com uma excepção difícil de ultrapassar - em que existe combate á vista, mas nos bastidores há respeito e mesmo amizade entre os protagonistas.

Como me dizia ontem à noite um amigo via sms, «parece que na comunicação não há silly-season, pelo menos este ano».

É positivo, não quer dizer que o mercado esteja unido, não está. As quezílias são entre patrões, mas a classe dos consultores de comunicação está mais adulta e mais consciente da sua importãncia. Só falta mais afirmação, mais autoconfiança, mais ego. E ter ego é bom.

Oráculo (61)

Diálogo entre o advogado Terrasini e o Barão Antinari, um banqueiro poderoso e mestre de Tano, em o Polvo 2a temporada, durante um jantar num terraço, em Trapani, com o fundo audível de uma festa popular:

Terrasini: «são belas as festas populares...»

Antinari: «Sim»

Terrasini: «gosta delas?»

Antinari: «são muito belas as festas populares, mas têm um problema...o povo»

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Ordem dos Consultores de Comunicação

O Telmo Carrapa e o Renato Póvoas – e outros provavelmente no passado - já esboçaram ideias sobre a importância do associativismo para o Conselho em Comunicação.

Eu defendo uma Ordem dos Consultores de Comunicação. Com isto não quero pôr em causa o trabalho levado a cabo pela APECOM – e que deve continuar, pois não é incompatível – ou outras associações.

A APECOM foi crescendo e hoje engloba mais de 30 empresas do sector. Porém, o sector não são só 30 directores de empresa.

Engloba todos os profissionais deste sector, incluindo agências grandes e pequenas, directores e jovens trabalhadores em Conselho em Comunicação.

O problema é vincar o trabalho que fazem os consultores de comunicação. Ainda hoje, se perguntarem até na vossa família, há muita gente que não percebe bem o que fazemos.

A indústria de Conselho em Comunicação tem de ganhar uma visibilidade e uma credibilidade que justifiquem bem o porquê das grandes empresas e instituições do país trabalharem connosco.

Isso passa pela clara definição do nosso estatuto profissional. Separar o trigo do joio, dar força a quem trabalha de forma profissional em contraponto com outros.

Nunca gostei de sindicatos, mas acredito no corporativismo forte de instituições bem estruturadas e com objectivos claros. Por isso:

.Definir bem o estatuto profissional de quem trabalha em Conselho em Comunicação

.Detectar e valorizar quem trabalha em Conselho em Comunicação

.Reforçar através de certificação o papel destes profissionais

.Definir e acompanhar regras claras para quem aqui trabalha

.Acções de valorização profissional e campanhas públicas de sensibilização do que é o sector de Conselho em Comunicação

Para isso é preciso uma Ordem que nos coloque no mesmo patamar de outras profissões muito prestigiadas: Advogados, Engenheiros, Médicos, Arquitectos.

Um amigo gosta de definir o seu trabalho do seguinte modo: «eu sou daqueles que o Pacheco Pereira diz que mandam no País».

Pois bem, primeiro que ganhemos força estrutural na nossa profissão e não surjamos apenas como o lado negro ou forças ocultas a actuar clandestinamente.

Com o reconhecimento da profissão outras oportunidades irão aparecer e o nosso papel será muito mais forte e respeitado.

E uma Ordem dos Consultores de Comunicação não será mais um quintal. Uma Ordem será o quintal mais agregador, pois englobará todos os que trabalham no sector.

PS: e para evitar qualquer tipo de má interpretação, defendo que o primeiro Bastonário já deve ter cabelos brancos. Isto é, uma longa experiência no sector e que seja um PR que consiga representar e falar sobre Conselho em Comunicação.

Oráculo (60)

«Tu podes ser melhor cirurgião, mas já não és o melhor vendedor»

Nip Tuck, lá para a 2a ou 3a temporada

domingo, 18 de julho de 2010

A revolução dos media

O "El Pais" começou na semana passada a fazer entrevistas a personalidades que revolucionaram a maneira de fazer notícias.

E que revolucionaram a maneira das sociedades olharem para o jornalismo, com o conceito de jornalismo-cidadão.

Começou com Arianna Huffington, uma das mulheres mais poderosas dos Estados Unidos, através do seu site e agregador de mais de 6 mil blogs o The Huffington Post.

Hoje, apresenta Jim Vandehei, criador do Politico, este focado em assuntos que o nome dispensa de explicações.

Com cada vez mais os media assoberbados por uma crise generalizada, a grande questão é se estes "new media" roubam audiências ou não. À primeira vista a resposta é sim, para os que seguem estas coisas a resposta é não.

Porque os media tradicionais, nomeadamente a imprensa, têm uma obrigação de profundidade e credibilidade que outros meios podem não apresentar.

Mas deixo a nota. Os jornais que se apresentam como de leitura rápida podem ter um caminho também rápido no seu desaparecimento. Veja-se o 24 Horas e as dificuldades em banca do I.

Quem gosta do papel quer boas histórias, bem contadas, com os diversos ãngulos da notícia conertos por jornalistas que sabem fazer notícias.

Estes novos media são fascinantes, mas a imprensa tradicional está longe de morrer.

Oráculo (59)

«Queres ter uma vida longa e produtiva? Nesse caso, exagera o teu gaguejar e coxear. Não mostres a inteligência e faz-te de estúpido quando quiseres»

Conselho dado a Cláudio, ainda jovem, na série "Eu, Cláudio" uma das melhores série de sempre em televisão, baseada na obra de Robert Graves sobre Roma.

sábado, 17 de julho de 2010

A silly-season do PS

Não falo de Sócrates, nem dos desejos de remodelação dos deputados nem da necessidade de vitaminas do Governo por parte de António Costa.

Na semana passada, em entrevista ao Expresso, Francisco Assis tentava colocar-se no Olimpo da solução, juntamente com Gama, César, Seguro e Costa-

Esta semana, surge mais um concorrente a Belém, Defensor Moura, ex-autarca de Viana do Castelo.

Tanto um como o outro são a prova que existe mesmo uma silly-season na política. Defensor não tem uma ideia nem se preocupa com isso.

Assis nunca percebeu o tempo em que vive, depois de ter passado por promessa enquanto autarca de Amarante, foi sovado no Porto e não quer perceber que não faz parte de qualquer linha de sucessão.

Quer um quer outro, prestaram-se a ser os idotas de serviço deste Verão.

PR After Work II - outro sucesso

Lembro-me do Rodrigo Saraiva estar um pouco preocupado com esta segunda edição, de algo que o PiaR pôs em prática.

É que já era 15 de Julho e muitos profissionais de comunicação poderiam estar de férias e ir menos gente ao PR After Work.

Com a tranquilidade que a minha idade já me dá, por ser optimista por natureza e com a energia positiva que habitualmente ostento, sempre lhe disse «vai estar mais gente». E esteve.

O Rodrigo conseguiu com esta iniciativa, pela segunda vez um sucesso, que vários profissionais se encontrassem, falassem, «tricotassem» depois de um dia de trabalho. peço que vejam este post do PiaR, onde muitos estão referidos.

Vi toda a gente com sorrisos, alegres por pertencerem a uma família simpática, mas que por vezes ainda não descobriu o seu poder (sobre isto, na próxima semana, comentarei o post do Telmo Carrapa, o seu final é muito interessante e eu tenho ideias sobre o assunto).

Da minha parte ajudarei sempre que possível, aqui agradeço ao Altis Belém e às suas Sunset Sessions na pessoa de uma mulher muito bonita, super simpática, óptima relações públicas e boa profissional, a Sara Avelino.

E um agradecimento especial ao Rodrigo pela iniciativa. Isso é que é importante. E já deve estar a ser preparado o PR After Work para a rentrée...

PS: só uma palavra especial - gosto de apresentar pessoas com qualidades - por isso, a grande revelação foi a Teresa Roque de Pinho, da Time Management, uma empresa que será uma mais valia para as agências de comunicação. Há quem já se tenha apercebido disso. E a Teresa é uma special one.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Oráculo (58)

«Deus é o único ser que, para reinar, nem precisa existir»

Baudelaire

LPM regressa da Sabática outra vez...

...por mais um dia. E desta vez, pela própria pena em artigo de opinião.

Um texto sempre a ler. Pois Luís Paixão Martins, tal como António Cunha Vaz, que ontem mencionei, são duas das principais referências do mercado de Conselho em Comunicação.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Cunha Vaz no New York Times

Agarrando na informação do PiaR, queria acrescentar umas coisas.

Gosto de relevar o que é importante para o sector do Conselho em Comunicação e um trabalho do New York Times em que se fala de Portugal e Angola, nas suas relações económicas, e a principal figura é António Cunha Vaz é de salientar.

Já o tinha elogiado pela importância de ser uma agência de comunicação portuguesa a trabalhar o CAN (Campeonato das Nações Africanas de futebol). E esteve em grande forma nos Prémios da Meios, onde recebeu o prémio Figura da Comunicação.

O António Cunha Vaz teve um momento infeliz, escrevi-o na altura, quando deu uma entrevista que foi capa do Público. Porém, quer gostem ou não, ele é uma figura importante da nossa indústria.

E o que para mim é muito mais significativo, é que enquanto o Governo usa consultoras internacionais e paga pipas de massa por umas notícias no Finantial Times e outros media internacionais, isto é conseguido sem pagamentos.

Mais relevante o facto de, através de ACV, o NYT colocar a nossa indústria, de Conselho em Comunicação, em igualdade com a banca e a construção civil.

Meus amigos, é um sinal de importância para nós, de perdermos o complexo de inferioridade e de menoridade junto de outros sectores.

Se não fôssemos importantes, se não vendessemos influência e poder, não nos vinham contratar. Por isso, isto é um sinal de que devem acabar os "dumpings" e perder tempo a discutir "fees" miseráveis.

A notícia do António Cunha Vaz dá força ao sector e é uma pedrada no charco para quem se acha menor. Eu, nunca me achei. Os outros, que passem ao ataque.

«Hola» - a morte do rei do social e o nosso social

Algumas amigas pediram-me a minha opinião sobre o director e fundador da «Hola» que morreu ontem.

Eduardo Sanchez Junco diria pouco a muita gente e a mim também. Enquanto vivi 30 anos com os meus pais, esta revista espanhola de social nunca era perdida pela minha mãe. Desde miúdo que conhecia melhor a alta sociedade espanhola que a portuguesa.

Duquesa de Alba, Carmen Cervera, os descendentes de Franco, o Marquês de Griñon, mas também Isabel Preysler, Ana Obregón, o conde Lequio, ou os amores dos primos Alberto Alcocer e Alberto Cortina com as manas Koplowitz, vida sentimental dos toureiros e todas as toilettes da família real espanhola faziam parte semanalmente do menú.

Ainda na semana passada quando comprava jornais de manhã, uma senhora pedia a IOLA, repito, a IOLA, como alguns portugueses ainda se referem à «Hola».

Esta revista tornou-se um fenómeno mundial de qualidade. Grandes produções, grandes «cachas» do social. Em Portugal, a Caras e a Lux aproximam-se do conceito: social, com qualidade.

Mas há uma grande diferença entre a Hola e as congéneres portuguesas que é inultrapassável.

No social espanhol há mais dinheiro, mais glamour, mais classe. Em Portugal há não sei quantos oportunistas que nada fazem e que vivem destas fotos.

Os nossos Vips, com honrosas excepções, são ridículos. São «wanna be`s», não existem.
A diferença do social da Hola para as revistas portuguesas, está entre os jesuítas e os franciscanos.

Alguns Vips portugueses são gente mediática que ninguém sabe porquê, habitualmente uns pelintras com fraca cabeça e sem glamour. Em Portugal existe um miserabilismo que se exibe sem pudor nas revistas «del corazón» lusas.

«Hola», apesar da morte do seu director, continuará com qualidade a exibir o melhor do social espanhol. E o resto do mundo gosta. Porque não o tem.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Choque Meios vs. Briefing e 2 anos de PiaR

Eu gosto da Meios & Publicidade e do Briefing. Leio os dois, nas suas diferentes plataformas, e respeito o trabalho de todos os seus profissionais.

Ambas as revistas e as newsletters on-line são importantes para o sector. E acho que há espaço para todos.

Neste momento, vejo uma crise institucional entre as duas publicações. Aqui e aqui. Acho que as coisas poderiam ser ultrapassadas com tranquilidade.

Entendo a importância de haver diversas publicações nesta área. Tal como no jornalismo generalista ou de segmento de mercado.

Confesso que não me interessa quem são os accionistas de ambas. Não me interessa saber quem são os amigos do dono da Meios nem do Briefing. Importa-me lê-los a ambos.

Com mais veneno, com menos veneno, mas sempre com credibilidade. A directora da Meios e a sua equipa é credível (apesar de ter sido injusta comigo no dia 14 de Maio, mas "no hard feelings", não sou ressentido nem rancoroso. Nunca fui). O director do Briefing e a sua equipa é credível. Ponto.

Nesta fase de crispação entre ambas, importa salientar os dois anos do PiaR. Um blog interessante de que sempre fui apoiante - dando apenas sugestões construtivas para os autores de vez em quando - e que tem sido um espaço tranquilo na área das Public Relations ou Conselho em Comunicação.

Estão de parabéns os meus amigos Rodrigo Saraiva e Alexandre Guerra porque construíram um blog, com informação e reflexão, que também leio sempre. Um espaço de diplomacia num mercado muitas vezes em ebulição.

LPM regressa da Sabática...

...pelo menos por um dia.

A última vez que Luís Paixão Martins nos tinha brindado com a sua prosa, sempre recheada de ironia, foi num texto para a "Vespa" do DN há umas semanas atrás.

Agora, pela pena de uma das melhores profissionais de Conselho em Comunicação, a Sandra Silva, que é consultora de comunicação e não consultora de gestão, LPM regressa com Plutarco.

Um pouco indigesto para este calor segundo o comentário do João Villalobos, provavelmente mais indigesto para alguns. Aqui o regresso.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Procuram-se consultores de gestão. Eu não!

Confesso que há certas coisas que não percebo. Mas o genial texto do Telmo Carrapa deu-me pistas.

Orgulho-me de estar na idade da pedra. Sou consultor de comunicação, a minha gente faz assessoria mediática, consultoria estratégica de comunicação, gestão de crise e Public Affairs. Esta última disciplina, algo que quem anuncia tendências e outras conquistas não faz ou não sabe fazer.

Aliás, uma curiosidade, quando conheci pessoalmente José Manuel Costa, foi no Gatopardo, no Hotel D. Pedro e eu estava a almoçar com dois políticos (um líder partidário) e o Presidente de um Conselho de Administração de uma conhecida empresa.

Eu não tenho iPad nem iPod. E não quero ter. Quero ter gente a trabalhar comigo satisfeita, sem aldrabices, a saber o que faz e claramente a saber para onde vamos.

Eu sei muito bem para onde vou. Vou continuar a trabalhar para ter mais bons consultores de comunicação.

Não quero operários da comunicação e, de certeza, não quero consultores de gestão. Por um motivo: a minha área de actividade é o Conselho em Comunicação.

Oráculos, Frases do dia e Postais do MEC

O António Marques Mendes, no seu blog On Prosperity, considera que «as frases do dia do Pedro Reis, os Oráculos do Rui Calafate e os postais do Miguel Esteves Cardoso são três bons momentos quotidianos».

Agradeço as suas palavras e a companhia em que me mete. Com as suas palavras, alguns, agora, lá vão também a correr já meter umas frases nos seus blogs para ver se também são citados pelo António.

E como presente deixo um diálogo de que gosto de uma das minhas séries preferidas de sempre: O Polvo (5a temporada). É que eu não preciso de ir ao Google para sacar frases. Aliás a internet dá informação não dá conhecimento.

Andrea Linori para Tano Cariddi: «o seu lugar é no inferno»

Tano responde: «este mundo é o inferno»

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pedro Reis com Pedro Passos Coelho

Quem leu o Expresso esta semana, deve ter reparado numa notícia com o seguinte título: «Passos encomenda Livro Branco das empresas».

E a pessoa a quem o líder do PSD pediu este trabalho, reproduzida em nota distribuída à Lusa no sábado, foi ao Pedro Reis.

Mas quem leu a notícia do Expresso, da Ângela Silva, e da Lusa poderia ficar na dúvida. É que nunca é mencionado o facto do Pedro Reis, consultor de empresas, e que já venceu Prémios como empresário e gestor, ser o da Imago. É que é mesmo ele.

Muitos se questionariam, mas estará a esconder a sua ligação à Imago?

Ainda não falei com o Pedro sobre isto, por isso se houver alguma incorrecção ele que me desminta, mas como já escrevi ele é um gestor de empresas, nunca foi um homem da comunicação. Estando todos os dias a melhorar neste campo e a gostar do que faz na Imago.

Por isso, a revelação que vou fazer, desconhecida da maior parte dos agentes do mercado, ajuda a esclarecer esta notícia.

O Pedro Reis tem uma longa relação de amizade e confiança com o Pedro Passos Coelho, sendo há largos meses um dos seus principais conselheiros para questões económico-financeiras.

Este convite do líder do PSD é feito a título pessoal e não pela área de comunicação. Penso que fica esclarecido o enigma.

O Príncipe e a Princesa (a imagem do mundial)

Agora que a Espanha ganhou, para alguns a memória é curta.

Quando a equipa perdeu o primeiro jogo com a Suiça, discutiu-se o estado de Iker Casillas, o melhor guarda-redes do mundo.

Dizia-se que a sua relação com Sara Carbonero, a mais bonita das jornalistas desportivas, que se encontrava no estádio em trabalho, retirava concentração.

Pois bem, depois de ter sido decisivo com o Paraguai e ontem com a Holanda, parece que afinal o efeito da bela Sara foi ao contrário.

A última entrevista dela a Iker foi um momento de conto de fadas com o beijo em directo. Aqui o momento do Príncipe e da Princesa e o mais fascinante "recuerdo" de comunicação do Mundial da África do Sul.

domingo, 11 de julho de 2010

A vitória de Espanha e coisas do Mundial

Era a vitória mais esperada, da melhor equipa do mundo. Foi a vitória de Johan Cruyff e de D. Vicente del Bosque.

Como escreveu bem Luís Freitas Lobo, «se Cruyff nunca tivesse passado (e ficado) por Barcelona esta Espanha nunca existiria».

De D. Vicente, o homem patusco, discreto, que não gosta das luzes da ribalta, e que (apenas) soube explorar o melhor dos seus jogadores. Ele disse: «foi a vitória de todos e 50 dias de trabalho felizes e sem problemas no grupo». Pois...

D. Vicente e Queiroz treinaram os «galácticos» em Madrid. O espanhol ganhou tudo o que havia a ganhar, Queiroz nada.

D. Vicente, apesar de vários egos entre os 23 espanhóis uniu o grupo e tranquilizou o seu país. Queiroz teve Nani, Deco, Ronaldo e cada vez que falava irritava e fragilizava a ambição portuguesa.

Não foi um bom Mundial. Saudar Uruguai e Alemanha também. Foi o Campeonato das horríveis Vuvuzelas e do ridículo dos directos de um polvo que adivinhava resultados.

Mas a FIFA bateu recordes, de facturação e notoriedade e a sua comunicação foi boa. Parece que não houve problemas na África do Sul, apesar de os haver todos os dias por lá.

Os comentários por cá - com a excepção de Carlos manuel que dizia mais de 100 vezes por jogo a expressão "pouquinho" e Luis martins a mesma 50 vezes - foram bons.

Destaque para o «À noite o Mundial», um bom programa com a loucura saudável e sempre a funcionar nas redes sociais de Álvaro Costa.

Mundial: e não é que acertei?

Hoje, joga-se a final do primeiro Mundial africano. Antes do início do torneio deixei esta previsão.

Os meus favoritos eram Espanha e Holanda. E eles aí estão na final. Como surpresa apostava no México, pois pensava que ganhariam o grupo A, mas aí apareceu o Uruguai.

Já agora deixo a minha equipa dos aque achei melhores no Mundial (não os meus jogadores preferidos).

Casillas; Maxi Pereira. Piqué, Mertesacker, Fábio Coentrão; Arevalo Rios, Schweinsteiger, Xavi; Muller, Villa, Diego Forlan. Treinador: Oscar Tabarez.

Suplentes de luxo: Neuer, Puyol, Lahm, Maicon, Iniesta, Sneijder, Robben, Suárez.

Amanhã analisarei o mundial do ponto de vista da comunicação.

sábado, 10 de julho de 2010

Dolce fare niente

A minha amiga Ana Marta, velha colega da Católica e excelente profissional, agora na Rádio Renascença pediu no Facebook para se descrever o que era o «dolce fare niente».

Vários amigos colaboraram, para algo que surgirá no programa da manhã, na segunda-feira.

Adoro as grandes frases dos outros, que coloco aqui nos meus oráculos. Não as procuro no Google, procuro-as nos meus livros, nos meus cadernos, nos filmes e séries que vejo. E algumas agora de outros amigos, que cito, no Facebook.

E sei que há muita gente que gosta e algumas pessoas, por mensagem, já me pediram para colocar uma todos os dias. Isso é que não irei fazer. Banalizava-as, assim, de vez em quando, tornam-se mais fortes e lapidares.

Mas também adoro criar as minhas frases. Para a Ana Marta, escrevi sobre o «dolce fare niente»:

«É estar tão sossegado sem fazer nada que até podes acariciar uma mosca».

E a comunicação das redes sociais aproxima mais as pessoas e é inspiradora. É um dos lados que adoro no facebook.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Red Bull Air Race - a trapalhada

Foi o PSD em Lisboa, e depois o CDS, a chamarem a atenção para o problema causado pela organização do Red Bull Air Race.

Como se lembram, o evento de sucesso que unia as populações de Porto e Gaia nas margens foi trocado pela capital.

Luís Filipe Menezes protestou, Rio foi menos veemente, e o evento já cá morava. Em proposta em reunião de câmara ficou a saber-se que vários requisitos não estavam cumpridos, nomeadamente dos patrocínios. O que poderia levar a que a operação em Lisboa custasse uma fortuna ao município.

Depois, chegou-se a um acordo de rotatividade norte-sul para a realização do espectáculo aéreo.

Agora já não há evento. Que efeitos para a marca nestas trocas e baldrocas portuguesas? Que imagem passaram Portugal e estes municípios, quando se sabe que é um evento de sucesso e com extensa cobertura mediática?

Pedro Santana Lopes foi, com parcas palavras, demolidor: «E já não há Red Bull! Trapalhadas? Não. É a crise».

Imaginem uma coisa: se fosse PSL a liderar Lisboa o que não diriam?...

A «porcaria» de Queiroz

Quem hoje vê a primeira página do SOL sente algo de estranho com o ataque de Carlos Queiroz a Gilberto Madaíl e à Federação.

Faz lembrar o famoso discurso da «porcaria» que um dia proferiu quando falhou uma qualificação.

O mundo da comunicação às vezes tem coisas estranhas. No jornal lê-se que ele atacou os «amadores da federação» e só depois das férias decidirá se mudará a equipa técnica.

Assim sendo, tínhamos de volta o discurso da «porcaria» de volta e o próprio reconhecimento de que Queiroz se achava num pedestal. Pois os amadores eram da Federação e da sua equipa técnica.

Porém, Queiroz já se defendeu dizendo que nunca disse aquilo e atacando violentamente o jornalista que dá estampa ás declarações inexistentes.

Não há duas verdades. A verdade é só uma. Quando se fala em versões da verdade é porque alguém é mentiroso.

O certo é que no campo da comunicação Queiroz é uma desgraça. Nunca percebeu bem a pressão e o mundo mediático que acompanha as coisas da bola.

A outra certeza é que o povo português, no geral, não o suporta. Só alguns comentadores que pouco percebem de futebol, mas que falam nas tribunas televisivas, é que o defendem.

A última certeza é que Queiroz já devia ter posto o lugar à disposição. E não o fez.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Oráculo (57)

«Quem não compreende um olhar, tão pouco compreenderá uma longa explicação»

Frase partilhada pela minha amiga Laura Costa Gomes no Facebook, não sei quem é o autor

Para os consultores de comunicação

Um grande post do Alexandre Guerra. Sobre o estado da nossa profissão e as condições fundamentais para se desenvolver um bom trabalho

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A mudança da GCI

Vi anunciada na Meios e Publicidade a mudança da GCI. José Manuel Costa tem procurado, e tem todo o direito a isso, caminhos novos, como pode ler aqui, para a agência que fundou.

Ancorado em Richard Edelman e no exemplo de Barack Obama, aposta no Public Engagement em detrimento das Media Relations. É uma mistura interessante, no campo do léxico, de Public Affairs e Social Engagement.

Com esta vertente, J. M. Costa pretende colocar a sua agência no fluxo dos movimentos da sociedade, algo que os americanos começaram a trabalhar há décadas mas apelidado de «Grass Roots». São sempre bem vindas as inovações.

Por seu lado, o António Marques Mendes, comentando este movimento da GCI fala com conhecimento de causa, de que nada de novo surgiu no campo da comunicação nos últimos tempos. Surgiram os «social media», mas as agências adaptaram o seu modelo de trabalho a eles.

Meus amigos, não tem havido inovações porque não tem havido mudanças. Os clientes de Conselho em Comunicação querem espaço, notícias, que lhes garantam notoriedade e melhor reputação.

A notícia e a produção de conteúdos são o campo do nosso mercado. Podem vir mudanças de nome - por exemplo a LPM começou a chamar-se Marketing Corporativo - mas o nosso dia a dia é a assessoria mediática e o aconselhamento estratégico de comunicação.

Sem resultados dos nossos clientes nos media, eles fogem. A inovação e mudança da GCI é de saudar, até porque J. M. Costa esclarece que a GCI não vai deixar de fazer «Media Relations«.

Bem jogado por Sócrates

Pedro Passos Coelho tem feito um caminho bom na liderança da oposição. Mas tem, apesar de todas as dificuldades e problemas que confrontar-se com um lutador.

José Sócrates é um político hábil e astuto. Ao deparar-se com o cenário de crescimento do PSD em todas sondagens (desde a primeira que divulguei) , tinha de ripostar.

Pedro Passos tem dois pontos fracos que podem ser aproveitados na vertente estratégica da comunicação política:

1 A apontada falta de experiência por não ter passado por cargos de decisão na área governativa e pública.

2 A sua visão liberal da economia e do papel do Estado. Nomeadamente o das regalias dadas na área social.

Pois bem, Sócrates começa a atacar pelo lado esquerdo do PS, um pouco na linha do discurso de Manuel Alegre contra o neoliberalismo e do desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde.

Sócrates viu que tem de recuperar a esquerda para galgar nas sondagens e abafar o "momentum" do PSD. Vamos ver o antídoto dos sociais-democratas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

O filho de Ronaldo e as redes sociais

Se há quem duvida ainda da força das redes sociais, basta a notícia do filho de Cristiano Ronaldo para dizimar qualquer suspeita.

Foi através do twitter e facebook que o craque anunciou algo que despertou as atenções do mundo. Hoje, devem ser filas de papparazzi e jornalistas de revistas "del corazón" a averiguar quem é a mãe.

Eu não sei quem é a mãe, mas não deve ser conhecida, senão, já se sabia nesta altura. Ou «uma camareira num dia de loucura», como diz um amigo meu, ou uma barriga de aluguer como já se fala em Portugal e em Inglaterra.

Aqui, onde a imprensa de escãndalos é muito mais forte têm-se feito paralelismos com o caso de Ricky Martin, algo que o jogador terá de defender pois a sua imagem vale milhões para as marcas.

Ronaldo tem assente a sua comunicação nas declarações da Gestifute e a título pessoal através das redes sociais, que têm sido mais eficazes.

Apesar do valor da sua marca, em Espanha, a sua imagem e do clâ que sempre o acompanha é o de "hortero" (parolo). Está na altura de Ronaldo aprender com Figo e Rui Costa que construíram imagem com outra reputação. É o passo que Ronaldo terá de tomar.

Outro exemplo da força das redes sociais é o que vamos assistindo com a sua namorada linda de morrer Irina. Declarações de amor por ele e pelo bébé, etc. É que as redes sociais têm isto: são um canal forte de comunicação, de construção de reputação e ainda têm o lado de reality show que traz audiências.

PS: vejo a notícia que carlos Queiroz terá direito a 800 mil euros pela triste prestação portuguesa. Não sou contra prémios nem salários altos para bons gestores. Mas ele não foi bom gestor.

Oráculo (55)

«O grande problema da comunicação é a ilusão de que ela ocorre»

George Bernard Shaw

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Consultores de comunicação e RP`s despidas

O Salvador acha que quando eu falo da APECOM é para a atacar. Não é verdade e, aqui, não é o caso.

Não sei se a APECOM já se pronunciou sobre este assunto, se o fez, publicitarei. Mas devia tomar uma posição, até porque isso tem a ver com o estatuto de quem trabalha em Conselho em Comunicação.

Muitas empresas recorrem a RP`s para conseguirem reunir vip`s para promoverem o seu trabalho de comunicação. Perfeitamente normal.

Mas tem surgido uma tendência que considero perigosa. Que é a de um grupo de senhoras (em maior número) e senhores se apresentarem como RP`s e apresentarem propostas na área da assessoria mediática.

Não sei se têm alguma experiência na matéria, mas muitas delas já se despiram nas revistas para homens e “del corazón”.

Depois reúnem um grupo de amigas e amigos (sempre os mesmos), têm dois ou três fotógrafos a quem vendem os exclusivos da sua vida pessoal (interessantíssima como imaginam) e que lhes dão cobertura.

Fazem-se umas fotos com uma série de pessoas mediáticas (para consumo popular) e a coisa está feita.

Acho que era importante separar bem as águas entre quem trabalha profissionalmente em conselho em comunicação e estas RP`s especialistas em mostrar o corpo. Acho que o mercado agradece.

António Colaço, o assessor

Vou falar da vertente clássica do Conselho em Comunicação, a assessoria de imprensa, hoje quando a mudança estratégica da GCI é anunciada, desfocando das «Media Relations».

Há 15 anos estreava-me no jornalismo, na área da política. Fiquei a acompanhar o PS no Parlamento e no Governo.

O primeiro assessor de imprensa que conheci foi o António Colaço. Um dos três clássicos em S. Bento (juntamente com o Zeca Mendonça e a Paula Barata).

O Colaço era o primeiro apoio dos jornalistas, sempre bem disposto, excelente pessoa, culto - o que dava asas a boas conversas - e ainda tive a sorte dele ser originário do concelho do meu pai, conhecendo muita gente que eu também conhecia.

Ele foi sempre um assessor de imprensa, nunca vestiu a pele nem de consultor nem de «spin doctor» (que abomina).

Exerceu bem a sua função e decide agora abandonar este trabalho no Grupo Parlamentar do PS. Os jornalistas parlamentares perdem um bom amigo.

domingo, 4 de julho de 2010

Fátima

Apesar do fim-de-semana ser marcado pela ida de João Moutinho para o Porto, fazendo primeira página de quase todos os jornais, houve outra transferência mais importante no mercado de comunicação.

Fátima Lopes troca SIC pela TVI. Segundo o "CM" até Balsemão interveio para tentar impedir o negócio.

Fátima faz as delícias das donas de casa e, habitualmente, comanda audiências e o mercado de publicidade das manhãs e tardes, pois já comandou programas nesses horários.

Com a TVI a manter a liderança do "prime time" com as novelas, a SIC tinha em Fátima um antídoto seguro para realizar bons "shares".

Com esta dentada da TVI, a SIC perde uma das suas armas mais poderosas. Além do mais, «a bomba« que uma vez Rangel anunciou para o "Perdoa-me", era uma das resistentes dos primeiros tempos dessa SIC que alterou o nosso mercado audiovisual.

A perda de uma estrela é sempre um golpe moral numa equipa. Esta perda é grave para a SIC, vamos ver se não teremos novos contra-ataques.

sábado, 3 de julho de 2010

Vara

Não tenho nada contra Armando Vara. Algumas pessoas falam-me da sua simpatia e afabililidade. Porém, não tem currículo para ser administrador de nada.

Vara é um homem que se deslumbrou com o poder. Que construiu uma reputação a troco de favores prestados ao partido e ao grupo de amigos que constituiu no PS.

Até pode ser uma pessoa hábil no networking, mas isso não lhe permite passar de simples balconista em Trás-os-Montes a administrador de um dos principais bancos portugueses.

Vara tem direito a defender-se das acusações que lhe são feitas e, se for inocente, voltar a fazer o que lhe apetece. Agora, uma coisa é a verdade outra a competência para gerir bancos.

Vara foi sempre um dos símbolos do aparelhismo de grau zero que circula na política. Há um cansaço generalizado sobre este tipo de gente em Portugal.

Que este, e outros, todos os que aparecem diariamente em transcrições nos jornais a falar de «limpar o gajo», «TVI» e do «chefe» saiam de cena. O ar precisa de ser limpo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

«O senhor que se segue»

Há quem não goste do arquitecto Saraiva, mas verdade seja dita sabe ler a atmosfera que paira no ar.

No seu editorial de hoje, vemos uma foto de Pedro Passos Coelho e o título: «o senhor que se segue».

E cria na sua escrita de traço simples e incisiva um poderoso soundbyte: «só se dispensa um Primeiro-Ministro (ou um namorado) quando se arranja outro melhor».

E fala que Pedro Passos tem de se dar a conhecer melhor, nomeadamente as suas opiniões sobre diversas àreas da governação. Sei que ele prepara essa intervenção com uma visão mais ampla dos diversos problemas e opções para Portugal.

PS: No mesmo Sol, José António Lima critica a perpetuação de Queiroz como seleccionador, dizendo que se prepara para ser o Domenech português. Aqui discordo; o francês é maluco e incompetente como seleccionador, Queiroz é apenas incompetente.

Oráculo (54)

«A beleza é a marca do que é bem feito, seja um universo, seja um objecto»

S. Tomás de Aquino

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Parque Mayer: «Projecto sem sonho»

Ontem, na Câmara de Lisboa, o arquitecto Manuel Aires Mateus apresentou o seu projecto para o Parque Mayer.

Diria que é o projecto e uma busca de solução possível para aquela zona que precisa de ser revitalizada.

Pedro Santana Lopes comentou para a Lusa e Público que este era um «projecto sem sonho». E fez bem.

Quando visitamos cidades por esse mundo fora, procuramos os monumentos e as belezas naturais. Muitas vezes nos interrogamos que herança deixaremos para os que virão.

Pois bem, os monumentos contemporâneos do futuro são as criações dos grandes arquitectos.

PSL, durante o tempo em que liderou Lisboa, tirou da cartola Frank Gehry, Jean Nouvel, Norman Foster, Siza Vieira.

O único projecto de que não era fã foram as famosas torres de Siza em Alcântara. O de Nouvel, também em Alcântara, era óptimo; o de Foster para a revitalização e mudança total da zona de Santos era genial; e o de Gehry no Parque Mayer era fantástico.

Muitos não perceberam, pelo parolismo nacional reinante, que o de Gehry se pagava por si próprio, pela atractividade que ia gerar, tal como o fez em Bilbau onde o seu traço assinou o Guggenheim. E colocou Bilbau no mapa.

Este projecto de Aires Mateus é respeitável, mas não tem «magia», como Gehry, um homem genial, gostava de falar sobre o Parque Mayer. PSL, na aposta nos grandes arquitectos, tinha razão antes de tempo. O tempo o dirá.

Comunicação da Selecção

Já tinha escrito que somos um país bipolar. Depressivo depois da Costa do Marfim, eufórico depois de goleada a um bando de desgraçados que vai parar a minas de carvão na Coreia do Norte.

Desta selecção não esperava nada. Não acredito em Queiroz e achei um erro o BES centralizar o seu feeling na figura de um homem que não agrada ao povo português.

Queiroz é um homem prisioneiro dos seus medos, muito bom a planear e a trabalhar com jovens, mas nunca ganhou nada enquanto treinador sénior. Por isso, previa termos uma campanha pífia. É um "looser" e isso é tão fácil detectar na cara das pessoas.

Cristiano Ronaldo falou a quente. E em comunicação nada pior do que falar a quente. É um jogador fenomenal, bom rapaz, mas não gosto, naturalmente, de por cada jogada feita se olhar aos ecrãs. Sabemos que adora espelhos e adora mirar-se.

Mas é um jogador de futebol não é um modelo. O que disse sobre Queiroz é correcto, mas não o podia dizer ali nem naquele momento.

Mourinho, ontem, defendeu-o. Dizendo que não deixará sobre a responsabilidade de um jogador os resultados de uma equipa. «Quando ganhamos ganham todos, quando perdemos, perco eu».

Jesus hoje afirma: «tínhamos equipa para ganhar o mundial». Se era assim, só se esqueceu de apontar o responsável pelo fracasso.

O problema é que o responsável pelo fracasso vai continuar mais dois anos. Os portugueses que passaram a confiar na selecção com Scolari, agora, já perderam essa confiança.

Entraremos para os jogos com moral em baixa. Só por isso, o trabalho de Queiroz foi um desastre. O futebol péssimo e a ambição nula para acrescentar ao caldo. E a comunicação foi sempre medíocre.