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quarta-feira, 4 de junho de 2014

D. Juan Carlos disse tudo, dizendo pouco

Muitos criticaram o discurso de abdicação do rei D. Juan Carlos. Por exemplo, o Público salientava a importância do discurso de despedida da raínha Beatriz da Holanda, em detrimento do monarca espanhol de quem outros disseram que era um discurso pobre e curto.

Mas na mensagem do soberano espanhol o que importava, como mencionou o El País na sua última página de ontem, eram as fotos que estavam à sua esquerda na comunicação que realizou e que no seu País todos viram. Uma com o seu pai, o conde de Barcelona, e outra com o sucessor filipe e a sua neta Leonor.

Por vezes, na comunicação, diz-se muito, falando pouco. A presença do subliminar impõe-se às palavras. Naquelas duas molduras, e no homem que comunicava, estava o passado, o presente e o futuro. A continuidade dinástica, a estabilidade de uma monarquia, a âncora de um regime. D. Juan Carlos disse pouco, mas estava lá tudo.  

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A abdicação do Rei D. Juan Carlos

O momento talvez seja uma surpresa. Mas a abdicação do rei D. Juan Carlos era neste momento necessária. Nunca a Coroa espanhola teve tão baixos índices de popularidade, esteve envolvida em tantos escândalos e teve a sua reputação tão abalada como agora.

Há duas semanas a comunicação da Casa Real, nos maiores jornais espanhois, El Pais, El Mundo e no mais próximo da sua política, o ABC, lançou uma bateria de promoção da princesa Letizia, talvez o ponto fraco mediático do seu sucessor, o príncipe Filipe, que há muito está preparado para o exercício dos seus poderes e tem ainda uma popularidade e um prestígio elevado.

D. Juan Carlos não ficará mal visto pela história, pesem as caçadas e as amantes. Quando está prestes a completar 75 anos e 40 anos de reinado, ele foi o monarca que uniu os espanhois, que durante décadas impediu a secessão das várias nacionalidades do seu território, que liderou com o apoio de Adolfo Suarez o processo de transição para a democracia e liberdade.

O seu reinado, e a sua família real, foram durante muitos anos os alicerces da marca Espanha e muita gente não liga a estas coisas do marketing, mas um País tem vários focos de reforço da sua reputação e a Coroa espanhola foi um dos vértices da sua promoção internacional.

E não esqueço que Juan Carlos era um amigo e gostava de Portugal. País que o acolheu e onde viveu a sua juventude por exílio do seu pai e onde tem muitos amigos. Sai o Rei, venha o novo Rei.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Rei de Espanha baixa o seu próprio salário

Não sou monárquico mas reconheço o importante papel do Rei Juan Carlos na consolidação da democracia espanhola. Nos últimos tempos viu a sua família, e ele próprio, envolta em escândalos que, drasticamente, diminuíram a popularidade da casa real.

Espanha atravessa uma grave crise, tão ou mais grave que a nossa, e este gesto do Rei, de baixar o seu salário, para lá de sensato, é boa comunicação e cai bem junto dos seus.

Por cá, ainda não vi Cavaco Silva preocupar-se em fazer o mesmo. E devia

quinta-feira, 15 de março de 2012

Rei Juan Carlos de Espanha é engraçado

Nos últimos tempos ssustou os espanhóis com uma possível doença grave, depois um livro revelou centenas de amantes e uma má relação com a raínha Sofia, ainda veio mais uma notícia de que tinha tido um caso com a Lady Diana, por último o escândalo financeiro com o seu genro.

Tudo isto beliscou a boa imagem da casa monárquica espanhola, que é discreta habitualmente e cuidadosa em termos comunicacionais, como deve ser a instituição. Este momento de humor do rei é uma lufada de ar fresco e reforça a simpatia da sua imagem.