Decorre o moroso processo eleitoral na Índia que confronta o Partido do Congresso, da família Nehru-Gandhi, ao BJP que pela primeira vez sairá vencedor, liderado por Narenda Modi. A Índia é um país fascinante, uma potência emergente, tecnologicamente pujante, mas aos olhos dos valores da sociedade ocidental completamente atrasado.
Os temas de campanha têm sido a economia e o papel da nação na esfera internacional. Mas o mais importante dos temas, a condição das mulheres, não agarrou a plateia por a Índia ser um país extremamente conservador em que o papel da mulher é desvalorizado e ignorado.
Rahul Gandhi, candidato do Partido do Congresso, ainda tentou meter o assunto na agenda, até para salvá-la: «Qual superpotência. Antes de falarmos em superpotência, temos que fazer com que as mulheres se sintam seguras num autocarro» (fonte Público).
Como menciona o jornal, as mulheres na Índia «são espancadas, violadas e assassinadas todos os dias. A violência de género é tratada como inevitável». Um miúdo de 8 anos chega a dizer: «todos os homens batem nas mulheres e um dia eu vou fazer o mesmo».
O Ocidente não é melhor que o Oriente, mas os seus valores de dignidade e respeito no tratamento das mulheres ainda não chegaram a muitos sítios no mundo. Países que não respeitam as mulheres, podem ser ricos, podem ter bombas atómicas, podem ser poderosos, mas nunca deixarão de ser atrasados.
terça-feira, 22 de abril de 2014
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