domingo, 28 de fevereiro de 2010

Marcelo

Hoje é o último programa de Marcelo Rebelo de Sousa na RTP, mas nem me vou pronunciar sobre silenciamento de possíveis vozes dissonantes.

Prefiro escrever sobre ele. Marcelo foi meu professor de ciência política na Católica(por sinal a minha melhor nota quando estive em Direito)e ainda bem me lembro a naturalidade com que chegava meia-hora atrasado às aulas, divertidíssimo enquanto assobiava ou cantarolava.

Foi com essa mesma naturalidade que com análise política conquistou os portugueses, entrando pelas nossas casas aos domingos. Não esquecer que depois da derrota em Lisboa, com o famoso mergulho no Tejo, e da saída da liderança do PSD, Marcelo perdeu ilusões.

Foi na TSF e depois na TVI que o professor atingiu níveis de reconhecimento ímpares, tornando-se uma das pessoas com um maior grau de notoriedade pública e taxas de popularidade estratosféricas.

Para mim, nunca abandonou o seu perfil florentino. Porque era muitas vezes analista em causa própria. Mas que vertia inteligência e sagacidade muito mais rápido do que a sua própria sombra.

Marcelo é um homem ambicioso, que se fixou no objectivo Belém. Por isso, para já, neste momento do PSD, Cristo não vai descer à Terra.

Qualquer dia também estará de regresso numa televisão perto de si. E com metade do país político no sábado já à espera do que «é que vai dizer o Marcelo». Tornou-se um hábito.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ambiente no PSD

Ontem, quando me ia dedicar ao meu momento ecológico na rua, a separação do lixo consoante as cores, uma pessoa que faz grandes entrevistas pergunta-me: «olá! então o que é que se passa no PSD?».

«Estive fora uns dias, mas está tudo calmo», ainda acrescentou.

Eu respondi-lhe: quando há um combate a dois é um duelo, um combate a três é uma zaragata. Por isso, o ambiente é estranho. Muito estranho. Porque o silêncio antes do combate só me diz que será brutal.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tejo

Hoje, almocei à portuguesa (duas horas e meia de almoço, mas fantástico) com um novo cliente, na margem sul.

Tinha outra opção, mas decidi vir de barco. Desde 2004 que não passeava pelo Tejo e isso infelizmente é um privilégio que não é generalizado.

Chegar a Lisboa e vê-la do nosso rio é uma sensação única, mas a crescente construção de edifícios inexplicáveis e o estaleiro em frente ao Terreiro do Paço que já lá está há 15 anos estragam a delícia de vista.

Lisboa tem de tratar melhor este postal como não há muitos no mundo.

Costinha no Sporting

Fico satisfeito com a entrada pela porta grande de Alvalade de Costinha. Provavelmente, um dos jogadores que mais cuidado tem com a imagem e que, nos tempos do Mónaco, os seus colegas chamavam "Le Ministre".

Porque ia sempre para os treinos de fato e, muitas, se calhar seguindo o conselho de alguma agência de comunicação, também de gravata. Fico satisfeito por alguns motivos.

1- Costinha é um ferrenho sportinguista (tal como Maniche, diga-se de passagem, que fez o meio-campo de Mourinho de um Porto conquistador).

2- Costinha por onde passou sempre teve um perfil de líder, e no balneário muito respeitado pelos colegas.

3- Tem diversas experiências desportivas com mentalidade de vitória e conhece bem diversas organizações que funcionam com profissionalismo.

4 - o motivo mais divertido: estão de regresso os fatos Prada ao futebol português.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Marinho Pinto

António Marinho Pinto anunciou hoje a sua recandidatura a bastonário da Ordem dos Advogados, li no Público.

É uma decisão que só encontra paralelo na recandidatura de Júlio Castro Caldas, em 1995 (então contra o malogrado Carlos Olavo). Pois não há a tradição dos Bastonários prolongarem o seu mandato.

E é uma péssima decisão. Marinho Pinto tem sido um Bastonário medíocre, trauliteiro, acintoso. É um líder sindical e não é disso que os advogados precisam.

Esta classe que já conta com mais de 27 mil profissionais exige discrição, tranquilidade e influência. Marinho Pinto de tudo isto tem ZERO.

Depois, ninguém esquece que todos os líderes dos conselhos distritais da Ordem estão contra ele, não é que tenham um candidato melhor, mas é um sinal.

E ninguém esquece que este é o primeiro Bastonário a atribuir um salário a si próprio e que, com certeza, lhe dará muito jeito. Aliás, face á modéstia do seu escritório não tenho dúvidas em que lhe dá mesmo muito jeito.

Marinho tem deixado a reputação e a influência dos advogados de rastos porque ele é apenas um justiceiro dos descamisados, uma Evita Péron made in Coimbra que decidiu ganhar projecção por este lado.

A importância das palavras

Sempre liguei à importância das palavras. Quem trabalha em comunicação deve estar atento às audiências, às tendências.

Para isso, logicamente, é preciso ter algum talento e ler o que se passa. Quando me refiro a ler, não toco apenas na leitura de jornais e de livros. Toco na leitura dos movimentos da sociedade.

Por isso, se estiverem atentos, vão ver que, em breve, o CDS, vai trocar a palavra videogilância (e foram eles que mais se bateram por isso em Portugal, nomeadamente o meu amigo Nuno Magalhães, o deputado mais conhecedor da área de segurança da Assembleia da República) por outra.

Vão começar a falar em videoprotecção. Porquê?

Porque todas as pessoas querem ser protegidas, mas odeiam ser vigiadas.

Autor da mudança: Paulo Portas; Fazedor: Nuno Mgalhães; Inspirador: Nicolas Sarkozy.

E assim se compreende a importância das palavras.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O cinismo do Polvo

Para quem viu as 10 temporadas do Polvo, série italiana da RAI em co-produção com várias outras televisões, sabe que é um autêntico tratado sobre o poder, nomeadamente o oculto, a corrupção, a mafia e o combate da justiça.

É um compêndio extraordinário de personagens fascinantes e de diálogos bem construídos. Na temporada 4, uma das melhores para mim, com o assalto ao poder financeiro de uma das mais carismáticas personagens em televisão, Tano Cariddi (o actor Remo Girone) assistem-se a diversas pérolas para quem gosta de determinados movimentos.

Numa conversa numa sauna, Spinoza - o detentor do poder oculto - fala com Salimbeni o senador que representa o poder corrompido: «para quê servir-se de um soldado gasto quando se tem um jovem Napoleão?»; «o ataque serve para surpreender o adversário, surpreendê-lo, desorientá-lo. Mas depois, para ganhar realmente, é preciso ter o controlo do céu e do mar».

Já no final da série, o mesmo Spinoza (o actor Bruno Cremer) destila todo o cinismo que vigora nesta série: «para a democracia, a corrupção é exactamente o óleo para um motor. Tem um cheiro nauseabundo e suja, mas não se pode passar sem isso».

PS: os mesmos cretinos de sempre, que só me fazem rir, pois para quem não sabe eu adoro que me venham chatear, lá voltaram ontem por via anónima - como sempre - a mandar dois comentários para o meu blog. O ressentido e o que vive à conta do Estado, pois já lhes conheço o estilo, ainda não perceberam que neste blog eu publico o que eu quero e me apetece porque é meu. Há uma regra muito simples na vida - e ontem até era um post bem tranquilo e mais existencialista - quem não gosta não compra. Quem não gosta para que é que se vem aqui martirizar com as minhas palavras? Falta do que fazer, pobreza de espírito e pouca inteligência, diria eu.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O sentido da vida

Hoje fui conhecer a realidade de um novo cliente. Foi primeiro de manhã, depois mais duas violentas horas à tarde. Saberão em breve qual é.

O que me marcou foi perceber que tudo o que fazemos na vida tem muito pouca importância. Somos grãozinhos na areia se não formos felizes.

Ver uma série de grandes profissionais trabalhar com amor diz como é tão irrelevante tanta mesquinhez, tanta disputa, tantos problemas que não existem e que se resolvem com uma conversa ou um pedido de desculpas (estou a falar em termos gerais, não tem nada a ver com o mercado).

Há muita gente que precisa de amor, ternura e um pouco da nossa entrega. Este foi um momento muito importante para mim.

Dei por mim a pensar qual o sentido da vida? Seria mais feliz ali a ajudar ou a trabalhar em comunicação há 15 anos?

Há uma pessoa que hoje é minha inimiga que costumava dizer, simpaticamente, que eu era muito melhor pessoa do que vendia. Este é o meu momento pessoal, o Rui agressivo e impiedoso volta um destes dias.

Lost

Se há série que nos últimos 5 anos tenho vindo a acompanhar é Lost. Tornou-se um fenómeno de culto mundial, com uma mitologia própria, com teorias próprias de conspiração, com grupos formados em todo o mundo. Tornando-se um fenómeno de comunicação nas redes sociais.

Nesta 6a temporada que a Fox tem passado, vai no segundo episódio, parece que se confirma uma suspeita de um amigo sobre ela. Ele sempre se recusou a acompanhá-la porque me dizia que odeia séries em que «parece que estão a tourear» o espectador.

Para já uma desilusão, quando tínhamos Damages - Sem Escrúpulos, Dexter e Mentes Perigosas em grande forma e Californication sempre divertido.

Lost é uma série sobre gente perdida, mas onde combate o Bem e o Mal, com os seus naturais bonzinhos e vilões. Onde o Bem e o Mal parece que vão mudando de lado a cada temporada que passa. E a história do mundo sempre foi assim. Prometem um final de temporada «brutal» o que alimenta os fãs. Mas nunca houve uma temporada tão pouco comentada como esta. Há demasiados saltos e quando assim é a paciência esgota-se.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Madeira (2)

Só uma nota sobre o que falei ontem.

O jornal Nacional da Globo, que passa em Portugal à meia-noite, para ilustrar a tragédia da Madeira começou a peça com a imagem de Ronaldo a mostrar a camisola interior depois do golo marcado, foi de certeza assim em muitas partes do mundo.

Foi um grande momento de comunicação de um jogador sobreexposto mediaticamente mas que todos dizem ser bom rapaz. Solidário com a sua terra foi.

A estupidez e o brilhantismo ao almoço

Almocei hoje com mais quatro pessoas no Gatopardo, no Hotel D Pedro, e que é sempre um espaço simpático.

Um dos mais brilhantes políticos que conheço dizia com muita piada depois de eu ter falado dos riscos das redes sociais, nomeadamente o facto de qualquer medíocre ter os seus quinze minutos de fama nestas plataformas disponíveis o seguinte:

«A estupidez é uma capacidade que é infinita, e é irreversível numa pessoa estúpida que acha que é inteligente». Sábias palavras.

Madeira

Todo o país ficou perplexo e depois solidário com o que se passou na Madeira. Mas o mundo ficou a conhecer esta tragédia melhor, ontem.

Bastou um golo de Cristiano Ronaldo frente ao Villareal e ter mostrado a camisola interior com a palavra escrita MADEIRA para que milhões de pessoas reforcem o seu pesar face à tragédia que marcou aquela bela ilha.

Comunicação é isto e Ronaldo já tinha dito que ia ajudar a sua terra. Melhor ajuda não podia haver.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Passos, Rangel, Aguiar e uma nota

Pedro Passos Coelho - sou amigo pessoal dele, e do Miguel Relvas, conheço-o melhor do que os outros rivais. Ao contrário do que se tenta passar está bem preparado, é um político impoluto e que é muito cuidadoso nas suas intervenções.
A sua falta de currículo não é um óbice, pois gosta de se rodear bem e há muito tempo que tem gente leal a ajudá-lo.
Ás vezes é demasiado formatado e institucional, por isso a sua melhor entrevista foi a Judite de Sousa onde pela primeira vez disparou chumbo grosso sobre os rivais.
E é neste momento o que atrai mais quadros valiosos e independentes para o PSD.
Se as eleições fossem hoje ganharia o partido. No campeonato da esperança rivaliza com Rangel. Mas ganha na imagem.

Paulo Rangel - é uma máquina de sounbytes, enérgico, extremamente inteligente, mas só tem dois anos de PSD. Conta com a estrutura de apoio da JSD e o apoio discreto de Morais Sarmento.
Há quem diga que é um produto do CDS, é verdade. Teve uma vitória nas europeias que foi mais demérito do PS do que mérito dele, mas posicionou-se como esperança.
Conto uma história desconhecida: este ano a Gonçalves Pereira Castelo Branco & associados (onde é advogado) convidou-o para orador no seu jantar de Natal. Durante a intervenção foi interrompido pelo patriarca do escritório que não gosta de ouvir erros. Rangel retorquiu indo à origem etimológica da palavra que proferiu. André Gonçalves Pereira teve de dizer: «dr. depois disto vejo que não tenho razão», o que para quem conhece o patriarca sabe como isso é difícil.
Rangel é um homem culto, sem dúvida, e isso é bom em todas as áreas de actividade.
Falta-lhe alguma maturidade, mas fora do PSD também está forte.

Aguiar Branco - confesso que é o que gosto menos. Como me dizia uma pessoa que o conhece bem é uma espécie de jogador argentino. Isto é, sabe o seu valor mas acha que vale o dobro.
A Aguiar Branco falta-lhe muito jeito, mas tem Agostinho Branquinho o que é um bom trunfo e o apoio discreto de Rio. Consegue partir o Porto e está forte em Braga.
Tem sido um razoável líder parlamentar e foi o mais leal com Manuela nos seus combates, o que pode ser letal numa altura em que o PSD está sedento de vitórias.

Nota - Muito importante não esquecer que há um congresso antes e o melhor orador é Rangel, seguido de Passos e Aguiar é mesmo muito fraquinho como verão. Mas nunca esquecer que em Congressos abertos como este pode haver um golpe de teatro e uma tentativa de unificação. Por exemplo, um cenário como aparecer alguém como candidato a líder do partido que apresente um nome diferente para candidato a Primeiro-Ministro. E aguardem um espectáculo mediático porque este congresso será extremamente emocional. Discursos a seguir:Santana, Menezes, Jardim, Ângelo, Ribau e Bota geralmente os melhores oradores.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Alexander Haig

Vejo pelo blog do Nuno Gouveia, o Era uma vez na América, que recomendo, que morreu o Alexander Haig.

Disse-se dele que podia ter sido o "garganta funda" pois era um homem conspirativo e ambicioso.

Para quem já leu os diários de Ronald Reagan vê-se como no seu primeiro mandato ele era um dos mais instáveis e que mais trabalho deu a um dos melhores presidente americanos.

Vaidoso, sempre com imagem cuidada, era tido como um dos falcões conservadores oriundos das Forças Armadas, foi muitas vezes falado para a Casa Branca mas nunca teve aliados porque jogava apenas para si próprio. Juntamente com Kissinger e james Baker é um dos homens de poder americanos que recordava muitas vezes.

Nobre para urgências

O candidato Fernando Nobre diz hoje ao Expresso «sou especialista em situações de urgência». Vai ser como já tinha escrito o sentido da sua candidatura.

Um candidato anti-sistema, sem vícios, numa altura em que o regime não está bem e, naturalmente, terá o apoio de figuras gradas do soarismo, também já o sublinhei.

Alegre resmunga, fala em «ressentimentos», mas é sempre assim na vida quando alguém aspira a algo e perde peças importantes no seu apoio. Alegre, com Nobre na corrida, fica mais fraco. Cavaco está mais descansado e continuará na sua pose esfíngica controlando o jogo via Belém.

Nobre é um bom candidato para as elites e cidades, mas ainda não tem a notoriedade nacional que o pode tornar perigoso, mas vai crescer.

Oráculo (17)

Dizem que um homem fica louco com quatro copos e uma mulher com quatro beijos.
Máxima de autor desconhecido, mas muito perspicaz.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

À deriva *

Portugal está numa encruzilhada em que, obrigatoriamente, vai ter de se definir.
Portugal perdeu, pois trocou, um Governo de maioria absoluta por um de relativa ingovernabilidade.
Portugal está numa fase em que desacredita de si mesmo e de quem o governa. Quem nos governa perde milhares de horas com casamentos de homossexuais – respeito imenso – sem encontrar resposta nem uma poção mágica para os nossos problemas.
Mas Sócrates, apesar das inconsistências e da inexistência de centelha reformadora, está sossegado pois a sua oposição aguarda um congresso que será de catarse para se encontrar um momento agregador e purificador.
O PSD tem uma líder mas quer outro líder. Todos querem ser líderes, mas ninguém se assume. Um notável jogo de sombras e de omissões está a marcar este palco do PSD, um momento muito interessante para quem gosta destas coisas e que augura um congresso muito emocional, mais à medida dos melhores tribunos.
Daí que seja cada vez mais importante o que se vai passar na corrida a Belém. Cavaco Silva - nenhum Presidente deixou de se recandidatar desde Ramalho Eanes - tem garantido o apoio em uníssono do centro-direita. Ele que tem sido um contra-poder do Governo e que mantém ora paz e amor com Sócrates ou uma relação tensa.
O curioso é o que se passa à esquerda. Manuel Alegre – que dá grande entrevista à Frontline nesta edição – será o único candidato com força agregadora, capaz de unir toda a esquerda. Mas o PS pensará, a união da esquerda pode fazer perder o centro, daí as últimas declarações de Alegre que já vai dizendo que tem muitos apelos para se candidatar de pessoas do centro e da direita.
A ciência política ensina que quando há frentes polarizadas e unidas, isso pode assustar o centro. Sócrates nunca repeliu o centro e essa é a lição que leva alguns socialistas a preferir outro candidato.
Nomeadamente os soaristas que não esquecem o que passou o pai da democracia nas últimas presidenciais em que teve uma mancha no currículo ficando em terceiro lugar e ainda contando com o apoio do PS.
Pessoalmente, continuo a achar muito difícil este combate para Manuel Alegre. Cavaco tem mais experiência política num momento de grave crise que atravessa o país. Alegre lá vai dizendo, e bem, que um Presidente não governa. É um facto, mas é uma referência de estabilidade e nós portugueses, apesar da aprovação de algumas leis sobre temas fracturantes, ainda somos muito conservadores.
Mas enquanto estas lutas e cenários se vão acentuar, Portugal continua à deriva.

PS: Publicado na Frontline deste mês

Lula e Dilma

No Congresso do PT vamos assistir à maior das manobras de promoção da democracia brasileira.

Lula meteu na cabeça que Dilma é que é. Que o Brasil ficará bem se ele for sucedido e governado por uma mulher.

Nesta fase promocional que já comecou, em que Dilma Roussef tem aparecido sempre nas grandes ocasiões com um presidente que os brasileiros amam, a ministra tem um grupo contra ela já no facebook e no twitter e tem estado carregada de "gaffes". E eu confesso que também não sou fâ.

É um jogo difícil, também de uma vida, de um homem que marcará a história do Brasil. Mas nesta fase, com carnaval à mistura e com um Big Brother Brasil 10, o mais arco-íris de sempre com três gays, dois pitbulls, uma dançarina de discoteca, um bom rapazinho, um casal apaixonado e uma dentista/boneca linda (a Fernanda) este congresso está ameaçado pela falta de atenção que pode despertar.

O melhor candidato no terreno é José Serra (o meu preferido seria Aécio Neves, governador de Minas Gerais), o magnífico governador de S. Paulo, com uma enorme tarimba e uma enorme popularidade.

O PSDB sonhou com a chapa puro-sangue, Serra/Aécio, S.Paulo/Minas (que garantiriam dois terços de dois dos Estados mais importantes) mas isso não irá acontecer. O PT sonha juntar as suas fichas com o melhor da organização partidária mais articulada o PMDB, mas será um combate difícil, numa das eleições mais interessantes de acompanhar para quem gosta de marketing político.

PS: tenho pena que o nosso amigo Nuno Gouveia esteja focado nos Estados Unidos, se não estiver e gostar do Brasil convido-o para escrever aqui sobre o nosso belo e fraterno país-irmão.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Conversa no Lollipop

-Então a Special One está sem clientes? Então está à beira da falência?

- O calafate adora levar empresas à falência...

- Então é verdade da falência?

- Ainda acreditas em vigaristas? Está tudo óptimo...

- Não percebo...

- Sete clientes com fee mensal e um pro-bono achas mal?

- Mas não é isso que eu ouvia...

- Nunca te fies no que ouves...sobretudo se quem fala não ganha um cliente há seis meses....

- Mas o Calafate está feliz?

- Parece que sim, ele sempre sonhou trabalhar num grupo de restauração...

- Então e o carnaval?

- Carnaval é tempo dos verdadeiros palhaços...

- Mas o calafate não diz nada?

- Parece que nesta altura ele só se lembrou do Aurélio, da Margarida e da Jessica...

Spinning (2)

Se bem se recordam esta semana o Sol esgotou nas bancas por causa da publicação de mais linhas sobre um possível plano de controlo da comunicação pelo Governo. Já escrevi o suficiente sobre esse assunto. Porém, deixo uma reflexão.

1- O Sol apostou nessa linha de intervenção de uma série de homens de confiança de Sócrates para comprovar a sua tese.

2- Alguns dos factos ali reproduzidos são repugnantes.

3- As duas últimas edições do Sol fizeram crescer a percepção na opinião pública de que o PS quer controlar a comunicação social e silenciar ou "limpar" algumas peças da engrenagem.

4- Como comentei com algumas pessoas com responsabilidades a estratégia a ser executada, se eu estivesse nessa posição, era simples. "Queimar" Rui Pedro Soares (Paulo Penedos será protegido) e lançar Sócrates para uma nova fase de decisão e confronto com Belém, acompanhado de uma série de intervenções do melhor do PS (reparem que já defenderam Sócrates, Vitorino, Costa e Mário Soares, por exemplo). E tentar deixar cair uma ou outra história com impacto para diminuir o impacto das histórias do Sol.

5- Mas algo de extraordinário ninguém comentou. O Sol fala na sua tese de atentados contra a liberdade de imprensa, porém, esqueceu-se de explicar melhor uma coisa: é que da sua famosa última edição, houve duas páginas que não seguiram para a edição de Angola (segundo o jornal por dificuldades técnicas). Porque será? Por total liberdade de imprensa naquele país africano? Por tentativa de controlo do Governo Sócrates?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mário Alberto Nobre Soares

A candidatura de Fernando Nobre só me diz que os seguidores de Mário Alberto Nobre Soares não perdoam a Alegre e nunca brincam em serviço.

Mas será engraçado ver um outsider da política no combate no terreno contra dois candidatos que andam nisto há décadas. O discurso, tenho a certeza, será inovador e contra o sistema.

Spinning

Quando de manhã uma manchete de jornal pode ser explosiva, quando se augura que essa vai ser a história dos próximos dias, pode acontecer uma situação de crise, ou não.

Quando essa manchete e notícia já não aparece nos jornais televisivos do prime-time, quando nenhum jornal lhe pega e o próprio jornal nem faz follow-up da história, significa que ali houve spinning e a situação de crise ficou controlada.

Estiveram atentos aos últimos dias? Então verifiquem...

PS: uma ajuda: não estava a falar do Governo.

Dicionário da Comunicação

Por acaso gosto de atletismo, sobretudo as grandes competições internacionais como Mundiais ou Jogos Olímpicos.

Mas não gosto muito de utilizar metáforas com este desporto, a não ser aquilo que tem em comum com outros que é todos terem uma meta. Pois todas as organizações e também qualquer ser humano tem os seus objectivos.

Tenho aprendido no léxico da comunicação (nada a ver com o iletrado, inculto, que dizia que não falava cirílico, aliás ninguém no mundo fala, esclareço eu que sei escrever em cirílico porque tive dois anos de russo) que há uns que gostam de falar de sprinters e maratonistas.

Sobre sprinters nada a acrescentar, porém, aprendi algo no mundo da comunicação. Quando alguém fala que determinada coisa é para maratonistas é simples: disfarça apenas que não tem clientes ou as coisas não estão a correr como o previsto.

Confesso-lhes que se há prova que considero chata e monótona é a maratona. Preferia ver o Michael Jonhson (200m), Edwin Moses (400m barreiras), Said Aouita (o grande campeão marroquino das provas de fundo e meio-fundo) e a Marion Jones.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Oráculo (16)

«Se tens duas mulheres perdes a alma, se tens duas casas perdes a cabeça»
Eric Rohmer, numa das suas Comédias e Provérbios

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cimpor e uma aliança importante

A melhor manchete de hoje é a do Jornal de Negócios que releva o facto de haver uma disputa brasileira pelo controlo de uma empresa portuguesa a Cimpor.

Votorantim, Camargo Corrêa e CSN digladiam-se pelo controlo da nossa cimenteira mais conhecida. Com um pano de fundo muito relevante que é o surto de construção e obras públicas que o Brasil vai viver com os Jogos Olímpicos e o Mundial de Futebol que se vão ali viver.

Relevo o facto de duas das mais importantes consultoras de comunicação estarem a prestar serviços de aconselhamento estratégico e assessoria mediática a dois players. LPM com a CSN e a Imago com a Camargo. O que é muito positivo para o sector, numa luta limpa e com elevação.

PS: já tinha dado os parabéns ao Salvador e à Domingas, mas ainda não o tinha feito publicamente. Desejo felicidades ao casamento Lift/Frontpage e é importante também para reforço do sector esta fusão. Como eu lhes disse, isto é que é um verdadeiro negócio.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Mad Men, persuasão e apresentação

Na segunda temporada desta fantástica e premiadíssima série sobre o universo "ad people", numa festa, a ex-secretária de Donald Draper é "atacada" por um jovem.

«Trabalho no ramo da persuasão e a tua aparência desilude-me».

Ou como em todas as áreas de actividade a nossa apresentação, a nossa educação, a classe (que é algo que não tem preço e não estou a falar de classes sociais, como entenderão), o que dizemos e escrevemos conta para aqueles que devem confiar em nós.

Boa iniciativa

Uma boa ideia da Meios e Publicidade fazer estes prémios para galardoar várias áreas do Design. Ver aqui

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A gente de Smiley

Neste momento leio Cossacos, de Tolstoi (edição Relógio d`Água) e o sempre fantástico John Le Carré, nesta nova reedição de A Gente de Smiley (da D. Quixote, julgo que havia uma antiga da Europa-América) que gostava de sugerir para este fim de semana.

Para mim, Le Carré, com o tempo tornou-se um dos melhores escritores ingleses, escapando apenas à visão de um homem que só escrevia livros de espionagem. No prefácio escrito em 2000 ele deixa algumas coisas que deixo como aperitivo, desta fase em que se tornou um dos homens que melhor compreendeu a Guerra Fria.

«A espionagem em todas as suas diversas formas, era no fim de contas aquilo que a Guerra Fria tinha como campo de batalha, sendo os espiões as suas tropas no terreno».

«Smiley possuía uma visão do mundo antiquada, onde via mudança sofria».

E sobre uma frase de um comediante de Berlim quando o Muro foi demolido: «Perdeu o lado certo, mas venceu o lado errado. Queria ele dizer, creio eu, que, depois de derrotar o comunismo, se nos coloca o problema de saber como lidar com a nossa própria ganância e com a nossa indiferença perante o sofrimento no mundo exterior ao nosso».

Ou como diz uma personagem mais à frente: «a minha vida na Rússia não era imoral. O que era imoral era o nosso sistema».

Um grande livro que é o confronto final entre Smiley e o seu oposto, do KGB, o agente com o nome de código Karla. Que recomendo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Cavaco e a política

Hoje almocei com cinco pessoas do PSD, por motivos profissionais. retiro dois momentos de um dos militantes mais antigos deste partido.

«O tempo que passei na política não foi currículo, foi cadastro».

E sobre o actual Presidente da República foi ainda mais verrinoso: «na política, o que o Cavaco mais odeia é o PSD».

O Polvo

O Polvo é uma das minhas séries preferidas, especialmente as temporadas 3,4,5 e 6. Mais do que Corrado Cattani, para mim na série pontificavam Tano cariddi, Spinosa, Dr. Rasi ou o Barão Antinari.

Hoje, Portugal, que felizmente não é Itália em determinadas coisas, acorda na expectativa por um Polvo, o referido pelo Sol.

Dentro de seis meses será muito difícil ao PS ainda estar no poder. O que significa que o próximo líder do PSD pode ser Primeiro-Ministro em breve. Mas poderá ser uma mudança em tempos muito difíceis de governação.

E Portugal não está bem. Mas os hoteis estão cheios para o Carnaval e as viagens para a neve estão esgotadas. É a face de um país que a cada dia que passa está mais irresponsável.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Oráculo (15)

«Na luta conhece-se o soldado; só na vitória se conhece o cavalheiro»
(Jacinto Benavente)

Uma frase do dia, a de hoje, com que o Pedro Reis da Imago brinda algumas pessoas.

Uma história...

É uma história conhecida mas poderá ser novidade para alguns.

Uma vez um professor agarrou numa folha branca e marcou um ponto preto no centro dela. Voltou-a para os meninos seus alunos e perguntou: «o que vêem aqui?».

E todos responderam: «um ponto preto».

Professor comentou: «certo. Mas ninguém viu a folha branca?».

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Assessoria Mediática

Numa primeira base de contacto, a assessoria mediática (hoje mediática, pois não se fala apenas de imprensa) tem um papel prático de acção. É o braço táctico da estratégia delineada.

Na assessoria mediática, fundamental é criar uma boa base de dados que sirva os interesses do cliente.

Depois, criar oportunidades para que a pessoa, empresa ou instituição seja beneficiada no universo mediático. A postura deve ser pro-activa, pois a base de trabalho deve ser um compromisso forte com o cliente. Logo, estar atento ao mercado para criar relevância na marca que representamos.

Criar comunicados de imprensa, mas também manter uma relação aberta com os profissionais da informação. Estabelecer contactos e criar momentos propícios de comunicação positiva para o cliente.

Sem boa assessoria, sem contactos nos media (não apenas envios de mails indiscriminados) não há relevância.

A queda da máscara de um vigarista

Tenho pena, tenho mesmo muita pena. Mas por outro lado, adoro ver um vigarista, mentiroso compulsivo, desmascarado e desesperado...

Acordei hoje, recebo um telefonema, depois outro, primeiro fico perplexo, segundo já esperava a atitude de quem caiu na ratoeira. E sorri o riso do gato que acabou de se deliciar com o rato.

A máscara caiu e bastou um lar de terceira idade. Negócio, aliás, a que auguro grande futuro. Hoje, vou estar a rir todo o dia. O dia começou bem e vai continuar melhor. Chove imenso o que ajuda também a lavar toda as impurezas das ruas.

A credibilidade é como a virgindade. E o rato nunca vence o gato. Miau!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Janete Vitorino directora da Young Ad

A minha amiga Janete Vitorino é a nova directora da Young Ad, empresa de eventos do grupo Youngnetwork. Conheço-a muito bem, foi das pessoas que melhor ali me acolheu e isso eu nunca esqueço.

A janete é um quadro YN que depois de uma curta passagem pela GCI voltou a um porto que gosta dela e a quem desejo, naturalmente, as maiores felicidades.

Relembre-se que a YN é uma empresa que tem dois accionistas, a Ana Leal e a Raquel Fortes. E ao contrário do que foi reproduzido pela Briefing, não foi nada «pelos naturais motivos de crescimento da empresa» que aconteceram mudanças.

Como revelei aqui em primeira mão, foi por motivos da gravidez da Raquel, directora da NewsSearch empresa de clipping do grupo Youngnetwork, que houve mudanças.

O ex-director da Young Ad foi deslocado para New Business (presumo que ainda acumulando com a gestão do lar de terceira idade Salus Domus em Santarém, negócio digno sob a batuta da YN), o coordenador de new Business foi para a newsSearch, repito, empresa de clipping da YN e agora a Janete entra bem para a Young Ad. À YN e à Janete desejo sempre muitas felicidades.

Parcerias internacionais e sushi

Provavelmente em breve há quem ficará surpreso com o que acontecerá com algumas agências de comunicação que poderão perder as suas parcerias internacionais.

Não tendo nada a ver com isso, até porque não falámos desse assunto, deixo uma nota.
Ontem como foi "discretamente" anunciado almocei com o Rodrigo Saraiva (um amigo talentoso e grande diplomata), Com o Jorge Azevedo e o Renato Póvoas da Guess What, uma empresa que está a trabalhar bem. Fiquei francamente a gostar dos dois que não conhecia.

O ponto fraco do almoço foi mesmo o sushi (desculpa lá, Rodrigo, mas aquele restaurante era fracote). Para os mais curiosos falámos do sector e temos pontos de vista comuns. E chegámos a uma conclusão que o Rodrigo hoje publica no PiaR. A credibilidade é como a virgindade.

E o Renato e o Jorge ficaram a conhecer-me melhor. O Rui e não o director da Special One. E perceberam que do meu "brand" trato eu.

Próximo almoço quando vier a Primavera, ou na Vela Latina ou no À Margem.

Mais Arquivo do PSD

Agora que surge no PSD esta querela que divide os partidários de Directas e de Congresso é por vezes interessante espreitar uns arquivos.

Não me pronuncio sobre disposições de candidatura, para já só conheço a de Castanheira Barros e de Pedro Passos Coelho. Mas como José Pedro Aguiar Branco é um nome falado relembro algo aqui do passado.

E como a política dá voltas. Luis Filipe Menezes foi ao lançamento no Porto do livro do Pedro Passos e também já disse que Aguiar Branco era um bom nome. Eu, para ajudar na escolha daquele que é um dos melhores Presidentes de Câmara do País deixo isto.

Quem diria que José Pedro Aguiar Branco é adepto de Congressos e que queria recolher assinaturas para provocar a destituição de Menezes

Public Affairs

Por vezes não basta a notoriedade conquistada ou a reputação adquirida pelos clientes. É necessário algo mais, o factor fundamental que é o acesso aos canais de influência e que fazem interagir diversos protagonistas e empresas.

A área de Public Affairs é tida como uma zona cinzenta, recheada de sombras, de contactos opacos. Mas, pelo contrário, é um dos campos de maior actuação das Relações Públicas, em que se promove o contacto entre diversos agentes para se atingirem determinados objectivos.

É um campo de contactos, em que funciona mais a agenda e as ligações pessoais. E um grande conhecimento do que passa em diversos sectores.

Há quem diga que Public Affairs é apenas uma expressão bonita para disfarçar a palavra Lobby, porque em Portugal são ilegais. Estou-me marimbando para os nomes, mas acho que todas as actividades devem ser transparentes. Public Affairs é um prolongamento do trabalho de comunicação, porque as agências de comunicação vendem influência.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Controlo da comunicação ou como pela boca morre o peixe

Devemos sempre ter cuidado com o que dizemos, por vezes a memória é curta mas existem arquivos.

Vejam lá se adivinham quem e quando foi dito isto:
«O que o´País esperava do seu Presidente era uma atitude que travasse a degradação e a instabilidade em que o Governo fez mergulhar o Estado e a nossa vida´pública»

«Foi um Governo apenas preocupado com a imagem e com a propaganda, que protagonizou os episódios mais lamentáveis de pressão sobre a communicação social»

Pois bem, cito um texto sem o descontextualizar. É um "take" da Lusa de...
6.12.2004, às 20.23h

Autor das frases: José Sócrates.

Quem diria?

Media Training

Há um ano tive a ocasião (proporcionada pela YoungNetwork, não esqueço) de ir assistir a uma conferência internacional, em Bruxelas, sobre Comunicação e que reuniu duas centenas de profissionais.

Para lá das conferências, e houve muitas horas também sobre lobbying e Public Affairs, realizaram-se diversos “workshops”. Para desenjoar decidi ir assistir a uma exposição da directora de comunicação da European Airlines Association sobre Media Training.

Media Training é todo um trabalho de preparação de uma pessoa antes de enfrentar “o touro enraivecido” chamado universo mediático. Pelo menos é o que muitas pessoas pensam até falar com o primeiro jornalista ou enfrentar uma audiência. Sobretudo na construção do que deve ser a sua imagem e mensagem a passar.

Para a conferencista, nessa exposição, existem três momentos no Media Training para passar a um cliente:

O Antes
.Conhecer os media, o meio para quem fala e as suas audiências
.Detectar e utilizar bem as mensagens-chave
.Pensar no consumidor
.Conhecer e antecipar as suas vulnerabilidades

O Durante
.”All styles are good, except the boring kind”
.Use linguagem simples e apelativa
.Esteja calmo (e não entre em confronto)
.Mostre abertura

O Depois
.Seja o seu novo melhor amigo (do jornalista)
.Certifique-se que se vai tornar um “bom contacto” (uma boa fonte, diria eu)
.Ofereça follow-up

Foi uma boa intervenção a que se seguiu uma troca de opiniões, onde intervim e chamei a atenção para o seguinte, com a concordância de outros profissionais. Quem realiza media trainings tem que ser um bom psicólogo. Porque uma coisa é nós termos os conhecimentos técnicos, outra é passá-los a quem nos ouve. Não há pessoas iguais e não há estilos iguais. Mas as técnicas são as mesmas.
Por vezes, por isso, quem realiza media trainings sente que o que faz se assemelha a um exercício de “coaching”. Acima de tudo, a pessoa que treinamos tem de estar certa que o que lhe dizemos lhe injecta mais confiança, mais segurança, mais tranquilidade para enfrentar esses desafios.

PS: Esta semana, como anunciei na passada, vou escrever sobre cinco áreas específicas realizadas por profissionais de Conselho em Comunicação. As audiências do blog descerão, mas acho que é importante reflectir e compartilhar outras ideias para o sector.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

"Il Divo", Giulio Andreotti

Gosto de partilhar algumas coisas e alguns prazeres. Ontem, fiquei em casa a deliciar-me com "Il Divo", um filme italiano de Paolo Sorrentino, candidato em Cannes, sobre uma personagem que considero fascinante e obscura, Giulio Andreotti.

O trabalho de composição da sua figura é magistral, a famosa corcunda, os gestos, as mãos, o andar de um homem que marcou décadas de influência e poder no país da bota.

A sua côrte em festas brasileiras e com belas mulheres, ele, beato, austero com os seus silêncios e uma ironia profunda. Mas na sua relação com Deus é logo citado o grande jornalista Indro Montanelli: «De Gasperi e Andreotti iam à missa juntos. Todos pensavam que faziam o mesmo, mas não era verdade. Na Igreja, De Gasperi falava com Deus, Andreotti com o padre». Andreotti comenta: «os padres votam, Deus não».

Neste filme perpassa tudo aquilo que acompanha o poder, não me refiro apenas a manobras maquiavélicas, mas à solidão. Quanto às manobras um momento dele é fantástico: «Tenho sentido de humor. E tenho também outra coisa: um grande arquivo no lugar da imaginação. Sempre que menciono o arquivo aqueles que se deviam calar fazem-no, como que por magia».

Andreotti nunca beijou a mãe, era frio, não mostrava afectos, era incapaz da compaixão porque para ele «só existe a política». «Não acho que se possa dividir a humanidade entre anjos e demónios. todos somos pecadores medianos».

No filme pululam as máximas e aforismos do "divino Júlio" (uma das suas alcunhas) a propósito. »Se queremos guardar um segredo, nem a nós próprios o podemos confessar. Não podemos deixar rasto». «A ironia é a melhor cura contra a morte. As curas contra a morte são sempre atrozes».

Um homem que fazia o mal para colher o bem e que levou o seu mentor Alcides De Gasperi (fundador da Democracia Cristã em Itália) a dizer sobre ele: «ele é tão capaz de tudo, que pode ser capaz de qualquer coisa»

E que cultivou a construção da sua imagem (algo sobre que escreverei esta semana). «Sempre preferi que me vissem como um homem culto e não como um grande estadista»

E na sua ironia refinada confessa um padre: «uma vez recebi um telefonema a dizer que me iam matar no dia 26 de Dezembro. Eu agradeci, assim podia passar o Natal em paz».

Um filme que rcomendo sobre o labirinto da influência e um homem, estranho e difícil, e a sua relação com o poder.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O Vale Era Verde

De seu nome em inglês "How Green was my Valley", "O Vale era Verde" é um dos meus filmes preferidos de sempre.

Sob a batuta de John Ford, num elenco em que só duas vedetas aparecem em pequenos papeis, George Sanders e Maureen O`Hara, constrói com segundas linhas um filme inesquecível.

Tudo se passa numas minas no País de Gales e como a crise no sector mineiro afecta um microcosmos familiar que depende das minas para sobreviver.

Uma família feliz e unida, divertida e trabalhadora que se vê separar pelos despedimentos onde sempre trabalharam. Um filme poderoso, genialmente folgazão em alguns momentos, comovente e ternurento noutros. Mas sempre com optimismo.

É um filme dos anos 40, e sei que há alguns que «não gostam de fimes antigos», sinal de pouca cultura. Mas no momento de grave crise económica, política e institucional que vivemos deixo esta sugestão para que percam duas horas para ver uma obra-prima.

Quem seguir este meu conselho, sentirá como a vida bela quando existem emoções. E esperança.

Spin

Ontem, um bocado em cima da hora, estava a almoçar quando me convidam para entrar em directo, juntamente com José Manuel Fernandes e António Granado, no programa Spin, da autoria de João Barros (que fiquei a saber que era fâ deste blog).

Foi a primeira vez que não falei para uma rádio nacional, pois o convite era da Rádio Universidade de Coimbra. Fiquei satisfeito pelo convite, pelo tipo de audiência que teria e por estar a ser acompanhado por aquelas bandas onde nem sequer trabalhei nestas últimas campanhas autárquicas.

O tema era o controlo da comunicação social pelos Governos. Expliquei que tanto em regimes democráticos como nos menos democráticos há sempre uma tendência, uma ambição, para quem está no poder tentar controlar meios de comunicação e colocar peças-chave em determinadas posições do universo mediático.

Perguntaram-me e a oposição não pode influenciar também? Respondi: há uma diferença óbvia entre quem exerce o poder e o limita a contestar. Mas há uma comunhão de vontades: é que no dia em que a oposição for poder, vai ter exactamente o mesmo apetite voraz pelo controlo dos media.

E deixo uma nota e um lembrete: adorei o nome do programa de João Barros e, apesar de não acompanhar muito a RTP-Memória, se há coisa que tenho é memória de elefante. É que a primeira peça jornalística sobre spin-doctors portugueses foi na Sábado, em Julho de 2004. E a foto que ilustrava essa peça era uma foto minha.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estratégia de manipulação

Hoje de manhã em conversa com um cliente (eu também trabalho além de contribuir para a divulgação de outros players no Conselho em Comunicação e reforçar-lhes o perfil) ele fez-me reflectir sobre o que se passou ontem.

Segundo ele, está tudo dito sobre a estratégia de manipulação do Governo. Isto é, tudo podia acontecer ontem, crise política, bolsas a cair e Portugal metido no mesmo saco da Grécia, porém, na televisão pública a Grande Entrevista era com Abel faisal Xavier.

Eu, que gosto de teorias da conspiração, parei para reflectir. Até podia ser, mas apenas com um senão: não estou a ver a Judite de Sousa contribuir para essa manipulação.

Dizem-me que hoje o Sol é avassalador para essa estratégia de comunicação. Já comprei mas ainda não tive tempo de ler, mas tenho a certeza que houve desde o início, e bem, uma estratégia do Governo para a Comunicação Social.

Mas é bem verdade que no fim de ciclos governativos, os executivos tendem a perder o controlo e a relaxar no cuidado com os media. Esse é um sinal actual.

PS: Agora não poderei escrever mais hoje, porque depois de um protocolo acabado de assinar de manhã, às 16 horas entra mais um cliente na Special One. É o sétimo (e não tenho nenhum pro-bono). Para seis meses de trabalho não é mau. De vez em quando, também trabalho. Porque me alimento dele e também do meu perfil. Que é alto e não é baixo.

PS2: Como é o último post desta semana, e sabendo o que irei fazer na próxima que será muito complicada em termos de tempo, apesar de eu não precisar de pensar 20 horas sobre um texto de dez linhas, vou tentar entre os dias 8 e 12 escrever cinco posts técnicos sobre diferentes áreas do Conselho em Comunicação. Será um exercício pedagógico com a certeza que não oferecerei livros nem farei passatempos. E mantenho muito gosto em almoçar com umas pessoas que estão a trabalhar bem e com boas conquistas na 2ª.

Conversa no Lollipop

- «O João Garcia ...»
- «Qual João Garcia? O jornalista, o nosso DJ ou o alpinista?»
- «O alpinista. O João garcia parece que fez um kick-off...»
- «Um quê? Que parolice...»
- «Vá lá...Parece que o João Garcia fez um kick-off de uma agência...»
- «Julgava que esse João Garcia andava pelos topos...»

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O país está de rastos

Nem me refiro a qualquer crise governamental, nem à lei das Finanças Regionais.
Judite de Sousa, na Grande Entrevista, fala com Abel Faisal Xavier.
O país está de rastos.

Oráculos (14), frases que tenho na minha sala

Para festejar estes 5 mil visitantes vou deixar algumas das máximas que ostento na minha sala.

«Quem se pode opôr a Deus senão Deus?» Frederico da Prússia

«A mercadoria mais valiosa que conheço é a informação» Gordon Gekko, in Wall Street

«Anjos e Demónios não envelhecem» in Polvo II

«O homem nasceu predador como a maior parte dos animais» Arturo Pérez-Reverte

«Arriscar ao máximo é como pescar com um anzol de ouro. Perdê-lo nenhuma presa o pode compensar» Augusto

«Eu amo o poder, mas é como artista que o amo» Napoleão Bonaparte

«Qual é o homem que não desejaria ser apunhalado se pudesse ter sido César?» Napoleão Bonaparte

«A guerra é um estado natural» Napoleão Bonaparte

«If you`re not inside, you are outside» Gordon Gekko, in Wall Street

5000

Fico muito satisfeito por ter atingido em menos de mês e meio (e com Natal e Ano Novo pelo caminho) a marca de 5 mil visitas aqui no It`s PR Stupid e page views são 8599.

Este é um blog que tem sido basicamente de textos, com poucos links, uma só fotografia e um vídeo até agora.

Por opção ainda não tive nenhum convidado nem gastei um centavo na promoção deste blog.

Como eu disse na apresentação da Special One, falando de improviso, os dois maiores génios da Oratória na Antiguidade Clássica, Demóstenes (na Grécia) e Cícero (em Roma) nunca tiveram "power-points", tinham apenas a força das suas palavras e a nobreza das convicções. É aquilo que tenho e ainda mais a certeza de estar a trabalhar muito bem.

E também fica provado que com este blog acabou o tempo em que vigaristas e mentirosos escreviam as aleivosias que bem entendiam porque a arena estava livre. Eu, por opção, estive em silêncio seis meses, ouvi disparates, ignorâncias, insultos, ataques, mentiras descaradas (algumas que denunciei a quem de direito). Mas a brincadeira acabou.

Agradeço a todos as visitas e que me mandem todos os comentários que quiserem. para verem os comentários, basta carregar no título de cada post. São bem vindos desde que não sejam ofensivos e prefiro que não sejam anónimos.

Continuo a prometer bons textos sobre comunicação, "cachas" (já foram várias), sugestões, agressividade e um veneno de qualidade que é muito importante para qualquer leitor. E continuarei a escrever muitas vezes com metáforas e alguns hieróglifos. Porque há leitores que gostam de mistérios.

A responsabilidade é alta porque neste momento este blog é um dos mais lidos de comunicação. Se alguém tem dúvidas, os que as tiverem, e se têm blogs, ponham lá os sitemeeters à vista.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Brincar aos "Tycoons"

Há quem goste de brincar a muitas coisas. Há quem jogue monopólio, poker, computador, playstation, etc., é perfeitamente normal. Também brincava com caricas quando tinha 10 anos.

Mas há umas pessoas que gostam de se armar em "Moguls" ou "Tycoons" (linguagem que me foi aconselhada por um perito em jogos). Isto é, em bom português, porque odeio o parolismo de quem tenta meter sempre na conversa "umas coisas em inglês», pessoas que gostam de se armar em grandes empresários ou magnatas.

Pessoas que nasceram com o talento de serem contabilistas, de repente, por algo que o destino não comanda, que é uma pessoa perder a noção da realidade, vêem-se a si próprios como grandes magos da gestão e constroem cenários miríficos e objectivos que nunca vão alcançar.

Confesso que não tenho talento de contabilista, não tenho ninguém com ouro do Brasil, não tenho terrenos nem imóveis no Pinhalnovo e não possuo uma frota de Mercedes pretos para venda à porta da minha casa ou empresa.

Mas quando alguém tenta comprar algo, é natural que a força esteja em quem compre e o foco da notícia é o do "tycoon" que compra e não o do "mogul" que vende. Veja-se o caso da Cimpor e de quem foi a 1ª página do Expresso e a 2 e 3 do suplemento de economia. Diga-se que foi sobre o Benjamin brasileiro mais poderoso em Portugal. E isso demonstra o seu poder.

Agora, quando no sector de Conselho em Comunicação se faz um negócio de injectar liquidez e obter 15% de nada, nem controlo sobre a sua gestão e ninguém noticia uma linha, e no jornal que sai, apenas traz uma foto de um "mogul" que vende na sanita, algo fica dito sobre a força da empresa que compra. Isto é, nula.

Só uma nota final: eu não jogo playstation. Eu leio.

A trabalhar bem

Há várias empresas da área de Conselho em Comunicação que estão a trabalhar bem. Mas eu queria salientar (tenho falado noutras também) a Ban e a Guess What.

A Ban (Gavin Anderson) é liderada pelo meu amigo Armandino Geraldes. Que de forma discreta tem feito bem o seu trabalho. Quando saí da agência onde trabalhava, foi das pessoas com quem mais gostei de conversar. Não temos muito em comum em termos de personalidade, mas temos muito em comum no nosso relacionamento com os clientes. E o conceito é proximidade.

A Guess What de Jorge Azevedo e Renato Póvoas (JA e RP) está a crescer e também a trabalhar bem, com uma excelente aquisição que é a Sofia Alcobia que criou a PressDirecto (aliás até gostava que falassem com ela sobre a seriedade de algumas pessoas).

E não esqueço que tenho uma enorme dívida de gratidão com JA e RP. Não os conheço de parte nenhuma, nunca falei com eles e nem me conhecem sequer. No entanto, naquelas coisas em que a vida é pródiga e eu estou tão habituado a elas, não gostam muito de mim. Mas estou-lhes, curiosamente, eternamente grato.

É que no início da minha actividade neste sector, JA e RP, organizaram um passatempo mordaz, ganho pela Flávia, em que davam um livro a quem descobrisse quem era certa personagem. Houve três respostas: Luis Paixão Martins, António Cunha Vaz e Rui Calafate.

Além do meu nome ter dado um livro à Flávia, fico sempre satisfeito por me colocarem no Olimpo da Comunicação em Portugal. Quem me conhece sabe que adorei a referência, pois sempre disse que «estou no lago dos tubarões e não sou peixinho».

Este post serve para realçar o trabalho das duas agências e para reforço de perfil de JA e RP que são pouco conhecidos. É uma forma de genuinamente lhes agradecer o reforço do meu perfil naquela altura.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mário Crespo

1º facto - gosto do Mário Crespo
2º facto - o artigo que escreveu é violentíssimo e, sem fazer censura, qualquer director teria de ter algum cuidado na sua publicação (isto ainda ninguém disse).
3º facto - sendo um artigo de opinião, e com assinatura devidamente reconhecida, não cabe a um director ir investigá-lo. Leite Pereira sabe bem, porque tem muitos anos de jornalismo, que há uma diferença clara entre artigos de opinião e notícias. Sendo que por vezes a opinião pode conduzir através das pistas que deixa a boas notícias.
Estes são três factos a retirar desta censura do Jornal de Notícias a um grande jornalista e incómodo porque não é "pressionável" como é o Mário Crespo.
A partir deste facto é certo que a SIC vai ter de renovar com ele por muitos anos, até porque ele é um«anchor» à americana e muito raro de se ver aqui em Portugal. E qualquer jornal que o contratar agora sabe que vai ter uma legião de fãs que o vão acompanhar. Sendo assim, agora Mário Crespo vale o seu peso em ouro.
Respeito quem pensa pela sua própria cabeça. E nesta fase em que fica provado que este Governo foi o que mais controlou a comunicação social e o que mais interveio em negócios que afectam o dia-a-dia das redacções, o clima de alergia a quem não é controlável vem-se acentuando.
Conheço José Sócrates, com quem sempre mantive boas relações, e sei que por vezes se torna colérico com quem não pensa da mesma maneira do que ele. Mas os factos levam a pensar que este Governo está a deixar de ser cuidadoso com a sua imagem, algo que pontuou a sua acção no primeiro mandato.
Mas também me fica uma dúvida e que gostava de ver esclarecida: no seu artigo, Mário Crespo fala de três membros do Governo e de um «executivo de televisão». Com a coragem a que nos habiituou, ele devia dizer quem era o «executivo de televisão» que convivia com as migalhas do poder e que não defendeu um seu colega e a liberdade de informação.

Maria João Lima na Marketeer

A jornalista da Meios e Publicidade começa este mês na Marketeer. É uma boa aquisição para os quadros de Ricardo Florêncio e da Maria João Vieira Pinto.
Uma profissional sólida e muito conhecedora deste mercado a quem desejo felicidades. Para o seu lugar na Meios entra Pedro Durães que já está a assinar peças.
Uma nota para a Maria João: vai trabalhar diariamente com a Carlota e a Sónia. Duas das mais ferrenhas "Calafatetes" e que eu adoro.

Álvaro de Mendonça no Jornal de Negócios

É já no dia 15 de Fevereiro que o Grupo Cofina vê entrar nos seus quadros o Álvaro de Mendonça.
Ele vai ser o responsável dos projectos especiais do Jornal de Negócios. Ele é a pessoa que apostou em mim, dando-me o primeiro cargo de edição - a editoria internacional - num jornal.
Foi em 1995, no Semanário, numa altura em que ao mesmo tempo que eu surgiram ali no Dafundo mais de uma mão cheia de jovens lobos de grande talento e que hoje ocupam cargos de decisão em diferentes áreas, nomeadamente jornais.
O Álvaro fundou a Fortuna, esteve na Exame, no Semanário, criou a Economia Pura e lançou o OJE. É um jornalista genial e por isso dou os meus parabéns pela aquisição feita pelo Pedro Santos Guerreiro, também um jovem lobo em 1995.
O Álvaro e o PSG são dois Special One.

CAN

Agora que terminou a CAN - o campeonato africano de futebol - queria apenas deixar a nota de que, apesar do ataque à selecção do Togo e de poucas assistências nos estádios, foi uma empresa portuguesa que tratou a comunicação deste evento que colocou Angola durante um mês no mapa do futebol mundial.
Isso é importante para o sector e logo os meus parabéns à Cunha Vaz & Associados.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Oráculo (13)

«Ás vezes as mulheres confundem homens misteriosos com homens que não têm nada a dizer»
Prof. Carlos Amaral Dias

Boa aquisição da Torke

Fico muito satisfeito por hoje se estrear o meu amigo Francisco Véstia na Torke.
É o sítio ideal para ele mostrar toda a sua criatividade na área do marketing de guerrilha e activação de marcas. Lembro-me que para aí há dois anos tive uma conversa com ele, no Lux, quase de irmão mais velho. E dei-lhe os meus conselhos, acho que não foram maus.
Para lá de ser muito criativo, é muito atento ao mercado e é excelente pessoa.
Merece toda a sorte do mundo.