domingo, 31 de julho de 2011

O que eu vi ontem do Sporting

Duas notas prévias: Considero que o Presidente, Godinho Lopes, tem feito um bom trabalho desde que assumiu a direcção. Digo isto para evitar já dizerem que «lá vêm dizer mal».

Segunda nota: ficou bem claro que os sportinguistas estão unidos em torno desta equipa e com muita esperança nesta época. Mais de 48 mil adeptos presentes é muito positivo.

Mas nesta fase da época, em que todos desejamos o melhor para a equipa, o que se passou ontem é motivo de crítica e de correcção atempada para se evitarem futuros dissabores.

Há pouco tempo, fui almoçar com um amigo jornalista desportivo que tem responsabilidades editoriais. E ele antevia o seguinte e eu concordei: o Braga é o Braga e o Sporting precisa de jogar com a linha defensiva mais avançada.

Sendo assim, precisa de centrais rápidos, pois os adversários vão jogar no contra-ataque explorando as costas da defesa, e os defesas do Sporting não são muito rápidos. E acrescentava: o Polga é o melhor defesa deste sporting e não sei se isso é bom sinal. O meu amigo acertou na "mouche".

Ontem percebeu-se porque o americano nunca jogou no Milão e Carriço é um central banalíssimo. E os laterais são razoáveis.

Depois, o meio-campo foi estrangulado e notou-se falta de criatividade. Chamo a atenção que uma coisa é jogar em 4-4-2 losango, outra em 4-1-3-2. E como se viu, em losango o Izmailov é um grande jogador pois tem mais bola, ontem foi mais ala e ele não é um ala, ficando, logo, muito tempo fora do jogo. Quando entrou André Martins a equipa ganhou criatividade, algo que não teve durante 45 minutos, o que nos leva a pensar que o sistema tem de ser repensado para se integrar Matias Fernandez. Provavelmente um 4-2-3-1, com Schaars mais ao lado de Rinaudo e Matias à sua frente.

No ataque, gosto do Rubio, Postiga, como sempre, dos mais assobiados e chamo a atenção que o avançado de nome difícil que custou 5,4 milhões de euros já começou no banco.

Deixo notas de expectativa elevada para Capel, pormenores muito interessantes do Carrillo e André Martins e relembro que o central mais rápido do Sporting se chama Ilori e não jogou. E tenho muita pena que o joão Gonçalves não fique pois é um bom lateral e um produto da nossa cantera que na comparação não perde muito para o João Pereira. E vi o Valência no final do jogo ainda a trabalhar no campo para exercícios de descompressão.

Vamos a tempo, vamos continuar a confiar, mas com uma defesa daquelas vai ser muito difícil. Por isso em vez de se procurarem mais jogadores para o ataque, devia-se repensar o que está pior.

Oráculo (295)

«Para compreender um homem tem de compreender o seu passado»

Columbo, série de televisão

sábado, 30 de julho de 2011

Toca a aproveitar a oportunidade do Facebook

Um desafio lançado pela popular rede social.

Taxista diz quem punha "isto dos espiões" na ordem

Ontem à noite, em conversa com taxista, fiquei elucidado sobre a confusão dos espiões que assola o Governo e quem a poderia resolver.

«Com o país como está e agora é os espiões. Sabe quem é que punha isso na ordem? O careca da troika».

A crise dos Republicanos e o efeito do Tea Party

A ascensão do Tea Party poderá provocar danos irreversíveis nos Republicanos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que levo de férias

Para lá de mim próprio, só levo livros para uns dias de descanso.

Ensaio e História:

"O Chapéu de Vermeer - o século XVII e o nascimento do mundo global", Timothy Brook, Gradiva.

"A Grande Aventura dos Templários", Alain Demurger, Esfera dos Livros

Romance:

"O Último Homem na Torre", Aravind Adiga, Presença. Ganhador do Booker Prize com o "Tigre Branco", um grande livro, e outro fantástico que também já li chamado "Entre Assassinatos".

"Submundo", Don DeLillo, Sextante.

Policiais:

"Anjos perdidos em terra queimada - Verão", Mons Kallentoft, D. Quixote. A sequência do quarteto iniciado com "Sangue vermelho em campo de neve".

"O último ritual", YrsaSigurdardottir, Gótica

Lidos em recente edição que sugiro para compra e leitura pois os quatro são imperdíveis:

"Auto-de-Fé", Elias Canetti, Cavalo de Ferro

"O Assédio", Arturo Pérez-Reverte, Asa

"O Homem que gostava de cães", Leonardo Padura, Porto editora

"Reflexos num Olho Dourado", carson McCullers, Presença

Se eu fizesse as nomeações na Caixa e outras...

...aguardava pelo mês de Agosto, que a malta fica mais distraída.

O marketing do amor

O jogador do Fluminense e da selecção brasileira, Fred, decidiu no seu twitter lançar um desafio para as fâs.

Perguntou se devia ficar solteiro ou arranjar namorada, aguardando respostas. Claro que foram reacções em catadupa do que no Brasil se chama «maria-chuteiras», as donzelas que ambicionam apenas casar com um jogador de futebol pelo seu dinheiro e pelas capas de revistas que isso faz.

Já imaginaram o que seria todos a publicarem estes desafios nas suas redes sociais? O marketing do amor é muito importante.

"Um curso para lidar com jornalistas"

Jorge Jesus tem "boutades" históricas, daquelas que fazem toda a gente rir. A dos "motocards" da Amadora foi célebre.

Dele, lembro-me sempre de um grande soundbite quando treinava o Estrela: «aqui quem quer carapau, come carapau; quem quer lagosta, procura outras situações». Imaginem isto com a voz dele e sorriam.

Para ele todas as coisas são «Impartantes» (com A, como escrevi). É um bom treinador, que dedica muitas horas ao jogo e só dorme 4 horas.

Hoje, ao Sol, revela que durante o Verão, antes de chegar ao Benfica, «tirou um curso para lidar com jornalistas». Fez bem. Não sei que curso foi, mas melhorou um bocadinho. No entanto, o povo do futebol, sempre que ele fala, espera sempre uma calinada.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Oráculo (294)

«O mundo mudou bastante. Tornou-se mais brutal»

Arnaldur Indridason, "A Voz"

Batalha Impresa/Ongoing: afinal o Expresso tinha razão

A batalha Impresa vs. Ongoing vai ser um dos folhetins do Verão. Em causa duas notícias publicadas no Expresso. A segunda era sobre um administrador da empresa de Nuno Vasconcelos que passou pelo SIS.

Esse administrador confirma, assim, notícia do Expresso. É certo que tudo isto não é um folhetim de espionagem, apenas um mercado televisivo que está ao rubro à espera do que o Governo vai fazer com a privatização da RTP que o PSD prometeu em campanha.

O dilema é simples: se avançar a saída do Estado do grupo RTP, o Governo continuará protegido pela Cofina e Ongoing mas será atacado pela Impresa. Se tudo ficar como está, acontece o contrário. É uma teia muito difícil de desenredar e que fará várias vítimas pelo caminho.

Notícia mais importante do dia é sobre Lisboa

A notícia mais importante do dia: Governo acaba com a Frente Tejo e avalia futuro dos projectos. Uma dor de cabeça para António Costa que esperava fazer destas obras o seu cartão de visita para ganhar eleições.

A série que quer ser a nova "Mad Men"

Chama-se "The Hour" e a BBC queria construir uns novos "Mad Men". O El Pais explica como a série é boa, mas não é passível de comparações.

Olhem como era a Amy Winehouse aos 18 anos - vídeo de um taxista

Tenho defendido várias vezes a importãncia da indústria dos táxis. Um taxista filmou Amy Winehouse, ingénua e sonhadora, aos 18 anos. Vejam como ela era e depois pensem como ela estava. Vejam o vídeo por aqui.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Paulo Maluf quer voltar

A política brasileira tem sempre destas surpresas. Parece que o Brasil tem falha de memória. Paulo Maluf foi popular em S. Paulo, mas deu nome a uma corrente: o «malufismo». Sinónimo de gamanço da coisa pública. Maluf quer voltar. Foram vocês que pediram?

Oráculo (293)

«Aos valentes, sorri-lhes a história»

Sandokan - série de televisão, baseada na obra de Emilio Salgari

Os "mind games" de Medeiros

Gosto de uma geração de treinadores que agora não actuam em Portugal e fazem falta ao nosso futebol. Gosto de Manuel José, João Alves ou Manuel Cajuda e os seus fantásticos soundbites e entrevistas que guardo religiosamente.

Leio que morreu António Medeiros, um "old school" de que já não tínhamos notícias há muito tempo. Nunca fui especial fâ, mas lembro-me de uma sua manobra "psicológica" quando treinava o Amora.

Falou-se dos "mind games" de Mourinho, mas continuo a achar que o verdadeiro mestre desta arte é mesmo Pinto da Costa. Mas António Medeiros teve o seu momento de "mind games".

Um dia, o Amora estava na primeira divisão - tinha Caio Cambalhota e jorge Plácido a brilhar no ataque - e os jogadores entravam em campo com camisolas de 1 a 11.

Iam defrontar o Benfica, Medeiros decide na Medideira, campo do Amora se não me falha a memória, trocar a numeração dos jogadores de campo para confundir os rivais. Os avançados jogaram com o 2, 3 e 4 e os defesas com o 11, 10, 9 e 8. Consta que o Amora fez grande jogo e não perdeu. Medeiros estava feliz com a "manobra psicológica".

A destruição dos arquétipos e ideais

Grande prosa sobre os sinais do mundo através da morte de Amy Winehouse e do anjo da morte, Anders Breivik. Opinião no New York Times.

É proíbido rir

O I dá primeira página a um dos documentos internos de uma empresa mais risíveis de que tenho conhecimento.

Não sei quem é o perito em comunicação dos Estaleiros de Viana, mas vai ter muito trabalho. Dou por adquirido que esta medida de proibir os administradores de rir e sorrir no refeitório vai ser muito comentada.

Em momentos de crise, como o que vivemos e os Estaleiros vivem, sorrir não seria mau e falar com os funcionários também não.

Uma luta de heróis que não vai acabar bem

Há uns tempos atrás dei nota de um cartaz com Vladimir Putin a encarnar James Bond, e como isso reforçaria a sua imagem de duro.

Hoje, leio que Dimitri Medvedev aparece nuns cartazes misteriosos encarnando um "Capitão Rússia".

O país dos czares gosta de líderes duros e autoritários, quando há dois que o querem ser - eram amigos e um era o protegido do outro - auguro que algum irá desaparecer.

terça-feira, 26 de julho de 2011

29 sanitas

O título chama a atenção, não chama? Mas é que vou mesmo falar do título.

Por motivos profissionais assisto a reuniões de câmaras. Às vezes é uma chatice, mas na generalidade agrada-me a gestão autárquica e o que a política pode fazer pelos cidadãos.

Como os meios de comunicação social têm menos recursos, a atenção por eles dispendida com estas problemáticas é menor e assim vão perdendo histórias que davam belas peças jornalísticas.

Há uns tempos atrás, um cavalheiro, numa reunião pública da CML, foi denunciar um problema. Era inquilino da Gebalis, pediu uma transferência de casa com justificação legal e a Gebalis assentiu.

O cavalheiro estava agradecido, o tom era simpático da intervenção, mas irónico. É que havia um novo problema com a nova casa que o obrigou a explodir: «o que faço com 29 sanitas em casa?».

Pois, deve ter havido um problema de comunicação e a única casa disponível era o armazém das sanitas da empresa municipal. Que bela peça jornalística que isto dava.

Comunicação não é imobiliário

Ontem lia a Briefing (a revista) e dei com a entrevista de Catarina Vasconcelos, directora-geral da LPM.

Para lá da explanação do universo da sua empresa e das novas apostas, fizeram-lhe esta pergunta:

«Estão a pensar abrir um escritório em Luanda?».

Resposta: «Sempre que me perguntam isso, respondo que não estamos no negócio do imobiliário. O nosso negócio é a Comunicação».

Para mim foi um balde de água fria. O meu negócio também é a comunicação, mas estava a pensar abrir uma delegação na Conchinchina. Retirei essa ideia da minha cabeça.

PS: Registo também dessa entrevista as magníficas fotos.

Oráculo (292)

«A solidão é a experiência central da vida moderna»

Sam Shepard

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A do dia sobre o Sporting

Conversa com um taxista agora durante a tarde:

- Taxista: «Já anda tudo de férias, o que me consola são os jornais desportivos»

- Eu: «Então porquê?»

- Taxista: «Até começar o campeonato os desportivos só me dão alegrias»

- Eu: «é de que clube, o sr.?»

- Taxista: «Sporting, claro».

Uma vida no Facebook

O Facebook é uma magnífica ferramenta de trabalho para quem o sabe utilizar e, naturalmente, também de diversão.

A rede de Zuckerberg é "um reality show", com a diferença de que se pode controlar o seu destino. Mas há algo que me dá vontade de rir que é o chamado "estado", relativo ao estado civil.

O «está numa relação» é perfeitamente ridículo e então o «está numa relação aberta», no meu entender deve ser alguma mensagem subliminar referente a qualquer espécie de deboche.

Contaram-me uma história:

Uma menina que tinha um namorado com muitos amigos e que permanecia «solteiro» no Facebook e na vida real, perguntou-lhe uma vez se ele não pensava mudar o «estado», pois ela gostava de comunicar ao mundo que tinha um príncipe encantado.

- Ele, taciturno, e pouco de exposição de vida pessoal respondeu: penso mudar...

- Ela, satisfeita, pergunta quando...

- Quando me casar...

Dizem que a relação acabou pouco depois, mas é a diferença entre - ela - quem vive a vida no Facebook e quem - ele - trabalha no Facebook.

Oráculo (291)

«A morte das livrarias e dos jornais trará consigo a morte dos autores»

Clara Ferreira Alves

A corrupção democrática

É um discurso que se ouve há séculos, o do combate à corrupção. António José Seguro fez desse soundbite uma das suas bandeiras, nesta disputa que ganhou. Mas, sobre o tema, prefiro aqui uma prosa de João Ubaldo Ribeiro.

domingo, 24 de julho de 2011

Sociedades nórdicas, sociedades doentes

A Noruega é um país desmilitarizado, rico em petróleo e que abdicou da integração europeia. As sociedades nórdicas ganharam reputação de utopias como sociedades de bem estar.

O passar dos tempos e o contacto com outras culturas vieram revelar outras tensões acumuladas. Há quem diga que foi o assassínio de Olof Palme, na Suécia, que fez desabrochar essas pulsões até então sob a pele.

Não sei que imagem faz hoje o mundo dos países nórdicos, mas ontem deparou com o pesadelo desencadeado por um anjo negro (por acaso é louro) que abalou aquela calma de morte que parece tocar aqueles mares.

Sei que o mundo vibra com os grandes autores de policiais nórdicos. Stig Larsson - e a saga Millenium - trouxeram outro olhar, mas quem é apreciador do género. como eu, conhece Lars Kepler (uma dupla, a mulher é de ascendência portuguesa), Ann Holt, Camilla Lackberg, Arnaldur Indridason, Asa Larsson, Mons Kallentoft ou, sobretudo, Henning Mankell e o seu inspector Kurt Wallander.

O El Pais recorda hoje Wallander, como o ícone dos policiais mais extremos e próximos do mal que a nova geração de autores nórdicos trouxe e hoje os torna expoentes máximos do género.

O que ontem se passou, podia estar numa história de qualquer um destes autores. «Escrevo na tradição literária mais antiga, a que utiliza o espelho do delito e do crime para reflectir a sociedade. De que falavam as tragédias gregas senão de crimes?», Henning Mankell dixit.

Wallander é apenas o cansado inspector sueco que «simboliza a luta contra as pulsões obscuras de uma sociedade só aparentemente perfeita». As sociedades nórdicas estão doentes.

No Brasil zangam-se as comadres

Lula já critica Dilma por causa do combate à corrupção. Vida difícil no Planalto.

Estrelas eternas

Uma pop star tem uma força comunicacional rara. A sua morte, quando é trágica, ainda acentua mais o carácter de lenda.

No dia da morte de Amy Winehouse, que sempre fez da sua vida de excessos uma enorme manobra de promoção, sai uma obra remasterizada de Marvin Gaye, uma lenda da soul que também morreu em circunstâncias estranhas.

Marvin é eterno tal como algumas músicas de Amy serão.

sábado, 23 de julho de 2011

Passos e Santana: um bom relacionamento

O Expresso fala de uma grande «cordialidade e bom relacionamento» entre Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes, confirmadas por fontes próximas de ambos.

Fico satisfeito por isso. São boas as sondagens efectuadas, OCDE e UNESCO, cargos prestigiantes e de confiança, mas também a disposição de Pedro Santana Lopes seguir os seus compromissos pessoais e profissionais, mantendo-se disponível para colaborar no que for preciso.

O PSD e o Governo ganham com isso. Pedro Santana Lopes é um político experiente, arguto e de grande percepção do que sente a sociedade civil. É útil que os melhores possam em bom espírito ajudar Portugal neste momento tão difícil. Santana, neste momento, é mais útil cá do que lá fora.

Quer se goste quer se não goste, há muita gente que gosta dele. Sinal disso têm sido as suas audiências na TVI: sempre que entra o seu comentário político no sábado, o Jornal das 8 cresce entre 5 a 8 pontos em média de audiência.

Assis: um dono de casa desesperado

Nas eleições do PS, saltaram para a ribalta umas alegadas irregularidades denunciadas por Assis.

Faz-me lembrar um candidato desesperado, que sabe que vai perder e tenta retirar o mérito a um futuro líder que é um homem íntegro e éticamente imaculado. Só não conhecendo o António se julgaria que ele faria uma coisa dessas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Porque hoje é sexta: o melhor reforço do Sporting

Contrariando a tendência da Alda Telles, no blog Lugares Comuns, que promove às sextas-feiras imagens de jovens com saúde, replico com o melhor reforço do Sporting. Afinal a bomba era esta.

Idiotices

O "Auto-de-fé" de Elias Canetti, escritor de origem búlgara e vencedor do Nobel da literatura, é um livro prodigioso.

Um homem que não gosta do contacto com as pessoas, um erudito que até aos 40 anos só tem uma paixão: os seus 25 mil livros.

Um dia na rua, depois de ser invetivado, retira da sua algibeira uma agenda que tem por título "Idiotices" e onde anota os disparates que ouve, para os esquecer.

Eu tenho vários Moleskines, com determinados fins, mas nenhum dedicado ao tema das "idiotices". Mas se tivesse hoje anotaria uma notícia de primeira página do Jornal de Notícias".

Reza assim o título: «Professor badalhoco aperta o pescoço a funcionária zelosa». Uma idiotice.

Equipa de Obama para as redes sociais de Rubalcaba

Por cá, houve um tempo em que foi anunciada a vinda de um especialista de Obama em redes sociais para trabalhar com o PS. Confesso que nem reparei na eficácia do seu trabalho.

Usou-se a aura de sucesso da campanha de Obama para se produzir um soundbite e o PS afirmar que estava no caminho da modernidade no campo das campanhas políticas.

Agora, leio por aqui, vem uma equipa de Obama assessorar a equipa de Rubalcaba no PSOE de Rubalcaba. Vou tentar acompanhar a sua eficácia.

Rajoy: o líder que foge da imprensa

O El Pais chama-lhe a «estratégia ocultista», para definir Mariano Rajoy, o líder do PP que foge dos jornalistas como o diabo da cruz e evita declarações faltando a diversas votações no Parlamento, só para não ter de falar. Ver por aqui.

A BD para recrutar terroristas

Al-Qaeda usa BD para atrair crianças. A BD sempre foi uma boa arma de persuasão.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A expectativa no Sporting

O que esperar deste novo Sporting. O meu post no Leão da Estrela.

Comunicação digital e redes sociais

O Luis Paulo Rodrigues, do Comunicação Integrada, fez 4 magníficos posts sobre a temática indiciada no título sugiro a sua leitura.

Este, este, este e mais este.

O fim da epopeia espacial

O conhecimento que temos do mundo não seria o mesmo sem as viagens da NASA ao espaço. Como será o futuro não sabemos, mas os orçamentos impedem a saga espacial que um dia JFK sonhou.

Grupo português quer liderar mercado no mundo: um bom exemplo

Há uns tempos atrás, o Nicolau Santos fez um magnífico editorial sobre o seu Portugal. Aquele Portugal que muitos não conhecem, o Portugal com empresas e exemplos de sucesso.

Em tempo de crise e consequente depressão, são boas as notícias de portugueses com ambição. A NeoAsfalto, empresa com 10 anos de actividade, fundada pelo sr. Joaquim Carvalho e agora comandada pelos seus filhos Mário e Nuno Carvalho, quer ser uma das líderes mundiais no mercado de produtos e soluções para o asfalto. Combate, por exemplo, com a poderosa Bouygues.

A ambição é importante, a qualidade e a credibilidade dos produtos é fundamental. A NeoAsfalto para lá de ser líder nacional, está em Angola, Tunísia, Marrocos, Maurícias, entre outros e irá para outros mercados africanos com a minha ajuda. Vai também para Brasil, Guiné Equatorial e Estados Unidos. Agora, adquiriu uma unidade de produção na Bélgica, para alcançar os mercados da Europa Central. São boas notícias a que o Diário Económico deu página e a AICEP dá conta no seu portal.

No meu caso, para lá da amizade que hoje nos une, faço notar que conheci o Nuno numa campanha política de que delineei a estratégia de marketing político e comunicacional nas últimas autárquicas. Ele viu o meu trabalho, gostou e confiou, juntamente com o seu irmão, a tarefa de expandir a sua marca no universo mediático. Estamos a trabalhar.

Santana e Costa: dois grandes políticos

Pedro Santana Lopes e António Costa são dois grandes políticos. Logo, para quem gosta desta nobre arte, assistir ao bailado dos dois é um espectáculo de enorme qualidade.

Ontem, 11 horas de reunião camarária. Da parte da tarde estiveram diversos Planos em jogo. O mais comentado o da reorganização do mapa administrativo em Lisboa, mas o que mais gente movimentou e que encheu a sala nesta legislatura foi o do Parque Mayer, que mobilizou a maior parte da família de artistas que ainda por lá trabalha.

A relação entre os dois é boa, de contendores que se respeitam. Costa tem sido deveras elogioso com diversas obras de PSL, este tem mantido uma oposição construtiva, que faz andar o que é importante, mas mantendo-se vigilante em determinadas matérias. E critica no momento certo.

Por causa do Parque Mayer, Costa, sem querer dar lições de moral, pediu que PSL, que fez nos minutos anteriores uma intervenção de memória sobre o processo, «deixasse mais a memória. Pois mais do que a memória, o que importa em política é a capacidade de esquecer».

Santana retorquiu, de forma elegante: «que às vezes parece que Costa ainda não esqueceu o tempo que passou pelo Governo e que na política, quando se perde a capacidade de sonhar, é tramado».

É essa uma das áreas que a política tem perdido: a capacidade de sonhar e ousar, o momento de rasgo que faz a diferença.

O Plano para o Parque Mayer é bom, todos o dizem. Mas falta o sonho. PSL teve-o. Frank Ghery faria a diferença com o seu projecto para o Parque Mayer. Era caro, mas seria um pólo de atracção turística para a nossa cidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Oráculo (290)

«A desilusão só existe quando há expectativa»

Spartacus

Uma loira entre tubarões (Mourinho e Ronaldo)

Há sempre coisas que nos tiram do sério. Querem melhor maneira de fazer comunicação - isto é chamar a atenção - que pôr uma loira no meio de tubarões. Vejam o filme com uma loira, Mourinho e Cristiano Ronaldo.

Meter-se na boca dos tubarões

Desejo felicidades à senhora, mas é algo perigoso.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Decência meninos e meninas

A Universidade Católica proíbe chinelos e calções no seu Campus. Jorge Miranda, no DN, diz que anda tudo normal e nas orais há uma maior compustura pois, no caso de Direito, dali saem advogados e juízes.

Sou do tempo da Católica em que o curso de Direito fez um abaixo assinado contra os de Comunicação Social. Diziam que este novo curso degradava a imagem da Universidade pois relaxava demais na maneira de vestir e na apresentação.

Lembro-me bem da nossa reacção na altura: gozávamos os betos e pseudo-betos e lá seguíamos a nossa vida. De vez em quando sou convidado para ir dizer umas coisas a Universidades e confesso que me recordo do meu tempo.

Com uma nuance. Nem no meu tempo de Comunicação Social os meninos e meninas andavam tão despidos como agora, e falo de Verão e Inverno. Não há estações para mostrar o corpo na actualidade.

Pode ser pouco popular, mas pedir aos alunos para terem uma certa compustura até acho positivo. Sem cercear liberdades, mas algum decoro e decência não ficam mal a ninguém.

O Facebook já faz censura

Ver por aqui.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

3 a conta que Deus fez para DSK

Dominique strauss-Kahn disse à mulher que não podia ter violado a empregada de hotel pois teria passado a noite anterior com 3 mulheres. E se 3 é a conta que Deus fez, este é um argumento que dispensa conselho de consultores de comunicação.

Eu consultor de Rupert Murdoch

O Jornal de Negócios convidou-me para um exercício engraçado. O que eu faria se fosse consultor de comunicação de Rupert Murdoch.

Enviei às 16 horas de sexta-feira e uma das coisas que escrevi foi que Murdoch teria de pedir desculpa. E o magnata já pediu, não me ouviu nem pagou nada pelo conselho, mas tinha de o fazer. De resto, disse o seguinte e esbocei um discurso que pode ser lido na página 34 da sua edição de hoje e a seguir:

«Rupert Murdoch atravessa a sua maior crise de sempre. Tenho a certeza que seria o trabalho mais difícil que alguma vez realizei, mas seria também a minha maior avença. Murdoch encontra-se num caminho difícil. Tem poder, como muito poucos têm, em Inglaterra e nos EUA onde criou a Fox e trouxe os Republicanos para a media, que era tradicionalmente influenciada pelos Democratas.

Na Grâ-Bretanha o seu damage control passa pela sua retirada da arena mediática, mas sem perder a face nos investimentos que tenciona fazer. Teria de apostar na credibilização dos seus meios e na independência dos seus conteúdos.

Teria de dizer que é um empresário e não um editor, e que confia nas suas equipas de jornalismo que fazem jornalismo de qualidade. Abandonaria os tablóides, reconheceria erros cometidos e apostaria na ligação a bolsas a jornalistas para investigação independente.

E numa declaração garantiria que «sou contra os abusos da liberdade de imprensa e nunca mais permitirei que os meios de comunicação que detenho invadam ilegalmente a privacidade alheia. As pessoas têm o direito de saber, essa é uma das premissas do jornalismo, mas não vale tudo». Esta seria uma das linhas de força - o soundbite - criadas por mim de uma declaração que Murdoch teria de fazer.

Pedro Reis na Cunha Vaz & Associados

Era uma notícia que já sabia e até já falámos sobre isso. Por amizade, aguardei que se tornasse pública esta notícia e hoje surge no DE num trabalho sobre as agências de comunicação na corrida às privatizações. Já agora, são elas LPM, Cunha Vaz, JLM, Imago e Ban.

Pela mesma amizade, transmito ao Pedro Reis em público os votos que dei em privado de muitas felicidades e sucesso neste novo desafio.

Sporting demorou 1 dia mas reagiu

No sábado, logo bem cedinho, escrevi este post. Manifestando que o Sporting devia reagir à intervenção ridícula da DECO.

Coloquei em alguns grupos do Sporting e a reacção foi geral, com os adeptos do Sporting a inundarem a DECO com mensagens de revolta.

Lancei, e tenho muito gosto nisso, a semente da revolta pois a causa era justa. A direcção do Sporting que tem estado atenta às redes sociais e ao que os sócios pensam, percebeu que os sportinguistas queriam uma reacão oficial.

Demorou um dia, mas reagiu de maneira oficial. Fez bem. Chama-se a isto marcar a agenda.

domingo, 17 de julho de 2011

Sócrates em Paris

Tal como se deve dar um tempo para trabalhar ao Governo, também se deve deixar Sócrates, em Paris, descansar. O Expresso já o captou numa solidão típica de quem recomeça a vida.

Não é tempo de atritos

Hoje o DN semeia a tempestade entre Belém e S. Bento, é o que menos Portugal precisa.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nasceu a 1ª agência de rating portuguesa

Deve ter passado despercebido à maior parte das pessoas, e confesso que a mim também. Agora nem Moody`s nem nada, Portugal já tem uma agência de rating que dá opiniões sobre operações financeiras, nomeadamente sobre clubes de futebol.

Considero esta notícia insólita ou, no mínimo, uma afronta. Vou dizer o título e depois poderão ler o mesmo que eu li: «DECO (não é o jogador de futebol) desaconselha investir no Sporting».

Mas quem é a DECO para se meter nisto e passar a dar conselhos? Era só o que faltava. Será que os senhores da DECO também vão passar a aconselhar para que os portugueses tirem o dinheiro dos seus bancos? É grave e é um ultraje e merece reacção veemente do Sporting Clube de Portugal.

4 anos de António Costa em Lisboa

Pois é, leram jornais, ouviram rádio, viram televisão ou navegaram nas redes sociais hoje? Então ficaram como eu. Parece que toda a gente se esqueceu que António Costa foi eleito, faz hoje quatro anos, em Lisboa.

Julgo ser sintomático esse esquecimento. Efectivamente, há pouco ou nada para recordar. Acho piada quando António Costa, como disse na semana passada, pondera recandidatar-se em 2013, mas primeiro tem de ver o trabalho feito.

E meus amigos, ou vamos ter uma execução camarária nunca vista ou auguro que nada haverá para mostrar. É que em 4 anos, para lá do transporte escolar, da cidade fechada para um piquenique (mérito da organização de uma cadeia de hipermercados), dos quiosques e do Terreiro do Paço (trabalho que decorre da sociedade Frente Tejo e especialmente do Governo e não da autarquia) fiz um esforço hercúleo de memória - e até dizem que é boa - e não me ocorre nada.

Quatro anos de uma mão cheia de nada e de uma comunicação social que hoje não liga a Lisboa. Noutros tempos, de melhor memória, muito criticados mas onde havia trabalho e a cidade a mexer com obras e projectos de vulto, tínhamos um jornal local - A Capital -, o DN com uma jornalista a tempo inteiro, o JN com um caderno só de Lisboa com pelo menos 5 jornalistas, o CM atento, o Expresso com uma jornalista só para lisboa, o Público com 3 jornalistas para Lisboa e rádio e televisão sempre em ebulição.

Havia boas notícias e também más notícias. Mas havia notícias. Hoje, nem se lembraram dos 4 anos de António Costa. É o deserto de notícias. talvez porque seja o espelho do deserto de obras.

Como Pedro Santana Lopes mostra num outdoor electrónico: António Costa 15 Julho 2007. 4 anos e ????????

Luta de classes entre jornais e tablóides

Pela escrita de Luís Fernando Veríssimo uma análise sociológica da crise espoletada pelo escãndalo "News of the World".

Ainda a vergonha dos exames de português: crise de vocações

Ver que mais de 37 mil alunos tiveram negativa no teste de português é preocupante. Então de quem é a culpa? Perguntam alguns amigos no Facebook.

É sempre fácil dizer que a culpa é do sistema, falo do sistema de avaliação. Com o passar do tempo, é um facto indesmentível que temos assitido a um crescente facilitismo nos programas e na avaliação dos alunos.

Perdeu-se rigor, exigência, para depois apresentar aos papalvos médias nacionais boas e que revelavam que o sector da educação estava bem. Sem exigência, sem rigor, sem testes e exames constantes perde-se qualidade no ensino e os alunos não ficam preparados. Por isso, quem está na 5 de Outubro tem muitas culpas.

Depois, os pais e os alunos têm o mesmo quinhão nas culpas. A família perdeu centralidade na educação, há menos tempo para os filhos e mais tempo dedicado à frente do televisor.

Os miúdos perdem-se em morangos com açucar, em jogos de computador e telemóveis e respectivas mensagens sms rápidas em que os K`, substituem os Q`s, por exemplo, e se deforma cada vez mais a língua portuguesa. Muitos pais não têm cultura, não sabem escrever, não lêem um livro e os filhos afinam, assim, pelo mesmo diapasão pois não apreendem hábitos de cultura.

Mas chamo a atenção para outro pormenor que me é caro; a degradação na qualidade da classe dos professores.

Tive a sorte de andar em escolas privadas, só dois anos passei pelo ensino público, mais propriamente pelo Passos Manuel, que sempre foi um bom liceu.

No meu tempo os professores adoravam ser professores. Na primária, as professoras nasceram para ser professoras, no secundário também. Os professores gostavam do que faziam, pois todos os dias celebravam a sua vocação. Trabalhavam diariamente para melhorar as suas aptidões, para as colocar ao serviço de quem ensinavam. Tinham gosto em dar boas notas a quem trabalhava e tentavam motivar quem apresentava resultados mais fracos.

Hoje em dia pergunto: quantos professores nasceram para ser professores e gostam verdadeiramente do que fazem? Todos sabemos que há pessoas que vão para professores apenas porque não encontraram outra colocação profissional. É raro hoje em dia encontrar quem diga claramente que aspira a ser professor. Por variados motivos que não analiso agora.

Por isso, Ministério, pais, alunos e professores têm muita culpa no cartório. É preciso conquistar o regresso à vocação de ser professor. Um bom professor vale tudo e mais tarde ou mais cedo damos-lhe o valor de termos sido ensinados por ele.

Uma vergonha muito preocupante

Pior resultado de sempre nos exames de português. 55 por cento dos alunos, mais de 37 mil, tiveram negativa. Preocupante e uma vergonha para quem diz que a educação é uma prioridade.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A lista dos Emmys para quem gosta de séries

aqui ficam os nomeados.

Canais de tv dos clubes de futebol

É uma expectativa para os adeptos dos três grandes que os seus clubes tenham o seu canal de televisão.

O Benfica foi o primeiro a arrancar e arrancou de barriga cheia, achando que bastava o peso da sua Marca para fazer a diferença. Hoje está provado que o caminho não é o melhor.

É um canal quase fechado mas não de promoção junto de outros públicos da Marca Benfica. É um canal que não provoca novas adesões nem desperta curiosidade. Fica refém apenas dos seus fanáticos. Consta que agora se estudam outros caminhos e possibilidades de transmissão de mais jogos de futebol de outras Ligas.

O Porto escolheu outro caminho, bem mais inteligente por sinal. Sendo um clube nacional de forte influência regional, apostou na compra de um canal de forte implantação no Norte para, com conteúdos váriados, reforçar a sua presença, o Porto Canal.

Será um canal que manterá informação, reportagem, debates, mas com conteúdos do Futebol Clube do Porto. Se calhar as manhãs do domingo com jogos dos juniores e as tardes até com outras modalidades e programas e memórias do clube da Invicta. Nesse canal estará Domingos Andrade (ex-Lusa) na informação, Rui Cerqueira no Desporto e Júlio Magalhães foi convidado também. A prova de que com um canal generalista se pode promover uma Marca essencialmente desportiva.

O Sporting, infelizmente, parte atrás. Diz-se que Carlos Barbosa estará a envidar esforços no sentido de se estudar um modelo mais próximo do Porto, um canal generalista em que a Marca Sporting tivesse uma forte presença.

Se assim for, a prova de que um canal só para fanáticos facilmente se esgota. Na paciência e nos conteúdos. E muita gente não está no Meo por causa de um canal, que o diga o meu pai.

Putin faz de James Bond em publicidade de videojogo

Não sei se Vladimir Putin concorda com a utilização da sua imagem, mas querem melhor maneira de passar a imagem de duro? Algo que agrada aos russos.

Notícias importantes

Grupo Renascença, pela mão da Rádio SIM, atento aos bons eventos.

Toca a todos ou manobra de spinning?

Para pensar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O homem que gostava de cães

«A vida é mais vasta do que a História», é com esta frase de Gregorio Marañon que entramos no último livro de Leonardo Padura, um dos melhores escritores cubanos.

«Não pensou que era um velhote indefeso e que você estava a agir com enorme cobardia?»; «Eu não pensava nada». O velhote é Trotski, o outro, o assassino, Rámon Mercader, que foi também Jacques Mornard ou Frank Jacson o nome que usava quando matou no México o companheiro de Lenine.

É um livro soberbo, sobre o medo, a morte, ela que pode acontecer a qualquer momento, sobre a motivação das paixões. Trostski queria mudar o mundo e a sua Pátria, Rámon tornou-se assassino para agradar a uma mulher, África.

Mas é um livro sobre o desespero. Do homem que fez uma revolução e a vê adulterada nas mãos de um tirano, Estaline. «A intolerância política que invadia a sociedade não descansaria enquanto não a asfixiasse». E desespero por o assassino perder a identidade, depois de uma lavagem ao cérebro numa floresta junto de Moscovo.

E há um homem, em Cuba, que vê outro homem marcado para morrer, acompanhado de dois cães numa praia. O seu destino é escrever esta história. A do matador. Mas durante toda a obra, que passa pela União Soviética, Barcelona, México, Paris, Noruega e Cuba, lê-se o desencanto com a revolução soviética, as purgas estalinistas, a ascensão de Hitler ou os sonhos desfeitos de Fidel Castro.

São mais de 600 páginas intensas e de arte. Um grande livro para lerem.

Só mesmo Pinto da Costa

Há uns anos atrás, Filipe Soares Franco, atacando o Porto, disparou: «o Papa morreu». Pinto da Costa retorquiu: «nunca vi uma girafa dizer coisas acertadas».

Ser presidente de um clube de futebol tem a ver com gestão, mas sobretudo com a organização que é criada, com os triunfos e com a ocupação com maestria dos espaços comunicacionais.

Vieira melhorou e escudou-se em João Gabriel, Godinho Lopes manifestamente não tem jeito, nem depois de 7 media-trainings, e tem actualmente uma loura ao lado sem condições para o ajudar pois não tem traquejo nem mundo para isso.

Faço link para as últimas declarações de Pinto da Costa, mais um show, e até sugiro a muitos estudantes que lêem o meu blog que alguém tenha a ideia interessante de fazer uma tese de comunicação sobre a gestão do universo mediático (desde há décadas) por parte do Presidente do Porto.

Seria um case-study e em livro venderia muitos milhares. Acompanhar a evolução do discurso dele e ver porque em dados momentos profere determinadas observações. Seria uma tese (ou livro) que ficaria para sempre pois contaria a história da evolução da Marca Futebol Clube do Porto que está assente na imagem da liderança de Pinto da Costa.

Hoje, ele provoca o Chelsea com Hulk (se batessem os 100 milhões dava-lhe imenso jeito), chama cobarde a Villas-Boas, comparando-o com Mourinho, que levou «5 do Barcelona e não deixou de ser o melhor do mundo» e que numa cadeira de sonho estava o ruivo e no banco está Vitor Vereira.

Em início de época é muito mais motivacional para os adeptos do que proclamar a sete ventos que vai ser campeão, porque, isso, todos dizem mas infelizmente só um ganha.

3 anos a PiaR e mais um PR After work

Na próxima semana realiza-se mais um PR After Work, iniciativa muito simpática que junta profissionais de comunicação e que tem sido um sucesso. Desta feita vai ser no One, antigo T-Club ali ao lado do Padrão dos descobrimentos e convido todos a estar presentes.

Mas este é mais especial, pois celebra o 3º aniversário do blog PiaR. Costumo dizer que não tenho problemas em mencionar a boa concorrência, nos blogs a mesma coisa.

O PiaR é um bom blog de comunicação, começou com o Rodrigo Saraiva e o Alex Guerra, com bons textos e como agregador de outros blogs de comunicação, depois reforçou-se com a simpática Virgínia Coutinho e com o António Marques Mendes, que podia escrever mais vezes que a gente gosta.

Têm feito um magnífico trabalho no campo da promoção do trabalho de Conselho em Comunicação e é sempre um prazer passar por ali. É um espaço de qualidade e de boa gente que respeito e por quem tenho amizade.

Dar-lhes um abraço é um motivo ainda mais forte para estar presente dia 19, a partir das 18.30h.

A luta no PS

Ponto prévio: sou amigo do António José Seguro (espero que ganhe e neste momento está mais bem posicionado para ganhar) e não conheço bem o Francisco Assis.

Mas estas eleições, apesar do debate de ontem, têm sido muito internas. Quero eu dizer que têm passado muito ao lado dos portugueses, que participaram numas eleições há bem pouco tempo e neste momento estão preocupados com a crise ou com a organização das férias.

Bastava comparar com as eleições internas do PS, em 2004, com Sócrates, Alegre e Soares para se sentir essa diferença. Bem sei que o ciclo era diferente. Era um ciclo de possível ascensão ao poder, depois do cansaço com Durão Barroso que teve repercussão na maior derrota da direita (PSD e CDS em coligação) nas europeias de Junho desse ano.

Fica pouco deste combate, um bocado monótono e na ressaca de uma liderança muito forte que marcou indelévelmente o PS. E, como se constata facilmente, os dois candidatos precisam de muito trabalho de comunicação.

São populares no PS mas ainda não têm notoriedade e não empolgam a nível nacional. Quem ganhar vai ter tempo para melhorar. Este é um tempo de terapia e de renascimento do PS, que corta com um líder forte e procura um novo estilo.

PS: Ontem no debate televisivo entre os dois candidatos, foi visível a tranquilidade de Seguro e o nervosismo e a tensão latente de Assis, que foi campeão em tiques no ombro e no pescoço, queria parecer acutilante na sua última oportunidade de fazer a diferença, mas saíu-se mal por causa dessa mesma tensão.

Oráculo (289)

«A Europa deixou de ser inteligente. Não age, reage»

Pedro Santana Lopes

terça-feira, 12 de julho de 2011

Queremos ser modernos ou eternos?

Arnaldo Jabor responde, com saudades de "Deus e o Diabo na terra do sol", um dos meus filmes preferidos de Glauber Rocha, bem como "Terra em Transe".

Boa proposta para o Verão: cinema num belo bar de hotel

Não tenho problemas em falar do trabalho da boa concorrência quando se trata de coisas que eu gosto.

Imaginem juntar um dos mais belos bares de hotel em Lisboa, com uma vista fenomenal da nossa cidade, o Sky Bar no último andar do Tivoli, com projecção em ecrã gigante de magníficos filmes nas noites de domingo e segunda-feira.

Deixo aqui o cardápio dos filmes a apresentar de que destaco o Profissão Repórter, do michelangelo Antonioni; Má educação, Almodovar; Eu sou o amor, Luca Guadagino; e Three times, de Hou Hsiao-hsien. Uma bela proposta para quem vai ficar por Lisboa nesta altura

Domingos e Segundas às 21h30.

Em Julho:
Dia 17 - Familia Rodante, de Pablo Trapero
Dia 18 - Sem nome, de Cary Fukunaga

Dia 24 - Má educação, de Pedro Almodóvar
Dia 25 - La zona, de Rodrigo Pla

Dia 31 - Algures, de Sofia Coppola

Em Agosto:
Dia 1 - Como desenhar um círculo Perfeito, de Marco Martins

Dia 7 - Eu sou o amor, de Luca Guadagino
Dia 8 - Boa noite, boa sorte, de George Clooney

Dia 14 - Profissão repórter, de Michelangelo Antonini
Dia 15 - Three times, de Hou Hsiao-hsien

Dia 21 - La belle personne, de Christophe Honoré
Dia 22 - As canções de amor, de Christophe Hororé

Dia 28 - Deixa-me entrar, de John Ajvide Lindqvist
Dia 29 - Canino, de Giorgos Lanthimos

Comentário do dia

«Este verão anda com um rating duvidoso»

Via facebook da Filipa Martins

A ideia da Fox News

A Fox News é líder informativa nos EUA. O seu nascimento teve um plano que nasceu ainda nos tempos de Richard Nixon. A história contada pela Lúcia Guimarães (uma das presenças habituais no início do Manhattan Connection) tem por base os investimentos de Rupert Murdoch nos media.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Cunha Vaz deve recorrer e APECOM deve apoiar

Julgo que o António Cunha Vaz fez bem em recorrer desta sentença sem sentido. Não se pode acusar sem provas e o apêndice de Bárbara Guimarães, desculpem eu tratá-lo assim, mas tenho direito à minha liberdade de expressão, como o cavalheiro referiu à saída do tribunal.

Carrilho faz acusações graves e não provadas e, neste caso, e dou de boa fé a sugestão ao Alexandre Cordeiro, presidente da APECOM, a associação mais representativa das empresas de Conselho em Comunicação deve tomar uma posição pública em defesa de um seu associado.

Neste caso é assim: quem se mete com as agências de comunicação, leva.

PS: Fica bem explícito que o António Cunha Vaz tem de mim todo o meu modesto apoio de que necessite. Gosto de causas justas.

Desmantelar as agências de rating

Uma ideia sugestiva de uma comissária europeia.

Os prémios de Comunicação da Meios & Publicidade

Este ano a Meios & Publicidade devia estar chateada com as agências especializadas em Conselho em Comunicação e não lhes deu qualquer prémio nem escolheu qualquer personalidade para distinguir.

Respeito muito a GCI, o José Manuel Costa e as dezenas de profissionais que ali trabalham, e dou os parabéns pelo prémio obtido, mas como foi anunciado à própria Meios a empresa que JMC lidera alterou a sua vocação para o Public Engagement.

Murdoch e a influência dos seus media

Uma prosa interessante do New York Times sobre a polémica mediática do momento.

domingo, 10 de julho de 2011

Oráculo (288)

«Quem se perde pela sua paixão, perde menos que quem perde a paixão»

Kierkegaard

O slogan e programa de Rubalcaba

O slogan: «Escuchar, Hacer, Explicar».

E as suas ideias base de matizes sociais-democratas.

sábado, 9 de julho de 2011

A mudança de Marina Silva

A candidata revelação das últimas presidenciais brasileiras, Marina Silva, decidiu abandonar o partido que integrava, os Verdes, tendo em vista a sua recandidatura em 2014 ao Planalto.

E saiu assim: «não podemos falar das conquistas do nosso país separando-as da baixa qualidade do sistema político»; «desvios éticos tornados corriqueiros e a perplexidade da população face à transformação dos partidos em máquinas obcecadas pelo poder em si mesmo».

E acrescentou: «esta não é a hora para ser pragmático. É hora de ser "sonhático" e agir para concretizar os nossos sonhos».

Falou bem.

Second Love

Comunicação são pessoas e contactos entre elas. A forma mais carnal de comunicação entre as pessoas é o sexo. E são já mais de 30 mil que procuram um site, Second Love, para encontros amorosos e conversas sentimentais. Segundo a empresa promotora, está acima das expectativas.

Temos muitos adeptos das facadinhas ou então muitas "Cabírias".

Marketing de guerrilha à séria

Isto que vou linkar não passa por nenhuma maluquice nem activação de marcas. É a bofetada que algumas empresas e alguns Estados deviam ter a coragem de fazer. Sei que não podem, mas a ANA reagiu às manipulações das agências de rating assim. E bem.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A mentira do negócio Fábio Coentrão

Tenho muita simpatia pelo Vitor Serpa, mas há certas coisas que incomodam no jornal A Bola. Ontem, ele escrevia um editorial a elogiar o grande negócio de Luís Filipe Vieira com a venda de fábio coentrão.

Chamando a atenção que ele só vendeu pela cláusula de rescisão, 30 milhões, o que todos nós sabemos que é ridículo pois a compra de Garay envolveu pelo menos a quantia de 5 milhões por metade do passe.

Então analisemos melhor esses 30 milhões:

Stars Fund ficou com 20%
Rio Ave 5%
Jorge Mendes 20%
Benfica 55%

Assim, o Benfica recebe cerca de pouco mais de 15 milhões de euros, sendo que é obrigado a gastar 5 milhões por 50% do passe de Garay.

Mais coisa menos coisa 10 milhões de euros é o que factura o clube de Carnide com a saída de Fábio Coentrão.

Quem factura bem o Stars Fund que gostava muito que A Bola tivesse a coragem de dizer a quem pertence, é natural que saiba.

Oráculo (287) - ao Diogo Vasconcelos

«Nós somos o que partilhamos»

Charles Leadbeater, frase que o Diogo Vasconcelos gostava e que retiro do mural do João Mota Lopes

Ex-assessor de comunicação detido

O escãndalo na Grâ-Bretanha no seu esplendor, o ex-assessor de David Cameron detido.

Em estado de choque

Fiquei completamente surpreendido com a muito triste notícia da morte do Diogo Vasconcelos, homem das telecomunicações e que foi mandatário digital de Cavaco Silva.

Gostava dele e ele também tinha simpatia por mim e era leitor deste blog como sempre me dizia, não gostava muito quando atacava o Presidente da República, o que era natural, mas ficou grato quando escrevi que um dos principais sinais de modernidade nas últimas presidenciais foi a escolha de um mandatário digital.

Parte aos 49 anos e ainda tinha muito a dar ao nosso país. É uma lamentável perda, tal como também a da Maria José Nogueira Pinto.

Conto uma história: em Novembro o actual presidente da Federação Académica do Porto, decidiu fazer umas jornadas Diogo vasconcelos, como homenagem ao primeiro presidente dessa Federação, o Diogo, e como símbolo de qualidade, competência e mérito, reconhecido em Portugal e além-fronteiras.

E pediu-me, pela minha boa relação, para o convidar se aceitava dar o seu nome a essas jornadas. O Diogo, com generosidade acedeu. Hoje, julgo que será justo que essas jornadas mantenham o seu nome para todo o sempre, seria uma excelente homenagem.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Oráculo (286)

«Duas pessoas só estão realmente envolvidas numa relação quando compreendem as coisas uma da outra»

Scot Turow - "Inocente"

Primeiras consequências do novo Governo

Vejo o blog Câmara Corporativa muito afinado e em grande forma, o 31 e o Albergue Espanhol ainda um bocadinho desnorteados com a fuga de talentos para os gabinetes ministeriais.

Depois, a enorme perda nas redes sociais que é a ida do João Villalobos para o Governo, ele que era um dos mais interessantes no twitter e facebook. Um abraço e desejo de muitas felicidades nas novas tarefas, a ele e a outros amigos que entraram nessa nova aventura.

Novidades do Facebook

A ver por aqui.

A Tempestade das agências de rating e a União Europeia não existe

«Soco no estômago», disse Passos Coelho. Mas poderia dizer o mesmo José Sócrates, Joaquim Manuel ou Lyoncia Viktoria.

«Que interessa à tempestade o nome do rei?», escrevia Shakespeare sobre o ex-duque de Milão, Próspero, então refugiado numa ilha algures, em a «Tempestade».

Esta tempestade da Moody`s tem pouco a ver com o nome dos reis. Vários se insurgiram, a nova presidente do FMI já elogiou as medidas draconianas do governo português e ferve a revolta popular contra as agências de rating.

O ataque ao euro é evidente, levado a cabo por instituições que não anteviram a crise da banca americana. A sua credibilidade é cada vez mais discutível, mas o que ainda importa salientar é que Portugal já gastou 9 milhões para ser avaliado por estas agências, a quem pagou para nos decretarem que somos lixo.

E cabe ainda salientar que a Comissão Europeia, liderada por um português, Durão Barroso, é praticamente inexistente, está amarrada aos que deram velhas receitas sem soluções para a crise actual.

A União Europeia não existe, existe apenas uma moeda. Não há iniciativa para cavalgar, a nível europeu, contra as agências de rating e o embaraço é evidente face à crise actual e que se acentuará.

José Manuel Durão Barroso... «Que interessa à tempestade o nome do rei?».

Obama mobiliza através do Twitter

Já o tinha feito com o Facebook, agora no twitter através do laptop-one.

Um partido anti-PowerPoint

Pode parecer estranho mas nasceu na Suiça, aqui ficam as justificações.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sobre os tablóides em Inglaterra

Prosa do Fernando Gabeira sobre uma das questões do momento na Grâ-Bretanha.

A diferença entre Berlusconi e Strauss-Kahn

«A diferença entre Berlusconi e Strauss-Kahn é a diferença ideológica entre os dois. A direita respeita a propriedade privada e paga. A esquerda quer sempre de borla».

Anedota do dia recebida por sms enviada por uma pessoa amiga muito conhecida da política.

Comentário brutal logo pela fresca

«Esses Moody`s são uns cabrões»

Palavras violentas mas sábias saídas de um taxista de Lisboa

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cabíria e as redes sociais

Cabíria dá nome a uma prostituta nas "Noites de Cabiria", filme de Fellini que deu à sua companheira Giulietta Masina o prémio de melhor interpretação feminina no festival de Cannes, lá pelo final dos anos 50.

Adoro Fellini, quase todos os seus filmes, neste, que me vem muitas vezes à memória, sente-se a solidão de uma mulher que só pretende ser integrada, que lhe tenham uma palavra meiga e que se entrega com ingenuidade e esperança ao primeiro que lhe oferece ligeiros sonhos de se sentir alguém.

O filme arranca com Cabíria sorridente e feliz com um homem que a conduz por um campo até ao atravessar de um rio. Ele, empurra-a para o rio e fica-lhe com a mala e o dinheiro, ela volta, só, para a sua casa. A sua casa de que tanto orgulho tem.

Pelo meio conhece um milionário do cinema, que se cativa com ela, que lhe dá lagosta e caviar, que é sincero com ela. Mas como gato escaldado de água fria tem medo, é mais evasiva do que devia e perde-o.

No final, vive uma paixão, levanta todo o seu dinheiro do banco acreditando num grande amor, mais de 700 mil liras, na altura, se a memória não me falha. Vão passear pela floresta até estarem á beira de um penhasco. Cabíria vê a morte nos olhos do actor François Périer, pressente-a, mas mais do que a morte é a desilusão por se sentir só, uma vez mais. Ele foge com o dinheiro.

Mas na esperança e última chance para a alegria de viver, de que tantas vezes trata Fellini, a cena final do filme tem Cabíria a andar numa floresta onde surgem jovens que cantam e dançam. E a integram. E as lágrimas dão lugar a um novo sorriso de esperança, pois a vida continua.

O que hoje se vê nas redes sociais, onde se partilham notícias, músicas, estados de alma, protestos, é essa mesma vontade de Cabíria. A de muita gente se tentar integrar, fugindo à solidão. "Noites de Cabíria" é apenas a antevisão das sociedades modernas, poderosas nos meios e na capacidade de comunicação, mas onde cada vez mais gente se sente só.

Falar Verdade no Sporting

Aqui deixo a minha estreia no blog Leão da Estrela. É sobre este início de temporada no Sporting.

Oráculo (285)

«O silêncio é a ausência de qualquer ligação»

Scott Turow - Inocente, a sequela de "Presumível Inocente", livro que recomendo

O admirável mundo da comunicação em rede

Agradecer aqui ao Luís Paulo Rodrigues as suas palavras, salientando o blog de comunicação dele que, de facto, é bom. E dando uma palavra pelo magnífico trabalho que tem feito em Famalicão, na área de comunicação, concelho que neste momento é dos que ostenta melhor qualidade de vida em Portugal.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Conselhos grátis ao Governo

O ministro da Economia precisa bastante de Conselho em Comunicação. Já tinha sido as bandeirinhas nos produtos portugueses, hoje foram buscar um seu livro em que fala de uma possível independência da Madeira.

E o Governo terá de compreender que Comunicação é uma necessidade e não faz parte da rubrica "gorduras" a cortar do Estado. Penso que alguns elementos do Executivo, felizmente, são sensíveis a estes conselhos grátis.

Contratei a Ângela Marques

Pois estreia-se hoje pelas minhas bandas, a minha nova consultora sénior, Ângela Marques.

Passou pela Smartbox, Addmore e dois anos pela GCI. Vem bem disposta, chegou meia-hora mais cedo - o que é bom sinal - e com muita vontade de trabalhar.

Quero que mantenha a sua personalidade porque as agências de comunicação são feitas de pessoas, com individualidade própria e não um bando de carneirinhos mansos.

O meu desejo é que trabalhe bem e seja feliz.

Devem as empresas estar nas redes sociais?

«Todas as empresas, inclusivamente as que vendem torneiras, têm que utilizar as redes sociais para escutar. Devem saber o que diz a concorrência e os consumidores. O que talvez não seja necessário é que todas as empresas sejam activas. A chave para ter uma presença interessante é trazer valor e conteúdos interessantes que em muitos casos não farão referência à sua própria marca. Algumas empresas compreenderam-no, outras limitam-se a mandar notas de imprensa».

Revista Man espanhola

domingo, 3 de julho de 2011

Nobres caprichos

Já se esperava uma coisa assim. Aliás, bastava ver a cara dele durante o discurso de tomada de posse de Assunção Esteves e os elogios que a ela foram proferidos por todas as bancadas parlamentares para se perceber como este cavalheiro estava ali a mais e com complexos interiores bem à vista. A cara não mente.

Itamar

Pouca gente lhe dava muitos méritos, parecia que as coisas lhe aconteciam como se ele não tivesse intervenção nelas.

Itamar Franco foi vice de Collor e no momento em que o Brasil perdeu a côr, com o impeachment, assumiu a Presidência. Para a Fazenda nomeou o melhor presidente brasileiro do último século, Fernando Henrique Cardoso, e com ele estabeleceu as bases da recuperação económica do Brasil.

Mais tarde, ficou famoso por, sem saber como, ser fotografado ao lado de uma senhora sem calcinhas no sambódromo do Rio de janeiro. Foi o gozo mundial, mas ele pouco se importou. Continuou a sua carreira com o foco mais na sua terra, Minas Gerais, e com a pôpa que os caricaturistas brasileiros nunca o deixaram de desenhar.

Será um rodapé na história brasileira, mas marcou o final do século XX por aquelas bandas.

A luta política em Espanha

Sondagem interessante hoje no El País. Vejamos

Quem acha que vai ganhar as próximas eleições? PP 88% PSOE 5%

Depois na análise dos líderes, Rubalcaba e Rajoy, os seguintes dados

Está melhor para fazer frente à crise: Rubalcaba 34 Rajoy 39
Qual inspira mais confiança: Rubal. 46 Rajoy 33
Tem mais capacidade de liderança: Rubal. 53 Rajoy 33
O que se preocupa mais com as pessoas: Rubal. 37 Rajoy 28
O que sabe melhor manejar as exigências dos mercados: Rubal. 34 Rajoy 41
O que seria melhor Presidente do Governo: Rubal. 44 Rajoy 36

Logo, enorme cansaço de Zapatero, mas Rajoy mantém a falta de liderança e carisma que o PP necessitava para calmamente ganhar eleições, é uma imagem recorrente de um homem que já perdeu muitas vezes. Rubalcaba surge como o melhor candidato.

Na vanity fair espanhola, Josep Borrell, um homem influente do PSOE diz que «la derrota del PSOE no ha sido por la crisis, sino por la gestión de la crise». O PP parte como natural favorito, mas tem um líder fraco que é o seu calcanhar de Aquiles.

A casca de banana no Sporting

Interessante esta maneira de Godinho Lopes se referir à saída de Couceiro. Em termos comunicacionais isto nunca poderia ser dito.

sábado, 2 de julho de 2011

Soares tem memória

Apesar da idade, a mesma lucidez de sempre. Mário Soares a tocar no ponto, isto é, na esfinge de Belém.

A 1ª entrevista deste Governo

Quem anda no universo mediático tem de estar atento a estes sinais: a primeira grande entrevista de um membro deste Governo foi a Assunção Cristas, na revista do Expresso.

Seria uma animação

Pinto da Costa em jogo.

Manuela Moura Guedes e a SIC

A SIC já não conta com Manuela Moura Guedes. É uma jornalista incómoda, com um estilo próprio, por vezes agressivo, mas eu gosto.

Ela era um dos grandes trunfos de Carnaxide, uma grande aquisição à rival de Queluz, porém, Balsemão vetou-a.

Acho que a televisão portuguesa precisa dela e do seu estilo, num momento em que a informação parece amorfa e mais ou menos igual em todos os canais.

É inexplicável terem-na deixado a vegetar durante meses num novo projecto que, afinal, não arrancou. Diz muito sobre a coragem da SIC neste momento.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A frase sublinhada do dia

«Prefiro o erro do entusiasmo à indiferença do bom senso!»

Anatole France, mas citada pela Mariana Romão

Notas soltas sobre Portugal

Agora de regresso à pátria amada, fica uma resenha analítica da actualidade, do que vi da imprensa dos últimos dias.

1- Na Lux vejo bonitas fotos de um casamento a que desejo muitas felicidades e onde estive presente. O casamento do Francisco Almeida Leite (DN) e da Beatriz Jálon (TVI), onde se via o momento feliz do Governo, com Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Miguel Relvas, que não deixaram de estar presentes e também da Presidência da República, com Fernando Lima e Ana Zita Gomes presentes. António Cunha Vaz, mais Zé Aguiar e francisco de Mendia (ACV), João Villalobos (meu colega de viagem) e Vitor Cunha (JLM e meu colega de mesa) estavam pelas agências de comunicação, Mário ramires e Sofia Raínho (Sol), Pedro Morais Fonseca (Lusa), Isabelinha Teixeira da Mota (JN), Bernardo Ferrão (SIC), meia redacção da TVI, Luis Naves (Albergue espanhol), Miguel Guedes (UE) e ainda me esqueço de muita gente nesta retrospectiva.

2- O Governo está defendido na maior parte dos editoriais de hoje, mas na opinião pública o estado de graça caiu antes do previsto. E a metereologia diz que em certos pontos do país as temperaturas podem cair dez graus.

3 - O Sporting já contratou 11 jogadores. Não sei se é bom ou mau, pois não conheço nem metade dos contratados. Pinto da Costa fez-se acompanhar de um I-PAD no sorteio da liga. Jorge Jesus tinha dois contratos no Vitória de Setúbal. Mas isso não foi já há muitos anos?

4- Funeral de Anjélico, um fenómeno de popularidade que parte cedo de mais. Tinha aspecto de ser bom rapaz e é sempre uma pena quando alguém parte.

5- No caso Bernardo Bairrão leio no Sol que houve pressões familiares de Moniz e Manuela para o administrador da TVI não ir para o Governo. Não quero acreditar.

6- Na esfera internacional, o escãndalo Staruss-Kahn parece que vai dar em nada. Diz o Público que a acusação da acusadora tem muitos buracos...

7- Não há pátria como a nossa.