segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

2013 - o balanço, os melhores e o melhor que se fez

O ano de 2013 para os portugueses foi um ano difícil, sem história. Marcado por vários episódios menores, como os "briefings", por figuras menores - miss swap, Machete, Maçães, entre outros.

Foi um ano em que batemos no fundo, mais abaixo é difícil ir, em que se perderam valores e não se reconquistou a esperança. Foi um ano de desilusão com a classe política, com a nazi máquina fiscal, com a lentidão da Justiça e ainda terminámos com a capital dominada pelo lixo, melhor retrato era impossível. Posto isto ficam os melhores de 2013:

Personalidade do ano: Ramalho Eanes
Melhor ministro: Paulo Macedo
Melhor líder: Rui Nabeiro
Melhor desportista: Cristiano Ronaldo e Rui Costa (ciclismo)
Melhor empreendedor: Álvaro Covões (com a sua vertente cultural)

Melhores Filmes: A Caça (Thomas Vinterberg), Lore (Cate Shortland)
Melhores Livros: Alfabetos (Claudio Magris), Agosto (Rubem Fonseca), O Tango da Velha Guarda (Arturo Perez Reverte)
Melhor Álbum: Yeezus (Kanye West)
Melhores séries lançadas em 2013: House of Cards, Hannibal, The Americans

domingo, 22 de dezembro de 2013

Sugestões para o Natal

Livros

"Vai, Brasil", Alexandra Lucas Coelho, Tinta da China, 314 páginas. Uma descoberta do Brasil real, diálogos, memórias e trabalhos da jornalista portuguesa no País que a acolheu.

""História da Minha Vida II", Giacomo Casanova, Divina Comédia, 539 pág. O segundo volume das memórias do homem que passou para a história como libertino, mas era muito mais que isso, sobretudo, um homem do mundo.

"Gente Independente", Halldor Laxness, Cavalo de Ferro, 556 pág. O livro que é um monumento. Pouco conhecido mas uma das grandes obras da literatura deste Nobel de nacionalidade islandesa

"O Boneco de Neve", Jo Nesbo, D. Quixote, 466 pág. Um dos nomes de proa do policial nórdico. Duro, ríspida a sua escrita, mas de imparável leitura.

"A Fraude de Ícaro", Seth Godin, Gestão Plus, 212 pág. De agradável leitura esta pequena pérola de um dos gurus do marketing.

Cinema

Caixa de Aleksandr Sokurov da sua tetralogia do poder que contém Moloch, Taurus, O Sol e Fausto (a única película anteriormente comercializada em Portugal). Imperdível. E a 29 euros.

Mais duas caixas com ainda melhor preço na FNAC, cerca de 15,99 euros. A de Jean Renoir que contém Esta Terra é minha, A Semente do Ódio, French Can Can, Elena e os Homens e um dos grandes filmes da história do cinema: A Regra do Jogo.
A outra caixa com este preço é a de Max Ophuls que traz: Carta de uma Desconhecida, A Cilada da Ambição, Madame de..., e Lola Montés.

Séries

Em estreia na FOX no início do ano aparece "Os Seguidores" (The Following). Boa série, Kevin Bacon fantástico, o líder da seita que protagonizava "O Filantropo" é um bocado canastrão mas tem bom ritmo e agarra.

Para presente de Natal sugiro as 3 temporadas já editadas de Boardwalk Empire (a 4a está a dar no AXN Black e é excelente).

Restaurantes

Filipe, em Sesimbra, no largo principal que é bom para fugir um bocado de Lisboa, peixe sempre fresco; aqui em Lisboa é de aproveitar o menú para portugueses do Lisboa à Noite no Bairro Alto

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As 10 pessoas que mais gosto de ler no facebook

Os nomes que escolho estão todos relacionados com a área de comunicação, jornalismo, televisão e marketing. A ordem é aleatória.

Alda Magalhães Telles

Francisco da Silva

Nuno Roby Amorim

José de Pina

Luis Paixão Martins

Carlos Vaz Marques

Maria Água Dias

Nuno Rogeiro

Raquel Marinho

Eurico de Barros

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Figuras da Comunicação 2013: Paulo Padrão e Paulo Campos Costa

O Paulo Padrão porque apesar de ter um ano ultra-conturbado com guerras internas no BES, processos judiciais das suas principais figuras, mantém a aura do poder do banco do qual comanda a sua comunicação.

Mesmo quando criticam o silenciamento de algumas notícias internacionais sobre o BES ou quando é pouco conhecida a actividade da entidade supervisora sobre o banco, isso revela bem o seu poder e da sua equipa e de quem com ele colabora

Este 2014 será um ano em que o BES continuará na berlinda, cabe-lhe a ele fazer a gestão cuidada da imagem e reputação da entidade em que trabalha. O BES precisa de sair do tsunami noticioso, necessita de tranquilidade para manter a confiança dos seus clientes e a força da sua marca.

O Paulo Campos Costa escolho porque tenho também estima por ele e pelas suas qualidades profissionais. Sabemos todos que pagamos mais na nossa conta de electricidade do que devemos, logo, a EDP é uma empresa que suscita críticas.

Ao longo do tempo, primeiro com um fantástico trabalho de rebranding, depois com a activação de marca e eventos que patrocina tem mantido a EDP com uma das marcas mais poderosas de Portugal e o Paulo tem bastante poder.

Este ano critiquei bastante António Mexia. Não por falta de qualidades de liderança, que as tem, mas por um excesso de voluntarismo em intervenções que marcaram negativamente a imagem da empresa. Primeiro na área política, onde não se deve expor pois tem accionistas chineses, depois no futebol onde teve a infelicidade de associar um crescimento do PIB a uma vitória do Benfica no campeonato, tendo com isso despertado o ódio dos adeptos do Sporting e, sobretudo, do Porto.

O Paulo Campos Costa, em magnífica entrevista à Briefing, disse uma das frases do ano e que representa muito do que se passa em Portugal: «falta quem diga, sai da frente que eu faço». Para o ano tem muito que fazer e sugeria que aconselhasse António Mexia a pedir desculpa pela infeliz frase que teve. Pois é bom em comunicação pedir desculpa quando se comete um erro. 

Quando CR7 e Messi se juntam para salvar o mundo

Muto engraçado o video da Samsung, que pode ver aqui,  que junta várias grandes estrelas do futebol mundial.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O meu "dream team" de 2013

Este ano escolho apenas uma equipa de onze elementos de agências de comunicação, a ordem é aleatória, mas feliz das empresas que contem com estes elementos e ainda menciono três excepções relacionadas directamente com o sector e que merecem o meu destaque:

Telmo Carrapa (CV&A), Renata Pinto (GCI), Sandra Silva (LPM), Inês Saraiva (Lift), Ema Brito (Special One), João Villalobos (CV&A), Monica Mendes Coelho (Parceiros), João Reis (Lift)., Alexandre Guerra (Santa Casa) Patrícia Afonso (LPM), José Pedro Abrantes (CV&A).

Depois, destaco a Joana Machado (LPM) na variável de estratégia, projectos e new business; Rui Oliveira Marques (Meios & Publicidade), o melhor jornalista da área dos media e o mais conhecedor do sector de Conselho em Comunicação; Maria Garcia Luis (NewsEngage), a construir publicações e agregadores foi dos destaques do ano de todo o meu sector.

E tantos outros colegas que fizeram excelente trabalho também. A eles, sobretudo aos que não menciono e aos que desconheço, e a quem dediquei o ano de 2012, desejo que continuem a fazer o que gostam. A todos vós um Bom Natal e um fantástico ano de 2014.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Uma "geração de viciados"

Lido no DN: «Um estudo realizado pela empresa de Neuromarketing Labs concluiu que os aficcionados de séries sentem os mesmos sintomas de dependência que os viciados em drogas

Produtos televisivos como The Walking Dead, Breaking Bad, A Teoria do Big Bang ou Guerra dos Tronos podem criar síntomas físicos de adição como suores, pulsação acelerada e descida da temperatura corporal.
O relatório da Neuromarketing Labs assegura que, quando um espectador está a assistir a uma dessas séries, o corpo segrega uma conjunto de hormonas que têm ainda um efeito "calmante". Isto porque, revela o mesmo estudo, o cérebro humano é masoquista, na medida em que prefere as séries que despertam emoções mais fortes - sejam elas positivas ou negativas - e por isso mesmo precisa de algo que contraponha de imediato esse efeito».

Portanto, ou Hollywood volta a fazer cinema de qualidade ou as séries continuarão a fazer uma "geração de viciados", pois é hoje o que as pessoas mais seguem, segundo este estudo.
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Eleições Primárias: o tema que crescerá no PS

Muito lentamente, muito devagarinho, muito discretamente, alguém tem plantado na imprensa o tema das primárias antes de eleições legislativas e abertas não só aos militantes mas também a simpatizantes.

Ontem o Público escrevia no subtítulo da notícia: «apesar de ser uma tendência europeia, os partidos portugueses afastam, para já, qualquer discussão sobre o alargamento das eleições internas». O jornal diário vai ainda mais longe e menciona, e é verdade, que na Europa são os partidos de esquerda que têm desenvolvido essa prática.

O gato escondido com rabo de fora destas informações, é que muitos no PS ainda acreditam que, pouco tempo antes das legislativas, umas primárias possam entregar o partido a outro candidato que surja como um potencial vencedor mais substantivo.

Por isso António José Seguro, para lá do seu caminho de construção de cavalo vencedor, ainda tem de estar atento internamente a quem lhe morde os calcanhares e a quem está interessado em semear estas notícias sobre primárias.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O futuro da Europa

«Creio que a Europa está em grandes dificuldades, que um Estado europeu é um objectivo muito longínquo, mas creio que é preciso começar a dar pequenos passos concretos que possam conduzir lentamente sem choques para não provocar reacções negativas, a transferir certos aspectos da soberania dos Estados para um Estado europeu. Temos a impressão de que a União Europeia está paralisada pela burocracia»

Claudio Magris, em entrevista à Ler

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O exercício do jornalismo e as redes sociais

Ser jornalista é uma profissão nobre. O jornalismo é um exercício fundamental para a sanidade e transparência das sociedades democráticas.

Vive hoje um problema na imprensa. Menos leitores, menos receitas publicitárias, redacções mais curtas e mais jovens porque são mais baratas. Faltam cabelos brancos no jornalismo actual.

Por outro lado, as telecomunicações, a internet e as redes sociais possibilitaram que todos possam expressar livremente as suas opiniões, cada pessoa pode fazer notícia, mas não é um jornalista.

É no jornalismo que deve ser feita a triagem entre o que é importante para a comunidade, apresentando todos os lados da notícia de forma racional, coerente e profissional.

Agora, cabe à comunicação social perceber que muitas das tendências são construídas por líderes de opinião que têm mais leitura nas redes sociais do que muitos "opinion makers" que escrevem no papel ou falam nas televisões.

O jornalismo tem de conviver com as redes sociais e até aproveitar e promover-se com o melhor delas, falta ainda essa visão a quem comanda os media.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

As Marcas e as pessoas

«Hoje em dia, todos os produtos têm de ser medidos pelas respostas humanas que têm. É muito fácil comprar produtos. É muito difícil falar com seres humanos superinformados e superinvestidos sobre e num mesmo aparelho.. Não é só uma questão de achar: a qualidade do serviço é que determina a qualidade do produto que comprámos»

Miguel Esteves Cardoso, Público, 29.11.13