Hoje, a Visão decidiu ouvir-me sobre a linguagem e comunicação que Pedro Passos Coelho tem utilizado nas suas últimas intervenções. Relembro que houve quem elogiasse, como Marques Mendes, e quem criticasse, no caso de Paulo Rangel.
O que eu disse foi simples sobre a sua linguagem: «linguagem terra a terra, muito próxima do que diz o povo». E acrescentei que «as pessoas estavam habituadas ao modelo de José Sócrates em que qualquer medida (ou intervenção) vinha preparada com uma embalagem, com um pacote de comunicação, mas Pedro Passos Coelho não tem um batalhão de assessores à volta dele nem encapota as suas intervenções com técnicas comunicacionais».
O Primeiro-Ministro pode ser criticado por muita coisa, eu também critico quando o Estado me ataca os bolsos, mas é um homem honesto, racional, por vezes com falta de jogo de cintura. Tem a sua linha de rumo, que é naturalmente criticável, mas não oscila por questões comunicacionais, pois apesar de escutar não liga muito a isso.
E há uma coisa que separa em muito Sócrates de Passos. Tenho a certeza absoluta que no dia em que Passos sair de Governo não haverá notícias de que a sua família tem contas em off-shores nem passará a ter vida de luxo e essa, para mim, é uma diferença muito importante.
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
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