O semanário Sol decidiu ouvir-me hoje sobre a relação/utilização dos políticos das redes sociais. Fui muito claro ao dizer que eles ainda não perceberam e não sabem trabalhar com elas.
O comentário que me foi pedido tinha como ponto de partida as intervenções de Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho, mas alarguei o campo de análise, salientando que há poucas honrosas excepções. Mas vamos ao fundamental:
1- A maior parte das páginas de políticos mais conhecidos é escrita pelo seu staff. Logo, não há uma relação de proximidade entre eles e a comunidade que os segue.
2- Os políticos usam sobretudo o Facebook para colocar a sua mensagem sem se submeter ao contraditório que implicaria o contacto com os media tradicionais. Assim, o Facebook é apenas uma fonte emissora dos conteúdos que pretendem promover.
3- Os políticos ainda acham que é moderno e usam a utilização das redes sociais como um soundbite dessa ideia errada que têm. Ao dizer Cavaco fez uma declaração via facebook ele acha que os portugueses o vêem como político moderno que usa os novos canais, é um erro.
4- Os políticos devem usar as redes sociais para colocar as suas mensagens, fazer a intervenção política que bem entendem. Mas uma rede social é uma rede de convívio entre o emissor e os que o seguem. Se querem fazer um uso positivo das redes sociais devem expor-se mais, criando uma real proximidade com quem os segue.
5- Não redes sociais sem a possibilidade de haver opiniões diferentes. Quem abre uma conta no facebook deve estar preparado para ter contestação e várias críticas. Quem as cerceia, não as respeita e não lhes responde, não vale a pena estar nestes espaços.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
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