A imprensa espanhola tinha as facas afiadas, só estavam guardadas à espera do momento certo. E exactamente no dia depois de Mourinho sair do Real Madrid, faz anoz Iker Casillas, que tem página inteira no El Mundo. Para lá do jornal citado, utilizarei frases dos jornais que consegui apanhar em papel, El Pais, Gaceta e Marca.
Apesar de tudo, Mourinho ainda teve um escudo, o seu amigo e responsável pela sua contratação, Florentino Pérez. Que resumiu numa expressão a sua decisão: «A pressão tornou-se insuportável». mas reconheceu que o balanço foi positivo e que Mourinho soube retomar patamares competitivos dos quais o Real estava alheado há algum tempo.
O El Mundo traz uma crónica completamente destrutiva para o português: «Gracias, Mou, por hacernos peores». Onde arrasa a posição de Mourinho e o apoio que Florentino lhe deu ao tornar piores todos os jogadores e treinadores antes dele e «obrigado a Mourinho por sermos piores jornalistas».
Marca dispara: «The Special End» E numa crónica: «como diz Valdano (sempre uma sombra), os sócios não celebram superavits na fonte da Cibeles». pois os resultados económicos de Florentino foam bons, mas o ciclo de Mourinho não.
O El Pais vai buscar todas as polémicas de Mourinho, podem ler por aqui, e o grau de satisfação pela sua saída é elevado pois foi um dos jornais que quase diariamente o atacou.
Em suma, Espanha está feliz, pode ser que seja bom para crescer o PIB, com a saída de Mourinho. Mas para terminar de outra forma, coloco aqui e recomendo a leitura deste magnífico texto do Enric Gonzalez, de ontem no El Mundo. O ex-jornalista e escritor do fabuloso "Histórias de Londres", editado pela Tinta da China, traça aqui o perfil de uma personagem que é como aquelas de John Ford: Bigger than life.
terça-feira, 21 de maio de 2013
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