Muitos criticaram o discurso de abdicação do rei D. Juan Carlos. Por exemplo, o Público salientava a importância do discurso de despedida da raínha Beatriz da Holanda, em detrimento do monarca espanhol de quem outros disseram que era um discurso pobre e curto.
Mas na mensagem do soberano espanhol o que importava, como mencionou o El País na sua última página de ontem, eram as fotos que estavam à sua esquerda na comunicação que realizou e que no seu País todos viram. Uma com o seu pai, o conde de Barcelona, e outra com o sucessor filipe e a sua neta Leonor.
Por vezes, na comunicação, diz-se muito, falando pouco. A presença do subliminar impõe-se às palavras. Naquelas duas molduras, e no homem que comunicava, estava o passado, o presente e o futuro. A continuidade dinástica, a estabilidade de uma monarquia, a âncora de um regime. D. Juan Carlos disse pouco, mas estava lá tudo.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
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