Uma tragédia que leva a vida a um candidato promissor, e já um excepcional político, trouxe de novo Marina Silva para a ribalta. Essa mulher, escreve J. R. Guzzo na última edição da Veja, «Marina, como a Rússia descrita por Churchill, é uma charada envolvida em mistério que fica dentro de um enigma».
Marina é mesmo indecifrável. Tem, desde a última eleição presidencial, o apoio dos jovens e do eleitorado urbano como se um elemento de frescura e novidade se tratasse. Mas a sua carreira desenvolve-se dentro do PT com quem depois cortou.
Parece romper com o sistema, mas é apenas um elemento que se desagradou com o sistema onde antes habitava. É vaga, apesar de conhecermos a defesa da ecologia e a sua ligação aos evangélicos, é um nada com uma biografia e história de vida perfeitos para um currículo de qualquer candidato.
Era vice na chapa de Eduardo Campos que contava com ela para lhe dar mais notoriedade e entrada nos centros urbanos onde ainda era pouco conhecido. Mas, nesse papel, Marina não lhe estava a trazer nada. De repente, por uma qualquer decisão dos deuses que comandam o destino, vê-se lançada a combater Dilma e Aécio Neves (um grande candidato e provavelmente o melhor político da actualidade, com tudo para ser um bom presidente).
Além do nada, ela tem algo que mobiliza, que emociona, que a torna empática: o carisma. Essa palavra tão difícil de definir e hoje tão rara e que a pode levar a ser a próxima presidente do Brasil.
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
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