Um dia a HBO anunciou a realização de um documentário sobre Bill Clinton. Ao leme do projecto, Martin Scorsese. Na altura, o ex-presidente declarou que a sua alegria por ter despertado o interesse de «um realizador mítico». O grande mestre respondeu que o seu trabalho iria trazer «um conhecimento mais amplo desta figura transcendente».
Dois anos depois, decidiram cancelar o documentário. Os motivos sussurrados vêm do facto de Clinton querer interferir no produto final. Scorsese não teve pachorra para o aturar, sobretudo numa altura em que a sua mulher, Hillary, é a melhor posicionada para suceder a Obama.
Os políticos têm passado, presente e futuro. Apesar de se preocuparem com o dia-a-dia, têm uma enorme preocupação com o seu legado, porque o dia seguinte ao exercício do poder pode torná-los mais populares. Assim é com Bill Clinton.
Ter um génio criativo a escrever as páginas do passado para o futuro é um risco enorme que Clinton correu. Perdemos um documentário.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
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