Menciono apenas dois casos de mulheres de Primeiros-Ministros portugueses que, infelizmente, foram atingidas por doenças graves. As de António Guterres e de Pedro Passos Coelho, e que consequências podem ter para a acção governativa dos maridos.
Em termos puramente comunicacionais, a imagem sai reforçada. Porque a consternação pública face à doença leva a que as pessoas aumentem a consideração por quem caminha junto com a dor. Ninguém gosta, por muito adversário que seja, que alguém passe por uma tormenta do destino.
Mas tal como se diz que por detrás de um grande homem está sempre uma grande mulher, este é um momento em que o homem tem de ser forte, física e mentalmente, para resistir às tarefas diárias da governação e assistir ao sofrimento da sua mulher. Lembramo-nos que houve um momento em que António Guterres foi, naturalmente, bastante afectado e mesmo aquela imagem que muitos recordam das contas de cabeça do PIB foram num momento logo após o conhecimento da doença que viria a vitimar a sua companheira.
Como disse muito bem Passos Coelho na nota enviada para as redacções, este é um tempo de reserva e de intimidade do casal. Não é espaço para "voyeurismos" mórbidos. Restando às pessoas desejar as melhoras e que a sua mulher vença o combate.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
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