Conheci o José Freire Antunes quando eu era jornalista no "Semanário" e ele militante do PSD. Mais propriamente, em 1996, quando ele se candidatou a líder no congresso de Santa Maria da Feira. Entrevistei-o, por causa dessa demanda, em sua casa em Carnaxide, mas, por azar dos azares que já aconteceram a todos os jornalistas, o gravador não a gravou e tive de repetir a entrevista num restaurante de Campo de Ourique.
Já tinha alguns dos seus livros, do melhor que a história da segunda metade do século XX podia ser contada, conversámos depois várias vezes e sempre mantivemos uma amizade distante mas que era sempre pontuada pelo simpático envio com dedicatória dos livros seguintes que escreveu.
Mais tarde, quando construiu um centro de estudos históricos, uma editora e realizava alguns debates, convidou-me para escrever um livro sobre uma personalidade do século XX/XXI, integrada numa colecção que queria realizar sobre diversos políticos, mas que não avançou, e ainda o ajudei num desses debates no Nicola, no Rossio.
Era um homem complexo, de paixões, duro e determinado. Deixou a obra válida dos seus livros e muita prosa em jornais. Soube que partiu para outro mundo. Esta é a minha dedicatória, apenas uma, mas sentida, com grande consideração intelectual e amizade, a quem me deixou muitas mais. Que descanse em paz.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
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