Em Portugal convidou-se a emigrar. Um gesto que caiu como se houvesse uma desistência face a uma geração que não tem trabalho e o Governo não conseguiu dar a volta à situação e não tem políticas de emprego e de futuro para as gerações mais novas.
Agora, veja-se o que diz o novo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta. Ele pediu desculpa aos italianos que têm de emigrar. Leio no Público que se desculpou em nome dos políticos que «durante anos, fizeram de conta que não percebiam e que, por palavras, acções e omissões, consentiram esta dissipação de paixão, de sacrifícios, de competências».
E acrescenta: «quando a esperança e a confiança são roubadas a uma geração inteira, não pode haver álibis, ninguém se pode dissociar pessoal ou politicamente. Nunca acreditei em salvadores da pátria. Acredito na comunidade».
Após estas palavras, decidiu colocar o tema do desemprego jovem na agenda da cimeira dos Chefes de Estado e de governo na União Europeia. Por cá, resignámo-nos e convidamos a emigrar. Estamos sem soluções.
terça-feira, 4 de junho de 2013
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