Realiza-se este domingo mais um evento do Continente nas ruas de Lisboa. desta feita, será no Terreiro do Paço. Lembro-me do que se passou o ano passado na Avenida Liberdade.
Para uma mostra de vacas, ovelhas e outros produtos, que culminaram num grande concerto de Tony Carreira, a principal artéria de Lisboa esteve fechada dois dias para que a parafernália promocional dessa cadeia de distribuição se instalasse. Com ela veio o caos no trânsito e o desencanto de muitos munícipes.
O sucesso foi grande, o canal público aderiu com programação ininterrupta do local, e com a desculpa de se promover o produto nacional tivemos um dia "terceiro mundista" na capital do País. Este ano, suspeito que o sucesso da operação será o mesmo, mas não é isso que está em causa.
1- O Continente tem todo o direito de promover um evento em Lisboa.
2- A Câmara Municipal de Lisboa tem todo o direito de se se associar ao evento e até arrecadar uma receita por essa acção comercial.
Porém, os lisboetas não têm de ver as suas vidas perturbadas, nem os turistas serem surpreendidos por um espectáculo que não estão à espera de encontrar na mais bela praça da Europa e num momento em que a cidade está na moda e o Turismo de Lisboa tem realizado magnífico trabalho na sua promoção.
Logo, o que contesto são os locais "oferecidos" pela CML para esta feira. Aqui, a liderança da cidade não pode tergiversar. Zonas nobres de Lisboa não são para este tipo de eventos promocionais. Por que é que a CML não disponibilizou o Parque da Bela-Vista e porque não, no futuro, utilizar o jardim do Campo Grande que está esquecido e em obras há mais de um ano?
Se queremos uma Lisboa no topo dos destinos turísticos, não a podemos violentar com acções dignas de terceiro mundo. Não pode valer tudo em Lisboa e um líder, por vezes, tem de dizer não e oferecer alternativas.
quarta-feira, 26 de junho de 2013
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