Foram 215 jornalistas acreditados na sala. Parecia o regresso de um velho actor a um palco onde brilhou. "I`m the happy one", disse, sem constrangimentos, sabendo que ali é amado e venerado.
Ao fim da sua primeira época em Londres, matando o jejum de 50 anos de um campeonato do Chelsea, a BBC fez uma reportagem com o que tinha mudado com a chegada do setubalense. Uma jornalista disse que o marido a amava, mas que a única pessoa por quem a trairia seria José Mourinho.
A Liga inglesa tem grandes jogadores, grande futebol. Mas o carisma, liderança e capacidade de comunicação de Mourinho trazem-lhe de novo outra magia.
Vem com a mesma ambição, porém, mais maduro, sabendo que «é preciso aprender todos os dias». «Quer ser adorado pelo que vai fazer agora e não pelo que fez no passado».
Durante três anos, foi massacrado diariamente pela imprensa espanhola, que nunca percebeu que Mourinho não tinha de, diariamente, fazer vénias para treinar o Real Madrid. O seu currículo bastava.
Perguntaram-lhe sobre isso, sobre a imprensa. Respondeu: «não digo qual é a imprensa que prefiro, mas vocês não são os piores», para gáudio da sala.
E selou a conferência de imprensa com mais esta frase: «às vezes não parece, mas eu sou humilde». Humildade a mais cansa, humildade sem reconhecerem o nosso talento é uma ofensa. "Welcome back".
terça-feira, 11 de junho de 2013
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