Falou-se esta semana no "buraco da ministra", mas bem mais grave é o buraco de Cavaco. Ele com a sua pose esfíngica quis vingar-se de todas as maldades que Paulo Portas lhe fez no Independente. E ainda pretendeu entalar o PS ao impor um compromisso numa jogada «ousada» como lhe chamou Ramalho Eanes.
Portugal há mais de 15 dias que não tem Governo. Vitor Gaspar rebentou-lhe a credibilidade e Portas ajudou à festa com o seu irrevogável que engoliu três dias depois. Passos apresentou uma remodelação, Cavaco não confiou nela.
E por não confiar nela, atirou o País para mais uma semana de reuniões enquanto ia dormir com as cagarras. Só uma pessoa sonhadora acharia que haveria uma solução tripartida, uma nova troika, mas desta vez com os três principais partidos portugueses. Isso era impossível.
Cavaco ainda informou, julgo que de forma irrevogável, que um Governo de iniciativa presidencial estava completamente fora das suas cogitações. Ora, assim, ele não pode aceitar agora o Governo remodelado que recusou e não tem mais nada na manga. Só lhe sobra um caminho: eleições antecipadas no dia das eleições autárquicas.
Qualquer outra solução não é credível e não vai dar em nada. Cavaco jogou e perdeu. Quis fazer manobras florentinas com um País que não precisava delas. É o maior derrotado deste processo e deixou Portugal num buraco.
sábado, 20 de julho de 2013
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