Quando o Wilson Simonal cantava «moro num País tropical/abençoado por Deus», mal sabia que umas décadas depois havia um presidente da câmara de Lisboa que também era abençoado, mas, este, pela comunicação social.
Está há seis anos nos comandos da capital. Fez bem o Terreiro do Paço e milhares de turistas sentem a cidade na moda, mas isso é trabalho do Turismo de Lisboa, cada vez mais autónomo da autarquia.
São seis anos de uma mão cheia de nada e de uma cidade cada vez mais suja e onde o lixo abunda. Quis intervir no Marquês para tentar abafar a boa obra do Túnel de Pedro Santana Lopes, porém, trouxe confusão à Praça emblemática e à Avenida da Liberdade e ainda se esqueceu das sarjetas como um popular logo descobriu no dia da pomposa inauguração.
Na Ribeira das Naus, três dias depois de outra pomposa inauguração, já lá estavam obras outra vez porque a mesma tinha sido mal planeada. Agora, a Rua do Ouro está esventrada e bloqueada, só para dizer que faz obra antes das eleições. É a política "old school" de se fazerem arranjos para enganar os pacóvios eleitores.
O mais engraçado é que noutros tempos qualquer obra tinha directos das televisões e imprensa em cima como se fossem casos de gravidade nacional, abriam-se processos na Justiça, embargos a torto e a direito, mas desde que José Sá Fernandes ganhou o lugarzinho de vereador essas preocupações da imprensa desapareceram.
É triste como a imprensa agora banaliza tudo o que não se faz e o que se faz de mal. António Costa há muitos anos que é bafejado pela sorte de ser um ungido dos media. Lisboa não ganha nada com isso.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
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