Os meus amigos vão-me perdoar mas este post será um bocadinho maior, mas há algumas coisas a dizer, até porque ainda não tinha comentado os Prémios Meios e Publicidade.
1 Tenho muito respeito pelo trabalho de todos os jornalistas da Meios & Publicidade. E considero a Meios uma revista indispensável para todos os segmentos do mercado de comunicação.
2 Não tenho qualquer motivo de queixa da Meios & Publicidade, o procedimento e o trabalho tem sido impecável, em termos pessoais e empresariais, e do meu lado acho que tem sido também correctíssima a minha relação. Nunca me furtei a ajudar no que pudesse, dentro das minhas possibilidades e das solicitações que tinha.
3 Fui várias vezes convidado para estar presente nos Prémios, e o ano passado estive, mas não o poderei fazer este ano. Até porque não concordo com algumas nomeações e ausências. E entendo que não posso credibilizar alguns nomeados que não a merecem com a minha presença.
4 Depois, uma lamentável entrevista na sexta-feira ofendeu-me, a mim e a outros que estão a trabalhar de forma séria, honesta e profissional. Com clientes, com os pés assentes no chão e não a sobreviver de apostas miríficas. Não costumo levar desaforos para casa e não os permito a ninguém (à excepção de uma criatura que ainda hoje não percebeu o que se passou...), nem mesmo a Sua Santidade.
5 Vamos aos Prémios e o porquê de eu ter falado em FARSA, o que irritou algumas pessoas. Meus amigos aqui quem vota são os assinantes. E dirão: fantástico. O problema é que como todos sabem no mercado a FARSA, não é da Meios – que aproveita naturalmente a oportunidade em termos financeiros - é dos que se transformam em grossistas de assinaturas e compram resmas das mesmas para ganhar um prémio. Há um ano atrás, um contabilista dizia-me que para ganhar os Prémios da Meios bastava investir 12 mil euros, eu não sei se é verdade, até porque não sou especialista em contabilidade, para ganhar um prémio e o quão arrependido estava de não o fazer antes.
6 E meus amigos fica bem explicada a farsa. Porque uma coisa são as nomeações, que são válidas pois devem ter critérios da redacção, outra a FARSA que constitui dois ou três maduros decidirem os prémios por comprarem mais assinaturas dentro dos seus interesses do momento. No meu entender, é brincar com quem trabalha. Assim, naturalmente fica sempre a pergunta, porque é que ganham? Por mérito ou porque investem umas massas naquilo? Acho que nem os que ganham ficam satisfeitos com esta situação, mas enfim cada um sabe de si e Deus sabe de todos...
7 Não me venham os habituais dizer, ele está a dizer isto porque não foi nomeado. Pois é, é uma pena mas este ano pela primeira vez, penso, não há nomeação para novas agências nem para novos lançamentos nos media. E as pessoas podiam estranhar não é. Mas mais grave é o conteúdo da entrevista de sexta-feira, ou então terá de ser melhor esclarecida.
8 Para mim são importantes Prémios. De reconhecimento, de estímulo, de esperança, de carreira. E respeito-os. Mas que sejam mais representativos de cada sector. Por exemplo, aqui a APECOM devia ter uma palavra a dizer no que toca a Prémios de Conselho em Comunicação, é uma proposta construtiva.
9 Agora vamos aos nomeados para que tenho legitimidade para comentar. Não falo de chaminés, não percebo nada de chaminés, por isso só comentarei a área da comunicação.
Para melhor agência de comunicação estão BAN, LIFT, Cunha Vaz & Associados e LPM. Legítima escolha. Registo a saída previsível da YoungNetwork e a da GCI. Mas contesto a não inclusão da Imago, aliás a sua face mais visível, o Pedro Reis, foi nomeado para figura do ano, então não se percebe.
10 Para figuras de comunicação do ano, duas pessoas. António Cunha Vaz e Pedro Reis. No primeiro caso, para lá do lado politicamente correcto pois a Meios nomeou muito justamente Luis Paixão Martins a figura da década da comunicação, e esta pode ser vista como uma compensação, realce-se o trabalho em solo africano que realizou. O Pedro Reis é uma esperança e um sinal de optimismo e dinamismo para o mercado e fez crescer de novo, com o contributo dos seus parceiros, a Imago.
11. Desejo uma boa gala e que todos se divirtam (a música estava boa o ano passado). E por viver uma fase na vida de grande inspiração e tranquilidade gostava de dar algumas sugestões construtivas à Meios.
a) Poder haver limitaçóes de assinaturas em determinadas moradas ou empresas parceiras. Tipo como o PSD que acabou com as residências com 27 militantes. Seria que havia famílias tão grandes?
b) entidades independentes a controlar o registo final de votos para que houvesse secretismo mesmo e os vencedores não andassem a anunciar a vitória um dia antes dos prémios, o que obrigaria a comparecer, evitando que os derrotados ficassem em casa.
c)o regresso dos prémios que este ano não existiram. Com motivos de queixa a Special One (mas no hard feelings) a Next Power e I e TVI24 nos media. Sem esquecer que estes prémios são importantes porque são um estímulo na fase de arranque, mas prefiro ficar no ano em que não houve prémio. Assim, mantenho as teorias de conspiração...
d) não abusem da stand up comedy que já enjoa nos Prémios.
e) dar mais glamour com o prémio mais bem vestidos da noite.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
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