sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Duarte Lima na RTP

Na nossa vida acho que o princípio fundamental é gostar de pessoas. Defendermos as pessoas de quem gostamos e ignorarmos ou não reagirmos às pessoas de que não gostamos ou que nos desiludiram.

Sou amigo de Duarte Lima e já tinha escrito que me chocava o que foi feito com o seu nome durante este Verão. Ele não é nem vigarista nem assassino. É uma pessoa solidária e com inteligência e cultura superior.

Por isso, o que terá passado a sua família a observar o que diariamente é (era) escrito sobre ele.

Manteve o silêncio por sugestão do seu advogado, o Professor Germano Marques da Silva, e pelas imposições inerentes a uma investigação judicial em que, como explicou a polícia brasileira, ele é apenas testemunha e não suspeito.

Duarte Lima, ontem, explicou muito bem que há um tempo mediático e um tempo da justiça e que por vezes são conflituosos. Os especialistas em Direito têm uma visão que se baseia no processo que conduzem. Os especilistas em comunicação baseiam-se na reputação e no universo mediático.

Se os primeiros defendem o silêncio, os segundos preferem um esclarecimento eficaz com uma intervenção pública.

Duarte Lima, provando a sua inocência, optou pelo meio mais difícil, pela prova mais dura. Uma entrevista em televisão, com Judite Sousa (a mais experiente e notável das entrevistadoras) e a possibilidade de, com os resultados de share e a transversalidade de audiências que o seu programa permitem, esclarecer o maior universo de público.

Foi uma notável entrevista. Como me disse um amigo, foi «emoção e credibilidade». Respondeu o que podia responder com seriedade e com a emoção de quem se sente perseguido com injustiça.

A história do contacto com o empresário Lúcio Tomé Feteira foi fantástica, o esclarecimento de que a morte da sua cliente com certeza não lhe interessava a ele, e o recado para reflexão sobre os interesses de «terceiros» foram certos.

E teve dois momentos notáveis de televisão: o seu único momento assassino na vida. Quando Judite lhe pergunta quem está a conduzir esta campanha negra contra ele. Duarte Lima deixou um silêncio que parecia uma eternidade.

E o momento final, de consciência tranquila, que agradece o apoio dos amigos e dos que acreditam na causa nobre que é a sua associação que se transformou no combate da sua vida, e que tem ajudado muita gente, trazendo dadores de medula óssea para os que sofrem leucemia. Pois, como penhor do combate pela vida, tem essa obra feita.

Duarte Lima é e continuará a ser um amigo. Eu já acreditava nele e os que duvidavam, ontem, ficaram bem esclarecidos.

2 comentários:

  1. E os que não são seus amigos, não o conhecem pessoalmente, não são do seu Partido,etc.etc. também acreditam nele, porque o que lhes é dado conhecer da pessoa generosa e séria, do SER HUMANO SEMPRE SOLIDÀRIO, jamais acreditariam que o Dr. Duarte Lima pudesse alguma vez ter algo a ver com este assunto. Foi muito importante a entrevista dada à RTP, não para mim, mas para que outras pessoas que nos últimos dias deram entrevistas tão indecorosas (para não dizer mais...)tenham a convicção que nem todos vivem de calúnias vis, lançadas gratuitamente, mas com intenções bem determinadas.
    Toda a solidariedade para o Dr. Duarte Lima, seus familiares e amigos.
    Perdoai-lhes Senhor...eles sabem o que fazem!

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  2. Começa-se a compreender como foi possível ao drº Miguel Júdice acumular tanta, tanta fortuna em meia dúzia de anos. Havia uns, pertencentes à classe dos anjinhos, que pensavam que bastava escravizar os jovens licenciados para se ficar rico ...abram agora os olhinhos!

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