Li três magníficos posts sobre José Pacheco Pereira. Por ordem cronológica do João Villalobos, do Alexandre Guerra e do Salvador da Cunha.
Digo já que o pouco tempo que perco com a criatura naquele programinha da SIC é por curiosidade de como actuaria um spin doctor de Kim Jong Il. Sim, porque aquele programa devia ser excelente na Coreia do Norte.
Pacheco Pereira tem há muitos anos a sua agenda. E apesar de ser odiado no seu próprio partido, que não é mais do que uma barriga de aluguer para pavonear o seu umbigo, ele continua. Nisso louvo-lhe a sua coerência.
A verdade de Pacheco Pereira é aquela que diariamente lhe apetece na Marmeleira. Porque ele é mais importante do que Portugal, do que os portugueses e talvez, modestamente, do que o mundo.
O Zé (Pacheco Pereira) faz falta. Para termos um estalinista de corpo e alma como reserva museológica da Nação.
Ataca Pedro Passos Coelho mas já foram dados vários exemplos pelos outros colegas de profissão. Sim, colegas consultores de comunicação, que é o que somos. Quando Pacheco Pereira quis vestir a nossa pele deu o pior resultado de sempre ao PSD e a Manuela Ferreira Leite.
Lembro dois casos: Pacheco Pereira lembra-se que nas últimas presidenciais o Professor, repito Professor, Cavaco Silva, essa vaca sagrada da verdade e contra o spin, homem puro e sem truques de comunicação (apesar de ter recorrido, e bem, a uma) posou - foto do Rui Ochôa - com a mulher e os netinhos para a primeira página do Expresso? Que disse Pacheco Pereira na altura?
E mais grave, a hipocrisia. Lembro um caso de como se faz cair máscaras. Em meados dos anos 90, Pacheco Pereira gastou rios de tinta a malhar nos telemóveis e em quem os usava. Parolos, novos-ricos, etc, eram as palavras com que brindava quem os começou a usar.
Pois bem, em 1996, no Congresso de Santa Maria da Feira do PSD, eu estava em trabalho com o Beco (Albérico Alves) para o Semanário. Apanhei-o num canto bem escondidinho a falar ao telemóvel. O Beco tirou o boneco que foi capa do jornal. A hipocrisia é tão feia.
Pacheco Pereira é o Pedro Bidarra da política (com a diferença de ser um homem culto e que escreve bem), ainda não percebeu o que fazem as boas agências de comunicação, que aconselham bem os seus clientes a saber estar e lidar com o mercado mediático.
Somando estes quatro posts, o Zé (Pacheco Pereira) lá vai carpir sobre uma cartelização dos consultores de comunicação que o atacam. E sabem qual é a minha reacção, a priori, á criatura? Quero que se lixe. O Zé (pacheco Pereira) faz falta para animar a malta. A mim faz-me rir.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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