A maior parte das intervenções públicas de Cavaco Silva pauta-se habitualmente por duas opções: ou se remete ao silêncio (que também é uma forma de intervenção), que há muitos anos caracteriza a esfinge de Belém, ou por uma mão cheia de banalidades.
Hoje, pelo dia em que vivemos, foi obrigado a falar. E, naturalmente, lá saíram as banalidades do costume: «É indiscutível que se instalou na sociedade portuguesa uma 'fadiga de austeridade' associada à incerteza sobre se os sacrifícios feitos são suficientes e, mais do que isso, se estão a valer a pena. Estas são interrogações legítimas, que todos têm o direito de colocar. Mas, do mesmo modo que não se pode negar o facto de os portugueses estarem cansados de austeridade, não de deve explorar politicamente a ansiedade e a inquietação dos nossos concidadãos».
Não é preciso a esfinge de Belém despertar do seu sono letárgico para dizer o que todos sabemos. Estamos fartos de austeridade e não é este o caminho que o País precisa. O que ele se esqueceu de mencionar é que há uma enorme «fadiga» de Cavaco. Também estamos fartos dele.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
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