«Se um político fizer uma manobra e não aparecer na primeira página, alguém reparou?»
Boss, série de tv
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
domingo, 5 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A arte da sobrevivência na política
«Um dia de cada vez. Se sobrevivermos a um, passamos ao dia seguinte. Se passarem dias suficientes, as pessoas esquecem-se. Passam para assuntos mais recentes»
Tom Kane, personagem central de Boss
Tom Kane, personagem central de Boss
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
"Boss": uma nota para quem me fez descobrir a série do ano
Foi aqui no melhor blog português sobre a América, do Nuno Gouveia, que comecei a decobrir a série sobre a qual escrevi ontem. Um muito obrigado, porque Tom Kane é uma personagem genial como decrevi aqui.
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Boss,
Comunicação Política,
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Rui Calafate
domingo, 18 de dezembro de 2011
Séries (9): Boss, a série que me enche as medidas
São 8 episódios a primeira temporada, estreou o primeiro na TVSéries na semana passada. A segunda temporada já foi encomendada, o que é bom sinal.
Produtor executivo: Gus Van Sant, que realiza prodigiosamente o primeiro episódio como se de um filme se tratasse.
O Boss é Tom Kane (Kelsey Grammer), um político sem escrúpulos que descobre que sofre de uma doença degenerativa e a esconde por todos os meios. Kane, na sua linguagem corporal parece que encarnou o poder, a segurança dos seus gestos e ao mesmo tempo a capacidade de ser um crápula em privado e um diplomata engraçado em actos públicos.
Boss é sobre um político e a sua equipa. Sem o encanto e a poesia da inesquecível "West Wing", tem a vilania real da política, o jogo de aparências, as manobras sujas, controlo comunicacional e o exercício do poder pelo poder. Sem tréguas, sem escrúpulos.
Kane arranca com um discurso a elogiar um candidato a Governador, porém, na cena seguinte, prepara com o seu staff o lançamento de um outro candidato, a quem ainda ensina como manobrará nos media a apresentação dessa candidatura.
O seu "chief-of-staff" descreve o homem que vão apoiar em segredo: «É hetero, vai à missa, tem família, filhos. E a câmara adora-o. É jovem, mas o jogo mudou e já ninguém se importa com isso».
Com o jovem político, tem (quase) um monólogo fenomenal no telhado do centro de poder: «Algo básico sobre as pessoas: querem ser lideradas. Querem resolver os conflitos. Querem tratados negociados, empregos distribuídos, motins castigados. E querem a sua lealdade recompensada. A quem lhes dá aquilo que querem, dão poder».
É com isso que incita o jovem candidato e acrescenta: «só lhe falta influência, aqui estou eu»; «E o que é que quer em troca?»; «quando chegar o momento direi». Este é um típico diálogo dos meandros da política, para quem a conhece.
E a série tem um momento que aborda logo a volúpia do poder e a sua capacidade afrodisíaca. Quando a assessora (Connie Nielsen) de Kane se entrega ao "homem novo", sem complexos numa zona recôndita de um hotel.
Esta série tem tudo sobre a política. O político, os adversários, os assessores, a comunicação, os investigadores, jornalismo e a sedução permanente das pessoas, pois um político deve estar em campanha todos os dias.
E termino com o maquiavelismo, sempre presente nas salas do poder, desta frase de Kane:
- "Sorria"
- "Porquê?"
- "Por vezes é preciso dizer ao adversário que vai chegar"
Para quem ainda não viu, recomendo.
Produtor executivo: Gus Van Sant, que realiza prodigiosamente o primeiro episódio como se de um filme se tratasse.
O Boss é Tom Kane (Kelsey Grammer), um político sem escrúpulos que descobre que sofre de uma doença degenerativa e a esconde por todos os meios. Kane, na sua linguagem corporal parece que encarnou o poder, a segurança dos seus gestos e ao mesmo tempo a capacidade de ser um crápula em privado e um diplomata engraçado em actos públicos.
Boss é sobre um político e a sua equipa. Sem o encanto e a poesia da inesquecível "West Wing", tem a vilania real da política, o jogo de aparências, as manobras sujas, controlo comunicacional e o exercício do poder pelo poder. Sem tréguas, sem escrúpulos.
Kane arranca com um discurso a elogiar um candidato a Governador, porém, na cena seguinte, prepara com o seu staff o lançamento de um outro candidato, a quem ainda ensina como manobrará nos media a apresentação dessa candidatura.
O seu "chief-of-staff" descreve o homem que vão apoiar em segredo: «É hetero, vai à missa, tem família, filhos. E a câmara adora-o. É jovem, mas o jogo mudou e já ninguém se importa com isso».
Com o jovem político, tem (quase) um monólogo fenomenal no telhado do centro de poder: «Algo básico sobre as pessoas: querem ser lideradas. Querem resolver os conflitos. Querem tratados negociados, empregos distribuídos, motins castigados. E querem a sua lealdade recompensada. A quem lhes dá aquilo que querem, dão poder».
É com isso que incita o jovem candidato e acrescenta: «só lhe falta influência, aqui estou eu»; «E o que é que quer em troca?»; «quando chegar o momento direi». Este é um típico diálogo dos meandros da política, para quem a conhece.
E a série tem um momento que aborda logo a volúpia do poder e a sua capacidade afrodisíaca. Quando a assessora (Connie Nielsen) de Kane se entrega ao "homem novo", sem complexos numa zona recôndita de um hotel.
Esta série tem tudo sobre a política. O político, os adversários, os assessores, a comunicação, os investigadores, jornalismo e a sedução permanente das pessoas, pois um político deve estar em campanha todos os dias.
E termino com o maquiavelismo, sempre presente nas salas do poder, desta frase de Kane:
- "Sorria"
- "Porquê?"
- "Por vezes é preciso dizer ao adversário que vai chegar"
Para quem ainda não viu, recomendo.
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