A falta da verdade, ou a mentira para ser mais agressivo, foi sempre algo que me irritou.
Acho demencial os que teimam em mentir, os que teimam em disfarçar o insucesso no seu dia-a-dia.
No desporto a mesma coisa. Gosto de quem fala verdade, de quem ganha com verdade e sem batota.
Gosto de ciclismo, uma luta estóica, um esforço fora do comum para chegar a uma meta. Todos os anos acontecem casos, mas quando isso se passa com um vencedor da Volta a França a modalidade entra em colapso e novas suspeições retiram-lhe credibilidade.
Alberto Contador, que apontavam como sucessor de Lance Armstrong, depois de ter vencido 3 vezes o Tour é apanhado num controlo anti-doping. Até o El País, aqui, não pode fugir a esta verdade, ou mentira.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Resposta a Alexandre Cordeiro
Ontem publiquei um post para Consultores de Comunicação e APECOM, Alexandre Cordeiro respondeu-me no meu Facebook.
Ponto 1 (pouco importante) – Estou no mercado de Conselho em Comunicação há pouco tempo, logo não me sinto minimamente importante, mas agradeço a atenção com que me seguem. E sobretudo tenho duas virtudes que muitos não têm: não sou mentiroso e consigo rir de mim próprio, algo que quem se leva muito a sério não consegue. E gosto muito de ser consultor de comunicação e andar por aqui.
Ponto 2 (importante) – Respeito a experiência e maturidade, e o tempo e conhecimento que leva deste mercado de Alexandre Cordeiro. É uma figura respeitável e assim o mantenho.
Ponto 3 (muito importante) – sou filho único e vivi com os meus pais e avós até aos 30 anos. Os meus avós tinham os dois 88 anos quando decidi morar sozinho. Quero com isto dizer que cabelos (ou barbas) brancos não são para mim sinal de velhice. Mas sim de maturidade, experiência e sapiência. Foi assim que fui ensinado, por isso acho lamentável que publicamente se chamem «velhos» e outros epítetos a pessoas com cabelos brancos.
Na minha vida aprendi a ter as minhas opiniões nos “timings” e espaços que entender e há algo que achei estranho. Eu não estou na APECOM e não posso falar sobre a APECOM? Era o que faltava.
Pense bem nos argumentos, imagine o Benfica: tem 200 mil sócios e 6 milhões de simpatizantes. Logo, só os 200 mil é que falam sobre o Benfica, as outras não podem porque não são associadas. Então o José Manuel Costa, o Luis paixão Martins, a Alda Telles, o Telmo Carrapa, o João Villalobos, etc não podem falar sobre a APECOM?
A APECOM é uma associação representativa do mercado, mas não me representa a mim. A APECOM representa 35 directores de empresas mas não representa os Consultores de Comunicação. E já disse, repito pode haver uma associação empresarial (uma CIP, por exemplo) e uma Ordem ou outra coisa qualquer que represente o universo dos consultores de comunicação.
Depois, segundo as regras da APECOM, não entra na APECOM quem quer e a minha empresa ainda nem tem um ano de existência. Logo:
1Esclareço que não fui convidado para entrar na APECOM, por isso não falo no interior da APECOM. Uso a minha tribuna que é o meu blog quem quer lê quem não quer paciência.
2(Mais importante) Também é importante saber se eu quero estar ou não na APECOM e isso quem decide sou eu. E neste momento não quero. Nem é pelo Salvador, pessoa por quem tenho estima e amizade, mas eu não me sento na mesma mesa de certas pessoas. Peço desculpa, mas já informei sobre isso diversos membros da APECOM e eu não quero isso para o meu mercado.
Apesar disso, porque a APECOM é significativa, escrevi sugestões positivas e construtivas pois seriam úteis a sua aplicação. Não tive por parte da APECOM, muito preocupada em manter uma guerra com outra empresa do mercado, qualquer reacção. Nomeadamente sua, Alexandre Cordeiro. Leu-as? achou positivas? Pensa levá-las a cabo?
E outra coisa importante: sabe que eu escrevo muito neste blog, provavelmente mais de 400 textos até agora, sobre a APECOM escrevi 8 vezes. Acha, com justiça, que falo muito da APECOM? Dois por cento acha muito?
Por isso, ao longe, gostava de ver pessoas com boa aura, empenhadas, dinâmicas, sem maus fígados como a Paula Gustavo, o Jorge Azevedo e o Renato Póvoas entre outros exemplos a assumirem maior protagonismo nos corpos socias de uma associação representativa do sector como a APECOM, que deve ser integradora e não repulsiva, diplomática e não em guerra permanente. Como é óbvio isso dependeria das vontades deles e não me quero envolver em questões internas, essas sim, somente da APECOM.
Depois, mais à frente no Facebook, onde como diz não gosta de discutir nem em «blogs nem em redes sociais», mas onde chamo atenção que interveio 4 vezes quando lhe interessou no meu Facebook. Mas não gosta de falar desses «assuntos em blogs ou redes sociais», insinua que eu estou ligado ao Luis Paixão Martins.
Caro Alexandre Cordeiro, está mal informado. Fica a saber que na minha vida estive pessoalmente com lpm uma vez, lançamento do Causas Comuns um projecto que aprecio, e falei ao telefone duas vezes com ele. Portanto tenho muita estima e consideração por Luis Paixão Martins mas não sou seu satélite nem seu excelente guarda-costas, nem tenho negócios nem alianças comuns.
Por isso, não me conhece, mantenho-me independente de toda a gente, penso pela minha cabeça, às vezes posso estar errado, mas sinceramente estou bem intencionado para ajudar o sector naquilo que puder. Falarei da APECOM e doutros assuntos de comunicação quando me apetecer. E tentarei com lisura e práticas honestas e discurso optimista, valorizando o que há de positivo, puxar pelas coisas boas que fazemos.
Porque como dizia o poeta: «o copo é pequeno, mas só bebo do meu copo».
Ponto 1 (pouco importante) – Estou no mercado de Conselho em Comunicação há pouco tempo, logo não me sinto minimamente importante, mas agradeço a atenção com que me seguem. E sobretudo tenho duas virtudes que muitos não têm: não sou mentiroso e consigo rir de mim próprio, algo que quem se leva muito a sério não consegue. E gosto muito de ser consultor de comunicação e andar por aqui.
Ponto 2 (importante) – Respeito a experiência e maturidade, e o tempo e conhecimento que leva deste mercado de Alexandre Cordeiro. É uma figura respeitável e assim o mantenho.
Ponto 3 (muito importante) – sou filho único e vivi com os meus pais e avós até aos 30 anos. Os meus avós tinham os dois 88 anos quando decidi morar sozinho. Quero com isto dizer que cabelos (ou barbas) brancos não são para mim sinal de velhice. Mas sim de maturidade, experiência e sapiência. Foi assim que fui ensinado, por isso acho lamentável que publicamente se chamem «velhos» e outros epítetos a pessoas com cabelos brancos.
Na minha vida aprendi a ter as minhas opiniões nos “timings” e espaços que entender e há algo que achei estranho. Eu não estou na APECOM e não posso falar sobre a APECOM? Era o que faltava.
Pense bem nos argumentos, imagine o Benfica: tem 200 mil sócios e 6 milhões de simpatizantes. Logo, só os 200 mil é que falam sobre o Benfica, as outras não podem porque não são associadas. Então o José Manuel Costa, o Luis paixão Martins, a Alda Telles, o Telmo Carrapa, o João Villalobos, etc não podem falar sobre a APECOM?
A APECOM é uma associação representativa do mercado, mas não me representa a mim. A APECOM representa 35 directores de empresas mas não representa os Consultores de Comunicação. E já disse, repito pode haver uma associação empresarial (uma CIP, por exemplo) e uma Ordem ou outra coisa qualquer que represente o universo dos consultores de comunicação.
Depois, segundo as regras da APECOM, não entra na APECOM quem quer e a minha empresa ainda nem tem um ano de existência. Logo:
1Esclareço que não fui convidado para entrar na APECOM, por isso não falo no interior da APECOM. Uso a minha tribuna que é o meu blog quem quer lê quem não quer paciência.
2(Mais importante) Também é importante saber se eu quero estar ou não na APECOM e isso quem decide sou eu. E neste momento não quero. Nem é pelo Salvador, pessoa por quem tenho estima e amizade, mas eu não me sento na mesma mesa de certas pessoas. Peço desculpa, mas já informei sobre isso diversos membros da APECOM e eu não quero isso para o meu mercado.
Apesar disso, porque a APECOM é significativa, escrevi sugestões positivas e construtivas pois seriam úteis a sua aplicação. Não tive por parte da APECOM, muito preocupada em manter uma guerra com outra empresa do mercado, qualquer reacção. Nomeadamente sua, Alexandre Cordeiro. Leu-as? achou positivas? Pensa levá-las a cabo?
E outra coisa importante: sabe que eu escrevo muito neste blog, provavelmente mais de 400 textos até agora, sobre a APECOM escrevi 8 vezes. Acha, com justiça, que falo muito da APECOM? Dois por cento acha muito?
Por isso, ao longe, gostava de ver pessoas com boa aura, empenhadas, dinâmicas, sem maus fígados como a Paula Gustavo, o Jorge Azevedo e o Renato Póvoas entre outros exemplos a assumirem maior protagonismo nos corpos socias de uma associação representativa do sector como a APECOM, que deve ser integradora e não repulsiva, diplomática e não em guerra permanente. Como é óbvio isso dependeria das vontades deles e não me quero envolver em questões internas, essas sim, somente da APECOM.
Depois, mais à frente no Facebook, onde como diz não gosta de discutir nem em «blogs nem em redes sociais», mas onde chamo atenção que interveio 4 vezes quando lhe interessou no meu Facebook. Mas não gosta de falar desses «assuntos em blogs ou redes sociais», insinua que eu estou ligado ao Luis Paixão Martins.
Caro Alexandre Cordeiro, está mal informado. Fica a saber que na minha vida estive pessoalmente com lpm uma vez, lançamento do Causas Comuns um projecto que aprecio, e falei ao telefone duas vezes com ele. Portanto tenho muita estima e consideração por Luis Paixão Martins mas não sou seu satélite nem seu excelente guarda-costas, nem tenho negócios nem alianças comuns.
Por isso, não me conhece, mantenho-me independente de toda a gente, penso pela minha cabeça, às vezes posso estar errado, mas sinceramente estou bem intencionado para ajudar o sector naquilo que puder. Falarei da APECOM e doutros assuntos de comunicação quando me apetecer. E tentarei com lisura e práticas honestas e discurso optimista, valorizando o que há de positivo, puxar pelas coisas boas que fazemos.
Porque como dizia o poeta: «o copo é pequeno, mas só bebo do meu copo».
Oráculo (119)
«Devia haver uma ciência do descontentamento. As pessoas precisam de tempos difíceis e de opressão para desenvolver músculos psíquicos»
in Dune, de Frank Herbert
in Dune, de Frank Herbert
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Para os consultores de comunicação e APECOM
Tano Cariddi, figura central da série O Polvo, viveu num manicómio e tinha ideias concretas sobre os seus companheiros de hospício.
Neste momento o mercado de Conselho em Comunicação em Portugal está a atravessar um momento de grande agitação, sobretudo no Facebook.
É um facto que é divertido, mas chegou a altura de alguém dizer que não é muito positivo. Tenho fama de ser agressivo nos meus posts, agradeço.
Tenho estado muito calmo a assistir a estes momentos, mas sugiro que reflictam e vejam alguns protagonistas se não se tornaram um problema em vez de uma solução. Quando assim é, devem tomar decisões. Pessoais e institucionais.
Com a troca de galhardetes, mais se impõe a necessidade de uma organização forte e unida que defenda os profissionais de Conselho em Comunicação, repito, os profissionais que são consultores, não falo de empresas. Já falei aqui da criação de uma Ordem dos Consultores de Comunicação, mas pode haver, naturalmente, alternativas válidas.
Neste momento entendo que a APECOM não defende os nossos interesses e aliás nem se pronunciou sobre as sugestões positivas e construtivas que aqui dei e que outros (dou exemplo bem claro da Guess What) também deram no passado.
Deixo uma nota positiva: António Cunha Vaz, para lá de uma entrevista muito agressiva que deu, vai apostar forte no Brasil.
Acredito que pode ter sucesso. O mercado brasileiro de comunicação tem uma componente assente na publicidade. Há espaço a emergir para consultoras de comunicação. Algo que deve estar na mente das empresas de Conselho em Comunicação portuguesas.
Neste momento o mercado de Conselho em Comunicação em Portugal está a atravessar um momento de grande agitação, sobretudo no Facebook.
É um facto que é divertido, mas chegou a altura de alguém dizer que não é muito positivo. Tenho fama de ser agressivo nos meus posts, agradeço.
Tenho estado muito calmo a assistir a estes momentos, mas sugiro que reflictam e vejam alguns protagonistas se não se tornaram um problema em vez de uma solução. Quando assim é, devem tomar decisões. Pessoais e institucionais.
Com a troca de galhardetes, mais se impõe a necessidade de uma organização forte e unida que defenda os profissionais de Conselho em Comunicação, repito, os profissionais que são consultores, não falo de empresas. Já falei aqui da criação de uma Ordem dos Consultores de Comunicação, mas pode haver, naturalmente, alternativas válidas.
Neste momento entendo que a APECOM não defende os nossos interesses e aliás nem se pronunciou sobre as sugestões positivas e construtivas que aqui dei e que outros (dou exemplo bem claro da Guess What) também deram no passado.
Deixo uma nota positiva: António Cunha Vaz, para lá de uma entrevista muito agressiva que deu, vai apostar forte no Brasil.
Acredito que pode ter sucesso. O mercado brasileiro de comunicação tem uma componente assente na publicidade. Há espaço a emergir para consultoras de comunicação. Algo que deve estar na mente das empresas de Conselho em Comunicação portuguesas.
FT compara Lula a Mandela
O Financial Times compara Lula a Nelson Mandela. Diz que a sua história de vida se funde com a refundação e desenvolvimento dos seus países.
Porém, não esquece que o sucesso da política económica de Lula tem como base a política do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso.
FHC a quem na edição do fim-de-semana o Financial Times chamava de Rei-Filósofo brasileiro e que entrevistou em página inteira.
FHC nunca morreu de amores por Serra, por isso, nessa entrevista, era de alguma maneira conformado que Dilma será presidente do Brasil e que o PSDB devia ter atacado Lula.
Na análise do FT sobre os BRIC, «o Brasil é menos assustador que a China, menos autoritário que a Rússia e menos caótico que a Índia». Pode ver o texto e a charge (cartoon) sobre Lula aqui no Estado de S. Paulo.
Porém, não esquece que o sucesso da política económica de Lula tem como base a política do governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso.
FHC a quem na edição do fim-de-semana o Financial Times chamava de Rei-Filósofo brasileiro e que entrevistou em página inteira.
FHC nunca morreu de amores por Serra, por isso, nessa entrevista, era de alguma maneira conformado que Dilma será presidente do Brasil e que o PSDB devia ter atacado Lula.
Na análise do FT sobre os BRIC, «o Brasil é menos assustador que a China, menos autoritário que a Rússia e menos caótico que a Índia». Pode ver o texto e a charge (cartoon) sobre Lula aqui no Estado de S. Paulo.
Oráculo (118)
«Só no dicionário é que o S vem antes do T. Não há Sucesso sem Trabalho»
Octávio Machado
PS: diz-me o paulo Rato que o original é de Einstein
Octávio Machado
PS: diz-me o paulo Rato que o original é de Einstein
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
John Le Carré de volta: «Um traidor como os nossos»
Aos 80 anos, John Le Carré tornou-se muito mais do que um bom escritor de policiais.
É um dos que melhor escreve em inglês e as suas tramas da guerra fria passaram para as paixões humanas que têm como cenários tramas de politíca internacional. Um bom exemplo disso foi o "Fiel jardineiro".
Agora vem aí «Um traidor como os nossos», que o El Pais considera fantástico. Deixo a entrevista de hoje com John Le Carré aqui. «A barbárie é fruto da mediocridade».
É um dos que melhor escreve em inglês e as suas tramas da guerra fria passaram para as paixões humanas que têm como cenários tramas de politíca internacional. Um bom exemplo disso foi o "Fiel jardineiro".
Agora vem aí «Um traidor como os nossos», que o El Pais considera fantástico. Deixo a entrevista de hoje com John Le Carré aqui. «A barbárie é fruto da mediocridade».
domingo, 26 de setembro de 2010
A vitória de Ed Miliband
A vitória era certa em Inglaterra para um Miliband. Porém, todos apostavam que o novo líder Trabalhista seria David e não o irmão Ed.
Porém, como fiz notar no último post que escrevi sobre o assunto, Ed contava com o forte apoio dos sindicatos e se a sua vitória acontecesse teríamos uma guinada à esquerda do Labour.
Foi isso que aconteceu. Ed ganhou sem o apoio dos seus pares no Parlamento, mas com o segmento à esquerda do partido. Agora, para ser poder tem de deslocar-se ao centro, o que será difícil face ao que negociou para obter o voto dos sindicatos.
O último líder esquerdista puro e duro do Labour foi, há muitos anos, o malogrado Michael Foot, já velhinho e completamente inadaptado à nova política.
E o último suspiro de poder dos sindicatos foi quando Arthur Scargill manteve um quase interminável braço-de-ferro com Margaret Thatcher, que ela venceu e a coroou como "Dama de Ferro".
Auguro tempos difíceis para o Labour, o que dará maior tranquilidade a David Cameron, porém vamos ver qual será a relação a seguir entre Ed Miliband e o líder dos Liberais Democratas, Nick Clegg, indispensável para assegurar a estabilidade governativa.
Porém, como fiz notar no último post que escrevi sobre o assunto, Ed contava com o forte apoio dos sindicatos e se a sua vitória acontecesse teríamos uma guinada à esquerda do Labour.
Foi isso que aconteceu. Ed ganhou sem o apoio dos seus pares no Parlamento, mas com o segmento à esquerda do partido. Agora, para ser poder tem de deslocar-se ao centro, o que será difícil face ao que negociou para obter o voto dos sindicatos.
O último líder esquerdista puro e duro do Labour foi, há muitos anos, o malogrado Michael Foot, já velhinho e completamente inadaptado à nova política.
E o último suspiro de poder dos sindicatos foi quando Arthur Scargill manteve um quase interminável braço-de-ferro com Margaret Thatcher, que ela venceu e a coroou como "Dama de Ferro".
Auguro tempos difíceis para o Labour, o que dará maior tranquilidade a David Cameron, porém vamos ver qual será a relação a seguir entre Ed Miliband e o líder dos Liberais Democratas, Nick Clegg, indispensável para assegurar a estabilidade governativa.
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sábado, 25 de setembro de 2010
Cultura e redes sociais
Lia ontem no suplemento de cultura do "El Mundo", o "El Cultural" que cada vez mais são os escritores que aproveitam o Facebook e Twitter para comunicar com os seus leitores.
A peça começava assim: «Tengo salmorejo para cenar, con jámon y huevo duro picado. Y son 21.15. Una poderosa razón para despedirme por hoy. Gracias y un abrazo». Quem escreve este bocadinho de reality show é Arturo Pérz-Reverte, murciano e um dos escritores espanhóis mais reconhecidos actualmente no mundo.
Na sua página comunica com os leitores, aconselha outros escritores a como afastar o pânico da página em branco, comenta as suas prefer~encias literárias e costuma fazer "teasers" com anedotas.
Vargas Llosa, Garcia Marquez ou james Ellroy (este até é ofensivo ás vezes para os fâs) também andam por ali.
Logo, os que criticam alguns por exponenciar os seus estados de alma nas redes sociais, agora com esta dos escritores devem parar para pensar.
Não é só passando os nossos textos ou comentando o mundo que convivemos com os que nos acompanham. É mostrar um pouco de nós, os nossos gostos, o que fazemos, as músicas que ouvimos que criamos e reforçamos laços. As redes sociais são redes pessoais e de convívio, e naturalmente uma forma de promoção. Até os escritores já perceberam isso.
A peça começava assim: «Tengo salmorejo para cenar, con jámon y huevo duro picado. Y son 21.15. Una poderosa razón para despedirme por hoy. Gracias y un abrazo». Quem escreve este bocadinho de reality show é Arturo Pérz-Reverte, murciano e um dos escritores espanhóis mais reconhecidos actualmente no mundo.
Na sua página comunica com os leitores, aconselha outros escritores a como afastar o pânico da página em branco, comenta as suas prefer~encias literárias e costuma fazer "teasers" com anedotas.
Vargas Llosa, Garcia Marquez ou james Ellroy (este até é ofensivo ás vezes para os fâs) também andam por ali.
Logo, os que criticam alguns por exponenciar os seus estados de alma nas redes sociais, agora com esta dos escritores devem parar para pensar.
Não é só passando os nossos textos ou comentando o mundo que convivemos com os que nos acompanham. É mostrar um pouco de nós, os nossos gostos, o que fazemos, as músicas que ouvimos que criamos e reforçamos laços. As redes sociais são redes pessoais e de convívio, e naturalmente uma forma de promoção. Até os escritores já perceberam isso.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Justiça faz justiça a Santana
Pedro Santana Lopes ganha mais um processo por danos morais. No caso à revista Visão.
Os factos reportam-se aos seus tempos de Primeiro-Ministro e a Justiça demorou 5 anos a dar-lhe razão. Aqui na Lusa já pode espreitar.
Os factos reportam-se aos seus tempos de Primeiro-Ministro e a Justiça demorou 5 anos a dar-lhe razão. Aqui na Lusa já pode espreitar.
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Oráculo (114)
«O verdadeiro desenvolvimento põe em primeiro plano a quem a sociedade põe em último»
Mahatma Gandhi
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Oráculo (113)
«Dá razão 90% das vezes ao Ministro da Economia e os 10% restantes ao Ministro da Justiça»
Dizia Felipe González do que aprendeu com Olof Palme
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Rui Calafate
Gordon Gekko de volta
Ontem à noite fui ver o Wall Street vinte anos depois, agora intitulado "Money never Sleeps".
Adorei o primeiro há 20 anos e depois vi-o várias vezes. Muito por culpa de Michael Douglas que conseguiu criar uma das personagens mais marcantes da história do cinema, Gordon Gekko.
Nesse tempo o filme arrancava com o "Fly me to the moon" do Sinatra e terminava com os Talking Heads, com Buddy Fox a subir o tribunal. Respirava-se dinheiro, ambição, euforia, luxo, consumo, Gekko era um tubarão sem escrúpulos, letal, em que cada intervenção era uma lição para os "yuppies" dos anos 80.
Essa euforia era impossível de viver face ao estado de crise e à falência do sistema financeiro que abalroou todo o mundo e em particular os bancos americanos. O novo filme é marcado por essa história, logo o espírito é o de luta pela salvação em tempos de crise.
Enquanto há 20 anos se respirava ambição no filme, neste respira-se vingança: «como nos velhos tempos, destrói-se um homem por vingança». E o verde de que se fala mais não é o das notas de dólar, mas das empresas verdes de que sempre fala a personagem que é o sucedâneo de Buddy Fox.
Neste filme o verdadeiro Gordon Gekko só surge nos 30 minutos finais, e sente-se o gozo de Oliver Stone a mostrar a mudança de um Gekko que no início do filme aparece só, sem dinheiro, de cabelo em pé, a andar de metro, e a sua mudança para o charuto, os fatos de classe e o cabelo que volta a ter gel como o de há 20 anos.
Durante 90 minutos, o mau é Josh Brolin, outro tubarão, mas com muito menos classe e força do que o Gekko verdadeiro. E no meu entender é uma das falhas do filme. A galeria de personagens de Wall Street era brilhante: Douglas, Charlie Sheen (ainda aparece neste um minuto), Martin Sheen, terence Stamp, Daryl hannah, Sean Young, etc.
Para mim existe um erro de casting que é Shia Labouef ( o jovenzinho do último Indiana Jones e dos Transformers) que é muito menos fascinante que Buddy Fox, aliás há uma linha em que se diz algo «tu não pareces de Wall Street». E não parece mesmo.
20 anos depois, apesar de um momento genial à antiga, Gekko tem coração e regressa à família e tudo termina com beijinhos e convívio familiar. Stone quis deixar um sinal de esperança ao completar este díptico com 20 anos de intervalo.
A filha de Gekko diz-lhe num momento: «esse nome (Gekko) já não diz nada». Eu tenho a certeza que esta personagem é eterna. Só por isso Oliver Stone e Michael Douglas estariam de parabéns.
Adorei o primeiro há 20 anos e depois vi-o várias vezes. Muito por culpa de Michael Douglas que conseguiu criar uma das personagens mais marcantes da história do cinema, Gordon Gekko.
Nesse tempo o filme arrancava com o "Fly me to the moon" do Sinatra e terminava com os Talking Heads, com Buddy Fox a subir o tribunal. Respirava-se dinheiro, ambição, euforia, luxo, consumo, Gekko era um tubarão sem escrúpulos, letal, em que cada intervenção era uma lição para os "yuppies" dos anos 80.
Essa euforia era impossível de viver face ao estado de crise e à falência do sistema financeiro que abalroou todo o mundo e em particular os bancos americanos. O novo filme é marcado por essa história, logo o espírito é o de luta pela salvação em tempos de crise.
Enquanto há 20 anos se respirava ambição no filme, neste respira-se vingança: «como nos velhos tempos, destrói-se um homem por vingança». E o verde de que se fala mais não é o das notas de dólar, mas das empresas verdes de que sempre fala a personagem que é o sucedâneo de Buddy Fox.
Neste filme o verdadeiro Gordon Gekko só surge nos 30 minutos finais, e sente-se o gozo de Oliver Stone a mostrar a mudança de um Gekko que no início do filme aparece só, sem dinheiro, de cabelo em pé, a andar de metro, e a sua mudança para o charuto, os fatos de classe e o cabelo que volta a ter gel como o de há 20 anos.
Durante 90 minutos, o mau é Josh Brolin, outro tubarão, mas com muito menos classe e força do que o Gekko verdadeiro. E no meu entender é uma das falhas do filme. A galeria de personagens de Wall Street era brilhante: Douglas, Charlie Sheen (ainda aparece neste um minuto), Martin Sheen, terence Stamp, Daryl hannah, Sean Young, etc.
Para mim existe um erro de casting que é Shia Labouef ( o jovenzinho do último Indiana Jones e dos Transformers) que é muito menos fascinante que Buddy Fox, aliás há uma linha em que se diz algo «tu não pareces de Wall Street». E não parece mesmo.
20 anos depois, apesar de um momento genial à antiga, Gekko tem coração e regressa à família e tudo termina com beijinhos e convívio familiar. Stone quis deixar um sinal de esperança ao completar este díptico com 20 anos de intervalo.
A filha de Gekko diz-lhe num momento: «esse nome (Gekko) já não diz nada». Eu tenho a certeza que esta personagem é eterna. Só por isso Oliver Stone e Michael Douglas estariam de parabéns.
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Carta a Jovens Consultores (3) - Pormenores
Quem trabalha em Conselho em Comunicação trabalha bastante. Por isso, muitas vezes cai-se na tentação de se uniformizar as coisas, perder-se espírito criativo e também pelo cansaço haver pouco cuidado com os pormenores.
Costumo dizer que a diferença entre um bom consultor e um excelente consultor é atenção que dispensamos os pormenores. Os pormenores marcam a diferença.
Tanto no relacionamento pessoal com os clientes, como as atenções com quem lidamos e sobretudo nas palavras que escolhemos.
Um pormenor pode ser uma centelha de proximidade ou um factor positivo de diferenciação. Somos melhores profissionais quando atentos aos pormenores.
PS: Até agora recebi seis questões para esta rubrica do meu blog. Vou responder a todas, noto que algumas (quando identificadas) vêm de consultores (as) experientes que conheço e são de algum modo maliciosas para o mercado. Mas responderei.
Costumo dizer que a diferença entre um bom consultor e um excelente consultor é atenção que dispensamos os pormenores. Os pormenores marcam a diferença.
Tanto no relacionamento pessoal com os clientes, como as atenções com quem lidamos e sobretudo nas palavras que escolhemos.
Um pormenor pode ser uma centelha de proximidade ou um factor positivo de diferenciação. Somos melhores profissionais quando atentos aos pormenores.
PS: Até agora recebi seis questões para esta rubrica do meu blog. Vou responder a todas, noto que algumas (quando identificadas) vêm de consultores (as) experientes que conheço e são de algum modo maliciosas para o mercado. Mas responderei.
O caso Carrilho
Ainda não tinha escrito sobre este caso de Manuel Maria Carrilho, a sua saída da UNESCO.
Logo de início afirmo que abomino esta figurinha. E tenho a certeza que em termos de popularidade junto dos portugueses ela deve ser residual.
É um pavão, uma espécie de Rei-Sol do Arco Cego, bairro onde ele vive. Na sua passagem pela Cultura e depois por uma candidatura fraquíssima à Câmara de Lisboa nunca soube granjear simpatias, e isso num político é mortal.
Com os media, apesar de ter uma belíssima mulher, a sua relação sempre foi péssima. E também na política a comunicação é fundamental. A sua imagem de pedante não passa junto das pessoas.
É um homem com uma perspectiva solipsista da sua figura e agora parece que quer passar esta ideia. Se me perguntarem quem é que eu acho que mente neste processo, Amado ou Carrilho, naturalmente acho que é o segundo.
Ao ver este fim-de-semana Carrilho e a sua família a passear lembrei-me de uma história: eu também vivo no bairro do Arco Cego, um dos mais tranquilos e familiares de Lisboa. Na altura da sua candidatura à capital contavam-me aqui as forças vivas: «ninguém gosta dele. Nem no café onde vai o suportam. Abre o jornal no balcão, ocupa espaço e fica ali a pastar para ser visto».
Quando o povo tem esta opinião, já sabemos que é muito difícil a sua sobrevivência no universo mediático. O povo habitualmente não se deixa enganar.
Logo de início afirmo que abomino esta figurinha. E tenho a certeza que em termos de popularidade junto dos portugueses ela deve ser residual.
É um pavão, uma espécie de Rei-Sol do Arco Cego, bairro onde ele vive. Na sua passagem pela Cultura e depois por uma candidatura fraquíssima à Câmara de Lisboa nunca soube granjear simpatias, e isso num político é mortal.
Com os media, apesar de ter uma belíssima mulher, a sua relação sempre foi péssima. E também na política a comunicação é fundamental. A sua imagem de pedante não passa junto das pessoas.
É um homem com uma perspectiva solipsista da sua figura e agora parece que quer passar esta ideia. Se me perguntarem quem é que eu acho que mente neste processo, Amado ou Carrilho, naturalmente acho que é o segundo.
Ao ver este fim-de-semana Carrilho e a sua família a passear lembrei-me de uma história: eu também vivo no bairro do Arco Cego, um dos mais tranquilos e familiares de Lisboa. Na altura da sua candidatura à capital contavam-me aqui as forças vivas: «ninguém gosta dele. Nem no café onde vai o suportam. Abre o jornal no balcão, ocupa espaço e fica ali a pastar para ser visto».
Quando o povo tem esta opinião, já sabemos que é muito difícil a sua sobrevivência no universo mediático. O povo habitualmente não se deixa enganar.
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Universo mediático
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Boa Fibra
Fico a saber através desta notícia da Meios & Publicidade, pela pena do Rui Oliveira Marques, que a Enzima Amarela vai lançar mais um novo agregador.
Desta feita chama-se Fibra e está vocacionada para os protagonistas, empresas e instituições na área das telecomunicações.
É uma aposta inteligente num nicho que tem dinheiro, o que comercialmente será positivo, e influência. Tenho a certeza que despertará as atenções deste sector e as empresas de Conselho em Comunicação saberão trabalhar com a Fibra, como o fazem com outras publicações.
Quero dar uma palavra à Enzima Amarela: como sabem estou-me marimbando sobre guerras de títulos e estou-me marimbando para quem são os proprietários e os seus alinhamentos, já o escrevi no passado.
A mim o que me interessa é que haja mais plataformas mediáticas e que tenham qualidade. E poucos têm dito que o Briefing é uma boa revista e um bom suporte on-line (tal como a Meios & Publicidade também é).
A Advocatus é também uma excelente revista e tenho ouvido falar muito bem dela e leio-a todas as edições. Acredito que a Fibra vai ser também um bom título, por isso uma palavra positiva para esta empresa que está a criar bons títulos e para os profissionais que os concretizam no dia-a-dia no terreno.
Nota final: auguro que hoje, com o profissionalismo que a caracteriza, a minha amiga Maria Luís já vai andar a bombardear convites por mail e facebook para o novo Grupo Fibra. E sempre mais amigos para o Briefing e Advocatus.
Desta feita chama-se Fibra e está vocacionada para os protagonistas, empresas e instituições na área das telecomunicações.
É uma aposta inteligente num nicho que tem dinheiro, o que comercialmente será positivo, e influência. Tenho a certeza que despertará as atenções deste sector e as empresas de Conselho em Comunicação saberão trabalhar com a Fibra, como o fazem com outras publicações.
Quero dar uma palavra à Enzima Amarela: como sabem estou-me marimbando sobre guerras de títulos e estou-me marimbando para quem são os proprietários e os seus alinhamentos, já o escrevi no passado.
A mim o que me interessa é que haja mais plataformas mediáticas e que tenham qualidade. E poucos têm dito que o Briefing é uma boa revista e um bom suporte on-line (tal como a Meios & Publicidade também é).
A Advocatus é também uma excelente revista e tenho ouvido falar muito bem dela e leio-a todas as edições. Acredito que a Fibra vai ser também um bom título, por isso uma palavra positiva para esta empresa que está a criar bons títulos e para os profissionais que os concretizam no dia-a-dia no terreno.
Nota final: auguro que hoje, com o profissionalismo que a caracteriza, a minha amiga Maria Luís já vai andar a bombardear convites por mail e facebook para o novo Grupo Fibra. E sempre mais amigos para o Briefing e Advocatus.
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Rui Calafate
O regresso de Armando Jorge Carneiro
Tenho um excelente relacionamento com todas as pessoas com quem trabalhei, nomeadamente com os patrões que tive (com a excepção de um que não é patrão, mas passa por patrão).
Fui director e fundador da Política Moderna, uma revista de política que durou três anos (nada mau para uma revista de política) de Setembro de 1998 a Setembro de 2001, tendo saído e acabado a revista por ter aceite o convite para integrar a direcção de campanha de Pedro Santana Lopes em Lisboa.
Responsável por esses meus anos de tanta felicidade, e da minha equipa também recheada de muito bons valores, foi o Armando Jorge Carneiro, Presidente do Grupo Euronotícias.
A vida levou-o a escolher o caminho do futebol juvenil e com o apoio da Coca Cola pôs muitos jovens sobre observação nos seus torneios.
Leio hoje, aqui no CM, que irá coordenar o futebol jovem do Benfica. Fico satisfeito com isso, envio um abraço e as maiores felicidades.
Fui director e fundador da Política Moderna, uma revista de política que durou três anos (nada mau para uma revista de política) de Setembro de 1998 a Setembro de 2001, tendo saído e acabado a revista por ter aceite o convite para integrar a direcção de campanha de Pedro Santana Lopes em Lisboa.
Responsável por esses meus anos de tanta felicidade, e da minha equipa também recheada de muito bons valores, foi o Armando Jorge Carneiro, Presidente do Grupo Euronotícias.
A vida levou-o a escolher o caminho do futebol juvenil e com o apoio da Coca Cola pôs muitos jovens sobre observação nos seus torneios.
Leio hoje, aqui no CM, que irá coordenar o futebol jovem do Benfica. Fico satisfeito com isso, envio um abraço e as maiores felicidades.
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terça-feira, 21 de setembro de 2010
A crise de Obama
para quem me acompanhou por outras bandas, sabe que nunca fui adepto e nunca acreditei em Barack Obama.
Adorei os seus discursos, acompanhei a sua campanha e as novas potencialidades das redes sociais ao seu dispor, mas sempre achei que nunca me iria surpreender pela positiva com ele enquanto Presidente.
Nessa altura, apesar de a considerar a Lady MacBeth dos tempos modernos, achava o candidato mais bem preparado para a função, Hillary Clinton.
Hoje em dia temos um partido republicano sem liderança e sem alternativa a Obama, um Tea Party que representa uma sociedade ultra-conservadora, ortodoxa e tudo aquilo que não sonhamos quando pensamos na América (penso que poderá ser um fenómeno passageiro até os Republicanos encontrarem uma figura forte que apague estes disparates) e um inquilino da Casa Branca que tem desiludido muitos que o apoiaram.
Provavelmente com uma popularidade mais alta na Europa do que na América, mantendo apenas os eleitorados jovens e mais progressistas. A sua presidência tem sido fraca. Interna e externamente, Obama tem sido um líder sem capacidade de afirmação.
Hillary Clinton tem sido a grande estrela e tem corrido o cenário da sua subida a vice-presidente no próximo acto eleitoral para restabelecer e fortalecer o eleitorado hoje perdido.
Eu gosto da América, prefiro a sua liderança a um mundo de poderes e relações multilaterais que vê ascender novas potências, que se estão a tornar poderosas em termos militares e económicos.
Para isso deixo nota do último livro do Robert Kagan, um guru neoconservador, «O Regresso da História e o fim dos sonhos», sempre a ler, sobre a ascensão do Brasil, China, Índia. E deixo este artigo do Público para reflexão sobre a perda de influência americana desde a ascensão de Obama.
Adorei os seus discursos, acompanhei a sua campanha e as novas potencialidades das redes sociais ao seu dispor, mas sempre achei que nunca me iria surpreender pela positiva com ele enquanto Presidente.
Nessa altura, apesar de a considerar a Lady MacBeth dos tempos modernos, achava o candidato mais bem preparado para a função, Hillary Clinton.
Hoje em dia temos um partido republicano sem liderança e sem alternativa a Obama, um Tea Party que representa uma sociedade ultra-conservadora, ortodoxa e tudo aquilo que não sonhamos quando pensamos na América (penso que poderá ser um fenómeno passageiro até os Republicanos encontrarem uma figura forte que apague estes disparates) e um inquilino da Casa Branca que tem desiludido muitos que o apoiaram.
Provavelmente com uma popularidade mais alta na Europa do que na América, mantendo apenas os eleitorados jovens e mais progressistas. A sua presidência tem sido fraca. Interna e externamente, Obama tem sido um líder sem capacidade de afirmação.
Hillary Clinton tem sido a grande estrela e tem corrido o cenário da sua subida a vice-presidente no próximo acto eleitoral para restabelecer e fortalecer o eleitorado hoje perdido.
Eu gosto da América, prefiro a sua liderança a um mundo de poderes e relações multilaterais que vê ascender novas potências, que se estão a tornar poderosas em termos militares e económicos.
Para isso deixo nota do último livro do Robert Kagan, um guru neoconservador, «O Regresso da História e o fim dos sonhos», sempre a ler, sobre a ascensão do Brasil, China, Índia. E deixo este artigo do Público para reflexão sobre a perda de influência americana desde a ascensão de Obama.
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Time Out
Saúdo o terceiro aniversário da Time Out. Uma boa revista, com excelentes sugestões, grande detecção de tendências e já indispensável para quem gosta do que está a acontecer em Lisboa.
É sempre bom, ao contrário das notícias de fecho de publicações, podermos ver uma revista que está a sedimentar a sua marca e a conquistar leitores fieis.
Sem esquecer que é um excelente veículo para quem trabalha em Conselho em Comunicação. Tenho a certeza que muitas marcas e naturalmente muitos consultores já fizeram propostas de trabalhos para esta boa revista que costumo comprar.
É sempre bom, ao contrário das notícias de fecho de publicações, podermos ver uma revista que está a sedimentar a sua marca e a conquistar leitores fieis.
Sem esquecer que é um excelente veículo para quem trabalha em Conselho em Comunicação. Tenho a certeza que muitas marcas e naturalmente muitos consultores já fizeram propostas de trabalhos para esta boa revista que costumo comprar.
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Oráculo (110)
«O que é o filho, senão uma extensão do pai?»
Manual do Muad`Dib, in Dune, de Frank Herbert
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Sobre o Lobby
Entendo que o Lobby é uma actividade profissional que deve ser transparente e também reconhecida.
Com isso, afastam-se as nebulosas e clarifica-se quem trabalha e quem pode sofrer pressões.
O Lobby no Brasil, com o caso de Erenice, a sucessora de Dilma Roussef no Planalto, junto de Lula, é o exemplo de como a falta de transparência faz perder votos e credibilidade, como no passado o "Mensalão" e outros casos atingem a classe política.
Se tudo fosse claro não haveria problemas, deixo este post de um blog da Veja sobre o assunto.
Com isso, afastam-se as nebulosas e clarifica-se quem trabalha e quem pode sofrer pressões.
O Lobby no Brasil, com o caso de Erenice, a sucessora de Dilma Roussef no Planalto, junto de Lula, é o exemplo de como a falta de transparência faz perder votos e credibilidade, como no passado o "Mensalão" e outros casos atingem a classe política.
Se tudo fosse claro não haveria problemas, deixo este post de um blog da Veja sobre o assunto.
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domingo, 19 de setembro de 2010
A Aventura de Antonioni
Eu adoro o Michelangelo Antonioni, por isso é uma boa notícia finalmente em edição de DVD a Aventura.
Antonioni numa sua biografia dizia, acerca do Eclipse, outro genial filme com Alain Delon e Monica Vitti, que «procuro vestígios de sentimentos», o grande drama das sociedades modernas que apesar das redes sociais (ainda não havia nesse tempo) acentuaram o drama da solidão.
Ver Jack Nicholson pelos desertos de Almeria, em Profissão Repórter; o diálogo durante o jogo inventado por Vitti com Marcelo Mastroianni em "La Notte", o vai-vem de emoções e caminhos percorridos também por Monica Vitti pela paisagem industrial de Deserto Vermelho, as dúvidas de Giancarlo Gianninni e Laura Antonelli em o Intruso, as relações das mulheres com um realizador em "Identificação de uma mulher" ou o mais comercial de todos "Blow Up" fazem parte dos prazeres de qualquer cinéfilo e não de consumidores de filmes que mascam pipocas.
João Lopes, hoje, nas suas crónicas imperdíveis no DN conta o episódio do concorrente do Quem Quer ser Milionário que dizia que Antonioni era um «chefe mafioso». Pobres as pessoas que não têm um pingo de cultura.
Como diz JL, Antonioni «mudou o modo de retratar o quotidiano e a sua banalidade. E mostrava que cada instante humano está habitado por uma vertigem de incertezas e mágoas».
Antonioni é um realizador que faz arte com as emoções humanas, não dá tiros nem prodígios visuais e nunca se preocupou em dar vida a heróis da BD para consumo de trogloditas com pouca inteligência para pensar. Comprem a Aventura e vão ver um mundo de incertezas, de leituras várias. Gosto de arte, gosto de cinema.
Antonioni numa sua biografia dizia, acerca do Eclipse, outro genial filme com Alain Delon e Monica Vitti, que «procuro vestígios de sentimentos», o grande drama das sociedades modernas que apesar das redes sociais (ainda não havia nesse tempo) acentuaram o drama da solidão.
Ver Jack Nicholson pelos desertos de Almeria, em Profissão Repórter; o diálogo durante o jogo inventado por Vitti com Marcelo Mastroianni em "La Notte", o vai-vem de emoções e caminhos percorridos também por Monica Vitti pela paisagem industrial de Deserto Vermelho, as dúvidas de Giancarlo Gianninni e Laura Antonelli em o Intruso, as relações das mulheres com um realizador em "Identificação de uma mulher" ou o mais comercial de todos "Blow Up" fazem parte dos prazeres de qualquer cinéfilo e não de consumidores de filmes que mascam pipocas.
João Lopes, hoje, nas suas crónicas imperdíveis no DN conta o episódio do concorrente do Quem Quer ser Milionário que dizia que Antonioni era um «chefe mafioso». Pobres as pessoas que não têm um pingo de cultura.
Como diz JL, Antonioni «mudou o modo de retratar o quotidiano e a sua banalidade. E mostrava que cada instante humano está habitado por uma vertigem de incertezas e mágoas».
Antonioni é um realizador que faz arte com as emoções humanas, não dá tiros nem prodígios visuais e nunca se preocupou em dar vida a heróis da BD para consumo de trogloditas com pouca inteligência para pensar. Comprem a Aventura e vão ver um mundo de incertezas, de leituras várias. Gosto de arte, gosto de cinema.
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Oráculo (108)
«Todos os pensamentos inteligentes já foram pensados, é preciso apenas tentar repensá~los»
Goethe
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sábado, 18 de setembro de 2010
Sugestões à APECOM
Não pertenço à APECOM nem à LPMCOM, mas já dei, acho, algumas sugestões ao mercado e para os profissionais consultores de comunicação.
Não me pronuncio sobre reuniões dos corpos sociais desta associação, pois não faço parte dela. E reforço que quem não está na APECOM não está sobre qualquer julgamento da APECOM, era o que faltava. Tal como eu não tenho que dar palpites sobre ela.
Mas sendo a APECOM representativa da área onde trabalho, venho por este meio, pela positiva, dizer o seguinte.
A APECOM tem feito um esforço para crescer em termos de associados, mas tem-se esquecido de muitas centenas de micro-empresas que dão emprego, que realizam também trabalhos de comunicação em diferentes valências por esse país fora. E que podem ter contributos a dar para este sector (?).
As empresas, e os seus patrões e directores-gerais, são importantes mas uma massa de milhares de pessoas que aqui trabalham e a quem a APECOM ainda diz pouco. Por isso, as iniciativas da APECOM para terem força têm de integrar e não afunilar.
Por isso, em futuras opções e iniciativas ouvir mais do que associados penso que será positivo. Acções integradas de formação, conferências sobre as diversas disciplinas da área, promoção em campanhas da nossa actividade, parcerias que façam a diferença isso deve estar na cartilha de quem integra a APECOM.
Depois, sei que na APECOM se vive com muita intensidade os meios que nos acompanham. A Meios & Publicidade e o Briefing (e estou-me marimbando a quem pertencem). E eu acho importante a existência destas duas publicações e outras que surjam. Não esquecer que muitos de nós já foram jornalistas, logo, nos media, também há alinhamentos e convencionalismos de negócio, como todos nós sabemos bem.
Por exemplo, haver uma revista trimestral idónea e com qualidade da APECOM deve ser uma possibilidade em cima da mesa. Com estudos, entrevistas, trabalhos realizados e sua análise e não o mero anúncio de conquistas de clientes.
Mantenho, no entanto, convivendo com a APECOM, a criação da Ordem dos Consultores de Comunicação, envolvendo todos os profissionais. Estas sugestões deixo-as de boa fé em atenção aos membros da APECOM, conto com isto para a promoção do sector (?) e não para a minha promoção, pois não sou candidato a presidente da APECOM nem a Bastonário da Ordem.
Não me pronuncio sobre reuniões dos corpos sociais desta associação, pois não faço parte dela. E reforço que quem não está na APECOM não está sobre qualquer julgamento da APECOM, era o que faltava. Tal como eu não tenho que dar palpites sobre ela.
Mas sendo a APECOM representativa da área onde trabalho, venho por este meio, pela positiva, dizer o seguinte.
A APECOM tem feito um esforço para crescer em termos de associados, mas tem-se esquecido de muitas centenas de micro-empresas que dão emprego, que realizam também trabalhos de comunicação em diferentes valências por esse país fora. E que podem ter contributos a dar para este sector (?).
As empresas, e os seus patrões e directores-gerais, são importantes mas uma massa de milhares de pessoas que aqui trabalham e a quem a APECOM ainda diz pouco. Por isso, as iniciativas da APECOM para terem força têm de integrar e não afunilar.
Por isso, em futuras opções e iniciativas ouvir mais do que associados penso que será positivo. Acções integradas de formação, conferências sobre as diversas disciplinas da área, promoção em campanhas da nossa actividade, parcerias que façam a diferença isso deve estar na cartilha de quem integra a APECOM.
Depois, sei que na APECOM se vive com muita intensidade os meios que nos acompanham. A Meios & Publicidade e o Briefing (e estou-me marimbando a quem pertencem). E eu acho importante a existência destas duas publicações e outras que surjam. Não esquecer que muitos de nós já foram jornalistas, logo, nos media, também há alinhamentos e convencionalismos de negócio, como todos nós sabemos bem.
Por exemplo, haver uma revista trimestral idónea e com qualidade da APECOM deve ser uma possibilidade em cima da mesa. Com estudos, entrevistas, trabalhos realizados e sua análise e não o mero anúncio de conquistas de clientes.
Mantenho, no entanto, convivendo com a APECOM, a criação da Ordem dos Consultores de Comunicação, envolvendo todos os profissionais. Estas sugestões deixo-as de boa fé em atenção aos membros da APECOM, conto com isto para a promoção do sector (?) e não para a minha promoção, pois não sou candidato a presidente da APECOM nem a Bastonário da Ordem.
Oráculo (107)
«Ter talento é acertar num alvo que ninguém acertou. Ser génio é acertar num alvo que ninguém viu»
Schopenhauer
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A morte de Fidel *
Nunca fui a Cuba, mas as imagens que recordo sempre são as de Michael Corleone, no Padrinho 2, a fazer negócios na estância de férias americana que se chamava Havana e um filme chamado "Cuba", o primeiro grande cachet do Sean Connery, o filme era mau diga-se de passagem.
Nunca tive nenhum fascínio especial por aquelas criaturas, Fidel ou Che, e o que me comentavam era uma ilha que tinha umas praias para uma classe média que gosta de dizer aos amigos que foi às Caraíbas, e uma capital em ruínas mas que mantinha um certo charme. Ah! E os charutos que tinham qualidade.
Fidel na entrevista que deu à Atlantic reconhece que o seu modelo falhou. Aposta no micro-capitalismo do salve-se quem puder, do pequeno biscate e da prostituição encapotada.
Os fanáticos comunistas que estiveram caladinhos esta semana, vêm o seu modelo de sonho virar inferno. Mas, sobretudo para Fidel, ainda antes da sua morte física, fica a vergonha de que os seus fuzilamentos, a sua censura apenas serviram para o perpetuar no poder. Apenas isso.
Resta aos mais empedernidos ainda esse paraíso chamado Coreia do Norte. Mas qualquer dia também vão ter uma surpresa.
* O título do post tem o mesmo título do artigo de vasco Pulido Valente de hoje no Público
Nunca tive nenhum fascínio especial por aquelas criaturas, Fidel ou Che, e o que me comentavam era uma ilha que tinha umas praias para uma classe média que gosta de dizer aos amigos que foi às Caraíbas, e uma capital em ruínas mas que mantinha um certo charme. Ah! E os charutos que tinham qualidade.
Fidel na entrevista que deu à Atlantic reconhece que o seu modelo falhou. Aposta no micro-capitalismo do salve-se quem puder, do pequeno biscate e da prostituição encapotada.
Os fanáticos comunistas que estiveram caladinhos esta semana, vêm o seu modelo de sonho virar inferno. Mas, sobretudo para Fidel, ainda antes da sua morte física, fica a vergonha de que os seus fuzilamentos, a sua censura apenas serviram para o perpetuar no poder. Apenas isso.
Resta aos mais empedernidos ainda esse paraíso chamado Coreia do Norte. Mas qualquer dia também vão ter uma surpresa.
* O título do post tem o mesmo título do artigo de vasco Pulido Valente de hoje no Público
Oráculo (106)
«Agora há a ideologia do imediato, do eu quero ser célebre, rico e famoso, jovem e bonito, vive-se uma época de adolescentocracia»
António Lobo Antunes
António Lobo Antunes
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
As apostas da SIC
Em Setembro jogam-se os trunfos mais fortes das televisões. A SIC era o canal que tinha uma rentrée com apostas em eixos centrais de programação.
Conceição Lino à tarde (ainda não vi e não conheço audiências), mas acho que não terá muita força contra Fátima Lopes na TVI.
Ídolos, o programa/espectáculo que logo na sua estreia domingo foi o mais visto do dia, por isso em Carnaxide respirou-se de alívio.
Laços de Sangue uma novela feita com todos os tiques bons da Globo. Aqui com uma responsabilidade enorme. Pinto Balsemão disse que seria a «novela que levaria a SIC à liderança».
Os primeiros dados não o confirmam e as novelas portuguesas da TVI continuam a triturar nos audímetros. E com um enorme erro de casting que é pôr apenas uma miuda gira, a Diana Chaves, como protagonista quando todos já sabemos que nunca será actriz na vida.
A SIC, para lá disto, pôs outra vez os seus responsáveis da área da informação a dizer que apostam forte na mesma. Mas isso é algo que eu e outros ouvimos todas as rentrées televisivas.
O certo é que a SIC não tem conseguido recuperar audiências, apesar de manter, muito por força do seu canal de notícias no cabo, a tal credibilidade na informação.
Mas, meus amigos, a TVI, apesar de cair um pouco, vai voltar a vencer a luta de canais este ano outra vez. E ainda não estrearam o tal novo "Big Brother", quando isso acontecer será arrasador, auguro.
Conceição Lino à tarde (ainda não vi e não conheço audiências), mas acho que não terá muita força contra Fátima Lopes na TVI.
Ídolos, o programa/espectáculo que logo na sua estreia domingo foi o mais visto do dia, por isso em Carnaxide respirou-se de alívio.
Laços de Sangue uma novela feita com todos os tiques bons da Globo. Aqui com uma responsabilidade enorme. Pinto Balsemão disse que seria a «novela que levaria a SIC à liderança».
Os primeiros dados não o confirmam e as novelas portuguesas da TVI continuam a triturar nos audímetros. E com um enorme erro de casting que é pôr apenas uma miuda gira, a Diana Chaves, como protagonista quando todos já sabemos que nunca será actriz na vida.
A SIC, para lá disto, pôs outra vez os seus responsáveis da área da informação a dizer que apostam forte na mesma. Mas isso é algo que eu e outros ouvimos todas as rentrées televisivas.
O certo é que a SIC não tem conseguido recuperar audiências, apesar de manter, muito por força do seu canal de notícias no cabo, a tal credibilidade na informação.
Mas, meus amigos, a TVI, apesar de cair um pouco, vai voltar a vencer a luta de canais este ano outra vez. E ainda não estrearam o tal novo "Big Brother", quando isso acontecer será arrasador, auguro.
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Oráculo (105)
«A verdade não é a verdade, a verdade é como as pessoas percebem que é a verdade»
Felipe González
Felipe González
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Pela boca...
O povo diz que pela boca morre o peixe e é bem verdade.
Hoje, na área da comunicação política um disparate que pode sair caro. Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, admite a falência do Estado Social ao I.
Pois bem, isso era um dos alertas de Pedro Passos Coelho que o PS aproveitou para galgar nas sondagens - para lá do lapso da Revisão Constitucional - puxando os seus galões de esquerda e aparecendo como campeões do mesmo estado social.
Não se podem dar estas armas ao inimigo em política.
Depois, algo que anteontem me chamou a atenção e José Mourinho de imediato apareceu a rectificar. Pois com a sorte e o azar não se brinca.
Cristiano Ronaldo disse «tenho um feeling que vamos ganhar um título» (no Real madrid). Como Mourinho se lembrou, o último que falou em feelings fez uma triste figura e foi despedido e logo lembrou «que não tem feelings, apenas confia no seu trabalho».
São pormenores em que por vezes a boca fala mais do que a razão.
Hoje, na área da comunicação política um disparate que pode sair caro. Gabriela Canavilhas, ministra da Cultura, admite a falência do Estado Social ao I.
Pois bem, isso era um dos alertas de Pedro Passos Coelho que o PS aproveitou para galgar nas sondagens - para lá do lapso da Revisão Constitucional - puxando os seus galões de esquerda e aparecendo como campeões do mesmo estado social.
Não se podem dar estas armas ao inimigo em política.
Depois, algo que anteontem me chamou a atenção e José Mourinho de imediato apareceu a rectificar. Pois com a sorte e o azar não se brinca.
Cristiano Ronaldo disse «tenho um feeling que vamos ganhar um título» (no Real madrid). Como Mourinho se lembrou, o último que falou em feelings fez uma triste figura e foi despedido e logo lembrou «que não tem feelings, apenas confia no seu trabalho».
São pormenores em que por vezes a boca fala mais do que a razão.
Oráculo (104)
«É irrealista pensar que vou vencer sempre, mas espero sempre que a derrota não aconteça este fim-de-semana»
Ayrton Senna
Ayrton Senna
terça-feira, 14 de setembro de 2010
O regresso de Tom Ford e o efémero de Lipovetsky
Um dos livros que estou a ler agora é «O Império do Efémero», de Gilles Lipovetsky. A moda e o seu destino nas sociedades modernas.
Como com o passar de milénios a moda e a sua importância se impôs como espaço de liberdade individual face aos conservadorismos consuetudinários e o respeito anquilosado nas tradições.
A moda é um espaço de criatividade, uma forma de comunicação, uma explosão do "eu" nas sociedades democráticas e liberais. A moda tornou-se uma indústria pilar dos nossos sistemas.
Pela sua natureza criativa e como janela para um espaço chamado consumo. Hoje, ao espreitar on-line o "El Pais" vejo algo que me agrada.
Tom Ford um dos maiores ícones da moda, que desenhou para Gucci e Yves Saint Laurent e que, posteriormente, lançou a sua marca, diga-se de elegãncia extrema, regressou.
Depois de uma primeira experiência marcante enquanto realizador de cinema, com "Single Man", com Colin Firth e julianne Moore também fantásticos, Tom Ford regressou e organizou um show restrito para cem pessoas e com a presença de algumas mulheres que ama.
A moda pode ser efémera, mas Tom Ford será eterno. Pode ler aqui a notícia do El Pais
Como com o passar de milénios a moda e a sua importância se impôs como espaço de liberdade individual face aos conservadorismos consuetudinários e o respeito anquilosado nas tradições.
A moda é um espaço de criatividade, uma forma de comunicação, uma explosão do "eu" nas sociedades democráticas e liberais. A moda tornou-se uma indústria pilar dos nossos sistemas.
Pela sua natureza criativa e como janela para um espaço chamado consumo. Hoje, ao espreitar on-line o "El Pais" vejo algo que me agrada.
Tom Ford um dos maiores ícones da moda, que desenhou para Gucci e Yves Saint Laurent e que, posteriormente, lançou a sua marca, diga-se de elegãncia extrema, regressou.
Depois de uma primeira experiência marcante enquanto realizador de cinema, com "Single Man", com Colin Firth e julianne Moore também fantásticos, Tom Ford regressou e organizou um show restrito para cem pessoas e com a presença de algumas mulheres que ama.
A moda pode ser efémera, mas Tom Ford será eterno. Pode ler aqui a notícia do El Pais
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010
As mulheres e os políticos
Quem anda na política sabe como tão importante é para o homem que faz carreira política a imagem da sua mulher.
Muitos dos valores que se transmitem são vistos pela opinião pública através de percepções subliminares, muito mais do que por ideias e práticas objectivas.
A imagem familiar de um político gera sentimentos de proximidade ou repulsa, dá votos ou perde votos.
O que se passa em França tem sido um show cuidadosamente encenado desde o início. Nicolas Sarkozy, um político que admiro há muitos anos, preparou a sua corrida ao Eliseu com profissionalismo. Quando enfrentava uma bela mulher, Ségolene, casou com outra ainda mais bela mulher, Carla Bruni.
O problema das coisas encenadas, para lá de serem naturalmente pouco naturais, é que se não são controláveis, facilmente descambam para um alerta máximo e um "damage control" permanente.
Sarkozy vive uma das maiores quebras de popularidade de sempre e muitos auguram que será o segundo presidente francês, antes Giscard D`Estaing, a não conseguir a reeleição.
Carla Bruni, pelo seu passado, já se sabia que era uma mulher "incontrolável". Agora, sairá um livro «Carla, uma vida secreta» que promete fuzilar a escassa reputação actual de sarko.
O livro é escrito precisamente pela mulher contratada, Besma Lahouri, para remodelar a imagem de Carla. Que aparece como fria, calculista e devoradora de homens.
Sarko devia ter adivinhado que Carla Bruni é uma mulher grande (10 cm a mais do que ele) mas não é uma grande mulher. Pelo menos para um político.
Muitos dos valores que se transmitem são vistos pela opinião pública através de percepções subliminares, muito mais do que por ideias e práticas objectivas.
A imagem familiar de um político gera sentimentos de proximidade ou repulsa, dá votos ou perde votos.
O que se passa em França tem sido um show cuidadosamente encenado desde o início. Nicolas Sarkozy, um político que admiro há muitos anos, preparou a sua corrida ao Eliseu com profissionalismo. Quando enfrentava uma bela mulher, Ségolene, casou com outra ainda mais bela mulher, Carla Bruni.
O problema das coisas encenadas, para lá de serem naturalmente pouco naturais, é que se não são controláveis, facilmente descambam para um alerta máximo e um "damage control" permanente.
Sarkozy vive uma das maiores quebras de popularidade de sempre e muitos auguram que será o segundo presidente francês, antes Giscard D`Estaing, a não conseguir a reeleição.
Carla Bruni, pelo seu passado, já se sabia que era uma mulher "incontrolável". Agora, sairá um livro «Carla, uma vida secreta» que promete fuzilar a escassa reputação actual de sarko.
O livro é escrito precisamente pela mulher contratada, Besma Lahouri, para remodelar a imagem de Carla. Que aparece como fria, calculista e devoradora de homens.
Sarko devia ter adivinhado que Carla Bruni é uma mulher grande (10 cm a mais do que ele) mas não é uma grande mulher. Pelo menos para um político.
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Comunicação com arte em Versalhes
Para quem não vive fechado no seu mundo e se interessa por outras vertentes da vida, sugiro a leitura da revista Beaux Arts. Que oferece habitualmente as melhores exposições e uma ligação a diversos movimentos da arte.
O que me chamou mais atenção, na sua última edição, foi o Palácio de Versalhes ir agora utilizar o talento de Takashi Murakami (não confundir com o também magnífico escritor) para uma mostra da sua obra e como trunfo de atracção.
Vários visitantes já se insurgiram, mas é bom de ver como na cultura, os museus, habitualmente conservadores, se abrem para novas formas de atractividade e tentam alargar os seus públicos.
A arte é sempre uma magnífica forma de comunicação. E o El Pais estava atento como podem ver aqui.
O que me chamou mais atenção, na sua última edição, foi o Palácio de Versalhes ir agora utilizar o talento de Takashi Murakami (não confundir com o também magnífico escritor) para uma mostra da sua obra e como trunfo de atracção.
Vários visitantes já se insurgiram, mas é bom de ver como na cultura, os museus, habitualmente conservadores, se abrem para novas formas de atractividade e tentam alargar os seus públicos.
A arte é sempre uma magnífica forma de comunicação. E o El Pais estava atento como podem ver aqui.
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domingo, 12 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Carlos Cruz e o seu processo (2)
Confesso que aguardei serenamente uma semana para fazer este post. Para dar tempo.
Dar tempo para ouvir falar mais a Justiça e os envolvidos no processo denominado hoje como processo Carlos Cruz.
Em uma semana vi diversos envolvidos a falar e a Justiça a dar péssimos sinais. Há uma semana escrevi este post. Como no Google apareceu destacado quando se escrevia Carlos Cruz tive centenas de entradas no meu blog, que é para os que o desconheciam um blog de comunicação.
No post que escrevi há uma semana, limitei-me a analisar a prestação mediática do protagonista (e nos últimos tempos fez tudo para ser o protagonista). Péssima à entrada do tribunal, fantástica na conferência de imprensa que deu no Altis.
Não me pronunciei, nem pronuncio, sobre inocentes ou culpados. Apesar de ter a minha impressão tal como todos os portugueses a têm. Seja para um lado seja para o outro.
Elogiei o profissional de comunicação Carlos Cruz, mas repito que nunca gostei dos seus olhos (o que não quer dizer que seja culpado ou inocente por isso, como qualquer pessoa inteligente percebe). Digo isto especificamente para irritar os comentários anónimos que recebi e não publiquei sobre a questão dos olhos.
Destaco uma senhora de nome Leticia. Um nome pouco habitual em Portugal, não sei se existe mesmo, se é alguma influência brasileira ou um exercício de dupla personalidade de quem está envolvido neste processo. A dúvida subsistirá e confesso que me estou marimbando.
Mas quero deixar duas notas: a primeira, a imagem insustentável de um colégio de juízes que em uma semana não disponibilizou o acórdão. Péssima comunicação quando os advogados dos arguidos, já se sabia, iriam explorar esse flanco aberto. E exploraram bem.
Segunda, o desafio de carlos Cruz no Prós e Contras para um debate cara-a-cara com um jovem envolvido. Foi um momento bonito de televisão, mas horrível quando se sabe que num duelo ambos têm de ter armas iguais. Cruz tem um traquejo de anos em televisão, cilindraria qualquer pessoa com os seus conhecimentos técnicos.
Termino que os juízes estiveram pessimamente esta semana, mas começa a ser cansativa tanta exposição dos arguidos, agora condenados pelo tribunal.
E uma nota final de comunicação: de facto, carlos Cruz faz bem, nas múltiplas entrevistas que concedeu (a Sábado alías perguntou-lhe isso) em não se deixar fotografar a beber whisky e a fumar um charuto. Isso não é compatível com a imagem de homem lutador que vendeu tudo para manter a sua defesa.
Dar tempo para ouvir falar mais a Justiça e os envolvidos no processo denominado hoje como processo Carlos Cruz.
Em uma semana vi diversos envolvidos a falar e a Justiça a dar péssimos sinais. Há uma semana escrevi este post. Como no Google apareceu destacado quando se escrevia Carlos Cruz tive centenas de entradas no meu blog, que é para os que o desconheciam um blog de comunicação.
No post que escrevi há uma semana, limitei-me a analisar a prestação mediática do protagonista (e nos últimos tempos fez tudo para ser o protagonista). Péssima à entrada do tribunal, fantástica na conferência de imprensa que deu no Altis.
Não me pronunciei, nem pronuncio, sobre inocentes ou culpados. Apesar de ter a minha impressão tal como todos os portugueses a têm. Seja para um lado seja para o outro.
Elogiei o profissional de comunicação Carlos Cruz, mas repito que nunca gostei dos seus olhos (o que não quer dizer que seja culpado ou inocente por isso, como qualquer pessoa inteligente percebe). Digo isto especificamente para irritar os comentários anónimos que recebi e não publiquei sobre a questão dos olhos.
Destaco uma senhora de nome Leticia. Um nome pouco habitual em Portugal, não sei se existe mesmo, se é alguma influência brasileira ou um exercício de dupla personalidade de quem está envolvido neste processo. A dúvida subsistirá e confesso que me estou marimbando.
Mas quero deixar duas notas: a primeira, a imagem insustentável de um colégio de juízes que em uma semana não disponibilizou o acórdão. Péssima comunicação quando os advogados dos arguidos, já se sabia, iriam explorar esse flanco aberto. E exploraram bem.
Segunda, o desafio de carlos Cruz no Prós e Contras para um debate cara-a-cara com um jovem envolvido. Foi um momento bonito de televisão, mas horrível quando se sabe que num duelo ambos têm de ter armas iguais. Cruz tem um traquejo de anos em televisão, cilindraria qualquer pessoa com os seus conhecimentos técnicos.
Termino que os juízes estiveram pessimamente esta semana, mas começa a ser cansativa tanta exposição dos arguidos, agora condenados pelo tribunal.
E uma nota final de comunicação: de facto, carlos Cruz faz bem, nas múltiplas entrevistas que concedeu (a Sábado alías perguntou-lhe isso) em não se deixar fotografar a beber whisky e a fumar um charuto. Isso não é compatível com a imagem de homem lutador que vendeu tudo para manter a sua defesa.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Selecção perdeu o norte e um patrocínio
Foi uma lástima, já habitual com Carlos Queiroz, o que se passou na Noruega. Lá voltamos às contas com a calculadora na mão em fases de qualificação.
A nossa selecção perdeu a alma e liderança. perdeu apoio popular e naturalmente muitos patrocinadores estudam se vale a pena continuar ligados a este drama diário de que madaíl tem muita culpa por não ter demitido de imediato o treinador após a África do Sul.
Vejo a notícia do Briefing e com mágoa vejo a Samsung a abandonar o barco. É um sinal. E o sinal mais evidente foram as, apenas, 9 mil pessoas que estiveram em Guimarães com Chipre.
Um problema grave de comunicação para a Federação que a empresa ligada a Madaíl que cuida dela tem de resolver. Empresa da Federação ligada a madaíl, repito para não haver dúvidas.
A nossa selecção perdeu a alma e liderança. perdeu apoio popular e naturalmente muitos patrocinadores estudam se vale a pena continuar ligados a este drama diário de que madaíl tem muita culpa por não ter demitido de imediato o treinador após a África do Sul.
Vejo a notícia do Briefing e com mágoa vejo a Samsung a abandonar o barco. É um sinal. E o sinal mais evidente foram as, apenas, 9 mil pessoas que estiveram em Guimarães com Chipre.
Um problema grave de comunicação para a Federação que a empresa ligada a Madaíl que cuida dela tem de resolver. Empresa da Federação ligada a madaíl, repito para não haver dúvidas.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010
António Costa no Intendente
António Costa acaba de anunciar em reunião de cãmara que vai colocar durante mais de um ano o seu gabinete no Intendente.
Para quem anda em comunicação política isto é populismo. Vou apreciar a reacção dos media a esta medida e comparar. É que se fosse Pedro Santana Lopes era populista, agora vamos ver o que dirão de Costa.
E uma nota: hoje foi apresentado o primeiro esboço do que serão os espaços de restauração no Terreiro de Paço. Manuel Salgado deixou que o Presidente da frente Tejo desse explicações.
Fiquei atónito quando Costa disse que era uma «cortesia e gentileza» a Frente Tejo dar explicações. Fica assim claro quem manda em zonas nobres de Lisboa. CML muito pouco.
Para quem anda em comunicação política isto é populismo. Vou apreciar a reacção dos media a esta medida e comparar. É que se fosse Pedro Santana Lopes era populista, agora vamos ver o que dirão de Costa.
E uma nota: hoje foi apresentado o primeiro esboço do que serão os espaços de restauração no Terreiro de Paço. Manuel Salgado deixou que o Presidente da frente Tejo desse explicações.
Fiquei atónito quando Costa disse que era uma «cortesia e gentileza» a Frente Tejo dar explicações. Fica assim claro quem manda em zonas nobres de Lisboa. CML muito pouco.
O que falta no novo Parque Mayer
Era adepto do projecto de Frank Gehry para o Parque Mayer. Por motivos mais políticos do que estéticos ou urbanísticos, infelizmente o projecto não avançou.
Dentro das possibilidades actuais, o actual executivo de Lisboa lançou um projecto digno mas com pouca ou nenhuma magia.
Nesse projecto falta algo que Pedro Santana Lopes e o conceituado arquitecto americano ambicionavam: uma Performing Art School, que seria uma espécie de Fame onde jovens teriam formação em diversas valências artísticas.
Algo necessários e que os lisboetas não deverão deixar cair no esquecimento.
Dentro das possibilidades actuais, o actual executivo de Lisboa lançou um projecto digno mas com pouca ou nenhuma magia.
Nesse projecto falta algo que Pedro Santana Lopes e o conceituado arquitecto americano ambicionavam: uma Performing Art School, que seria uma espécie de Fame onde jovens teriam formação em diversas valências artísticas.
Algo necessários e que os lisboetas não deverão deixar cair no esquecimento.
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Batalhas eleitorais
Este título veio por influência de um magnífico livro sobre comunicação política de um dos primeiros "marqueteiros" brasileiros, Chico Santa Rita.
Tenho observado, e vou continuar, o que se passa no Brasil, Inglaterra e França na luta pelas Presidenciais e nos dois últimos casos o que se passa nas esquerdas na oposição.
No Brasil sigo a força de Lula que com o seu carisma, e taxas de aprovação ao seu mandato altas, conseguiu impor uma candidata que é uma nulidade.
Se querem ver o que é um político incapaz, de plástico, totalmente manietado e criado pelos peritos em comunicação basta olhar para Dilma Roussef. É uma pena que o Brasil não escolha um homem com a envergadura e preparação de José Serra.
Não é um político de proximidade, de palmadas nas costas e cerveja no boteco, é um homem de integridade moral e política e com grande experiência em Brasília e no leme do estado de S. Paulo.
Claro que o Brasil é um grande país, rico e com um potencial e energia criativa quase sem igual. Mas Serra dá 100 a zero a Dilma. E seria muito melhor governado por ele.
Em Inglaterra o duelo dos irmãos Miliband não augura nada de bom para o Labour, Olho para os dois e não vejo o carisma de um Blair nem a força sólida de Gordon Brown. David é centrista, Edward está mais à esquerda e tem o apoio dos sindicatos. O segundo tem cometido mais erros. E a política actual depende mais de quem cometer o menor número de erros possíveis.
Em França, começa a guerra habitual pela candidatura presidencial. O PSF tem vários candidatos a lançar contra Sarkozy. O mais popular para os franceses é Dominique Strauss-Kahn, mas François Hollande, Laurent Fabius e as mulheres, Martine Aubry, líder do PSF e Sègoléne Royal também querem o Eliseu. Aqui, a confusão vai ajudar o mandato de Sarko.
Tenho observado, e vou continuar, o que se passa no Brasil, Inglaterra e França na luta pelas Presidenciais e nos dois últimos casos o que se passa nas esquerdas na oposição.
No Brasil sigo a força de Lula que com o seu carisma, e taxas de aprovação ao seu mandato altas, conseguiu impor uma candidata que é uma nulidade.
Se querem ver o que é um político incapaz, de plástico, totalmente manietado e criado pelos peritos em comunicação basta olhar para Dilma Roussef. É uma pena que o Brasil não escolha um homem com a envergadura e preparação de José Serra.
Não é um político de proximidade, de palmadas nas costas e cerveja no boteco, é um homem de integridade moral e política e com grande experiência em Brasília e no leme do estado de S. Paulo.
Claro que o Brasil é um grande país, rico e com um potencial e energia criativa quase sem igual. Mas Serra dá 100 a zero a Dilma. E seria muito melhor governado por ele.
Em Inglaterra o duelo dos irmãos Miliband não augura nada de bom para o Labour, Olho para os dois e não vejo o carisma de um Blair nem a força sólida de Gordon Brown. David é centrista, Edward está mais à esquerda e tem o apoio dos sindicatos. O segundo tem cometido mais erros. E a política actual depende mais de quem cometer o menor número de erros possíveis.
Em França, começa a guerra habitual pela candidatura presidencial. O PSF tem vários candidatos a lançar contra Sarkozy. O mais popular para os franceses é Dominique Strauss-Kahn, mas François Hollande, Laurent Fabius e as mulheres, Martine Aubry, líder do PSF e Sègoléne Royal também querem o Eliseu. Aqui, a confusão vai ajudar o mandato de Sarko.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Nota de memória ao mercado
Tenho pena que este texto do Telmo Carrapa tenha passado despercebido. É sobre vira-casacas ou sobre a arte de como pessoas em graves dificuldades fazem tudo por sobreviver.
Perdem, o mais grave, a sua consciência e misturam os seus pesadelos com a realidade. É triste, mas para mim o remédio é santo: ignoro. Porque eu também prefiro viver a sobreviver. Coitados...
Perdem, o mais grave, a sua consciência e misturam os seus pesadelos com a realidade. É triste, mas para mim o remédio é santo: ignoro. Porque eu também prefiro viver a sobreviver. Coitados...
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Oráculo (98)
«Faz o correcto, em algum lugar há alguém a tomar nota»
Lema de vida de Phil Collins em entrevista à Vanity Fair espanhola deste mês
Lema de vida de Phil Collins em entrevista à Vanity Fair espanhola deste mês
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Nova temporada de séries de televisão
Gosto de séries de televisão e há muito que a parte mais criativa, e de maior qualidade, da indústria de entretenimento americana vem da televisão e não do cinema.
Para quem trabalha em comunicação é fundamental conhecer as tendências que marcam as grandes audiências. Em Setembro lá vem a boa rentrée de séries nos Estados Unidos e também nos nossos canais por cabo. Por isso vamos a elas
Nos EUA as estreias aguardadas são a série de martin Scorsese sobre a fundação de Atlantic City, ele que tão bem filmou o início de Las Vegas em "Casino", a nova de JJ Abrams, Undercovers, e uma série sobre apostas em corridas de cavalos com Dustin Hoffman e Nick Nolte que se chama "Luck".
Por cá, o AXN que tem uma oferta sempre forte arranca hoje com Medium (que confesso que já me satura), depois CSI-10a temporada (todos os CSI começam a ficar cansativos, mas o mais estilizado continua a ser o de Miami), O Mentalista - 2a temporada(série que teve episódios muito engraçados)e finalmente arrancará a que mais aguardo, Damages-Sem Escrúpulos, uma das melhores séries dos últimos anos com uma estrutura bem conseguida de uma trama que conduz a acção e outras que a acompanham em cada temporada, com uma Glenn Close pérfida como só ela sabe ser.
A FOX, sempre forte, dispara com Forgotten (com Christian Slater, tenho alguma expectativa), mantém Nip Tuck (esta 6a é a pior temporada, mas auguro desde o episódio que vi ontem que vai voltar aos bons velhos tempos no final)e depois lança a outra série de JJ Abrams, criador do Lost, Fringe na sua segunda temporada (a primeira é genial e diz-me quem já viu a 2a se mantém a mesma bitola).
A Fox Life, para lá do Past Life que estreou na semana passada (a rever, o primeiro não me seduziu), aposta forte noutra série que é uma das que tenho maior expectativa: The Good Wife (sobre uma mulher de um político apanhado em escãndalos e que refaz a sua vida).
A Fox Next (canal que vejo bastante e tem umas séries que passam despercebidas como o Boston Public, passado numa escola) que continua a passar West wing e Mad Men, lança a 4a temporada de Sextas sob pressão, uma série baseada em futebol americano de que gosto bastante, a primeira temporada é genial e já há aí á venda, e uma de que tenho curiosidade sobre o universo da publicidade: Trust Me.
O MOV disponibiliza a 4a e última temporada dos Tudors e o Fox Crime lançaa 6a de The Closer, que deu o Emmy de melhor actriz a Kyra Sedgwick, policial engraçado; e a 2a temporada de Crash baseada naquele que ganhou Óscar para melhor filme há poucos anos. Muita oferta a seguir.
Para quem trabalha em comunicação é fundamental conhecer as tendências que marcam as grandes audiências. Em Setembro lá vem a boa rentrée de séries nos Estados Unidos e também nos nossos canais por cabo. Por isso vamos a elas
Nos EUA as estreias aguardadas são a série de martin Scorsese sobre a fundação de Atlantic City, ele que tão bem filmou o início de Las Vegas em "Casino", a nova de JJ Abrams, Undercovers, e uma série sobre apostas em corridas de cavalos com Dustin Hoffman e Nick Nolte que se chama "Luck".
Por cá, o AXN que tem uma oferta sempre forte arranca hoje com Medium (que confesso que já me satura), depois CSI-10a temporada (todos os CSI começam a ficar cansativos, mas o mais estilizado continua a ser o de Miami), O Mentalista - 2a temporada(série que teve episódios muito engraçados)e finalmente arrancará a que mais aguardo, Damages-Sem Escrúpulos, uma das melhores séries dos últimos anos com uma estrutura bem conseguida de uma trama que conduz a acção e outras que a acompanham em cada temporada, com uma Glenn Close pérfida como só ela sabe ser.
A FOX, sempre forte, dispara com Forgotten (com Christian Slater, tenho alguma expectativa), mantém Nip Tuck (esta 6a é a pior temporada, mas auguro desde o episódio que vi ontem que vai voltar aos bons velhos tempos no final)e depois lança a outra série de JJ Abrams, criador do Lost, Fringe na sua segunda temporada (a primeira é genial e diz-me quem já viu a 2a se mantém a mesma bitola).
A Fox Life, para lá do Past Life que estreou na semana passada (a rever, o primeiro não me seduziu), aposta forte noutra série que é uma das que tenho maior expectativa: The Good Wife (sobre uma mulher de um político apanhado em escãndalos e que refaz a sua vida).
A Fox Next (canal que vejo bastante e tem umas séries que passam despercebidas como o Boston Public, passado numa escola) que continua a passar West wing e Mad Men, lança a 4a temporada de Sextas sob pressão, uma série baseada em futebol americano de que gosto bastante, a primeira temporada é genial e já há aí á venda, e uma de que tenho curiosidade sobre o universo da publicidade: Trust Me.
O MOV disponibiliza a 4a e última temporada dos Tudors e o Fox Crime lançaa 6a de The Closer, que deu o Emmy de melhor actriz a Kyra Sedgwick, policial engraçado; e a 2a temporada de Crash baseada naquele que ganhou Óscar para melhor filme há poucos anos. Muita oferta a seguir.
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Ao cuidado do Zé (Pacheco Pereira)
Lembram-se de Pacheco Pereira a apontar o dedo inquisitorial aos políticos que mostram fotos da sua família, algo normal há muitas décadas?
Atacou José Sócrates, Pedro Passos Coelho, etc, porém, como se lembram nunca falou de Cavaco Silva. As famílias dos políticos são importantes na construção da sua imagem, é normal que quem vota neles queira conhecer os seus alicerces familiares.
Pois bem, o problema de Pacheco Pereira é que acha que ninguém lê e ninguém sabe o que se passa noutras partes do mundo.
Deixo-vos esta bela imagem do El Pais, vejam a foto do lado direito, é de David Cameron a posar com a mulher e o filho-bébé à porta de uma das portas mais poderosas do mundo o 10 de Downing Street. Aqui.
O que diria o Zé (Pacheco Pereira) se isto fosse por cá?
Atacou José Sócrates, Pedro Passos Coelho, etc, porém, como se lembram nunca falou de Cavaco Silva. As famílias dos políticos são importantes na construção da sua imagem, é normal que quem vota neles queira conhecer os seus alicerces familiares.
Pois bem, o problema de Pacheco Pereira é que acha que ninguém lê e ninguém sabe o que se passa noutras partes do mundo.
Deixo-vos esta bela imagem do El Pais, vejam a foto do lado direito, é de David Cameron a posar com a mulher e o filho-bébé à porta de uma das portas mais poderosas do mundo o 10 de Downing Street. Aqui.
O que diria o Zé (Pacheco Pereira) se isto fosse por cá?
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Oráculo (97)
«E por rezar não quero dizer gritar e resmungar, e chafurdar como um porco em sentimentos religiosos. A oração é só mais um nome para um pensamento bom, limpo e directo»
in O Vale Era Verde (How Green was my valley) de John Ford
in O Vale Era Verde (How Green was my valley) de John Ford
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domingo, 5 de setembro de 2010
Oráculo (96)
«Quando todos os cálculos complicados se revelam falsos, quando os próprios filósofos não têm nada mais a dizer-nos, é desculpável que nos voltemos para a chilreada fortuita dos pássaros ou para o longínquo contrapeso dos astros»
in Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
in Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar
sábado, 4 de setembro de 2010
Carlos Cruz e o seu processo
Carlos Cruz assumiu ontem totalmente a pele do personagem do Processo de Franz Kafka.
Carlos Cruz vitimizou-se mediaticamente quando as vítimas verdadeiras foram as crianças de uma grande instituição chamada Casa Pia, a quem muitos devem a vida que hoje têm devido aos ensinamentos e amparo ali recolhidos.
Carlos Cruz entrou pessimamente em tribunal ontem, muito nervoso ao contrário da tranquilidade que durante todo o dia proclamou (algo perfeitamente natural em quem aguarda uma sentença).
Depois, à tarde, mostrou continuar na plena posse das suas faculdades de sr. televisão com uma boa conferência de imprensa, apoiado pelos seus advogados. Mas enganou-se numa coisa quando respondeu à TVE e à BBC, dizendo que a imprensa estrangeira tinha outra opinião sobre o processo.
Hoje, ao ler o El Pais, jornal de esquerda - e nunca esquecer, muitos já não se lembram, que Carlos Cruz foi o mandatário de João Soares na candidatura derrotada em Lisboa em 2001 - vi o título mais duro de todos os que li: «Portugal condena a la trama que abusaba de niños desamparados» e com foto de Carlos Cruz.
Respeito o profissional de televisão que deu muitos bons momentos a milhares de portugueses, mas nunca gostei dos seus olhos. Não faço qualquer comentário sobre a decisão do tribunal, apenas julgo que mediaticamente ontem se assistiu a bons trabalhos de comunicação, de diversos protagonistas.
E a Justiça que por vezes se julga acima das outras instituições tem de aprender que um processo é um espectáculo e por isso se tem de adaptar ao universo mediático.
Carlos Cruz vitimizou-se mediaticamente quando as vítimas verdadeiras foram as crianças de uma grande instituição chamada Casa Pia, a quem muitos devem a vida que hoje têm devido aos ensinamentos e amparo ali recolhidos.
Carlos Cruz entrou pessimamente em tribunal ontem, muito nervoso ao contrário da tranquilidade que durante todo o dia proclamou (algo perfeitamente natural em quem aguarda uma sentença).
Depois, à tarde, mostrou continuar na plena posse das suas faculdades de sr. televisão com uma boa conferência de imprensa, apoiado pelos seus advogados. Mas enganou-se numa coisa quando respondeu à TVE e à BBC, dizendo que a imprensa estrangeira tinha outra opinião sobre o processo.
Hoje, ao ler o El Pais, jornal de esquerda - e nunca esquecer, muitos já não se lembram, que Carlos Cruz foi o mandatário de João Soares na candidatura derrotada em Lisboa em 2001 - vi o título mais duro de todos os que li: «Portugal condena a la trama que abusaba de niños desamparados» e com foto de Carlos Cruz.
Respeito o profissional de televisão que deu muitos bons momentos a milhares de portugueses, mas nunca gostei dos seus olhos. Não faço qualquer comentário sobre a decisão do tribunal, apenas julgo que mediaticamente ontem se assistiu a bons trabalhos de comunicação, de diversos protagonistas.
E a Justiça que por vezes se julga acima das outras instituições tem de aprender que um processo é um espectáculo e por isso se tem de adaptar ao universo mediático.
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Universo mediático
A selecção de Queiroz
Um resultado de 4-4 com Chipre é mau de mais para ser verdade. E o responsável é carlos Queiroz que como as imagens demonstraram comandou a equipa através da tribuna.
A manchete da Bola diz tudo: «Não gozem mais com o povo». E esse povo, que confiava na selecção, hoje não acredita nela.
Queiroz já devia ter saído da selecção. Não por este triste processo, mas por ser mau treinador e um líder pífio.
Os portugueses que tinham uma ligação forte com a selecção já não confiam nela. Queiroz trouxe o seu medo, o seu "karma", a sua fragilidade psicológica para esta equipa.
E para lá do rsultado medíocre de ontem, uma nota muito relevante para o que digo: ontem, em Guimarães, terra que enche o estádio para ver o seu Vitória, só estiveram 9 mil portugueses. Uma assistência digna de equipa de sub-21.
Queiroz tem de sair já. Já provou que não serve e a nossa selecção perdeu valor e força.
PS: Ontem Portugal perdeu um bom homem, o Bom Gigante. Ver o golo de carlos Manuel em Estufarda, quando José Torres era treinador, ou rever imagens da sua carreira e do Mundial de 1966 é relembrar os tempos em que os portugueses vibravam com a selecção.
A manchete da Bola diz tudo: «Não gozem mais com o povo». E esse povo, que confiava na selecção, hoje não acredita nela.
Queiroz já devia ter saído da selecção. Não por este triste processo, mas por ser mau treinador e um líder pífio.
Os portugueses que tinham uma ligação forte com a selecção já não confiam nela. Queiroz trouxe o seu medo, o seu "karma", a sua fragilidade psicológica para esta equipa.
E para lá do rsultado medíocre de ontem, uma nota muito relevante para o que digo: ontem, em Guimarães, terra que enche o estádio para ver o seu Vitória, só estiveram 9 mil portugueses. Uma assistência digna de equipa de sub-21.
Queiroz tem de sair já. Já provou que não serve e a nossa selecção perdeu valor e força.
PS: Ontem Portugal perdeu um bom homem, o Bom Gigante. Ver o golo de carlos Manuel em Estufarda, quando José Torres era treinador, ou rever imagens da sua carreira e do Mundial de 1966 é relembrar os tempos em que os portugueses vibravam com a selecção.
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Chega de insultos
Hoje, via facebook do Luís Paixão Martins (pois acabou a sabática e já está na rede social mais simpática e calculo que depois deste post vai ter mais pedidos de amizade) sou obrigado a concordar - coisa rara - com Fernanda Câncio neste artigo.
De facto é confrangedor o nível de comentários dos media tradicionais on-line. Desgraçadinhos, pessoas sem nada que fazer, tropas pagas para fazer aquele trabalho, desiludidos, frustrados, etc.
Todos eles fazem parte de uma horda de trogloditas que, muitas vezes anonimamente, aproveitam esses espaços para vazar as suas angústias, raivas e ressabiamentos.
Ao contrário dos meios tradicionais on-line, de facto as redes sociais controlam o nível de comentários e quem os faz. Por isso a posição de Fernanda Câncio é perfeitamente compreensível.
Aqui neste blog também de vez em quando aparecem os idiotas do costume. Um, o idiota-mor do mercado, finalmente percebeu e desapareceu. O outro, o funcionário camarário há décadas, pago por todos nós, ainda continua a vir aqui passear as suas frustrações.
Este asno ainda não percebeu que os links das notícias basta carregar nelas para aparecerem, mas vale o que vale.
De facto, abrir algo para ver insultos é perfeitamente ignóbil. Neste caso a fernanda Câncio esteve bem.
De facto é confrangedor o nível de comentários dos media tradicionais on-line. Desgraçadinhos, pessoas sem nada que fazer, tropas pagas para fazer aquele trabalho, desiludidos, frustrados, etc.
Todos eles fazem parte de uma horda de trogloditas que, muitas vezes anonimamente, aproveitam esses espaços para vazar as suas angústias, raivas e ressabiamentos.
Ao contrário dos meios tradicionais on-line, de facto as redes sociais controlam o nível de comentários e quem os faz. Por isso a posição de Fernanda Câncio é perfeitamente compreensível.
Aqui neste blog também de vez em quando aparecem os idiotas do costume. Um, o idiota-mor do mercado, finalmente percebeu e desapareceu. O outro, o funcionário camarário há décadas, pago por todos nós, ainda continua a vir aqui passear as suas frustrações.
Este asno ainda não percebeu que os links das notícias basta carregar nelas para aparecerem, mas vale o que vale.
De facto, abrir algo para ver insultos é perfeitamente ignóbil. Neste caso a fernanda Câncio esteve bem.
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Oráculo (95)
«Frequentemente, para triunfar é preciso ter muitos inimigos, a fim de que todas as nossas energias estejam dispostas para o combate»
Nietzsche
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Pergunta inocente
Às vezes gosto de recordar os tempos de jornalista e ficam-me dúvidas no ar.
Ontem, no Correio da Manhã, na página 13, na sequência do caso Feteira, foto que retratava os herdeiros a serem acompanhados à porta do escritório de José Miguel Júdice pelo próprio José Miguel Júdice.
Na peça, a descrição do início e termo do encontro e sequência estratégica delineada por este lado do processo. O título era expressivo: «Silêncio imposto a herdeiros». Explicando que a partir de agora quem fala é o advogado José Miguel Júdice. Nada a dizer sobre o atrás mencionado, tudo perfeitamente normal.
Mas a minha dúvida tem a ver com o seguinte: os jornais falam dos honorários de Duarte Lima mas ainda ninguém perguntou outra coisa.
É que a PLMJ é a maior sociedade de advogados portuguesa, e a hora de trabalho de José Miguel Júdice é das mais caras do país. E ele vai dar, pessoalmente, a cara por este processo e ninguém acredita que seja pro-bono.
Juntando ao facto que os herdeiros já tiveram outras equipas de advogados envolvidas (brasileiras e portuguesas) gostava imenso que o Correio da Manhã fizesse um cálculo sobre os custos envolvidos com advogados na herança Feteira.
Notícia que teria muito interesse para quem acompanha esta novela desde o Verão.
Ontem, no Correio da Manhã, na página 13, na sequência do caso Feteira, foto que retratava os herdeiros a serem acompanhados à porta do escritório de José Miguel Júdice pelo próprio José Miguel Júdice.
Na peça, a descrição do início e termo do encontro e sequência estratégica delineada por este lado do processo. O título era expressivo: «Silêncio imposto a herdeiros». Explicando que a partir de agora quem fala é o advogado José Miguel Júdice. Nada a dizer sobre o atrás mencionado, tudo perfeitamente normal.
Mas a minha dúvida tem a ver com o seguinte: os jornais falam dos honorários de Duarte Lima mas ainda ninguém perguntou outra coisa.
É que a PLMJ é a maior sociedade de advogados portuguesa, e a hora de trabalho de José Miguel Júdice é das mais caras do país. E ele vai dar, pessoalmente, a cara por este processo e ninguém acredita que seja pro-bono.
Juntando ao facto que os herdeiros já tiveram outras equipas de advogados envolvidas (brasileiras e portuguesas) gostava imenso que o Correio da Manhã fizesse um cálculo sobre os custos envolvidos com advogados na herança Feteira.
Notícia que teria muito interesse para quem acompanha esta novela desde o Verão.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
El Pais arrasa Lisboa, a capital do vazio
Esta notícia já tem um mês, reservei-a para o arranque de Setembro. Por cá, para lá de alguns blogs, passou completamente despercebida pelos jornalistas que deveriam ler outros grandes jornais estrangeiros.
Pois bem, para mim o El País é um dos melhores jornais do mundo. E para que não restem dúvidas é um jornal próximo do PSOE, os socialistas espanhóis.
E nesta notícia são ouvidos Helena Roseta e Manuel Salgado, vereadores do actual executivo camarário. Como podem ler, a notícia é arrasadora para a nossa cidade que tanto amamos.
Por cá passou despercebida e é hora de alguns a lerem para se aperceberem da inépcia na reablitação da actual maioria que se está marimbando para Lisboa.
Pois bem, para mim o El País é um dos melhores jornais do mundo. E para que não restem dúvidas é um jornal próximo do PSOE, os socialistas espanhóis.
E nesta notícia são ouvidos Helena Roseta e Manuel Salgado, vereadores do actual executivo camarário. Como podem ler, a notícia é arrasadora para a nossa cidade que tanto amamos.
Por cá passou despercebida e é hora de alguns a lerem para se aperceberem da inépcia na reablitação da actual maioria que se está marimbando para Lisboa.
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Oráculo (94)
«Deixei de fazer perguntas às estrelas e aos livros; comecei a escutar os ensinamentos que sussurram o meu sangue»
Hermann Hesse
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