Sou dos que ainda se lembra de Carlos Barroca, com o saudoso João Coutinho, a lançar a NBA em Portugal na RTP2. Eram os tempos de Larry Bird, Magic Johnson e Michael Jordan e marcaram a minha adolescência.
Depois, com a introdução dos canais de desporto, Carlos Barroca tornou-se o grande embaixador da NBA em Portugal, senhor das madrugadas, narrando espectacularmente como um grande comunicador que é, aliando também uma dose de boa disposição à sapiência e conhecimento do jogo que tem.
A NBA é a melhor liga de basquetebol do mundo, tem uma magia própria e é um grande espectáculo de televisão. Mas já imaginaram o que seriam as madrugadas sem a voz e a capacidade de comunicar e ligar as pessoas do Carlos Barroca?
Pois vamos ter de começar a imaginar. Ele parte para uma missão de muito prestígio e que valoriza também o nosso País, a de director de operações da NBA na Índia. Um enorme desafio a que dará toda a sua simpatia e paixão. Boa sorte e regresse sempre.
domingo, 31 de agosto de 2014
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Marina Silva: o nada com carisma
Uma tragédia que leva a vida a um candidato promissor, e já um excepcional político, trouxe de novo Marina Silva para a ribalta. Essa mulher, escreve J. R. Guzzo na última edição da Veja, «Marina, como a Rússia descrita por Churchill, é uma charada envolvida em mistério que fica dentro de um enigma».
Marina é mesmo indecifrável. Tem, desde a última eleição presidencial, o apoio dos jovens e do eleitorado urbano como se um elemento de frescura e novidade se tratasse. Mas a sua carreira desenvolve-se dentro do PT com quem depois cortou.
Parece romper com o sistema, mas é apenas um elemento que se desagradou com o sistema onde antes habitava. É vaga, apesar de conhecermos a defesa da ecologia e a sua ligação aos evangélicos, é um nada com uma biografia e história de vida perfeitos para um currículo de qualquer candidato.
Era vice na chapa de Eduardo Campos que contava com ela para lhe dar mais notoriedade e entrada nos centros urbanos onde ainda era pouco conhecido. Mas, nesse papel, Marina não lhe estava a trazer nada. De repente, por uma qualquer decisão dos deuses que comandam o destino, vê-se lançada a combater Dilma e Aécio Neves (um grande candidato e provavelmente o melhor político da actualidade, com tudo para ser um bom presidente).
Além do nada, ela tem algo que mobiliza, que emociona, que a torna empática: o carisma. Essa palavra tão difícil de definir e hoje tão rara e que a pode levar a ser a próxima presidente do Brasil.
Marina é mesmo indecifrável. Tem, desde a última eleição presidencial, o apoio dos jovens e do eleitorado urbano como se um elemento de frescura e novidade se tratasse. Mas a sua carreira desenvolve-se dentro do PT com quem depois cortou.
Parece romper com o sistema, mas é apenas um elemento que se desagradou com o sistema onde antes habitava. É vaga, apesar de conhecermos a defesa da ecologia e a sua ligação aos evangélicos, é um nada com uma biografia e história de vida perfeitos para um currículo de qualquer candidato.
Era vice na chapa de Eduardo Campos que contava com ela para lhe dar mais notoriedade e entrada nos centros urbanos onde ainda era pouco conhecido. Mas, nesse papel, Marina não lhe estava a trazer nada. De repente, por uma qualquer decisão dos deuses que comandam o destino, vê-se lançada a combater Dilma e Aécio Neves (um grande candidato e provavelmente o melhor político da actualidade, com tudo para ser um bom presidente).
Além do nada, ela tem algo que mobiliza, que emociona, que a torna empática: o carisma. Essa palavra tão difícil de definir e hoje tão rara e que a pode levar a ser a próxima presidente do Brasil.
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Os melhores amigos das estrelas de Hollywood
Interessante artigo do El Pais de hoje sobre as consultoras de imagem das estrelas de Hollywood que se tornam também elas estrelas. E um novo sector de trabalho ainda pouco explorado por cá. O artigo que recomendo pode ler aqui.
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Estou preocupado com «a nossa Merkel»
Não há coincidências na vida, muito menos na comunicação. Quando Marques Mendes, o arauto das preparações no terreno das novidades do Governo, na SIC, lançou Maria Luis Albuquerque como nome para o futuro do PSD, aqui escrevi, assustado, que só em Portugal uma coisa destas era possível.
Depois "arranjaram" visitas da ministra a assuntos sociais, o que dá bons bonecos em televisão, para lhe adocicar a imagem. Hoje, vejo na primeira página do Expresso: «Quem é e de onde veio a nossa Merkel».
A colagem à chanceler alemã, a preparação no terreno comunicacional para o seu crescimento político, o misto de criação de uma mulher de linha dura com rosto humano, é apenas a concretização de mais uma daquelas declarações sibilinas de Marques Mendes, que nada têm de sibilinas pois são apenas de porta-voz do Governo.
Confesso que me mantenho assustado. Não gosto de mulheres sonsas e não reconheço cultura democrática (e cultura, então, é zero) nem densidade política nem ideológica à Miss Swap.
E cada vez mais torço o nariz a quem mente e esta ministra já mentiu várias vezes. Até na questão pessoal, em entrevista a José Gomes ferreira, das suas poupanças. Não me esqueço. E não quero nenhuma cópia - e as cópias são sempre piores que os originais - da Merkel em Portugal.
Depois "arranjaram" visitas da ministra a assuntos sociais, o que dá bons bonecos em televisão, para lhe adocicar a imagem. Hoje, vejo na primeira página do Expresso: «Quem é e de onde veio a nossa Merkel».
A colagem à chanceler alemã, a preparação no terreno comunicacional para o seu crescimento político, o misto de criação de uma mulher de linha dura com rosto humano, é apenas a concretização de mais uma daquelas declarações sibilinas de Marques Mendes, que nada têm de sibilinas pois são apenas de porta-voz do Governo.
Confesso que me mantenho assustado. Não gosto de mulheres sonsas e não reconheço cultura democrática (e cultura, então, é zero) nem densidade política nem ideológica à Miss Swap.
E cada vez mais torço o nariz a quem mente e esta ministra já mentiu várias vezes. Até na questão pessoal, em entrevista a José Gomes ferreira, das suas poupanças. Não me esqueço. E não quero nenhuma cópia - e as cópias são sempre piores que os originais - da Merkel em Portugal.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Emídio Rangel
O que tenho a dizer sobre Emídio Rangel que hoje partiu é simples:
Criou a SIC e a TSF e bastava isso para ficar na história dos media em Portugal.
Era um homem polémico que gostava do combate e ninguém lhe era indiferente. Tinha admiradores e ódios de estimação, e as grandes personagens são assim. Marcam.
Não esqueço que nos últimos anos se tornou um maldito. Diabolizaram-no. E hoje há com certeza muitos hipócritas a homenageá-lo mas que há pouco tempo lhe viravam a cara. Como é que ele esteve tanto tempo numa qualquer prateleira sem lhe darem a atenção e o palco que merecia? É assim Portugal, um pobre País que não respeita o mérito e o valor de quem o tem. Paz à sua alma.
Criou a SIC e a TSF e bastava isso para ficar na história dos media em Portugal.
Era um homem polémico que gostava do combate e ninguém lhe era indiferente. Tinha admiradores e ódios de estimação, e as grandes personagens são assim. Marcam.
Não esqueço que nos últimos anos se tornou um maldito. Diabolizaram-no. E hoje há com certeza muitos hipócritas a homenageá-lo mas que há pouco tempo lhe viravam a cara. Como é que ele esteve tanto tempo numa qualquer prateleira sem lhe darem a atenção e o palco que merecia? É assim Portugal, um pobre País que não respeita o mérito e o valor de quem o tem. Paz à sua alma.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Moedas como Comissário Europeu
Lá de fora escolheram um medíocre, com um mandato miserável no Banco de Portugal, para o BCE, Vitor Constâncio. Depois, premiaram um assessor internacional de todas as maldades e que ainda falava devagar de propósito, para a tortura ser maior aos portugueses, para outro cargo internacional, Vitor Gaspar. A seguir, ainda pensaram levar para Comissária a sonsa-mor do reino, que se faz de pobrezinha mas que seguiu a eito o caminho das maldades do antecessor, a miss Swap, Maria Luis Albuquerque.
Mas desta vez calhou ao Carlos Moedas. Há uns anos atrás, quando almocei com ele na Trattoria e ele comandava em Portugal um fundo, longe estaria ele de imaginar que acabaria em Bruxelas, escolhido pelo Primeiro-Ministro. É a vida. Mas pelo menos escolheram um tipo racional e simpático.
Mas desta vez calhou ao Carlos Moedas. Há uns anos atrás, quando almocei com ele na Trattoria e ele comandava em Portugal um fundo, longe estaria ele de imaginar que acabaria em Bruxelas, escolhido pelo Primeiro-Ministro. É a vida. Mas pelo menos escolheram um tipo racional e simpático.
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