quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sinais dos tempos

Fenómeno interessante em Barcelona é o enorme número de turistas brasileiros que por aqui andam. A prova de que a classe média desse país aumentou o seu nível de vida e um dos sinais de que o Brasil está mais caro e muitos portugueses deixaram de ir lá.

Uma chamada de atenção para o Turismo de Portugal que deve reforçar campanhas no Brasil.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ouvido pela fresca

"Em Madrid divertem-se, em Barcelona trabalha-se". Fez-me lembrar algo que se ouvia no Porto há uns anos atrás

Oráculo (284)

«Desde sempre soubemos que a humanidade se divide entre os que se reduzem à sua máscara, os que se resignam a ela, e os que se esforçam por romper-la»

Bernard Henry Levy

Protesto-cidadão em Lisboa e memórias

Durante uns tempos Lisboa viveu diariamente sobre o crivo dos "cidadãos" e da imprensa local, era um tempo em que havia obra e uma visão clara para Lisboa.

Nesses tempos tínhamos "cidadãos" a fazerem protestos por tudo e por nada e todos os dias vinha uma acção judicial só para prejudicar a marcha das coisas, um bom exemplo foi a questão do Túnel do Marquês.

Nesses tempos, havia um jornal dito "local", a Capital que atacava a CML, tínhamos uma jornalista do DN a acompanhar a tempo inteiro, uma secção de Lisboa só para assuntos de Lisboa no JN com 5 jornalistas, uma secção de local do Público com 5 jornalistas em cima de Lisboa e o CM sempre atento.

Por acaso (ou não) desde Julho de 2004 as coisas mudaram. Os media estão-se marimbando para Lisboa e os protestos "cidadãos" também desapareceram misteriosamente.

Hoje, ninguém diz claramente que em 4 anos de gestão (a celebrar em Agosto) António Costa, não há nada de marcante deste actual executivo camarário, Lisboa desapareceu das agendas mediáticas. Digam-me sff: qual é a obra marcante da gestão PS em Lisboa?

Felizmente o Manuel Falcão decidiu encetar um verdadeiro protesto - sem partidarismos - acerca das condições que a cidade oferece aos motociclistas. Pode ser que os jornalistas se voltem a interessar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Marcas com nome

É difícil um nome tornar-se uma marca de sucesso. É preciso muito trabalho, um toque de visionário, liderança forte, contactos certos, estar atento ao mercado e manter a regularidade de sucesso durante muitos anos.

A Toyota em Portugal sempre foi Salvador Caetano, conseguiu fazer do seu nome uma marca de sucesso entre empresários portugueses. No dia em que parte para outro lugar as minhas homenagens.

Big Love

Na semana em que o canal Fox Next passa a Fox Movies, acabei ontem de ver todas as 5 temporadas de Big Love, que ali passou.

No momento em que na América a campanha presidencial republicana conta com dois candidatos mórmons - Romney e Huntsman - esta série que já terminou há algum tempo nos EUA, contava a vida de uma família polígama do Utah.

Bill Paxton tem o papel da sua vida, até ao minuto que recebe um tiro do vizinho, luta diariamente, até no Senado, pela verdade das suas convicções e pela sobrevivência da sua família e negócios.

Big Love vai-se tornando mais negra com o passar de temporadas, mas vai-nos conquistando para aquela família tão pouco convencional. A fé reside no amor entre eles, apesar das reacções da sociedade.

Big Love foi uma grande série, bem escrita, com grandes actores. E mais uma prova que a excelência encontra-se muito mais hoje na televisão do que no cinema.

domingo, 26 de junho de 2011

Bernardo Bairrão faz sentido no MAI?

Marcelo avançou a notícia e depois os jornais confirmaram. O administrador da TVI, Bernardo Bairrão vai ser secretário de Estado da Administração Interna.

Isto faz sentido? Confesso que não sei responder. Do lado do Governo não conheço as motivações, do lado do gestor passar da TVI para secretário de Estado é no mínimo estranho. Enfim, o Governo que até tem tudo corrido bem, também tinha de fazer uma cedência à silly-season.

Oráculo (283)

«Fora de Portugal, Portugal não existe: o mundo não quer rigorosamente saber de nós para nada»

Miguel Sousa Tavares

Duas expectativas mediáticas

1- Hoje leio que vários distritos estão em alerta máximo de incêndio. Não sei se se recordam, mas sempre que o PSD esteve no Governo, especialmente com Durão Barroso, os canais televisivos deram horas de directos e de intensas coberturas noticiosas sobre os fogos que lavravam em Portugal. A ideia era que o País estava a arder, era um campo de ataque mediático que se explorava. Depois, veio José Sócrates e, subtilmente (ou talvez não) as televisões perderam o interesse na cobertura de incêndios um espectáculo que garante audiências fruto das preocupações naturais que motiva. Vamos ver como vai ser agora.

2- Há uns anos atrás a TVI tornou um funeral de um jovem dos Morangos com Açucar, um acontecimento nacional com tranmissão em directo. Hoje, outro jovem ex-Morangos, Anjélico Vieira, faz manchetes de quase todos os jornais com a sua luta pela vida depois de um grave acidente de que foi vítima. Desejando que o jovem se restabeleça rapidamente, aguardo para ver o espectáculo que a TVI já deve ter montado para os seus jornais.

Lisboa: Grande cidade

Arraial Pride, Marcha das Galdérias, Ciclistas Nus, digam lá que Lisboa não é uma grande cidade.

sábado, 25 de junho de 2011

Os chapéus de Cristiano Ronaldo

«Se o Cristiano Ronaldo em vez de usar um chapéu Dolce & Gabbana, usasse um português faria toda a diferença». Pedro Pitta Barros.

Frase lida no Expresso e que bom seria se os nossos ícones usassem produtos portugueses. Isso é que seria dinheiro bem gasto em promoção internacional dos nossos produtos.

A percepção (certa?) de Portas

Leio no Expresso uma reunião do líder do CDS com seus militantes onde terá dio o seguinte: «Se as pessoas tiverem a percepção de que este Governo possa ser parecido com o anterior nisso - os boys - nós não duramos seis meses».

Daí a classe económica, a vespa, o recrutamento de diplomatas. Os tais gestos que fazem a diferença e que também hoje Vasco Pulido Valente chama de «superficiais». Mas condicionam a percepção...

Sinais preocupantes

«Tiroteio no Colombo» (Publico e DN)

«PSP receia Verão quente em crimes (DN)

«Mais turistas assaltados e autarca - Albufeira - pede intervenção do MAI»

São sinais alarmantes que se agudizarão nos próximos tempos, a problemática da segurança estará no foco diário dos media e colocará Miguel Macedo como um dos ministros com mais trabalho.

Só Oprah conseguiria isto...

...num dos casos mais mediáticos da justiça americana, O. J. Simpson vai revelar no novo programa de Oprah que matou a mulher.

O talento dela, de facto, é único.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O diabo veste Prada...

...dizem os manifestantes contra a discriminação sexual. Um protesto contra a Prada. Faço salientar que a grande cara da marca em Portugal também foi despedido, mas esse por incompetência. Chamava-se Costinha, era director desportivo do Sporting.

O bom exemplo de Passos

Já o tinha escrito há uns dias e com a devida vénia ao novo Primeiro-Ministro, junto outra enorme vénia ao indispensável Ferreira Fernandes que aqui diz tudo.

Produtividade portuguesa

Quanto é que custa um feriado como o de ontem? É que pelo que se vê em Lisboa, não se trabalha desde 4a feira à tarde.

Portugal tem índices de produtividade baixíssimos e taxas de ocupação de hoteis em semanas de pontes altíssimas. Portugal trabalha pouco e gasta sem pensar.

O novo Governo toma posse em circunstâncias muito difíceis, mas só lá para Setembro a maior parte das pessoas - hipnotizadas por pontes e clima de férias - vai ter consciência séria delas. Vai ser um sério problema.

A batalha do século no Brasil

Nélson Motta sonha com uma luta em 2014 entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Bem na altura em que Dilma reconhece todos os méritos da gestão de FHC. Seria um duelo entre uma força da natureza e um rei-filósofo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Oráculo (282)

«Tem uma hora na vida de toda a mulher em que ela precisa decidir se vai ser feliz ou vai ser magra. Eu decidi ser magra. E nem paladar tenho mais»

Natalie, personagem de Debora secco na novela Insensato Coração (lido na Veja)

A marcha das galdérias

Confesso que este deve ser um daqueles títulos de post que pode parecer mais «sui generis». Pois bem, como poderão comprovar por aqui, ir-se-á realizar uma concentração e marcha com este nome a partir do Camões, no sábado.

Deve ser um grande momento de comunicação pois tenho enorme curiosidade em saber quantas senhoras se assumem como galdérias. Deve ser mais uma causa fracturante a ser colocada na agenda.

Marcha das Galdérias, isto há cada uma.

A cara da vergonha

Não havia alternativa para esta senhora, que fica na história - nota de rodapé - por ser a cara de uma das maiores vergonhas e um dos piores sinais da sociedade portuguesa nos últimos anos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Passos escolhe classe económica

São pequenos gestos, mas coisas que efectivamente esperava do novo Primeiro-Ministro. Na sua primeira visita a Bruxelas troca a executiva pela económica. E não faz mal nenhum, pelo contrário.

Há uns anos atrás, para realizar entrevista a Pinto da Costa, fui de avião para o Porto na económica, qual é o meu espanto quando vejo na fila ao lado da minha o homem mais rico de Portugal da altura, Belmiro de Azevedo também a usufruir da mesma classe. São gestos que marcam a diferença.

Mad Men vai ter mais 3 temporadas

Estava difícil o acordo, primeiro com o criador e agora com o protagonista. Mas vão ser mais três temporadas com os homens e mulheres da publicidade. Ver por aqui.

A moda dos diplomatas no Governo

Quando Pedro Passos Coelho escolheu um diplomata de carreira para seu chefe de Governo, vi algumas críticas por ele já ter trabalhado com Luis Amado e Jaime Gama, julgo.

Pois bem eu não contesto essa escolha. Um diplomata de carreira é uma figura institucional, está ao serviço do Estado português é esse o seu compromisso. Pode ter preferências partidárias, na altura do voto, mas a sua vocação é servir Portugal sem olhar a quem o está governar.

Para o gabinete do PM e para o MNE parece-me perfeitamente lógico e acho que ficarão bem servidos, pois são responsabilidades que motivam inúmeros contactos internacionais e não sei quantas regras de protocolo que devem ter algum bom senso e discrição na sua preparação. Esse é o papel típico de um diplomata de carreira.

No entanto, noto algum excesso de zelo para mais escolhas de diplomatas ao serviço, por exemplo, dos Assuntos Parlamentares e na Pasta da Agricultura e Ordenamento. Dizem que há duas motivações:

1- que sai mais económico ao Estado evitar novas nomeações. É uma preocupação de rigor

2- que há a preocupação de não criar a imagem de "boys" em lugares de destaque. É uma preocupação de comunicação.

Considero que há esse excesso de zelo. Os políticos precisam nos seus staffs de pessoas de inteira confiança e que os aconselhem bem. Não gosto que se seja mais papista que o Papa. Na política há boa gente e quando há competência não se deve ter medo de assumir essa escolha.

Não basta colocar agora diplomatas em todo o lado para se evitar os "boys". Até porque o assalto dos "boys" no aparelho de Estado não passa pelos staffs governamentais, mas sim pelas nomeações de cargos relevantes e chefias superiores e intermédias na função pública e sua máquina. Ou agora só teremos diplomatas nomeados?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Conversa do dia sobre Villas-Boas

«Amigo, fui convidado para ser treinador do Porto, mas gosto muito do meu táxi. Naquele clube até eu era campeão».

Simples mas eficaz o sr. do táxi que me conduziu ontem à noite a um jantar.

Um tipo, tipo Clooney, contra Obama

Escreve o Público que este senhor se tornou o preferido dos media contra Obama. Um republicano «sui generis».

Special Three e Pinto da Costa de antologia

Pinto da Costa fez o que se esperava. Escolheu Vitor Pereira, tal como fez com André Villas-Boas, para provar que o que conta é a organização, o conhecimento do mercado e o tal «destino do Porto» de que fala o novo Special, Vitor Pereira, que é «vencer».

Ficámos a saber que há um mês que PC estava preparado para a deserção e convidou o novo técnico, que soube que o era na sexta-feira. Não sei se foi mesmo assim, mas em termos comunicacionais é perfeito.

Desejando felicidades ao mestre André, deu as alfinetadas em Vitor Serpa «que já anunciou que vendemos dois jogadores mas ainda não colocou cá o dinheiro», mostrou-se intransigente com as cláusulas de rescisão, «se alguém quiser sair, sabem o número da conta», disse que «desde que viemos lá de cima ainda não veio mais nenhuma novidade da conta» e ainda lhe perguntaram se ficou «magoado» com Villas-Boas.

«Magoado? Não. Já ando há mais de 30 anos no futebol para ficar magoado com estas coisas, agora se cair do sétimo andar sou capaz de ficar magoado».

Oráculo (281) - Assunção Esteves

Um bom coelho tirado da cartola por Pedro passos Coelho que teve o segundo melhor resultado de sempre na eleição para presidente do Parlamento. Nobre estava enfadado, mas já desapareceu. Paz á sua alma de deputado vendilhão. E fica esta bonita frase de Assunção, no seu discurso de agradecimento:

«Política é o exercício da virtude para conseguir a felicidade das pessoas»

Bom sinal de Passos para começar

Não nomear Governadores-Civis é um bom sinal inicial de Pedro Passos Coelho, uma pretensão de muitos de que destaco Pedro Santana Lopes que pediu este gesto como sinal de rigor e contenção.

Villas-Boas no Chelsea: Gestão de crise

É natural que Pinto da Costa esteja furioso, ainda ontem a RTP-N recordava as suas declarações a Fátima Campos Ferreira, convencido que o seu treinador, por amor ao Porto, mesmo que batessem os 15 milhões ficaria.

Villas-Boas sai e por esse motivo este é um momento de gestão de crise comunicacional. O Porto já passou todo o ónus da coisa para o jovem técnico. O Porto nada podia fazer com o "bater" da cláusula de rescisão, os adeptos no coração não perdoam a traição de mestre André.

Hoje, o CM faz primeira página com a segurança contratada por Villas-Boas para junto de sua casa. Mas aqui deixo uma nota no seguimento do post de ontem: o Jornal de Notícias, sob a batuta de Manuel Tavares, conseguiu a "cacha" do ano no mundo do futebol e está de parabéns por isso.

PS: E que sucessão agora? Pinto da Costa pode ter a tentação de convidar o adjuno, Vitor Pereira, para provar que qualquer um pode triunfar no Porto, pois o que conta é a sua organização e a sua sagacidade no campo das transferências; ou pode ter o golpe mortífero, e do seu agrado, de contratar Jorge Jesus; mas uma boa solução era ir buscar um dos melhores treinadores portugueses e que melhor pôs uma equipa a jogar futebol: José Peseiro.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nobre chumbado

Até na 2a volta foi chumbado. Ficou bem o gesto nobre a Pedro Passos Coelho, agora ficava bem a Nobre não forçar outra derrota e não se apresentar mais.

Nobre já acha nobres os deputados

Dizem que foi uma boa inervenção. A tal velha história: «palavra leva-a o vento».

Villas-Boas no Chelsea

Diz a manchete do Jornal de Notícias e com a fundamentação do pagamento da cláusula de rescisão do treinador portista. Ou é a "cacha" da temporada ou um tiro no pé do jornal que, agora sob a batuta de Manuel Tavares, pretende ser líder dos jornais diários.

Ou a continuação daquele lema: «nunca deixes que a verdade te estrague uma boa história».

domingo, 19 de junho de 2011

Boa notícia para a Igreja portuguesa

D. José Policarpo continua com enorme vitalidade e sapiência na plena posse das suas faculdades. A sua resignação seria uma grande perda, assim o Vaticano reconhece o seu trabalho e importânica.

O terramoto no Bloco de Esquerda

Os resultados foram medíocres nas legislativas e o culpado é Francisco Louçã, tal como também o foi no apagamento do Bloco de Esquerda nas últimas autárquicas em Lisboa e na estratégia suicida de colagem ao PS nas presidenciais, com o apoio a Alegre.

Mas ao contrário de Sócrates que soube sair bem, Louçã está com o manifesto desejo de se perpetuar, como naqueles regimes revolucionários que ele sempre abraçou e admirou. O BE não está bem e o clima é turbulento.

Hoje, Rui Tavares, deputado europeu eleito pelo BE, exige desculpas de Louçã por declarações alegadamente por ele produzidas. É o sintoma desse clima que se vive.

Oráculo (280)

«Motivação e crença ultrapassam a importância das metodologias de trabalho»

Domingos Paciência

Gestão de cidades

Agarrando numa discussão sobre S. Paulo, deixo este texto para quem se interessa sobre gestão de cidades.

sábado, 18 de junho de 2011

Os dois milagres do Futsal

1º Milagre - um desporto que tem quase como origem os jogos de futebol entre amigos no bairro, consegue dar nos dois primeiros jogos da final a liderança de audiências àquela hora à TV2 com cerca de 500 mil pessoas a verem o Sporting-Benfica. Prova do interesse que está a despertar a modalidade e onde também temos o melhor jogador do mundo.

2º Milagre - sabem que para mim o futsal está hoje como a rivalidade do passado entre os três grandes na estrada, no ciclismo. Modalidade que perdeu fulgor e reputação por se ter tornado uma farsa onde quem ganha é, por vezes, o mais esperto a fugir às malhas do doping. Ter os dois grandes de Lisboa numa final é um atractivo e se o Porto também entrar nesta Liga, ainda maiores serão as audiências. Neste caso, para já, o rei da modalidade é o Sporting.

Sobre o novo Governo (2)

Ontem escrevi isto. E bastava hoje ler o Expresso e Público para ver que foi exactamente o que está no post linkado.

Porcos na Avenida da Liberdade

Eu acho que este evento do pic-nic promovido por uma conhecida marca na Avenida da Liberdade será um sucesso.

A escolha daquela artéria é, efectivamente, muito mais impactante. Não contesto o evento, mas havia outros locais muito mais apropriados para fazer aquele tipo de espectáculo de hortaliças e afins.

Para lá de se ter prejudicado a vida de milhares de pessoas durante quatro dias, confesso que nunca pensei ver na vida porcos na avenida mais importante de Lisboa. Mas é uma maneira de gerir a cidade.

Jogar ao bunga-bunga

Não há nada como a vida real para inspirar criadores. Os media não se cansaram de propalar as festas privadas de Berlusconi como se fossem as modernas bacanais dos antigos romanos. Criaram-lhe até um nome: bunga-bunga.

Pois os criadores de jogos, decidiram fazer um jogo do bunga-bunga. É ver por aqui.

Um agradecimento

Foi-me contado ontem que o meu blog foi citado esta semana, julgo que na Antena 1, pelo texto sobre os problemas levantados por António Capucho a Fernando Nobre e que hoje obrigam o PSD a responder ao ex-autarca de Cascais.

Por ser citado por um homem da comunicação que muito respeito e por quem tenho estima, com projectos seus com assinatura e que hoje infelizmente já não existem, mas deixaram tantas boas memórias, como por exemplo o DNA, queria deixar um muito obrigado ao Pedro Rolo Duarte.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sobre o novo Governo

Difícil de comentar. Mas auguro que o foco comunicacional da oposição e dos media, hoje e amanhã, incidirá sobre as recusas.

TVI: a nova RTP

José Fragoso na TVI com a pasta dos conteúdos. Juntando-se a José Alberto Carvalho e Judite de Sousa. Teremos uma filosofia RTP com dinheiro para telenovelas e séries nacionais.

Pic-Nic em Lisboa: Boa oposição é assim

Basta ler isto. A oposição deve ser construtiva, mas quando se prejudica a vida dos lisboetas durante quatro dias para um evento que se podia realizar noutro lado a oposição tem de sentir os cidadãos e actuar.

Um elefante branco à venda

Mas quem é que compra isto por 63 milhões de euros? E reparem na "nobreza" das declarações de um cavalheiro do Grupo Lena.

Os tais estádios que não serviram para nada, apenas para afundar os passivos de algumas câmaras.

Uma questão de ego

Capucho é o primeiro a criar embaraços ao novo Primeiro-Ministro indigitado. Puro ego.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Oráculo (279)

«Ser original significa ser diferente dos outros. Por consequência, ser original é o mesmo que violar a uniformidade»

Zamiatine, «Nós»

A privatização da RTP e os seus males

Pedro Passos Coelho reafirmou a ideia da privatização da RTP, algo que me suscita dúvidas. Vai alegrar muito a Cofina que apoiou bastante o PSD neste acto eleitoral, mas não sei se será positivo.

O Estado vai poupar bastante, é um facto, mas a RTP podia ser redimensionada e alguns canais extintos numa primeira fase.

Avançando a ideia, o mercado de televisão que hoje é sustentável passará a ter uma concorrência muito mais feroz e sem qualquer obrigação de serviço público. Comercialmente será péssimo para os outros canais e auguro que a qualidade da programção ainda vá baixar mais. É um grave risco para o audiovisual.

Depois, com mais um agressivo canal comercial, tenho a certeza que nesta altura de crise onde os orçamentos para publicidade decresceram, o que sobrar vai fugir cada vez mais da imprensa, rádio, outdoors e outros meios. Estrangulando as possibilidades de sobrevivência, sobretudo, dos jornais.

Os relevantes prémios da Meios & Publicidade

Já estão à vista de todos a lista dos nomeados para os Prémios Meios & Publicidade e isso motiva-me os seguintes comentários:

Selecção - Há algo que nunca contestei. Serem os jornalistas da Meios & Publicidade a fazerem a selecção dos nomeados e eu respeito-os. São eles que trabalham no dia-a-dia, acompanham as diferentes áreas e por isso têm um conhecimento apurado dos diversos mercados. O que pode acontecer nesta fase, é não concordarmos com as escolhas, mas aqui é apenas debate de pontos de vista e critérios.

Melhor Agência de Comunicação - aqui discuto apenas a escolha e chamo a atenção, no meu ponto de vista e critério, de que a BAN mereceria estar presente. É a que mais cotadas tem e tem feito trabalhos de enorme relevãncia diária no universo comunicacional e provavelmente neste momento é das agências mais sólidas do mercado. mas pelo que deparo isso deve ser um critério irrelevante.

Figura da Comunicação do Ano - Confesso que li e reli e não encontrei. Vi nomeados para Personalidade do Marketing, Publicidade e Media, mas estranhamente (ou não) não estava ninguém da comunicação em disputa por um Prémio (relembro que o ano passado estavam António Cunha Vaz e Pedro Reis). Provavelmente no alto critério da directora da Meios, numa palavra que lhe é muito cara, não há ninguém relevante.

Prémio Novas Agências - Algo que estranhamente (ou não) deixou de existir o ano passado. Entendo que se deve premiar o esforço de quem lança novos projectos, achava o ano passado e acharei sempre. E este ano até surgiram mais projectos do que o ano passado. No ano passado, no alto critério da directora da Meios, numa palavra que lhe é muito cara, não aconteceu nada de «relevante». Eu via pelo menos duas agências que deviam ser nomeadas - sei que não dava muito jeito aos amigos da Meios e também "tubarões" das assinaturas - mas este ano sobre uma tive a confirmação. Ao escolherem a LPM para melhor agência de comunicação, um dos critérios foi a Next Power (nova agência no passado, nas palavras da directora da Meios, «irrelevante»)ter anexado a Fonte. Mas ficamos com a ideia que neste campo é tudo pouco relevante.

Para Votar - o ano passado critiquei fortemente a maneira como se votavam os Prémios, possibilitando a quem tem mais assinaturas manipular a conquista dos mesmos. Este ano, fica efectivo que o critério mudou. É um avanço e pelo menos fica à vista do mercado que no alto critério da directora da Meios afinal a forma de votação era má e levantava dúvidas - como eu alertei - e que citando uma palavra que lhe é cara, afinal as minhas palavras não foram «irrelevantes».

PS: sou uma pessoa educada e como tal tenho para mim, por formação, que não se devem divulgar conversas privadas ou mails privados. Mas adorava publicar um determinado mail do ano passado que recebi. Era sobre Prémios novos para este ano. Não o publico por educação e também porque citando uma palavra que é cara à directora da Meios era «irrelevante». Mas fica para a consciência de quem o escreveu...

Justiça sem vergonha

Não tenho grandes simpatias pelo Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, mas não é por isso que deixo de reconhecer que o que hoje diz é duro mas é totalmente correcto.

Esta é uma das histórias mais inacreditáveis da Justiça portuguesa e uma das que mais rebenta com a sua reputação. É uma vergonha com todas as letras.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Passos Nobre e a palhaçada

Manter como acordado Fernando Nobre candidato a presidente do Parlamento é um gesto nobre, daqueles que marcam um líder, numa altura em que todos sabem que esse era um dos focos de polémica.

Muitos não o queriam lá, e no meu entender bem, mas foi esse o acordo com Passos. E isto é um gesto à Cavaco, digo-o porque já vi em vários jornais o spinning do PSD a tentar criar a ideia/colagem de este ser um Governo à Cavaco. O que é bom nesta altura de crise.

José Lello decidiu descobrir uma polémica de alecrim e manjerona com os votos do Rio de Janeiro. É natural que se houver irregularidades devem ser apuradas todas as responsabilidades, mas agora arranjar-se este episódiozinho para se (tentar) atrasar a tomada de posse de um governo legítimo e claramente maioritário é ridículo.

O grave problema disto é que Lello ainda não percebeu que com a saída de Sócrates, deixou de ser o palhaço do regime.

Reforços

Esta é a altura que faz sonhar quem gosta de futebol. Os jornais desportivos disparam as vendas com anúncios diários de novos reforços para os clubes de futebol.

Relativamente aos três grandes é fácil fazer uma análise:

Porto - contratações de perfil alto e mantendo margens de lucro fenomenais com Iturbe e Kelvin. Manutenção, para já, de Hulk e Falcao, e vendas possíveis interessantes de Fernando e Rolando.

Benfica - contratações de perfil médio, o melhor é Perez, mas com a chegada de jogadores em camioneta também de fraca qualidade como úm Léo da terceira divisão brasileira, mas com a saída de Fábio Coentrão o jogador que mais empolgava a Luz.

Sporting - contratações de perfil baixo, quase desconhecidas como Carrillo e Van Wolfswinkel, são as pérolas possíveis. Rinaudo é lentíssimo. Depois, nenhum clube quer comprar a sério alguns craques e está a acontecer a vassourada na porcaria deixada por Costinha. E uma nota de que dos jogadores anunciados em campanha eleitoral, até agora, só Rodriguez.

Mais interessante têm sido as contratações para os departamentos de comunicação. Ricardo Lemos (Benfica) e Marco Aurélio Carvalho (Braga) boas, Porto também reforça bem e o Sporting já vai no 5º profissional que recusa trabalhar no seu futebol.

Republicanos 2012

Recomendo e subscrevo este texto.

terça-feira, 14 de junho de 2011

João Gilberto por Jabor

A única vez que Arnaldo Jabor viu tocar João Gilberto só podia dar nisto.

BBC escolheu caminho perigoso

A reportagem apresentada pela BBC marca definitivamente a ida de um canal de referência para assuntos sensacionalistas, diriam os críticos.

Para os sensatos, apenas mostra a escolha de morrer. É um caminho difícil de comentar, mas um dia destes, por cá, também teremos uma coisa destas.

Passos bem no "timing"

Esta audiência não prevista pedida por Pedro Passos Coelho a Cavaco Silva, e que agora decorre, quase por certo terá por motivo a apresentação da orgânica e dos membros do Governo. E eu auguro que este Governo vai surpreender pela positiva.

Evitando que agora começasse a conta-gotas a revelação dos nomes formarão o novo executivo. Institucional como é, Passos prefere respeitar o Presidente da República e dar-lhe em primeira mão os nomes que já tinha na cabeça.

Notícia do dia é a do Público que traz a possibilidade de Fernando Nogueira ser vice-PM, se assim for é uma boa notícia. Eu tenho grande estima por Nogueira e é um sinal da sua humildade e do compromisso que todos devem ter neste momento difícil que Portugal atravessa.

Nogueira é um homem de Estado, de bom senso, calmo e de diálogo, é uma enorme mais valia. Por falar nisso, assim se confirma aquela "cacha" que a seu tempo dei e que se confirmou. O convite a Fernando Nogueira para deputado.

O combate Seguro/Costa no PS

Não há erro no título deste post. É este o verdadeiro combate no PS. Francisco Assis não tinha qualquer hipótese de ser líder, se não fosse o seu aliado António Costa.

Assis já teve vários combates, ganhou e perdeu o que é natural para quem vai a jogo, tentou afirmar-se enquanto líder parlamentar, mas é um político com péssima imagem, palavroso em excesso, colado à decadência do socratismo e tenho a certeza que lhe será muito difícil chegar ao povo e até às elites.

António José Seguro tinha contas a ajustar com o destino. É um bom político, sério, honesto, éticamente imaculado. Também foi bom líder parlamentar. Pelas suas características pessoais, muito humano e solidário, é um virar de página no PS e com o apoio da maioria do partido.

Mas existe António Costa, magnífico político e com uma poderosa máquina organizacional que porá ao dispor de Assis, onde destaco Marcos Perestrelo que já esteve no eixo central da vitória de Sócrates em 2004. Contra esta máquina estará outro operacional de eleição, António Galamba, com enorme traquejo na montagem de campanhas eleitorais.

Vai ser um bom combate, duro, mas limpo e de afirmação de ideias. Algo de que o PS precisa para se refrescar e reorganizar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oráculo (278)

«Amor divulgado é sol de pouca dura»

«O sucesso demasiado fácil depressa retira encanto ao amor, mas os obstáculos aumentam-lhe o valor»

Stendhal, Do Amor

Luta de mulheres nos EUA

Fazem as delícias dos media, que apenas dão cobertura aos seus espectáculos porque dão boas audiências.

Com primárias pela frente, os republicanos que têm em Mitt Romney o seu candidato mais forte, Tim Pawlenty o com mais futuro e aguardam o mais respeitado, Chris Christie, enquanto Newt Gingrich vê o seu staff demitir-se em bloco, esperam novidades de duas mulheres.

Sarah Palin é um produto de entertainment mas é popular nas alas mais conservadoras, e a sua rival, Michele Bachmann vai marcando pontos. São muito iguais as duas nos valores, mas a segunda tem mostrado mais credibilidade. É por elas, também, que vai passar a alternativa de direita nos Estados Unidos.

Novas séries de tv para breve

No novo pacote para 2011/2012 da ABC, NBC, FOX, CBS, HBO, Showtime constam projectos de JJ Abrams, Robert de Niro entre outros. Vamos ter Pan Am, Playboy Club, Anjos de Charlie. Veja o cardápio completo.

Nobre problema

Fernando Nobre tem sido o grãozinho na engrenagem na negociação entre o PSD e CDS que tem corrido às mil maravilhas.

Hoje, leio no CM, que Nobre pode ser hipótese para a Saúde. Considero uma má hipótese, aquela pasta precisa de um peso-pesado e não de um bico-de-obra.

Espero que a Saúde e a Segurança Social não sejam apenas um local para chutar para lá um Nobre problema.

domingo, 12 de junho de 2011

Oráculo (277)

«Algumas mulheres querem ser discriminadas, livra-as da incomodidade de serem livres e independentes»

Mario Vargas Llosa

A nova directora do New York Times

É a primeira mulher a dirigir o New York Times. Já era conhecida a escolha de Jill Abramson. Agora ficam as suas palavras, ela que fica na história, também como Katie Couric. Não é escolhida por ser mulher mas por ser a mais qualificada.

Puxar pelo produto português

É fundamental o aumento das nossas exportações e termos produtos de qualidade que se possam impôr pelo mundo. Aqui fica um exemplo.

Discurso condecorado pela Raínha

Colin Firth fez o Discurso que lhe valeu um Óscar e agora a condecoração da Raínha. Um actor brilhante e em grande momento. E Bryan Ferry também leva uma medalha. São os condecorados na Grâ-Bretanha.

sábado, 11 de junho de 2011

Triste sinal dos tempos

A ler.

OpenLeaks de Sarah Palin

São 45 quilos com 24 mil mails enviados por Sarah Palin quando era governadora do Alasca. os jornais nacionais norte-americanos até pedem voluntários para a bisbilhotice. Veja por aqui.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Oráculo (276)

«João Gilberto está entre o divino e o diabólico»

Nelson Motta

Os novos Spielbergs

Veja quem são os três realizadores que contam com a benção de Steven Spielberg.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Não aos Governadores Civis

Pedro santana Lopes foi dos primeiros a estar contra a nomeação de Governadores Civis, já lá vão muitos anos. São meras inutilidades e poiso para boys dos aparelhos partidários. Dá hoje esta sugestão construtiva que já está em todos os meios e a abrir a TSF às 18 horas.

Diálogo interessante sobre as eleições

Ando muito de táxi, ontem lá encontrei um velho conhecido com quem estou à vontade.
Perguntei-lhe: «então em quem é que votou?»

«Em ninguém. Só queria votar no careca da troika».

Um voto para a abstenção, porque o sr. Rasmus Ruffer não se candidatou.

Para os fâs de "The Good Wife"

El Pais chama a atenção para uma das melhores séries dos últimos anos: "The Good Wife", e a confirmação de que a segunda temporada é uma bomba.

Valha-nos isso

A dama que poderia fazer de Meryl Streep em "O Diabo Veste Prada" descansa-nos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Oráculo (275)

«O crédito é a espiritualização da banca»

Saint-Simon

Francisco Assis anuncia hoje no Telejornal

Francisco Assis vai hoje anunciar, no Telejornal, que é candidato à liderança do PS.

Siza e Gehry

Não gosto de falar das reuniões privadas das câmaras com que colaboro. Há uma que já me deu oportunidade de estar a assistir muito perto aos projectos e às explicações pessoais de Frank Gehry e Siza Viera.

Os grandes arquitectos são os que constroem a paisagem urbana e vão com as suas obras deixar a nossa herança para gerações vindouras. São eles, os arquitectos, os criadores dos novos monumentos.

Nunca me esqueço de Frank Gehry a amarrotar uma folha de papel com as suas mãos, atirá-la ao ar, e o produto que caiu na mesa dizer ao jornalista: «dizem que é isto que é a minha arquitectura». É um personagem fenomenal.

Hoje, tive a ocasião de acompanhar a explicação de Siza sobre o seu projecto para o Chiado. A timidez de sempre, o ar granítico que sabemos andar pelo Douro e pela Invicta e aquela frase patusca afirmando que de Lisboa conhece muito bem é a Baixa e o Chiado. de resto...é mais Porto.

Estas são as experiências que contam e que ficam sempre na memória.

«Eu adoro-vos!»

Afinal, o animal feroz era mesmo sentimental.

Foi assim que Sócrates se despediu ontem dos seus camaradas socialistas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

António Costa entra no Facebook

Sinal interessante para a contenda interna do PS, António Costa abriu conta no Facebook. Seguro que se cuide.

O caso do Verão vai ser no Benfica

Será a novela do defeso. Tanto amor que o Fábio Coentrão tinha pelo Benfica há um mês atrás. O folhetim da comunicação desportiva para os próximos tempos.

Facebook e Twitter: continuem a dizer...

...só para chatear os franceses.

A nuvem guarda a música

Toda a sua música numa nuvem, explica Steve Jobs.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O novo ministro das Finanças

Três opções fortes: Eduardo Catroga, Vitor Bento e João Duque.

Catroga - seria a escolha mais óbvia depois de ter liderado negociações com a troika e programa de Governo, e a que agradaria mais a Cavaco. Mas numa altura em que o titular desta pasta é obrigado a usar muitas milhas, a sua idade joga contra.

Bento - Uma solução de compromisso com um conselheiro de Estado. Reputado e que entra bem em vários sectores. E o mais ambicioso de todos.

Duque - Fez anos ontem e seria um bom presente de aniversário. Tem ganho grande exposição mediática nos últimos tempos, foi professor de Passos Coelho e é o que ele mais gosta.

Os dois últimos seriam excelentes opções. O primeiro seria um perigo a fazer declarações, ainda poria pentelhos - e não grãozinhos - na engrenagem.

O Governo PSD/CDS e a oposição

Agora vem o verdadeiro teste para Pedro Passos Coelho: Governar. Houve quem não compreendesse Miguel Relvas quando afirmou que o líder do PSD seria melhor Primeiro-Ministro do que candidato.

Pedro Passos Coelho tem todas as condições naturais para dar um bom PM. Está bem preparado e teve bons contributos técnicos em diversas áreas na construção do seu programa de governo.

Em 2008 disse-lhe que o seu ano iria ser 2011. E será. Vai ter de construir um bom executivo, com nomes sólidos, vai ter de refrear os ímpetos concupiscentes do aparelho, pois os portugueses querem estabilidade. Foi bem escolhida a frase da vitória, que lançava já o desígnio: «Portugal unido e forte».

Governar Portugal nesta altura vai ser muito complicado. Vai ter de provar que há vida além da troika, mas este PM vai tomar medidas muito impopulares e enfrentar enorme contestação social. Não vai ser tarefa fácil, mas é nos momentos maus que se vêem os grandes líderes.

O CDS será o parceiro credível. Portas conseguiu reunir e criar bons nomes que terão lugar em qualquer governo. Mas deixo uma incógnita: qual será o seu papel pessoal?

Tenho a certeza que Portas quer os Negócios Estrangeiros. É o lugar mais popular dos governos e reforçaria a sua aura de estadista. E nesta fase, o nosso futuro passa por um ministro das Finanças sério e forte (já direi quem será, a seguir noutro post) e um MNE de categoria inquestionável, Portas tem condições para esse lugar. Se não for MNE, até pode ficar fora do Governo, dando apoio parlamentar.

Os portugueses ainda vivem numa redoma de consumismo e ainda não perceberam o que lhes vai acontecer. A seguir ao Verão, todos perceberão que terão menos notas nos bolsos e menos regalias na sua qualidade de vida.

A arena da oposição será as ruas como faz já adivinhar Carvalho da Silva e João Proença. A esquerda vai ter essa tentação, enquanto o PS estará em discussão pela liderança. Seguro parte à frente.

Última análise sobre eleições de ontem

O PSD ganhou como se esperava. Há uns tempos atrás nas eleições do Sporting, Luís Duque disse que bastava «um cheque e uma vassoura» para limpar o plantel.

Se quanto aos cheques a coisa é mais difícil para os portugueses, já na vassoura sempre fomos fortes. A vitória do PSD foi uma vassourada em Sócrates, mais do que um voto convicto na mudança.

Em qualquer eleição, é muito raro o candidato com a maior taxa de rejeição ganhar. Se isso acontecesse, cairia o Carmo e a Trindade. Sócrates tinha índices de rejeição estratosféricos, o PSD só tinha de fazer uma campanha que os mantivesse, como oportunamente tive ocasião de dizer a quem de direito.

E acrescentar menos erros, como nas primeiras semanas cometeu, afastar todos os egos de iluminados e desajeitados, chamar os ex-líderes e personalizar a campanha no Pedro, como também tive ocasião de dizer a quem de direito. Agora vem a prova que conta: a governação. (já escreverei sobre o novo dia para Portugal, a seguir).

Sócrates fez uma campanha em esforço, mas em que deu tudo. Lembram-se que eu fiz aqui um apontamento de memória sobre a rouquidão? Relembrei Nogueira e Santana, assinalando um mau presságio para a perda de voz de Sócrates. O resultado foi mau, mas honesto. O PS ainda tem 28% de convictos.

Sócrates fez uma brilhante peça de oratória na despedida. Sem ser sentimental, não foi animal feroz. Foi o tom certo, que talvez tenha faltado na campanha. Disse tudo, especialmente que não teme o «julgamento do tempo». E eu que gosto de oráculos, aqui deixo a sentença que a História dirá que o seu 1º Governo foi dos melhores do pós-25 de Abril, mas depois veio a hecatombe.

No CDS, quando se anunciaram os resultados, o Caldas estava em silêncio. Portas esperava e merecia mais, pela campanha realizada. Quase 12% foi o efeito visível do voto útil e de uma campanha que, como assinalei na semana passada, senti derrapar para o tal voto útil para o PSD. Mas o CDS cresceu e é um parceiro sério e credível para o PSD.

PCP está sólido como uma rocha. Não cresce, mas não perde. Jerónimo é um líder simpático para todos e o mérito é dele neste resultado, num partido envelhecido e sem ideias.

Louçã devia ter apresentado a demissão. O seu resultado é catastrófico e é fruto da união com o PS nas presidenciais. O Bloco perdeu sobretudo entre os mais jovens e vai ter de repensar o seu discurso.

domingo, 5 de junho de 2011

Que grande saída de Sócrates

Brilhante peça de oratória na hora do adeus. Quer se goste ou não, José Sócrates é um grande político.

Foi generoso com o adversário, esboçou esperança para os próximos tempos, reconheceu alguns erros, afasta-se da vida política - que tristes as perguntas das jornalistas da RTP e Renascença - para que o seu partido renasça depois de uma derrota com a campanha possível e centralizada nele.

Agradeceu a confiança que teve dos portugueses e do partido, a quem deu as maiores vitórias, vibrou com o que fez e está confiante «no julgamento da história».

«Parto sem ressabiamentos nem amarguras, não são essas as companhias que quero levar para os dias felizes que quero viver». Acrescentaria eu: ele sai, mas vai andar por aí.

Sócrates e Louçã só têm um caminho

Acertei, arriscando, que o PS ficava abaixo dos 30% na 5a feira. Esperava um resultado mau do BE, mas não tão mau.

O povo não quer ver Sócrates à frente e Louçã, como disse no Económico TV, é um pregador fora de moda.

Numa altura de troika, de sacrifícios, de contestação social, o país vira à direita. E a esquerda vai virar a política para a contestação de rua.

PS abaixo de 30% e o partido dos animais

Na 5a escrevi aqui que o PS poderia ficar abaixo dos 30 por cento. tenho quase a certeza que isso vai acontecer.

E há hipótese da revelação ser o PAN o partido dos animais que poderá ser o maior dos mais pequenos.

Abstenção record

Mais de 40% de abstenção numas eleições decisivas num momento grave para Portugal. Os portugueses estão-se marimbando para a política e para estes políticos.

Pois habituem-se, aquelas imagens de líderes acompanhados por dezenas de jotas com bandeirinhas, fazendo crer que há uma enorme mobilização, vão ter de mudar.

A política perdeu encanto e vai ter de mudar de vida. Os portugueses não acreditam nestas pessoas.

Pergunta facilitadora nestas eleições

Acabo de receber um sms que é uma reflexão muito sábia para estas eleições e que vai marcar os resultados das 20 horas: «O ideal nestas eleições era poder votar em dois partidos».

Teria facilitado muito, efectivamente.

Oráculo (274)

«Falta-nos saber vender o nosso peixe»

José Cordeiro, chefe de cozinha na Ler

Apelo ao voto

Façam o que fizerem com aquela caneta enrolada em cordel na urna, o que é importante é que todos possamos dizer o que pensamos quando vamos votar.

Quanto maior a participação, maior a cidadania. Não nos podemos auto-excluir de uma decisão que nos compete. Votem.

sábado, 4 de junho de 2011

Um país estranho

Amanhã há eleições presidenciais. No Perú. Um país estranho no meio dos Andes. Outrora foi mina das potências europeias, depois paupérrimo, hoje a viver novo milagre económico.

Há anos atrás Alan Garcia foi presidente deixando os peruanos na bancarrota e afundados na corrupção; a seguir tiveram uma opção democrática, Mario Vargas Llosa, ou o desconhecido, Alberto Fujimori. Deram o salto no abismo e alastraram a violência e a imoralidade como aquela terra nunca tinha visto; depois veio um indígena, Alejandro Toledo, que só tentou limpar essa imoralidade que se disseminou por mão do descendente de japoneses.

Os peruanos, entretanto, esqueceram tudo e voltaram a acreditar em Alan Garcia que lhes deu outra vez dados económicos muito interessantes. Amanhã terão Humalla ou Keiko Fujimori.

O primeiro está a ser "cuidado" por João Santana, que tratou de Lula e Dilma, que o tenta colocar na arena dos estadistas moderados, ele que é acusado de ser um pau mandado de Hugo Chávez, mas está atrás. Keiko é o regresso tenebroso em perspectiva aos tempos do pai. Vargas Llosa vê-se obrigado a apoiar Humalla.

Este é um estranho país que parece não ter memória nem bons políticos.

Mil Culturais do ABC

Hoje deixo uma sugestão se ainda tiverem ocasião. O caderno Cultural do ABC celebra hoje a sua milésima edição. É um produto para guardar. Comprem que vale a pena.

Os dias mais estúpidos do ano

Esta semana Portugal vive dois dos dias mais estúpidos do ano.

O primeiro foi o Dia Sem Cuecas, em Viana do Castelo, do qual ainda não descortinei interesse algum.

O segundo é este maravilhoso dia de reflexão. A CNE imagina um país de casais a partilhar os seus segredos mais ternos sobre os candidatos, os dilemas existenciais de todos os portugueses antes de marcarem a cruzinha, as crianças que só brincam aos espadachins com os nomes dos líderes do partido.

As democracias estão maduras e modernas para que se evite este estúpido dia.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Oráculo (273)

«A mulher é o único herói interessante do século XXI»

Arturo Pérez-Reverte

Conclusões de campanha

Como já escrevi ontem é óbvio que o PSD vai ganhar e vai haver uma maioria de direita. Tenho a convicção que o PS poderá ficar abaixo dos 30%. Mas falta o dia de reflexão. Faço um balanço geral:

José Sócrates - usou como música o "Gladiador" e foi isso que ele foi nesta campanha. Batalhador, tentando fazer das fraquezas, forças, lutando contra o cansaço dos portugueses com a sua imagem. No início deu indicações que podia estar taco-a-taco, no entanto, esta última semana tem sido um esforço penoso e a máquina já não é a mesma de outros tempos.

Pedro Passos Coelho- Começou muito mal, mas nesta última semana a máquina laranja tem-lhe proporcionado boas organizações, melhorou no contacto de rua, não cometeu erros. O PSD fez aquilo que sempre devia ter feito e não fez no começo: centralizar a campanha no líder, na sua racionalidade e bom senso, afastar catrogas, Carrapatosos e outros da campanha, e conseguir a união dos notáveis. Passos vai ter uma boa vitória num momento muito difícil para Portugal.

Paulo Portas- Esteve sempre magnífico, conseguiu transformar um partido de "one man show" numa equipa capaz. Arrancou fortíssimo, mas sinto que em termos de votos o CDS tem derrapado esta semana por causa do voto útil, mas continuo a acreditar que vai ter um excelente resultado. Teve tiradas brilhantes e é neste momento o melhor "campaigner" português.

Jerónimo de Sousa - simpatia e proximidade, manutenção do espaço de intervenção da CDU. É uma personalidade cativante num partido que está envelhecido e muito pouco criativo numa campanha eleitoral. terá resultado satisfatório.

Francisco Louçã - Suspeito que as coisas vão mudar no Bloco. Se ficar em último dos 5 partidos com assento parlamentar, o BE terá que tirar lições de duas derrotas e de algum cansaço com Louçã, que apesar disso melhorou desempenho nesta semana final.

Interrogação ao 31 da Armada e Corporativos

Ontem dei aqui em primeira mão a nova designação dos dois blogs, 31 da Armada e Câmara corporativa, a partir de dia 6. Hoje deixo duas interrogações:

Ao 31 da Armada: essa excelsa figura, o Vader do Fraque, é para continuar?

Aos Corporativos: sendo um blog muito criativo, a partir de dia 6, que figura irão inventar - tenho a certeza que não copiarão o Vader- para andar de fraque atrás dos ministros de Passos Coelho?

Moniz e Rangel na RTP

José Eduardo Moniz e Emídio Rangel a comentar a noite eleitoral. Os dois juntos é algo de imperdível. Um a malhar em Sócrates o outro a defendê-lo. Assim a RTP arrisca-se a ganhar outra vez as audiências na noite eleitoral, apesar dos melhores comentadores estarem na TVI.

Orgulho nacional

Obama elogia Souto Moura que ganhou o Óscar da arquitectura.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Uma provocação ao 31 da Armada

Dia 6 o 31 da Armada vai mudar de nome: vai chamar-se Câmara Corporativa.

Dia 6 o Câmara Corporativa vai mudar de nome: vai chamar-se 31 da Armada.

É uma das principais conclusões a antecipar da noite eleitoral de domingo e a iniciar-se no dia seguinte.

O «eu» ou o «nós»? O que é importante?

Basta abrir qualquer revista de recursos humanos e só se vê falar no «nós». A sobreposição do grupo à importância de uma só pessoa. Os principais gurus da matéria falam de uma era do «nós». Confesso que é bonito.

Não sou politicamente correcto e gosto de ser mais incisivo nas minhas apreciações. Vou explicar o que penso sobre o que é mais importante: o «eu» ou o «nós».

Há uns tempos atrás, ouvi, num jardim, um excelente comunicador e "networker" (e também especialista em passarinhos) a discorrer sobre a importância do nós. Que o grupo é muito mais importante do que o indivíduo. Que as metas se atingem com mais força se o colectivo tiver um compromisso e estiver empenhado num objectivo comum.

Ouvi. O discurso foi bonito também e agrada habitualmente às plateias, mas falta pensar melhor.

Reparem bem: o que é o «nós»? É a primeira pessoa do plural. O que significa que a primeira pessoa do singular é «eu». O «nós» é uma soma de «eus».

Se o «eu» for fraco o «nós» não pode ser apenas uma soma de «eus» fracos?

Esse é o problema dos gurus. Se deixarem de tentar agradar às plateias e virem melhor, o «eu» é fundamental na afirmação do indivíduo, mas também nas suas ambições e objectivos, e, naturalmente, isso reflecte-se na força de um grupo ou colectivo.

Um «eu» de traços bem definidos e forte, de carácter e personalidade é decisivo em qualquer organização. Se uma empresa/organização tiver muitos «eus» será muito mais poderosa e pujante.

Portanto, caros gurus, o «nós» é fantástico quando tem diversos «eu» bem definidos. Se não, teremos apenas um bando de cordeirinhos mansos. Nenhuma empresa subsiste sem pessoas que individualmente têm orgulho e vaidade naquilo que fazem. Ter ego é bom.

Obama visto por Denny Crane, do Boston Legal

Da terceira temporada de Boston Legal, tiro de um dos meus caderninhos este diálogo, um daqueles célebres na varanda, em final de episódio, entre Denny Crane e Alan Shore, foi antes da vitória de Barack Obama:

Denny Crane: «achas que é racista dizer que um homem fala como um negro?»

Alan Shore: «Obama referiu-se ao sotaque negro, mais como o jazz e menos como uma partitura»

DC: «Sou capaz de votar nele. Qualquer americano pode adaptar-se à Presidência. Excepto a Hillary»

AS: «Barack Obama...»

DC: «Bem parecido, boas fotografias...Não sei o que ele defende. Seria um Presidente perfeito»

AS: «E o McCain?»

DC: «Agora, ele fala Bush. Não pode ganhar»

Como vão ser os resultados de domingo

Pelas informações que tenho recebido, pelo que tenho visto das campanhas e pela minha intuição acredito que podemos ter um PSD entre os 36 e os 39%, um PS entre os 28 e os 31%, PCP acima do Bloco, mas abaixo dos dois dígitos, e o partido sobre o qual mais tenho dúvidas é o CDS.

O problema do voto útil é o que beliscará mais o resultado do CDS, daí o slogan que Portas já começou a lançar: «o PS já perdeu, não há stress vota no CDS». Sempre apontei para a marca dos 15%, mas vamos ver as variações.

Mas há uma nota final que quero deixar: vejo claramente a campanha do PSD a crescer e a tornar-se envolvente e a do PS a ser feita em esforço. Isso é um sinal bem claro.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Oráculo (272)

«Ninguém reconhece o momento mais feliz da sua vida quando o está a viver»

Orhan Pamuk, O Museu da Inocência

Presságios de campanha

Lembro-me de duas rouquidões em campanha eleitoral para as legislativas. A de Fernando Nogueira e a de Pedro Santana Lopes. Nesta tenho-a ouvido em José Sócrates. Pormenores. E presságios.

Agências de comunicação na Exame

Só li ontem a peça do Adriano Nobre, na Exame, sobre as agências de comunicação portuguesas.

Nela estavam as quatro mais importantes e maiores agências: LPM, Cunha Vaz, Lift e GCI; a agência que neste momento tem mais cotadas, a BAN; e dois dos mais tradicionais no activo, Líbano Monteiro e Unimagem.

Vi o cuidado que todos os responsáveis tiveram nas declarações, evitando polémicas, e dando a sua visão pessoal de como estão no sector.

É uma peça contextual e que serve quase como dossier sectorial, mas sem grandes novidades.

A melhor tirada é do Armandino Geraldes: «acredito que não haja lugar para empresas que fazem tudo sem serem realmente boas em qualquer área».

PS: Nesta peça faltou algo: mulheres. E neste momento são a maioria das profissionais das consultoras de comunicação. E o adriano podia ter ido ouvir a Susana Monteiro da Parceiros, a 5a maior empresa do sector, a Domingas uma das profissionais mais antigas no mercado, ou a Teresa Figueira com a experi~encia de gestão de uma multinacional em portugal, como exemplo.

Muito obrigado, Inês!

A minha família, e eu vivi com os meus pais e avós até aos 30 anos, ensinou-me sempre a ser grato. No meu caso, como disse perante mais de cem pessoas em Outubro de 2009 no lançamento da Special One, estou muito agradecido a todos os sítios por onde passei e trabalhei.

E ainda sou mais grato a quem me ajuda e dá tudo por mim. A Inês Saraiva estava comigo desde o primeiro dia da agência. É uma excelente profissional e uma amiga, algo que irá continuar a ser, tenho a certeza, até à eternidade.

Tenho por hábito ajudar e promover quem trabalha comigo, faço-o por gosto e porque confio nos profissionais que me acompanham. E sem problemas acredito que o mercado está atento a isso.

Na vida, as pessoas têm mais oportunidades, não estão fechadas a novos chamamentos que lhes permitem desenvolver as suas capacidades. Não vejo como um drama a saída de qualquer pessoa das empresas.

Pelo contrário, fico feliz porque outras empresas acreditam no trabalho realizado pelos que trabalham comigo e lhes proporcionam melhores condições financeiras e novos objectivos. Um dia destes também virão bater à porta do Alex.

Desejo à Inês que continue a ser feliz, que trabalhe muito e sorria como aqui. Sabendo já para que agência irá trabalhar, e não a divulgando pois não quero interferir na comunicação do seu recrutamento, dou os parabéns pela contratação e desejo felicidades.

A Inês Saraiva deve ser das pessoas que melhor me conhece no mundo e muito me ajudou. Boa sorte para o futuro e muito obrigado.