sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Oráculo (189)

«Olho grande não entra na China»

Provérbio muito utilizado por Manuel cajuda

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A ideia mais estranha de passagem do ano

Até agora foi a proposta mais estranha/original de passagem de ano: «passar o ano no facebook».

Jorge Mendes: mais um Special One

Pois temos grandes jogadores de futebol é verdade. É uma Marca portuguesa de sucesso, de exportação fácil e que nos promove diariamente.

Por trás das grandes transferências e promoção de carreiras dos nossos atletas tem estado um homem, quer se goste ou não, eu não o conheço, chama-se jorge Mendes e ganhou ontem prémio de melhor empresário de futebol do mundo. veja aqui.

Ouvido ao pequeno-almoço

«Os 40 são os novos 30».

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Susana Monteiro estreia o seu blog

Chama-se Talking About e é a marca da Susana Monteiro, líder da Parceiros de Comunicação, na blogosfera.

É uma entrada que aqui saúdo. A Susana tem uma característica de discrição e profissionalismo no seu trabalho e gere uma equipa com boa energia e bom ambiente, realizando trabalhos de comunicação que têm sido reconhecidos pelo mercado.

A Susana é uma "million dollar woman" pois é a única mulher a liderar uma agência de comunicação no top 5 do mercado. E para quem não se lembra, as verdadeiras 5 maiores empresas do mercado são a LPM, a Cunha Vaz & Associados, a GCI, a Lift e a Parceiros de Comunicação.

Desejo-lhe poesia e boas prosas neste seu novo blog.

50 mil entradas no meu blog. Obrigado

São exactamente a esta hora 50030 pessoas que entraram no meu blog. E page-views 81832.

Queria agradecer a vossa atenção, aos que gostam e aos masoquistas que não gostam mas vêm cá ver os meus textos.

O meu compromisso mantém-se: comunicação é vida. E aqui eu continuarei a ver a vida pelos olhos da comunicação.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ensitel: as minhas perguntas e conclusões

De facto, não pode haver uma semaninha sem uma polémica qualquer. Quando tudo estava calmo eis que surge a Ensitel para nos dar uma história sobre que escrever.

Tanta trancada na Ensitel que me suscita duas dúvidas de quem gosta das comunidades das redes sociais:

1- Ainda não nasceu o grupo nós não compramos à Ensitel?

2- A mesma dúvida do Rodrigo Saraiva (de quem publico este link pois tem várias contribuições sobre o tema): a Ensitel não tem agência de comunicação ou um moço/a para a assessoria de imprensa?

Se sim, onde andam? Se não têm, estão a ver a falta que faz trabalhar com profissionais que sabem e vivem a comunicação? Estão a perceber que até dá jeito ter alguém especializado em Conselho em Comunicação?

E o reconhecimento que muita gente e muitas empresas acham ainda que quem escreve em blogs são uns maluquinhos quaisquer e que as redes sociais são o espaço para um batalhão de "nerds" que acham que atemorizam com as ameaças de um advogado.

A Ensitel vai ser efectivamente um case-study. Um case-study de como uns gestores medíocres não sabem cuidar uma marca e a vão afundar à conta de uma polémica que se tornou viral.

E é um aviso à navegação para outros gestores que quando sentem a palavra crise a primeira coisa que tentam fazer é cortar nos orçamentos de marketing e comunicação. A Ensitel é uma lição para o mercado e é um estimulo para a força das redes sociais.

O taxista falou e disse - a piada do dia

A piada do dia foi ouvida num táxi, é um bocado machista mas tem de se reconhecer que é verdadeira: «Amigo, qualquer dia até pagamos imposto por gostar de mulheres».

Oráculo (188)

"Ao lado do amor, a simpatia é a mais divina paixão do coração humano"

Edmund Burke

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A força da América, a força da lenda

Pois é, mais uma grande prosa do Alexandre Guerra no PiaR. Seguiu os meus conselhos e foi ver um dos meus filmes preferidos, de John Ford, «O Homem que matou Liberty Valance».

O papel da imprensa, o nascimento dos lobbies, o combate entre a América armada e a América civilizada. Um filme prodigioso, com momentos inolvidáveis, diálogos fantásticos, actores fenomenais, uma obra-prima. E um dos filmes que me faz gostar, apesar de todos os defeitos, da América.

Oráculo (187)

- «Quanto mais valiosa for a informação real, maior será o potencial de logro»

- «O verdadeiro génio, como Churchill nos ensinou, reside na capacidade de avaliar informações contraditórias»

The Company

domingo, 26 de dezembro de 2010

O melhor cozinheiro do mundo sai de cena

Já ouviram falar em Ferran Adriá? Pois este senhor foi considerado cinco vezes o melhor cozinheiro do mundo, mas agora vai retirar-se.

Vai para Harvard e passear pela China para procurar novas inspirações. E hoje em dia a cozinha é um novo foco de atenção mediática, os "chefes" são estrelas, criam restaurantes com assinatura, criam marcas próprias. Que devemos conhecer.

E já agora espreite qual o melhor prato para desenvolver o sentido de humor segundo Adriá. Veja por aqui.

sábado, 25 de dezembro de 2010

O brilho das estrelas

Um belo artigo do Guardian, postado pelo Manuel Falcão.

Os 10 filmes de 2010 para o El País

Como poderá ver não há grande coisa este ano. O El Pais escolhe os 10 melhores filmes deste ano. Veja aqui.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Oráculo (186)

«A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira»

Tolstoi

O mercado está calmo? Não, não está

Apesar de estarmos próximos do Natal, deixo apenas uma sensação: o mercado de Conselho em Comunicação não está calmo.

Pelo contrário, está bem nervoso. A crise atira as empresas para cortes e como sabem as áreas de marketing e comunicação são as primeiras, estupidamente, onde se tentam cortar gorduras.

O nosso mercado está a transformar-se numa guerra de dumping feita por alguns sem escrúpulos e que estão a estragar o mercado, aceitando avenças pouco dignas para o trabalho que realizam.

Há quem tenha conseguido roubar empresas a outras empresas por metade do valor dos fees. Isso é péssimo e revela bem o nervosismo e a pressão a que algumas empresas estão submetidas.

Vão-me dizer que é o mercado que assim o determina. Mas meus amigos, o mercado não deve ser uma selva e é para isso que existem associações empresariais. Os que baixam preços para salvarem a pele estão a minar a nossa indústria e estão a tirar o valor ao trabalho profissional que os consultores desempenham.

Desculpem que vos diga, mas este tipo de gente não pode ser recomendável. O nosso trabalho deve ser valorizado e promovido e não deve ser diminuído pelos que estão com a corda na garganta.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Oráculo (185)

«A manobra caracteriza-se pela distribuição dos meios de combate na campo de batalha, de modo a obter uma posição vantajosa em relação ao inimigo. A manobra contribui para a preservação da liberdade de acção e reduz as próprias vulnerabilidades.

A finalidade da manobra é obter o efeito desejado com um mínimo de perdas em pessoal e material. O emprego correcto da manobra mantém a pressão sobre o inimigo e assegura a iniciativa»

Sun Tzu

Já somos 3 milhões no Facebook

Três milhões de perfis portugueses no Facebook, leio na Meios. E veja as marcas com mais seguidores.

Há quem esteja apenas por estar, há quem use este espaço como um espaço de evasão, há quem trabalhe com o Facebook, mas o que importa é que somos três milhões a tentar comunicar.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As 3 escolas de PR segundo LPM e a Economist

Três posts pedagógicos de Luís Paixão Martins, baseando-se na Economist desta semana, sobre as três escolas da indústria de conselho em Comunicação.

O angelical

O dark side

O advogado

PR/Dark Side - Para todos os consultores lerem

Grande texto do Alexandre Guerra, agarrando no artigo da Economist citado pelo Luís Paixão Martins.

Com uma reflexão minha: será que na vida interessa ter uma vida entediante e certinha ou estar onde as coisas acontecem e influenciar o curso da história?

Lembro-me sempre de uma frase de Napoleão Bonaparte, o génio, não o Napoleão Bonaparte que existe em todos os manicómios e que no nosso mercado também existe: «quem não gostaria de levar mais de 30 punhaladas se pudesse ter sido Júlio César?».

Oráculo (185)

«Combater é uma prova de forças morais e físicas por meio das últimas»

Clausewitz

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Acabou a política?

Não sei se será da chuva e com a água deve ter levado os protagonistas, mas já repararam que os líderes partidários deixaram o palco?

Claro que estamos em época de presidenciais, mas esta campanha tem sido tão fraquinha, tão fraquinha, bem como a esfinge de Belém desejava, que a maior parte das pessoas nem se lembram que há debates televisivos.

A estratégia dos partidos à direita é correcta. Aproveitar a boleia da vitória de Cavaco, sair de cena com sondagens em alta, manter o silêncio à espera que o poder socialista caia de podre. E o silêncio marca muito mais pontos na política portuguesa do que o excesso de declarações como se provou neste Verão.

À esquerda, a coligação Sócrates/Louçã está presa numa patética candidatura Alegre e o Governo continua a somar dissonâncias, mentiras e falta de rumo. Os comunistas preparam o sucessor de Jerónimo nesta campanha presidencial.

Nesta altura do calendário, parece que vem a calma, mas o país engolido na fervilhante temperatura dos shoppings e das compras esquece que estamos mal. E há muita coisa para discutir. E muita política para falar e não se fala.

Oráculo (184)

«Estamos no negócio da matança do aborrecimento»

in Network, filme de Sidney Lumet

domingo, 19 de dezembro de 2010

Oráculo (183)

«Se queres guardar um segredo nem a nós próprios o podemos confessar»

Giullio Andreotti

A escola do mundo de Vargas Llosa

Deixo a sugestão de leitura deste artigo de Mario Vargas Llosa, hoje, no El Pais.

O Nobel da Literatura conta a vida de uma escola sueca onde se falam mais de 19 línguas, que integrou e uniu uma comunidade e essa escola é um pequeno modelo do mundo.

sábado, 18 de dezembro de 2010

José Fragoso na TVI?

Vejo através do Manuel Falcão que as movimentações nas televisões continuam animadas.

Oráculo (182)

«Um advogado inteligente distingue quem pode ou não provocar»

Boston Legal

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O Buzzófias explica porque é bom o Natal

Um oportuno post de JC no Buzzófias explica tudo sobre a beleza do Natal. Ou a tal velha frase: Natal é quando um homem quiser...

Pois é, agora ando por aqui

Ainda não tinha referido que as minhas novas instalações, da Special One Comunicação, são bem no centro de Lisboa.

Pois é, agora estou aqui neste bonito centro de escritórios que recomendo a quem pensa instalar uma empresa ou o seu trabalho, ainda há 8 salas para arrendar das 40 disponíveis.

Fica na Latino Coelho 87, é uma rua muito conhecida na zona do Saldanha, por isso é uma rua que consta de qualquer GPS e eu escolhi o 3º andar com luz natural pois não tenho fétiches com caves nem rés-do-chão.

A investidora neste centro de escritórios é a Patrícia Raposo e o seu pai e são bem a prova de que os privados podem e devem investir na reabilitação da nossa cidade que está tão degradada.

Quando pedi à Inês para me fazer uma pesquisa de escritórios para arrendar pedi nesta zona, fomos ver dois antes, mas eu já tinha este prédio na cabeça desde 2008. Pois nessa altura almocei várias vezes com um político por ali que gosta muito do restaurante Latino e eu já gostava deste edifício.

E eu e a minha gente estamos muito satisfeitos de trabalhar aqui. Este edifício tem boas energias e todas as pessoas são simpáticas e é tudo muito tranquilo.

A despedida de Larry King

A sua importância foi tão grande, tão grande, que na hora da despedida apareceram Barack Obama e Bill Clinton.

A CNN perde um grande fenómeno, uma maneira de pôr os entrevistados a falar e um dos ícones que atraíu atenções para a cadeia de notícias mais conhecida no mundo. Espreite por aqui a saída de cena de Larry King.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Luís Paixão Martins e Pedro Rodrigues - Personalidades 2010

O ano passado escolhi o meu bom amigo Pedro Reis, Imago, como personalidade da comunicação. Como um factor esperança e pelo trabalho realizado. Este ano escolho duas certezas e referências do mundo da comunicação.

Luís Paixão Martins

Há quem goste e há quem odeie. Eu gosto. Ponto final. Para mim é uma referência ao nível do Conselho em Comunicação e é, de olhos fechados, a pessoa que mais percebe disto em Portugal.

A sua empresa mantém as grandes contas e a influência intacta no seu trabalho. E este ano celebra os 25 anos da empresa que fundou, como disse no Hotel Babilónia a Pedro Rolo Duarte e João Gobern, nessa altura para dar assessoria de imprensa a várias empresas.

Hoje, «mais independente das chatices» (disse na Antena 1) vê o seu nome ser eleito pela Meios & Publicidade o homem da década da comunicação, ser o único do mercado a integrar a lista dos mais influentes do Negócios e a sua empresa a receber o PME-Excelência.

A LPM, mantendo o foco na assessoria mediática e consultoria estratégica de comunicação, desenvolve trabalhos em mais de dez países, é o maior empregador do sector e está atenta e lúcida.

Nessa estrutura empresarial aproveito para mencionar 3 pessoas: Catarina Vasconcelos, a experiente directora-geral da LPM e que tem sobre si a responsabilidade de gestão das equipas e de manter os resultados no terreno; a Joana Machado, adjunta da administração e que tem um papel de conselheira muito importante e com um brilhante trabalho com o novo site; e o João Paixão, importantíssimo na gestão e administração e que com argúcia tem desenvolvido outros projectos pessoais.

Tal como a LPM, o Luís Paixão Martins mantém-se atento e muito lúcido. Voltou aos blogs e com excelentes resultados e trabalha no Facebook como poucos o sabem fazer, gerindo a sua reputação e a dos clientes da sua empresa. E mantém o bom humor, algo que caracteriza as pessoas inteligentes.

Pedro Rodrigues

Já disse várias vezes que a comunicação é tudo e que no mercado de Conselho em Comunicação há áreas que são muito importantes para desenvolver a reputação e dar visibilidade a pessoas, empresas, instituições e Marcas.

O Pedro Rodrigues percebe mais de comunicação do que alguns cavalheiros que se julgam figuras e que até hoje nada provaram.

É um mestre nos eventos, a sua empresa a Desafio Global é a chefe de fila do universo Ativism (que também ganhou um prémio esta semana enquanto PME-Líder), uma empresa de comunicação integrada e que quer ser líder em todos os sectores onde intervém.

Pois a Desafio Global é líder, foi a empresa portuguesa mais premiada internacionalmente e também por cá. Trabalha grandes empresas com sucesso, com inovação e profissionalismo.

Os eventos são um braço armado da comunicação e de grande visibilidade, criadores de buzz e que reforçam a reputação e notoriedade. O Pedro Rodrigues mexe-se no meio das grandes empresas é um homem de influência mas mantendo sempre a discrição.

O Pedro é um líder, motivador, integrador, inspirador, como um líder deve ser. E na saga de crescimento que a Ativism pretende, o Pedro Rodrigues estará na vanguarda desse crescimento.

Os 103 anos de Oscar Niemeyer

Se há figura que perdurará para sempre na história do Brasil será Oscar Niemeyer.

Para quem já leu a sua autobiografia, "As Curvas no tempo", sabe que é um homem coerente, manteve-se fiel sendo comunista toda a vida.

E sobretudo foi o pai da revolta dos arquitectos contra a linha recta. Inspirava-se dizia ele nas curvas das montanhas que dão beleza ao Rio de Janeiro ou nas curvas das belas mulheres cariocas.

Depois desenhou o sonho de um homem, para mim um dos maiores presidentes do Brasil, Juscelino Kubitschek, e criou Brasília, aquela capital de espaços e que respeita o horizonte marcado pelos seus belos e arrojados edifícios.

E com 103 anos celebrados ontem continua com dinamismo, a acompanhar os projectos do seu atelier e a ter intervenção pública. Um grande homem Oscar Niemeyer que pode ver neste artigo do El Pais.

Oráculo (181)

«Sê corajosa, o resto virá por ti»

Carta de Nehru para a filha Indira Gandhi

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Joana Mil-Homens na FOX

Já ontem tinha deixado em aberto o irresistível convite que a Joana Mil-Homens tinha tido. Pois é, parece que há vida fora de certas empresas afinal, ao contrário do que um pateta dizia.

A Joana Mil-Homens estava a fazer um bom trabalho na Next Power e dizem-me que gostava muito de lá estar integrada na equipa do Rodrigo Moita de Deus. E parece que também por lá gostavam dela.

Mas o convite para responsável de comunicação e relações públicas da FOX e afins era irrecusável. Lendo a notícia da Briefing vê-se que a Joana, uma consultora de grande talento e visão estratégica, passou por empresas de referência com lideranças credíveis como a Porter Novelli, Pure Ativism e Next Power.

Desejo as maiores felicidades ao seu trabalho. Sempre a torcer por ela.

Oráculo (180)

«Sempre acabamos adquirindo o rosto das nossas verdades"

Albert Camus

Parabéns ao Telmo Carrapa

Hoje é o aniversário do primeiro ano do blog de comunicação do Telmo Carrapa, «Comunicações ou Não».

E espero que ele escreva mais vezes, pois é um bom blog, onde todos podem captar as opiniões e experiências de um dos melhores consultores do mercado.

Para celebrar este aniversário decidiu convidar uma série de pessoas para escreverem sobre a importância dos blogs de PR/Comunicação. Os convidados foram a Alda Telles, o António Marques Mendes, João Villalobos, Jorge Azevedo, Renato Póvoas, Rodrigo Saraiva e eu próprio (e ainda mais uma pessoa que se espera que ainda dê a sua contribuição). Pode ler todos os textos por aqui.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O meu dream team 2010

Este ano tenho uma lista grande e de grande qualidade. E junto mais algumas áreas. O critério é meu. É o que me apetece e, naturalmente, há muita gente no mercado que não conheço e trabalha muito bem e com qualidade.

Consultores de Comunicação

João Villalobos – um amigo, discreto, com visão global das coisas, grande redactor, homem culto e sempre uma mais valia em qualquer trabalho

Mariana Rasteiro (GCI) – uma grande profissional e experiente que guindou a área de saúde da GCI a uma das mais importantes do mercado

Carlos Monteiro (M) – um jovem talento em que muito aposto e a quem já disse que o seu problema é tornar-se um bocadinho mais institucional. Desde miudo sempre ambicionou trabalhar na assessoria mediática e tem condições para isso

Joana Mil-Homens (vão ter uma surpresa quando souberem onde está. Apesar de ter sido muito feliz na Next Power e gostarem dela, aceitou um convite muito interessante) – uma das minhas preferidas, grande talento, agora está na altura de ganhar responsabilidades.

Rodrigo Saraiva (Next Power) – um diplomata, já um nome conhecido, já convidado para conferências e uma das pessoas que melhor conhece o mercado. E informação é poder.

João Malha (CV) – estava cá o ano passado e volta. Em determinado trabalho a culpa nunca foi dele, mas do maior flop como pessoa que existiu em Portugal...

Joana Machado (LPM) – a menina de ouro.

Carlota Burnay (Imago) – uma das pessoas que eu mais gosto do mercado. Energia, profissionalismo, uma das bandeiras da Imago.

José Pedro Abrantes (CV) – para provar a minha memória, nos anos do irmão dele mais novo, há muitos meses, já lhe dizia que apareceria aqui. Bom tipo, seguro, bom profissional.

Sandra Silva (LPM) – uma das mais fortes consultoras e com áreas de actuação muito valiosas. Só podia estar aqui.

Inês Santos (PressDirecto) – o ano passado estava aqui e volta. Uma das mais eficazes consultoras em back-office, do melhor que há no mercado, e agora com mais responsabilidades.

Sónia Marques (Adidas) – passou para o lado das empresas. Pessoa que muito gosto e que ajudei no momento certo quando ela precisou. Uma das pessoas que sigo com muita atenção.

Miguel Morgado (CV) – o melhor relações públicas que conheço masculino, nunca ouvi uma pessoa dizer mal dele. É meu afilhado de casamento, logo, desempenho aqui a função de padrinho.

Renata Pinto (GCI) – uma excelente consultora, muito simpática e atenta e que se destacou na área da Saúde.

Inês Saraiva (Special One) – está desde o início comigo aqui na empresa, das pessoas que melhor conhece a minha cabeça, é a única que adivinha o meu passo seguinte. Excelente consultora, muito atenta, com uma visão global de tendências invejável.

Alexandre Guerra (Special One) – estava aqui o ano passado e fui buscá-lo à GCI. Está a fazer um trabalho sensacional com os vários clientes que acompanha. Escreve muito bem, ponderado e é um consultor muito respeitado pelos colegas.

João Camolas (Câmara de Lisboa) – um dos meus consultores preferidos e a fazer um grande trabalho com o seu vereador.

Fernando Moreira de Sá (Maia) – uma revelação do ano e a conduzir a comunicação de uma das câmaras onde há muitos anos trabalha muito bem Bragança Fernandes.

Telmo Carrapa – um dos melhores consultores do mercado e uma das pessoas de bom senso e que mais respeito.

Eventos

Vera Rodrigues dos Santos – a raínha dos eventos, como já lhe chamei.

Daniela Dias – era uma das mais simpáticas e empenhadas colegas que tive. E é muito boa nesta área.

Marketing

Maria Luís (B-Marketing) – a melhor relações públicas do mundo, com um trabalho notável com “Briefing”, Advocatus” e “Fibra”

New Business

Teresa Roque de Pinho (Personal Time) – foi a revelação de um PR After Work, grande presença, grande discurso, espertíssima, óptima vendedora.

Projectos editoriais
Rui Camarinha (GCI) – era luxo tê-lo a produzir conteúdos

Carlos Martinho (GCI) – apesar de estar com outros projectos, por ter sido jornalista numa revista de trade é das pessoas que melhor conhece o mercado e é sempre um gosto conversar com ele. É um grande talento a acompanhar.

Gestão

X– estaria aqui uma pessoa que me pediu encarecidamente num almoço no Olivier do Tivoli para não o colocar pois é discreto. Há umas pessoas que estão aqui nesta lista que hoje se vão meter com ele.

Nuno Mendão (GCI) – profissional com diversas valências pois já trabalhou na publicidade, agências de meios e comunicação, que é o que mais gosta. Uma pessoa extremamente importante numa organização.

Jornalista

Rui Oliveira Marques (Meios & Publicidade) – há quem goste e há quem não goste. Isso diz muito sobre a importância do seu papel. Eu gosto e é de longe o melhor jornalista a acompanhar o nosso mercado da comunicação.

Oráculo (179)

«Calculismo e avaliação. Paciência e oportunismo, intuição e análise, estilo e objectividade...estratégia e tácica, planeamento e reacção. O sucesso deriva do equilíbrio destas forças e do controlo dos seus poderes inerentes»

Garry Kasparov

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Como um outdoor ajuda uma cidade

Neste caso não foi um, foram dois. O PPD/PSD em Lisboa decidiu colocar dois outdoors na Duque de Àvila, nas entradas dessa artéria com visibilidade para a Avenida da República, alertando para o período infernal de obras paradas naquela rua de Lisboa que parecia não ter fim.

E o desleixo estava à vista, pelo que me contam o problema nem era tanto de Sá Fernandes mas mais do vereador Nunes da Silva que se envolveu no assunto e não tinha de se envolver, algo em que infelizmente tanto ele como a sua colega de associação cívica (que formou acordo com António Costa), Helena Roseta,parece que são pródigos.

Pois bem, a comunicação política resultou e os outdoors foram eficazes pois as obras de imediato voltaram à Duque de Ávila. E assim dois outdoors e boa oposição de Pedro Santana Lopes, que até tem sido construtiva, ajudaram a que os moradores e comerciantes ficassem mais tranquilos e uma cidade que fica mais cuidada e arranjada.

Boas Festas e desejos para 2011

Prefiro desejar já Boas Festas e um feliz ano de 2011 a todos os leitores que passam por aqui os olhos. Que seja um bom ano em termos pessoais e profissionais para todos com saúde, sorte e sucesso.

É que daqui a uma semana já muitos estarão cansados com os cartões de Natal que irão receber. E, por certo, este será um ano em que através das redes sociais muito dinheiro será poupado em comunicações, pois aqui podemos transmitir os nossos votos de maneira fácil e chegando a todos os amigos.

Desejo que Portugal saiba navegar melhor entre a crise; que as empresas, instituições e pessoas confiem mais no mercado de Conselho em Comunicação; que todas as empresas apresentem bons resultados; que os consultores se sintam felizes e realizados com o seu trabalho; que haja decência e verdade.

PS: Nos próximos dias direi qual o meu dream team de 2010 e apresentarei as duas pessoas que considero as figuras da comunicação de 2010.

Os 80 anos de Sílvio Santos

É pouco conhecido em Portugal, pois o seu canal de televisão, SBT, nunca passou por cá.

Sílvio Santos é um dos maiores apresentadores do Brasil, fâs e adversários elogiam a sua energia de quem conduz o seu programa há décadas.

Há duas semanas foi tema de matéria da Veja pelas suas dívidas astronómicas, mas o seu império, segundo ele, dava para pagar tudo.

Aqui fica pelo Estadão a homenagem uma das personalidades mais importantes nos media, e até tentou uma candidatura presidencial, brasileiros.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Audiências

Ao sábado é sempre um dia difícil de audiências, dizem que é quando está menos gente á frente da televisão no prime-time.

Há um mês, Júlio Magalhães, director de informação da TVI, decidiu fazer uma aposta de risco e convidar dois políticos para comentadores do jornal Nacional.

Pois bem, ontem, pela primeira vez em muitos meses, e mesmo com um intervalo de 8 minutos pelo meio, a TVI e Pedro Santana Lopes conseguiram ficar no top 5 de audiências num sábado, saindo do quadro que aqui pode ver o Jornal da Noite da SIC.

E como todos sabemos demora tempo a criar um hábito. Marcelo não tinha as audiências que hoje tem no início da sua carreira de comentador televisivo. Por isso, saúde-se a aposta de Júlio Magalhães. Pedro santana Lopes ontem esteve brilhante nos melhores do ano.

Oráculo (178)

«Este Governo é um outdoor da crise»

Miguel Relvas

Um amigo de Portugal e o Tea Party

Ainda escreve num caderno e depois é que passa tudo para uma máquina de escrever para concluir os seus livros.

Desde a "Trilogia de Nova Iorque", que para mim continua a ser o seu melhor livro, Paul Auster já várias vezes passou por Portugal e Lisboa. E gosta de nós.

Gosto de ler entrevistas de alguns escritores, pois apesar de habitualmente "engajados" com posiçõess de esquerda, na maior parte dos casos ainda são uma referência de bom senso sobre os problemas do nosso tempo.

Aqui no El Pais, em torno do seu novo livro e da cidade que mais ama, Nova Iorque, Auster prevê o fim do Tea Party, «o produto de uma classe média acomodada» e nova vitória de Obama.

sábado, 11 de dezembro de 2010

A piada do dia

Leio no DN que Silvio Berlusconi se «voluntariou para fazer os castings» das futuras hospedeiras da linha de alta velocidade.

O príncipe do bunga-bunga é mesmo impagável. E não tem cura.

A Rede Social

Fui ver ontem o filme do David Fincher com argumento do Aaron Sorkin, criador do West Wing, sobre o nascimento do Facebook.

Fiquei a saber que como qualquer "inventor", Mark Zuckerberg mais do que uma figura inspiradora é um "nerd" que vivia num mundo próprio e que nem se apercebia que andava todos os dias de chinelos com meias brancas de desporto.

O filme tem um ritmo vertiginoso, a música e o argumento contribuem para isso, mas é fracote eu sou fã do Fincher que tem outro filmes geniais já por si assinados. "Seven", "Fight Club", "The game" ou "Zodiac" por exemplo.

Zuckerberg é o mais jovem milionário de sempre porque criou uma rede "exclusiva" em que muitos estabelecem contactos e ultrapassam a solidão.

E como vemos no princípio e final do filme, muitas coisas na vida são espoletadas por uma mulher.

Oráculo (177)

«Pensar é um acto. Sentir é um facto»

Clarice Lispector, "A Hora da Estrela"

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um jornal para o Facebook

Vejo aqui pela Briefing que vai surgir um jornal para o Facebook. O Post Post.

Sugestões de fim-de-semana (9)

Fim de semana já com ambiente de Natal e sem campeonato de futebol dá tempo para algum lazer mais alargado.

Livros

Sargento Getúlio, João Ubaldo Ribeiro, Edições Nélson de Matos, 260 páginas. Gosto muito do humor deste contemporâneo brasileiro. Fez sucesso com "Viva o povo brasileiro" e "A casa dos budas ditosos". Aqui um homem rude e ignorante transporta um preso para o Sergipe e vai recordando o seu passado violento.

Roma Eterna, Robert Silverberg, Europa-América, 352 páginas. Um clássico da ficção-científica. A imaginação leva este autor para um mundo, o nosso, onde os romanos continuaram o seu império. O que caíu às mãos dos bárbaros. Como seriam os nossos tempos e o do futuro se Roma tivesse sido eterna no poder.

Blake&Mortimer-A Maldição dos 3o Denários, Van hamme, Sterne e De Spiegler. Blake & Mortimer são uma das minhas BD preferidas. E as suas aventuras estão de regresso. Não tem o mesmo fulgor da "Marca Amarela" ou a descoberta do "Enigma da Atlântida", mas é sempre boa BD.

Cinema

12 Homens em fúria, Sidney Lumet, com Henry Fonda. Um clássico com muias nomeações para Óscares, nomeadamente melhor filme. Onze jurados convictos que o réu é culpado, mas um tem dúvidas. é um aperitivo para um grande filme.

Escândalo na TV (Network), de Sidney Lumet, com um genial Peter Finch (inesquecível papel), Faye Dunaway, William holden, Robert Duvall. Para mim o melhor filme sobre o mundo da televisão e que a Academia de Hollywood soube reconhecer. O esgotamento do pivot e todo o universo á sua volta é fascinante.

A loucura do Rei George, de Nicholas hytner, com Nigel Hawthorne, Helen Mirren, Ian Holm e mais outros grandes acores ingleses. Um filme que ainda não tinha em DVD e que levou o "Sir Humphrey" do "Yes, Prime Minister" á nomeação para melhor actor. Uma intriga na côrte e um rei que diziam louco.

Revistas

Vanity Fair (espanhola)- Nunca me canso de a divulgar, uma das que me dá mais prazer ler. Este mês o grande tema é isabel preysler, a raínha "del corazón", mas tem Cary Grant e o LSD, fotos de festas diversas, Lindsey Lohan, etc

GQ (americana) - Elege "babe of the year" a deslumbrante em magníficas fotos Scarlett Johansson, mas ainda traz peças sobre michael Bloomberg, Jeff Bridges, james Franco, Joe Biden. Uma grande edição.

Música

Erykah Badu - o novo cd dela é mais uma pérola para a sua discografia. Uma voz fantástica, produção cuidada e elegante. A comprar.

Jamiroquai - o novo cd tem três músicas geniais e o resto é fraquinho. Esperemos por remixes para ver se vem algo de melhor. Mas este cd é dos mais fracos da sua carreira. Mas deixo a sugestão pois Jamiroquai tem milhares de indefecíveis, entre os quais eu.

Oráculo (176)

«Tira um coelho da cartola. O segredo é esse na advocacia e na vida»

Denny Crane, a figura da série Boston Legal

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os meus prémios de comunicação

Confesso que há uma semana ganhei o meu primeiro prémio de comunicação. Deram-me uma pequena estátua em forma de gato com uma frase de Oscar Wilde: «Genious is born, not paid». E já está aqui na minha mesa de trabalho.

Talvez porque se lembrem que eu costumo dizer que «não compro prémios nem assinaturas».

E queria desde já anunciar que na próxima semana escolherei o meu «dream team» e a figura da comunicação do ano.

Aviso que quem estará na minha lista não comprou nada, nem subscreveu milhares de assinaturas do meu blog.

Provavelmente a campanha mais ridícula do ano (3)

Lembram-se que já aqui reproduzi dois ridículos filmes publicitários da EMEL. Empresa Municipal de Extorsão dos Lisboetas como a apelidou o Manuel Falcão. Deixo este triste exemplo.Pois bem, mão amiga fez-me chegar a "inspiração" de onde foi retirada a inspiração para a medíocre campanha da EMEL. É que podiam ser um bocadinho mais discretos, não há coincidências. Vejam lá se não é "parecido", é da Vodafone Itália

Julia Pinheiro na SIC

O DN hoje faz notícia com esta mega transferência, Julia Pinheiro diz que não. Mas o diário mete fontes anónimas com declarações muito duras sobre a sua possível saída. Veja aqui.

Já se esperava este tiroteio em série entre as duas estações privadas. Começou com as novelas, mas a saída de fátima Lopes para a TVI abriu ainda mais as hostilidades.

A pouco e pouco, juntando Gabriela Sobral e Manuela Moura Guedes, muitas das tropas de José Eduardo Moniz estão a seguir o caminho de Carnaxide. Só falta mesmo Moniz.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Oráculo (175)

«Assim que abolimos Deus, o governo tornou-se Deus»

Chesterton

«O senhor do Adeus», um fenómeno das redes sociais

Toda a gente já tinha visto aquele senhor, toda a gente lhe apitou, toda a gente lhe acenou, toda a gente comunicou.

João Serra, não sabíamos o nome dele, ia para o Saldanha e para o Restelo comunicar. Dizia adeus para matar a solidão, um dos fenómenos que mais afecta as sociedades modernas.

Na hora da sua morte, tornou-se um fenómeno viral, criaram-se grupos nas redes sociais e depois manifestações espontâneas para o homenagear. Um dos mais bonitos textos foi de Pedro santana Lopes no seu blog que se chamava "Olá a Deus".

Agora a o PSD em Lisboa pediu uma estátua dele no Saldanha, uma homenagem a um comunicador. Pode ler por aqui.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Oráculo (174)

«Tem mais fé na nobreza de carácter do que num juramento»

Sólon

PS: retirado do mural do facebook da minha amiga e ex-colega de Católica, Joana Cortez

Quando os jornais vão aos blogs

Já sabemos que hoje podia haver uma greve geral de jornalistas que não haveria falta de informação.

Hoje, todos podem produzir conteúdos, alguns mais amadores outros mais profissionais, é o lado aberto das redes sociais.

Nos blogs há bom comentário e também há boa informação. Por vezes o que me deixa estarrecido é o tempo que os media tradicionais levam a apanhar bons conteúdos informativos.

Há dias falei das brincadeiras perigosas de Cantona com a banca, algo que já está no You Tube há mais de uma semana. Os jornais portugueses demoraram a dar importãncia.

Há uma semana Luís Paixão Martins revelou o novo projecto editorial de Emídio Rangel e Rui pedro Soares. A Vespa do DN esteve atenta no sábado, hoje o Público faz notícia assinada por duas jornalistas seniores com o conteúdo total do Lugares Comuns.

E faz algo de bem: cita a fonte. Pois é, se os jornalistas andarem mais atentos são capazes de descobrir que o Conselho em Comunicação é parceiro e amigo e que as redes sociais projectam conteúdos que não podem passar ao lado dos media tradicionais.

A importância da altura na política

Há uns anos atrás, nos EUA, foi feito um estudo que revelava que em mais de 75% das vezes ganhou sempre o candidato presidencial mais alto.

A estatura, a imagem, tudo é importante sobretudo no campo subliminar da comunicação política. Um homem mais alto, mais forte, tem uma imagem mais segura nas áreas da percepção e persuasão, os campos fundamentais do Conselho em Comunicação. Se nunca repararam nisso, vejam com mais atenção.

Por isso, esta notícia de um homem baixo, que usa saltos altos para tentar chegar à altura da mulher e esta preocupação de Sarkozy para na Índia ter guarda-costas baixos pode parecer ridícula, mas é preocupação de um político muito cuidadoso com a sua imagem.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A mudança do Facebook por Mark Zuckerberg

O facebook está a mudar as páginas dos que o usam. A explicação pelo próprio autor, Mark Zuckerberg no El Pais.

«As empresas e os produtos vão ser reinventados para serem mais sociais».

Oráculo (173)

«A felicidade é algo fugaz, sentir-se realizado talvez seja um sentimento mais duradouro»

Nehru

domingo, 5 de dezembro de 2010

Lula não abandona a política

Acho que não é muito boa notícia para Dilma. Na Argentina, o ex-presidente brasileiro diz que vai andar por aí.

Assim, cada erro da sua sucessora vai ser comentado e naturalmente vai haver interferências. O que é preocupante. Pode ver por aqui no Estadão.

Outro sinal preocupante é a escolha para chefe da Casa Civil no Planalto de António Palocci, indiciado por corrupção e que esteve envolvido em várias tramas de dinheiro do PT.

Oráculo (172)

«Não conheces os limites da tua força, não sabes o que fazes. Não sabes quem és»

Eurípides

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sugestões de fim-de-semana (8)

Depois de ter apanhado um gelado sábado para ir comprar jornais e dar um salto á mercearia do sr. Alberto, simpático líder de opinião da minha zona aqui do Arco Cego, que me avisou: «vem aí neve», deixo umas sugestões para este fim-de-semana.

Livros

Um Traidor dos Nossos, john Le carré, D. Quixote,407 páginas. Adoro Le Carré, por isso é sempre uma prioridade. Li-o todo no feriado, já li melhor dele, mas a trama magnífica que envolve um "lavador" de dinheiro das mafias russas e um professor de Oxford e o regresso da espionagem ao mais alto nível é fenomenal. O melhor diálogo, o Luís Paixão Martins já se tinha antecipado a mim está aqui.

O Sonho do Celta, Mario Vargas Llosa, Quetzal, 436 páginas. Se perguntassem a algumas pessoas qual era o meu escritor contemporãneo preferido, as que me conhecem diriam sem hesitar: «vargas llosa». Já comecei a ler mas não estou entusiasmado, mas escrve como poucos o peruano. Mas recomendo sempre, ainda mais agora depois do Nobel pois as livrarias portuguesas estão com várias obras dele em destaque. Sugiro que comecem pela "Conversa na Catedral", para os que nunca leram nada dele.

Cinema

Laura, Otto Preminger. Um dos meus filmes preferidos. Com a inesquecível Gene Tierney e uma das personagens mais irritantes da história do cinema waldo Lydecker (o actor Clifton Webb, um secundário de luxo). Film Noir no seu melhor, fotografia e música fantástica. Ah! esqueci-me de avisar é a preto e branco e há alguns parolos que dizem «não vejo filmes velhos». Pois...

Pale Rider (justiceiro Solitário), Clint Eastwood. A coroação deste génio de Hollywood veio com "Imperdoável", mas regressem uns anos atrás e vejam este grande filme, um western duro, com um duro de coração sensível na arte de realizar.

Televisão

Good Wife, três episódios na Fox Life amanhã a partir das 14h. Já chamei a atenção para esta série que é das melhores que passa actualmente.

Restaurante

A Colina. Boa comida portuguesa na zona do Saldanha, na Luís Bívar, serviço à antiga com chefe de mesa. Bom arroz de marisco descascado e uns croquetes com savora para entrar.

Ninguém ouviu Cavaco? E o que fez?

Cavaco Silva diz que previu com sete anos de antecedência o que se passa hoje. Pode ver aqui.
O seu discípulo Durão Barroso, provavelmente como no Congresso de Viseu do PSD já lá vão uns anos, diria que foi uma «espécie de misto Zandinga/Gabriel Alves».

O problema é: o que Cavaco fez antes e que levou Portugal a este estado de coisas e a revelação da sua falta de autoridade para fazer algo depois das suas previsões.

Pois é, a esfinge de Belém ás vezes fala umas coisas incompreensíveis.

Oráculo (171)

«Nunca acredites numa mulher bonita. São uma classe criminosa, a melhor que há»

John Le Carré, in "Um Homem muito procurado»

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Oráculo (170)

Lutar e vencer todas as batalhas não é a glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar.

Sun Tzu

Portugal não é a Albânia

A derrota na candidatura ibérica ao Mundial 2018 é péssima para Portugal. Somos um país que habitualmente temos tido sucesso e reconhecimento por isso na organização de grandes eventos.

O investimento era mínimo e o retorno seria magnífico. Um Mundial de futebol por cá transmite um entusiasmo, uma nova dinâmica na nossa economia, abre as portas ao turismo, promove internacionalmente a Marca Portugal.

Como salientou bem Luis Paixão Martins, ontem na TVI 24, naquele ano serão muitos os congressos que serão desviados para a Rússia, logo não virão para Portugal.

Portugal não está bem é um facto, mas não podemos ser os próprios a querer que Portugal seja uma miserável Albânia da Europa, ao jeito dos tempos de Enver Hoxa (para quem não sabe, o líder albanês nos tempos da cortina de ferro).

«Pobre gosta de luxo, quem gosta de pobreza é intelectual», dizia o carnavalesco Joãosinho Trinta. Eu julgava que Portugal e Espanha tinham condições de ganhar, mas outros valores se levantaram.

É tempo de outros tribunais indagarem se há ou não subornos na UEFA e na FIFA, ou no COI, quando se escolhe a sede dos Jogos olímpicos. Fará sentido duas grandes organizações seguidas de futebol em países de leste? Julgo que não.

Portugal deve candidatar-se noutras oportunidades e o governo português deve dar todo o apoio aos grandes projectos de eventos internacionais a realizar na nossa terra, são oportunidades únicas de projecção da nossa Marca.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ernâni Lopes: um grande português

Sempre tive imensa admiração por Ernâni Lopes. Um homem que transbordava tranquilidade e bom senso.

Foi graças a ele que Portugal ultrapassou a bancarrota, num governo de salvação nacional com também a entrada do FMI, e é irónico o destino que dita que ele parta no momento em que é óbvio que o FMI vai entrar.

Ernâni era muito mais que um economista de reputação elevada, era um homem que via Portugal com estratégia e um pensamento coerente.

E é uma perda lamentável de um homem sério, honesto, com ética, num tempo em que a "chica-espertice", a vigarice, a falta de escrúpulos e de ética é algo que tenta pontificar. Que o seu exemplo perdure.

Oráculo (169)

«Na escola da vida não há férias»

Jorge Amado, in "Os Pastores da Noite"

O novo agregador de conteúdos da GCI

Quero saudar este novo agregador de conteúdos da GCI, O Meu Bem Estar, que vejo pela Meios & Publicidade.

Dar uma palavra de apreço profissional e amizade ao Rui Camarinha e ao Carlos Martinho que habitualmente são os que estão por trás destes conteúdos da GCI.

E numa área muito interessante e que cada vez mais desperta curiosidade. Saúde, nutrição, qualidade de vida. Vou acompanhar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O negócio do Mundial 2018 em Portugal

Gilberto Madaíl explica aqui.

Oráculo (168)

«Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos»

Leonardo Da Vinci

Guess What on fire

Graças ao Rodrigo Saraiva fiquei a conhecer o Jorge Azevedo e o Renato Póvoas. No princípio da minha carreira em Conselho em Comunicação fizeram um passatempo baseado em mim, sem me conhecerem.

A mim deu-me imenso jeito como já lhes disse, mas não os conhecia na altura. Depois de um sushi fiquei a gostar bastante deles, pela tranquilidade e boa disposição, profissionalismo e boa energia que emanam.

Sigo com muito interesse a actividade da Guess What e para lá disso acredito no mercado brasileiro e da América Latina. Acho, como já lhes disse, um bom passo, uma aventura sólida e desejo uma excelente parceria. Que podem espreitar via PiaR.

Nunca me esqueço de um post do Telmo Carrapa que apostava em nós (eu e eles)e mais no Miguel Moreira Rato para figuras a acompanhar no Conselho em Comunicação na próxima década. Eu gosto de pressão e mind games (como muitos sabem) por isso temos responsabilidades acrescidas.

A Guess What é uma boa empresa e uma operação a acompanhar. Pois tem dado passos seguros sem disparar tiros no vazio, tem sabido crescer tranquila sem se endividar. Eu também aposto no Jorge e no Renato.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Essa agora...! Endereços de internet em extinção?

Vejo pela Fibra, algo que pode assustar a malta.

Oráculo (167)

«A mentira nunca sobrevive até alcançar idade avançada»

Sófocles

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Já patinou em plástico? Lisboetas enganados

A Câmara de Lisboa anunciou com pompa e circunstância «uma pista de gelo e um carrosel francês» em pleno Rossio como animação de Natal. Afinal o gelo é de plástico como pode comprovar por aqui.

Numa cidade, como relembra bem uma empresa, que já teve pelo menos duas pistas de gelo (no tempo de Pedro Santana Lopes, uma ao pé do IADE e depois outra ao lado do Museu da Electricidade) é defraudar as expectativas dos lisboetas.

Leio no Público que a CML até agora não comentou. Foi apenas publicidade enganosa, julgo. Um tiro no pé.

Provavelmente a campanha mais ridícula do ano (2)

Lembram-se do filme publicitário em que a EMEL gastou uma pipa de massa em que um senhor e umas senhoras aparecem a dar os parabéns a umas senhoras e que eu reproduzi na semana passada?

É que a EMEL gastou em mais filmes e todos tão ridículos como o anterior. Deixo esta pérola de pirosice e falta de gosto, e falta de respeito por quem a paga, da empresa a que o Manuel Falcão chamou a Empresa Municipal de Extorsão aos Lisboetas, a EMEL. Vejam bem aqui o ridículo.

Mourinho vs. Guardiola

É o jogo mais mediático do ano, Barcelona-Real Madrid, as duas melhores equipas da actualidade, os melhores jogadores, os melhores treinadores. Fica a análise a Mourinho e Guardiola por parte de Pedro Gioya, do Instituto de Liderança espanhol que o Record ontem publicou.

José Mourinho

«É um líder nato, com laivos de maquiavelismo. Ou seja, para ele os fins justificam os meios. Como treinador gera dependência nos jogadores, adeptos e meios de comunicação. Magnético e mediático, não permite divergências no seio do seu grupo»

Pep Guardiola

«Não se quer impor à primeira, preferindo que ao longo do tempo se entenda o seu valor. Como líder tenta encontrar um compromisso por parte daqueles que trabalham consigo, de modo a manter a paz. Mas se for necessário, é implacável»

Oráculo (166)

«É bonita, é feliz no Alasca e espero que fique lá»

Barbara Bush sobre Sarah Palin

domingo, 28 de novembro de 2010

«A religião do número»

O título é um soundbyte de Nicolas Sarkozy. Eu costumo dizer que números são para contabilistas.

Bruxelas, Londres e Paris vão estudar a qualidade de vida e o ranking de satisfação dos seus cidadãos. Não vão olhar apenas a números, mas a outros valores que escapam à religião do número. Veja por aqui.

Oráculo (165)

«Sinto-me no direito de ser diferente de todos os que aceitam a mediocridade»

Vencer, filme de Marco Bellochio

sábado, 27 de novembro de 2010

Manuela Moura Guedes na SIC - Confirma-se

Há um mês escrevi isto. No jornalismo, e eu fui jornalista alguns anos, as notícias são baseadas em factos que o jornalista assina, depois de ouvidas e recebidas fontes credíveis.

Mas há um lado de intuição no jornalismo que leva os mais sagazes, a partir de determinados pormenores e do conhecimento do universo mediático, que encaminha a intuição para a busca da história.

Esta não era preciso ser muito sagaz para adivinhar. E apesar das reticências iniciais de Carnaxide, estava escrito nas estrelas que a SIC faria esta boa contratação. Hoje, o Expresso traz a confirmação que já negociações para um formato de notícias.

Como escrevi no post atrás referido, será um jornal de assinatura jogando com a sua personalidade polémica e forte. E a SIC precisa disso como pão para a boca.

Oráculo (164)

«A sorte bate à porta de cada homem pelo menos uma vez na vida. Há que abrir-lhe a porta nesse preciso momento e convidá-la a entrar»

Vencer, filme de Marco Bellochio

Marinho Pinto reeleito Bastonário dos Advogados

Vejo através da Advocatus que o actual Bastonário se reelegeu. Os outros candidatos eram fraquíssimos. Luis Filipe Carvalho é uma figura perfeitamente irritante e Fragoso Marques não existe.

Mas Marinho Pinto é muito mau. É um advogado de pequena dimensão que se mediatizou e que fundamentalmente é do agrado dos mais jovens.

A imagem da Ordem degradou-se com a sua liderança tornando-se basicamente um sindicato. Marinho é um troglodita, um tipo que dispara sobre tudo o que mexe, nervoso e ambicioso, logo, perigoso.

Foi o primeiro Bastonário a dar um salário a si próprio, possivelmente acima dos rendimentos que obtinha enquanto advogado. E é uma figura que não honra a classe. mas registo que teve mais de 20 mil votos o que de facto diz muito sobre os concorrentes que teve.

PS: Agora que acaba a corrida ali para a cadeira próxima do Coliseu, voltam-se as atenções para os Médicos. Ali, o que está a correr na frente é José Manuel Silva, que é presidente da secção centro desta Ordem. Uma figura polémica com um discurso muito parecido ao de Marinho Pinto e que também quer dar um salário a si próprio e, dizem-me, que patrocinado pela indústria. A sua principal concorrente é Isabel Caixeiro, a presidente da secção sul, uma moderada, que com a experiência da continuidade quer fazer a mudança que é o regresso da participação dos médicos nas lutas da sua classe.

Sugestões de fim-de-semana (7)

Para um muito frio fim-de-semana de clássico Sporting-Porto deixo as seguintes notas

Livros

Vício Intrínseco, de Thomas Pynchon, Bertrand, 400 pág. É um dos melhores escritores americanos e provavelmente dos mais desconhecios em Portugal. E sempre apontado ao Nobel. Aqui sigam as aventuras de Doe sportello o homem que sabe que o amor não passa de mais uma palavra que anda na moda.

A Quinta dos Animais, de George Orwell, Antígona, 156 pág. É uma nova edição com o título original da obra de Orwell, é um pequeno grande clássico em boa edição e que é indispensável ler para quem não o fez.

Cinema

Gattacca, de Andrew Nicol. Um filme de que gosto muito, um clássico já de ficção científica com Jude Law, Ethan Hawke, Uma Thurman. Sobre numa sociedade futura como uma pessoa tenta fugir a um destino certo.

Vencer, de Marco bellochio. Já o tinha referido, mas como está à venda em DVD aconselho este grande filme italiano. Sobre a ascensão de Mussolini e como este repudiou e matou a mulher que o ajudou e o seu primeiro filho. Grande filme meus amigos.

Música

Style Council. Ontem quando cheguei a casa estive a ouvir diversas músicas da banda de paul Weller, um grande nome da música britânica e que tradicionalmente foi sempre um dos nomes da cultura que apoiou o Labour. Revejam e ouçam esta banda dos anos 80, quem não conhece que páre para ouvir onde possa.

Restaurante

Horta dos Reis, em Gaia. Bom restaurante, recomendo uma açorda vermelha de marisco em pão gigante, ou risotto ou peito de perú, algo que deglutiram os meus convivas na passada terça-feira. espaço amplo, com muita luz, simpático e de grau de satisfação elevado.

Sair à Noite

Sou fâ dos espaços do meu sócio Frederico, por isso o novo Twins tem de estar nesta lista. Mas espreitem o clube exclusivo, só para 200 pessoas, ao lado do urban beach. Chama-se Wonder Klub e sendo um espaço dos Rochas, é liderado por dois bons amigos: o Sérgio Nóbrega e o Zé Paulo do Carmo. è o espaço mais bonito de Lisboa e bem em cima do Tejo. Nota engraçada: os dois espaços já convidaram para se fazer o PiaR After Work-Christmas. Vou transmitir ao Rodrigo Saraiva e ao Alex.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Campanhas políticas low-cost

Ainda não tinha colocado aqui o texto da Meios & Publicidade em que sou ouvido na área da comunicação polítca, juntamente com Jorge Teixeira, director criativo da Excentric, e André Rabanéa, dono e patrão da Torke.

O tema era as campanhas low-cost baseando-se na decisão de cavaco Silva não gastar dinheiro em outdoors e aproveitando a boleia para comentar o facto destas eleições presidenciais serem muito pouco inspiradoras.

Em duas semanas, a Meios (manchete da revista) e o Público (chamada de 1ª página) a falarem da Special One pelo valor do nosso trabalho e dos meus escritos e sem ter nenhum profissional a arranjar-me espaços nos media não é mau.

Oráculo (163)

«A web deu-nos a todos um enorme megafone»

Jeff Jaffe

Com Fibra

Ela aí está. A Fibra. O terceiro rebento da Enzima Amarela, de João David Nunes e João Paixão, a irmã da Briefing e da Advocatus.

Neste caso, agregam conteúdos na área das telecomunicações. Uma empresa com quem trabalho gostou bastante da reunião com o JDN, de quem é amigo há muitos anos, e com a Maria Luís responsável pelo Marketing.

Aliás, conto que quando lá cheguei a essa empresa em cima da mesa do meu amigo já lá morava a Briefing e a Advocatus, que são de facto duas boas publicações.

Quero saudar este nascimento e dar garantia que estarei atento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O silêncio da APECOM

Gostava de saudar a APECOM pela realização de duas iniciativas:

A primeira, apesar das minhas críticas construtivas, a consecução dos Prémios Reputação que era um objectivo da Associação. Frisando, no entanto, que não sou candidato a nada pois não compro prémios nem assinaturas.

A segunda, o trabalho de análise conjuntural sobre o sector de Conselho em Comunicação que é um trabalho válido e que é importante para todas as empresas, as que estão dentro e fora da APECOM.

Mas há algo que tenho de pelo menos registar, pelo silêncio público da APECOM.

O Fernando Fonseca, com coragem, e sendo um franco-atirador sem ligações ou coligações e não sendo segurança de ninguém, denunciou dois casos de links patrocinados sobre duas agências que integram a APECOM (deixo este exemplo).

As vítimas da sabujice e "chica espertice" do costume foram a Ativism (que está no Conselho em Comunicação representada pela Pure na APECOM) e a Parceiros de Comunicação, empresa que desde há muito tempo tem uma postura muito profissional mas muito serena e resguardada no nosso mercado, opção própria da Susana Monteiro Machado.

Vão-me responder: é legítimo e não é ilegal qualquer pessoa fazer aquilo. Pois está bem.

Mas acham ético andar a brincar aos "chicos espertos" com outras pessoas e agências sérias do mercado?

Quando determinado indivíduo escreve todas as pulhices que o seu actual estado psiquiátrico lhe permite sobre outra pessoa ou empresa que não são da APECOM, esta associação respeitável nada fala e não é juíz nem tribunal. Muito bem. Eu registo. E não ESQUEÇO!

Quando uma empresa se mete com outras empresas, todas do mesmo sector, todas pertencentes à mesma associação, e ninguém nada diz já me parece mais estranho. E vão dizer, quase que adivinho: a Ativism e a Parceiros não apresentaram qualquer queixa. Pois sim, são empresas discretas, mas ninguém viu o triste espectáculo de falta de ética e os comentários nas redes sociais?

A APECOM só teve tempo para ver os Prémios e o estudo de conjuntura? Acha que o mercado é uma selva onde qualquer vigarista escreve e faz o que quer, sem ética, sem formação humana, sem respeito pelos outros colegas do mercado?

Por isso, é que quando me falam de certas coisas e de certas figuras mantenho o que diz o poeta: «o copo é pequeno, mas só bebo do meu copo».

Provavelmente a campanha mais ridícula do ano

A EMEL é uma empresa com graves problemas de comunicação, também por ser uma entidade chata a quem circula em Lisboa. É que ninguém gosta da EMEL.

E, para mim, fez a a mais ridícula campanha do ano. Veja o filme por aqui.

Oráculo (162)

«O único objectivo do xadrez é provar a nossa superioridade em relação ao outro. E a superioridade mais importante, a mais completa, é a superioridade da mente. Isto significa que o nosso adversário tem de ser destruído. Completamente destruído

Garry Kasparov

Cavaco destruiu o PSD de Sá Carneiro

No mês passado escrevi isto sobre Cavacaco Silva.

José Miguel Júdice, pessoa por quem não tenho hoje muita simpatia, mas a quem reconheço a sagacidade analítica, arrasa por completo Cavaco Silva na apresentação de um livro sobre Francisco Sá Carneiro. Pode espreitar aqui o Público.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Boa promoção de Portugal

Portugal precisa de bom marketing. Esta é, inegavelmente, uma excelente promoção de Portugal.

E como um decote generoso pode lançar uma carreira internacional. Rita Pereira, que no futuro fará vários papeis de latina em Hollywood.

O EMMY para a novela da TVI

Não sou consumidor de telenovelas, mas naturalmente quem trabalha em Conselho em Comunicação deve estar atento a este universo que diz muito sobre tendências e as pessoas que vêem televisão.

E é daqui que saem as estrelas, é daqui que podem sair as caras que poderão ser referências para Marcas e produtos e é com elas que muitas vezes trabalhamos em comunicação.

O Luís Paixão Martins elogia aqui um homem, António Parente, que esteve na origem e sedimentação desta indústria que hoje é de sucesso em Portugal. Com este prémio a TVI vai fazer algo que Portugal muito necessita: exportar. E já há mercados que querem esta novela "Meu Amor".

É importante para Portugal ter marcas, neste caso nos conteúdos. A brasileira Globo e a mexicana Televisa durante décadas fizeram novelas que se tornaram casos de popularidade universal. Sónia Braga foi uma estrela com "Gabriela" e a mais esquecida Lucélia Santos foi um fenómeno de popularidade mundial com a "Escrava Isaura".

Portugal passa a ter hoje mais um produto com selo de qualidade: as novelas. Para lá do António Parente não esqueço a intervenção directa de José Eduardo Moniz na produção, argumento e escolha de actores das mesmas. A TVI está de parabéns.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O futuro do facebook

Para quem gosta do facebook como eu, deixo esta notícia da Briefing.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Oráculo (161)

«Em tempo de mentira universal, dizer a verdade tornou-se um acto revolucionário»

George Orwell

Brincadeiras perigosas de Cantona

Alguém mediaticamente forte a fazer um vídeo no You Tube apelando a que as pessoas retirem as suas poupanças dos bancos para os levar ao colapso é uma acção mediaticamente forte mas uma brincadeira muito perigosa. Ver aqui no Briefing.

Era uma vez na América com comunicação

Já me referi muitas vezes ao excelente trabalho do Nuno Gouveia no acompanhamento da política americana no seu blog Era Uma Vez na América.

Em tempos, em boa hora, a LPM chegou a patrocinar a sua ida à Convenção Republicana e vários foram as pessoas a acompanhar a boa informação que ele ali agrega.

Desta vez o Nuno chama a atenção para três textos da área da comunicação sobre os Estados Unidos. Um meu já aqui escrito, outro do Alexandre Guerra e outro do Luís Paixão Martins. Pode espreitar por aqui.

Oráculo (160)

«Qualquer tipo de preconceito constitui um dos obstáculos mais perigosos para a recepção de impressões novas e puras. Os preconceitos bloqueiam a alma, como a rolha no gargalo da garrafa»

Constantin Stanislavski

Special One é o melhor do Mundo

José Mourinho merece ser eleito o melhor treinador do mundo. Por tudo o que conseguiu e porque é mesmo o melhor. E ao seu estilo não tem problemas em o dizer. Aqui.

domingo, 21 de novembro de 2010

Os políticos e o Facebook

O Público, hoje num artigo com chamada de primeira página, fala sobre os políticos e as redes sociais. Decidiu ouvir-me e a outras pessoas sobre este tema. Aqui fica o link para quem quiser ver o que disse e continuarei a escrever em breve sobre este tema.

Uma boa ideia

Passou muito despercebida esta excelente ideia da EGEAC. Com o património histórico que temos há que o saber divulgar das mais diversas maneiras.

O Castelo de S. Jorge vai dar origem a um jogo de tabuleiro, em duas línguas, para cativar também os turistas, leio por aqui no CM. Excelente forma de promoção e comunicação de um dos cartões de visita de Lisboa.

sábado, 20 de novembro de 2010

Oráculo (159)

«Há uma tensão muito perigosa. se surgir uma força política a manipular os pobres vai correr mal»

Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, hoje no Expresso

O "reality show" de Sarah Palin

Foi muito comentado o novo "reality show" de Sarah Palin. É um jogo perigoso quando um político transforma a sua vida pessoal num espectáculo televisivo. Ganha notoriedade, mas perde sempre reputação.

O que é certo é que a Lady do Alasca, para lá dos seus comentários na Fox News, conseguiu agora 5 milhões de tele-espectadores com o seu programa e a sua filha também anda na edição americana daqueles programas de dança com famosos.

É uma políica, e uma família, que estão no ramo do "entertainment" para consolidar a sua força mediática. Duvido que esta cavalheira alguma vez tenha ouvido falar de Lisboa e a Cimeira da Nato para ela deve ser coisa bizarra.

A Vanity Fair espanhola, este mês, trazia uma reportagem de como o seu staff controla os media. Só fala para quem quer, só responde a algumas perguntas. Tenho a certeza que nos seus colaboradores há o pânico de mais gaffes memoráveis. Enquanto isso ela vai vendendo a sua imagem como retrata o El Pais.

Sugestões de fim-de-semana (6)

Num fim-de-semana marcado pela Cimeira da Nato e pelo mau tempo deixo aqui sugestões:

Livros

A casa dos sete pecados, de Mari Pau Domínguez, Editorial Presença, 310 páginas. Para quem gosta de saramago, diga-se que é um livro recomendado por ele. É passado na corte de um dos homens mais poderosos do mundo do seu tempo: o Rei Filipe II de Espanha. A recriação histórica é fantástica e os diálogos muito bons

Bismarck-O homem e o estadista, A.J.P.Taylor, Edições 70, 280 páginas. Para quem gosta de grandes líderes, os primórdios e a afirmação, e a maneira de governar do líder prussiano que unificou a Alemanha.

Cinema

Caixa de André Techiné. Inclui quatro filmes: O segredo do amor, Não dou beijos, A minha estação preferida, Os Juncos silvestres. Um bom realizador francês e filmes que muitos não conhecem. Recomendo. Destes, os meus dois preferidos são o Não dou beijos e os Juncos Silvestres

Cidade Baixa, de Sérgio Machado. pequeno grande filme brasileiro com dois dos melhores actores da nova geração: wagner Moura e Lázaro Ramos. E ainda com a Alice Braga, antes de rumar a Hollywood. Filme trepidante, ritmo fenomenal, fotografia fantástica e com as emoções á flor da pele. É um filme brasileiro pouco conhecido que pode comprar na FNAC e eu adoro cinema brasileiro.

Restaurante

100 Maneiras- Bistrô, onde era o antigo Bachus, no Bairro Alto. Ontem o Manuel Falcão no Negócios Weekend falava nele. Tive de concordar com ele pois jantei lá esta semana e é óptimo: cascas de batata com ervas aromáticas de entrada, depois um risotto e umas vieiras e terminei com um delicioso bolo de chocolate com gengibre e caril. A visitar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Oráculo (158)

«É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo, glória, mesmo se expondo à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito, nem sofrem muito, porque vivem numa penunbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota»

Theodore Roosevelt

Mourinho embaixador da Ryder Cup

É bom que o mais universal dos nossos nomes dê a cara por este projecto que promove o melhor de Portugal.

Ontem, no Facebook, Luís Paixão Martins já avançava com um bom embaixador para um evento, de forma enigmática. Eu gostei, porque uma pessoa próxima de Mourinho com quem falei por determinados motivos, me confessou que ele iria promover Porugal directamente, em breve.

Ter José Mourinho como embaixador de um evento de enorme prestígio como é a Ryder Cup é um trunfo comunicacional fortíssimo. Tenho a certeza que a Sandra Silva fará muito bom uso dele.

Este é dos tais erros de comunicação ridículos

Parece impossível mas é verdade. Um ministro e um secretário de Estado, no caso das Obras Públicas, repetiram o mesmo discuso de manhã e à tarde, como noticia o Expresso e aqui o DN.

Para lá de ser ridículo em termos comunicacionais e ser um sinal evidente de fim de regime e desleixo, sobretudo na área da comunicação onde o primeiro Governo de Sócrates era elogiado nessa área por toda a gente.

O grave é a falta de respeito pelo 20º Congresso das Comunicações.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

André Cerqueira abandona TVI

Uma surpresa para mim a notícia do Correio da Manhã. O director de programas que tomou posse em Abril diz «que está a resolver os problemas» e ninguém desmente a notícia.

Mas para mim duas notas a registar: apesar da liderança no «prime-time» a TVI já tem levado tiros no seu porta-aviões, nomeadamente com a estreia da última novela "Sedução" que não teve grandes resultados.

Depois, André Cerqueira foi dos que mais se desgastou dando a cara pela defesa da estação e o que mais declarações fez sobre os rivais, só batido por Nuno Santos que tem uma propensão maior para expor para lá do seu lado de director de programas, várias peças da sua vida privada.

Dizem que Júlia Pinheiro já declinou, mas ela seria internamente a sucessora natural.

Oráculo (157)

«Neste final de 2010, o nosso maior problema não é o económico é o moral. Sócrates o homem que transformou a mentira em inverdade, conduziu-nos a esse pântano que a todos parece querer sugar para que assim fiquemos todos irmãos»

Helena Matos

O novo Sarkozy

Quando um político atravessa a sua maior crise de popularidade, um refrescamento, uma renovação, uma remodelação, fazem parte da cartilha da comunicação política.

Em França, Nicolas Sarkozy, político que admiro há muitos anos, criticado pela hiperactividade e sendo um Presidente num sistema presidencialista, decidiu remodelar o Governo.

Houve quem falasse em «remodelação pessoal» após a entrevista pessoal do inquilino do Eliseu à televisão (veja aqui). Um Sarko calmo e tranquilo que quer dar uma nova vitamina de confiança a um país que parece perder a confiança nele.

Sarko diz que tem aprendido com a sua estada no poder, mas é um risco quando um político tenta mudar em 180º a pele que habitualmente veste. Sarko é uma marca de firmeza, de combate, de político duro, nada brando. Quando aparece como um monge é difícil de acreditar. Não está na sua pele. Vamos ver os próximos passos.

Amazon quer produzir filmes

Julgo que a maior parte das pessoas que frequenta redes sociais, já deve ter encomendado alguma coisa pela Amazon.

Agora este meio muito útil a quem é consumidor de cultura decide investir na produção de filmes, o investimento ainda é baixo, mas provavelmente com a sua força ajudará novos talentos a realizarem os seus sonhos. Pode ver por aqui.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Oráculo (156)

A luz natural dá a conhecer a cada um que, tendo o homem sido feito um ser razoável, não deve fazer nada sem ser pela razão, pois de outro modo agiria contra a sua natureza e contra o seu autor»

cardeal Richelieu, in "Testamento Político"

João Villalobos escreve sobre comunicação

Ora aí está algo de que já tinha sido informado, mas aguardava o primeiro post para registar e linkar.

O João Villalobos vai escrever sobre comunicação no blog Propaganda, aproveito para saudar e avisar que vou estar atento, porque tenho a certeza que dali virão bons posts.

Nota: não acredito que escreva só directamente da Torre 3 das Amoreiras...

Ser humano é o segredo na comunicação

Na comunicação política o primeiro truque para um candidato ganhar uma eleição é dar-lhe proximidade com os seus eleitores. Ser apenas um entre iguais, uma pessoa normal que que tem um afâ para fazer algo pela comunidade.

Na comunicação em geral, hoje, também a proximidade é a chave do sucesso. As Marcas têm de perceber os seus consumidores e serem próximas deles.

No Conselho em Comunicação também a proximidade entre o consultor profissional e o cliente é uma das principais armas de um trabalho que será positivo.

Neste texto, mais relacionado com a comunicação política, um dos Special One, Alexandre Guerra, escreve magnificamente sobre Young Mr. Lincoln, um dos grandes filmes de John Ford, mais um dos grandes papeis de Henry Fonda.

Em todo esse filme perpassa a imagem, a força, de um homem normal. Respeitado pela comunidade, tranquilo, honesto, verdadeiro. Lincoln era humano, tinha ambição que se desenvolveu com o tempo, mas sempre teve compaixão. Uma palavra muito arredada da política europeia e portuguesa, mas muito utilizada nos Estados Unidos.

Oráculo (155)

«A inocência é um estado despropositado e rápido como a neve nos países quentes»

Agustina Bessa-Luís, in "Os meninos de ouro"

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O primeiro casamento mediático do milénio

Aquilo que toda a gente na Grâ-Bretanha aguardava aí está. O Príncipe William avança para o altar. Vai ser o primeiro grande casamento mediático do milénio. Pode ver por aqui.

Nota importante ao mercado de Comunicação

Conta-se que em todos os manicómios há sempre uma pessoa que se julga Napoleão Bonaparte.

Na minha vida nunca gostei de promover vigaristas e incultos dando-lhes protagonismo. E já há muitos meses que não comento casos do foro psiquiátrico.

Oráculo (154)

«Deus é paciência. O contrário, é o diabo»

João Guimarães Rosa, in "Grande Sertão: Veredas"

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mais um blog que se saúda

Saúdo a entrada do Fernando Fonseca com este novo blog. E começa logo bem, sobre ética e verdade no mercado de comunicação.

O estado pré-caos da sociedade e dos Media

Luís Paixão Martins na conferência da APAN e no blog Lugares Comuns chamou a atenção para o estado de pré-caos das instituições e do universo mediático. Concordo.

Vivemos um tempo de quebra de autoridade e de falta de decoro. As pessoas acreditam na falência dos regimes políticos e não confiam nesses responsáveis. Há um cansaço evidente, não só nacional, para a conversa de políticos.

Hoje, todos falam que já não se fazem líderes como no passado e a política, a justiça, a ordem, a verdade estão mal tratadas como nunca estiveram.

Esse momento pré-caos e de fim de regime passa também para o universo mediático. Como escreviam no Buzzófias, se hoje houvesse uma greve de jornalistas, as pessoas não sentiriam a sua falta. Porque o mundo mudou e qualquer um em diversas plataformas pode produzir conteúdos e dar informação.

No universo mediático o papel dos gatekeepers esbateu-se. A informação hoje é misturada entre informação profissional e credível e informação feita por pessoas que não têm formação para fazer informação.

As agências de comunicação estão a habituar-se a este novo mundo, estão a experimentar e a tactear. Mas delas, acho que serei profético, virão sinais de credibilidade, de responsabilidade, de ética. Excluindo naturalmente os que não têm carácter e geneticamente são vigaristas. Porque por aqui também a boa moeda expulsa a má moeda.

Como diz o LPM, as agências serão agregadoras, de públicos mas também deverão ser de referências e valores. Neste estado pré-caos devemos ser responsáveis, firmes, porque lidamos com a nossa Marca, mas sobretudo com a Marca de outros.

Sócrates corre sozinho

Mais uma bela foto do DN com Sócrates a correr por terras asiáticas.

O problema é que o PM foi surpreendido pelo PM em exercício, Luís Amado, na entrevista ao Expresso, obrigando-o a responder e a tentar silenciá-lo.

Nessa entrevista, Amado ponderava sobre um governo de coligação e via como alternativa a saída do euro.

Numa altura em que a economia portuguesa apresentou resultados satisfatórios para o mercado, o Governador do Banco de Portugal disse um disparate e no Governo são claros os sintomas de falta de autoridade.

Já tudo fala em sucessão e Sócrates é um homem cada vez mais só.

domingo, 14 de novembro de 2010

Oráculo (153)

«Para pintar de verdade é preciso sacudirmos o civilizado que temos em cima e fazer sair o selvagem que temos dentro»

Mario Vargas llosa, in "O Paraíso na Outra Esquina»

Arte de guerrilha nas ruas

Arte em projecções na rua, em S. Paulo. Ver o Estadão.

Combater pela liberdade

Respeito quem combate pela liberdade, mas que depois desse combate não mostra ressabiamentos estéreis e se torna um factor de união.

Mandela é um símbolo vivo do que digo, mas na Birmânia existe outro exemplo vivo, Suu Kyi. De pois de ter sido presa em casa, após ter ganho eleições livres, agora que é libertada apela à união pela democracia contra um bando de militares corruptos que governa o Myanmar. Espreite aqui.

E a luta pela liberdade continua a ser um bonito factor de união.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sugestões de fim-de-semana (5)

Deixo para este fim-de-semana de S. Martinho as seguintes deixas:

Cinema

Double Indemnity/Pagos a Dobrar, de Billy Wilder, um dos clássicos do "film noir" com Edward G: Robinson, Barbara Stanwyck e Fred Mc Murray. Um modesto empregado de seguros que conhece uma "bombshell" loura que o leva à perdição. Grande filme.

A Imperatriz Yang Kwei Fei (Kenji Mizoguchi), Freaks (Tod Browning), Roma, Cidade Aberta (Roberto Rosselini), Verboten (Samuel Fuller), Os Ladrões (André Techiné) são alguns filmes que escolho desta semana na Cinemateca.

Livros

Considerações sobre França, de Joseph De Maistre, editora Almedina, 304 páginas. De Maistre é um conservador que leu a Revolução Francesa de outra forma. É um dos pensadores importantes da ciência política, mas estranhamente pouco lido por cá.

O Registo dos Mortos, de Patricia Cornwell, Editora Presença, 347 páginas. Para quem gosta de policiais, é o regresso da especialista em medicina legal Kay Scarpetta. Uma das personagens mais conhecidas para quem gosta de diversão com este género literário.

CD

Carlos do Carmo & Bernardo Sassetti - não é que se seja o meu estilo de música, mas o fadista tem uma das vozes mais inconfundíveis para a história da música portuguesa, o Bernardo era o meu melhor amigo da escola primária, um músico e criativo genial e como alguém escreveu neste cd o «piano escuta».

Viagem

Golegâ - Para quem gosta de cavalos, o cheiro ao campo do Ribatejo, a simpatia daquelas gentes, mas também alguma paciência para o bulício da Lisboa que ali se instala durante uma semana, dê um salto à Golegâ. E para comer opte pelo Café Central, da "menina São" que tem 85 anos mas é uma pessoa encantadora. Os meus pais estão por aquelas bandas há uma semana e dizem-me que está tudo ao rubro.

Manchete do Expresso é significativa

Quando um dos mais fortes do Governo, Luis Amado, avança para a hipótese de coligação, é sinal de que dentro PS, Sócrates está a prazo. Esta a manchete.

Lula: a criação de um mito, agora em BD

Os marketeiros brasileiros tentaram durante décadas criar uma lenda sobre o sindicalista que chegou ao Planalto.

As taxas de aprovação quando se apresta para sair do poder e a sua força que impôs uma candidata desconhecida e mal preparada para governar o Brasil dizem muito sobre o mito, até internacional, que se criou com Lula.

Depois do filme sobre a sua vida, agora vem a BD respectiva. Espreite por aqui.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O regresso de Mario Conde

Sempre gostei do banqueiro e mago da finança e dos negócios Mário Conde.

Depois de ter cumprido a sua pena de prisão, envelhecido e amargurado pela morte da sua mulher, tem recuperado a sua vida.

Ontem, o El País contava que será um investidor no Bétis de Sevilha, que atravessa grave crise. Ver por aqui.

Oráculo (152)

«Não há nada mais perigoso para o Estado que aqueles que querem governar os reinos pelas máximas que extraem dos seus livros»

Cardeal Richelieu

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Respeito pelos que ajudam a criar

Adoro a genialidade dos criadores e respeito a ambição e a objectividade de quem a ajuda a criar.

Dino de Laurentis deu condições a alguns génios para que eles mostrassem o seu talento. Ele foi produtor de um dos melhores filmes da história do cinema: La Strada, do Fellini.

Mas esteve em Barbarela e em Dune, ou nas Noites de Cabíria ou nos filmes com Hannibal Lecter. Um tributo simples de um cinéfilo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Oráculo (151)

«Tibério abrira um escritório para vender a mais abstracta das mercadorias: influência»

Erico Veríssimo, in "Incidente em Antares

Carta a Jovens Consultores (6) - Legalizar o Lobby?

Luís Pedro Silva, quadro de uma empresa farmacêutica, a quem já tinha respondido no passado enviou-me mail a questionar sobre a prática e legalização da actividade de lobbying.

A actividade do Lobby é perfeitamente natural e já existe há muito tempo em todo o mundo. Em Portugal não está legalizada, mas devia estar e ser reconhecida.

Por cá, temos duas formas de Lobby: a tradicional e bem latina, habitualmente amadora, que é a famosa "cunha". E temos outra actividade, não ao alcance de todos, profissional, que se chama "Public Affairs". As boas agências de comunicação costumam exercer esta actividade, desenvolvendo estratégias a longo prazo e trabalho diário nesta área.

Ainda há pouco tempo, uma amiga muito simpática deste mercado, me perguntava se eu achava bem que ela tirasse um mestrado ou um curso nesta área. O que lhe respondi foi simples: todos os cursos e formações - e as leituras também - são importantes para a nossa valorização pessoal e profissional. No caso de Public Affairs a mesma coisa, mas com uma nuance. Sem contactos e uma rede de networking na área de influência os cursos valem muito pouco neste campo de trabalho.

Entendo que o Lobby deve ser reconhecido, porque é uma actividade transparente e que é saudável quando reconhecido para a democracia. É a defesa de determinado ponto de vista, yema ou interesse junto de outros grupos, habitualmente, de influência.

É trabalhar para que a visão de um problema ou um conjunto de interesses dê a conhecer a sua opinião ou o seu trabalho. E a transparência na vida das sociedades é útil, tudo o que seja opaco contribui para o afrouxar das instituições e o enlamear de determinadas pessoas.

Concluindo, o Lobby nada tem de negativo, é uma actividade legítima e que deve ser transparente e reconhecida.

«Cabelo para quem tem cabeça»

Eike Batista é um dos homens mais ricos do mundo. Empresário brasileiro, dinâmico, de sucesso, que foi casado com Luma de Oliveira uma das mais belas mulheres de sempre do Brasil, também tem preocupações com a imagem.

Conta a Piauí, que Eike fez sucesso pois apresentou uma nova alcatifa capilar que faria concorrência a qualquer cabelo bem tratado. Peruca? Logo perguntaram. Mas não.

Segundo o empresário, é um tratamento revolucionário. Para lá de ser um homem inteligente, e a inteligência é boa para a cabeça, entendeu que o «cabelo é para quem tem cabeça». Pode ler todo o artigo aqui.

Os fenómenos capilares de líderes empresariais e políticos é muito interessante como estudo. Já repararam como nos últimos anos os carecas têm menos força mediática?

Oráculo (150)

«Dr., o que este país precisa mesmo é de ser varrido de toda a sua sujeira. Use a sua vassoura sem piedade»

Erico Veríssimo, in "Incidente em Antares" (frase utilizada por brasileiros na altura do surgimento do fenómeno Jânio Quadros, um dos mais bizarros políticos daquele país)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lisboa sem árvore de Natal e os gastos do costume

Há poucos dias ficámos a saber que este ano não há árvore de natal em Lisboa, por ausência de patrocinadores.

É uma perda para muitas famílias que por ali gostavam de passear e ver a sua iluminação e é menos uma imagem bonita de Lisboa para guardar.

Mas registo, sobretudo, e apesar da crise, que as marcas acham que não é relevante este investimento. Em termos de comunicação fica a nossa cidade a perder e a marca patrocinadora também.

É um sinal a ter em conta. Esta separação das marcas, da capital do país. E a minha certeza que vem de há muito, pelo menos 8 anos, que Lisboa precisa de um director comercial e de marketing que saiba gerir os seus espaços e criar novas oportunidades de receita (voltarei a este assunto noutra altura).

E uma nota diferente: vejo aqui no Público, que vamos continuar a gastar à grande no Natal, e consumimos mais do que na Holanda e na Alemanha. É outro sinal preocupante.

Quer ver Marte?

Para fugir um pouco deste nosso mundo, que é um mundo de loucos, veja as imagens de Marte

Uma vergonha de todo o tamanho para Portugal

Nem preciso de fazer mais comentários sobre o estado da Justiça e sobre como vai o nosso país. Basta ver isto e qualquer pessoa tem direito à indignação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oráculo (149)

«O que o guiava no escuro era apenas a própria intenção de andar em linha recta»

Clarice Lispector, in "A Maçã no escuro»

Como se ganha um jogo com comunicação (Porto-Benfica)

No futebol, a maior parte do resultado constrói-se com golos na baliza e uma gestão táctica adequada. Mas não só.

Ontem, no Porto-Benfica, Jorge Jesus falhou na estratégia de jogo. Augurei a várias pessoas uma cabazada do Porto. E reforcei a minha ideia quando vi Sidnei na equipa e a ausência de Saviola.

Mas estive atento durante a semana a outro palco onde, psicologicamente, se ganham jogos: A Imprensa.

E a verdade é que já aí a inteligência emocional e o discurso rasgado de Villas-Boas deram cartas. Jesus já carregava os seus jogadores que este era um jogo muito importante e decisivo. O "ruivo", pelo contrário, jogava com o orgulho e a vingança e fazia os jogadores lembrarem-se do que se passou nos túneis na época passada.

Também neste tabuleiro o Porto ganhou à vontade.

Raínha Isabel II no Facebook

Ao ler a autobiografia de Tony Blair, nomeadamente no tempo da crise com a morte da Lady Diana (algo também brilhantemente retratado no filme "A Raínha"), deparamos com a dificuldade da monarquia inglesa se relacionar com esta sociedade mediática.

Quando a vetusta e conservadora corôa acaba de aderir ao Facebook, ficamos a saber que, mantendo a sua tradição, ela está a tentar acompanhar os tempos modernos e o natural processo de sucessão da raínha Isabel II. É a prova que a invenção atribuída a Mark Zuckerberg tem uma influência cada vez maior.

domingo, 7 de novembro de 2010

Oráculo (148)

«Nada que respira é perfeito»

Nip Tuck, 6a e última temporada

Como reabilitar a imagem de um político?

É um dos trabalhos mais interessantes na comunicação política. A reabilitação da imagem de um político.

Imaginem alguém que já foi muito popular, já ganhou eleições, já provocou empatia com um povo, mas depois, até pelo próprio cansaço do dia-a-dia da política, por erros cometidos, por campanhas contra ele, cai nas sondagens, perde a popularidade e parece que entra num limbo em que ninguém quer estar junto dele.

Como se pode dar a volta a este estado de coisas? Em primeiro lugar, tudo depende dos que lhe sucedem. Quanto maior for a confusão, maior é a comparação com o passado. E alguns erros do passado são desculpados, quando quem tem o poder na actualidade comete ainda maiores erros.

Nos Estados Unidos, hoje, vive-se alguma desilusão com Obama, cresce a contestação, e apesar das sondagens dizerem, ainda, que W. Bush é o responsável pela crise que atravessam, Obama já só está a 7 pontos nessa sondagem sobre a responsabilidade da situação actual.

Assim, o lançamento das memórias de W. Bush (ver esta notícia sobre a reabilitação de Bush), e as que se seguem de Donald Rumsfeld e de Dick Cheney são um exemplo de como aproveitando o "momentum" se começa a preparar a reabilitação.

Em segundo lugar, o silêncio. Uma espécie de período de nojo em que as intervenções públicas são menos frequentes, para evitar maior desgaste.

Em terceiro, o regresso passo a passo a conferências e intervenções públicas e a seguir o retorno à intervenção em espaços de opinião, na imprensa e televisão.

Depois, a construção de uma equipa política e de comunicação capaz de efectuar diariamente essa reabilitação. E as redes sociais são, hoje, um bom caminho.

sábado, 6 de novembro de 2010

A China acredita em nós

Não é por o meu consultor e amigo Alexandre Guerra andar por Xangai que os chineses nos andam a namorar.

É a segunda notícia de investimento chinês em Portugal na última semana. Primeiro estão-nos a comprar a nossa dívida e agora querem comprar 10% do BCP. Ver a notícia por aqui.
Mas deixo uma nota sobre a diplomacia económica chinesa. O País, em franco crescimento, é dos maiores consumidores de matérias-primas do mundo e precisa de diversos "celeiros".

Hu Jintao atacou a América Latina e depois África, onde é o principal investidor em diversos países. Na Europa, parece que quer começar também pelo Terceiro Mundo do Velho Continente, isto é, Portugal.

Sugestões de fim-de-semana (4)

Hoje são mais curtas as minhas sugestões, pois terei também menos tempo este fim-de-semana porque hoje ainda tenho de trabalhar.

Livro

O Sari Vermelho, de Javier Moro, Editora Planeta, 549 páginas. Tenho um grande fascínio pela Índia, este é um romance histórico mas após trabalho de entrevistas com diversos protagonistas e é a história de Sonia Ghandi, a italiana que hoje é a mulher mais poderosa da maior democracia do mundo.
Neste livro muito bem escrito, traça-se a história de poder da dinastia Nehru/Ghandi e para quem gosta de política é uma história da Índia dos últimos 70 anos e tem Nehru, Indira Ghandi, Rajiv e Sonia e toda a história real desta família de poder mas sempre envolta na tragédia.

Revista

Vanity Fair espanhola, uma das revistas que mais prazer me dá ler. Histórias de sociedade bem investigadas, grandes fotos e um toque de "salero" que só por aquelas bandas se tem. Neste mês (Os 35 anos da coroação de Juan Carlos, a família colombiana Santo Domingo, Sarah Palin, Hermès e os 100 anos da Vanity Fair).

Cinema

O esplendor na relva, de Elia Kazan. O filme que projectou Warren Beatty e Natalie Wood, a história de amor de dois jovens de extractos sociais diferentes e que só a poesia e direcção de actores de Kazan conseguiria realizar com sentimento.

Oráculo (147)

«Fale bem dos amigos todos os dias; fale mal dos inimigos pelo menos duas vezes ao dia»

António Carlos Magalhães

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bater no morto

Este título é sobre Bruxelas e Portugal e está aqui.

Cavaco e a comunicação política de fachada

Muito atentos os meus amigos do Buzzófias. Cavaco o candidato sem outdoors, afinal já tem uma tela gigante. Ver este link.

Oráculo (146)

«Algumas pessoas podem rebaixar a política, mas nós, que estamos envolvidos nela, sabemos que é aí que as pessoas se apresentam de cabeça erguida. Embora saiba que tem muitas controvérsias duras, continua a ser a área que põe o coração a bater um bocadinho mais depressa. Se, por vezes, é palco de intrigas mesquinhas, é com muito mais frequência o palco onde se luta por causas nobres»

Tony Blair, Um Percurso, extracto do seu último discurso na Câmara dos Comuns

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sobre a Conferência da APAN (sobre publicidade)

Através do agregador Briefing tive a oportunidade de ouvir o segundo painel da Conferência da APAN que punha a pergunta Confiamos na Publicidade? E sobre ela deixo as seguintes notas.

Luís Paixão Martins (LPM) chamou a atenção para a falta de confiança dos públicos. E na esfera das Relações Públicas e Conselho em Comunicação, «há palavras que usamos mal e outras que usamos menos vezes do que devíamos».

Nuno Artur Silva, baseando-se no estudo da Metris perguntou se as pessoas precisam mais da confiança ou da criatividade, fazendo ligação de que nos Estado Unidos foi considerado o homem mais influente do país Jon Stewart, um comediante, talvez porque «o que queremos é que nos entretenham». Algo que escrevi hoje de manhã sobre o Michael Bublé, por sinal.

Reforçando, o director das Produções Fictícias que «as pessoas mais habilitadas a brilhar são artistas, os melhores comentadores são entertainers».

E felicitando a intervenção, noutro painel, do Rodrigo Moita de Deus, que transmitiu que conseguiu tornar a monarquia "cool", chamou a atenção que esse produto não era coerente, pois bastava aparecer uma imagem do D. Duarte que caía tudo por terra.

Chamo a atenção que durante os cem anos da República, reparei e escrevi que os monárquicos, no facebook, trocaram as suas fotos pela bandeira monárquica. Nessa altura, perguntei por que não puseram a imagem do rei, o mesmo D. Duarte, porque o produto era fraco, naturalmente.

João Dionísio, da STRAT, muito divertido, para lá das diferenças entre a sua mulher e a Anjelina Jolie, chamou a atenção do objectivo da publicidade: «a cicatriz da cesariana no sítio certo».

Luís Paixão Martins, muito pessimista sobre os actuais sistemas, disse que vivemos «numa fase pré-caótica, à beira da desintegração» dos diversos universos comunicacionais.

João Dionísio terminou afirmando que «se nós confiamos nos amigos, as marcas devem procurar ganhar a confiança dos consumidores». mantendo que «a publicidade é a arte de criar apelo, isto é, seduzir».

João David Nunes, director-geral da Briefing e da Advocatus, e moderador do debate, concluiu que «os consumidores são bem menos previsíveis do que a publicidade».

Michael Bublé e o que é um "entertainer"

Ontem fui arrastado para ser uma das 15 mil pessoas que encheram o pavilhão Atlântico para ver o Michael Bublé.

Apesar de ser um bom cantor, ele é sobretudo um "entertainer". Como não sou fâ das suas músicas, provavelmente estive mais atento à sua presença e às suas técnicas em palco para controlo da plateia.

E o que é um "entertainer"? Ao contrário do que pensa um pateta, não é um palhaço. É um comunicador. É um homem que controla a sua audiência. Que sabe a reacção da primeira fila, mas também que sente a respiração de qualquer pessoa em lugar mais afastado.

Confesso que não acredito em metade do que ele disse. Aquela reprodução da conversa telefónica com o seu agente que amou os portugueses e que quer já voltar cá no próximo Verão fica bem.

A ida para o centro do pavilhão, a sua recriação do "Billie Jean" da voz e do "moon walk" do Michael jackson é notável. Os gestos com os dedos, o apontar para uma pessoa na multidão são técnicas de um artista que controla a audiência.

Há pouco tempo escrevi sobre muita gente que se refugia no power point, que se limita a debitar o que está escrito naquela ferramenta de apoio. Esses são maus comunicadres e não são "entertainers".

O grande comunicador é "one man show", usa o humor, cria uma emoção (Bublé criou ontem com um músico da sua banda que é de origem portuguesa), sente uma plateia.

Michael Bublé, para lá de bom cantor, é um grande comunicador, um grande artista e um grande "entertainer". E o entretenimento é o grande segredo da boa comunicação e dos bons conteúdos.

A "girl" de Santana e os "machões" do PS

Quando vi um respeitável ministro das Finanças, como é Teixeira dos Santos, se desculpar com uma "girl" de Santana pela responsablidade da organização de um evento que celebrou os 20 anos da ANACOM achei lamentável.

Há pessoas e pessoas, e eu sou amigo da dra. Teresa Xavier Pintado Maury, a tal "girl" que o ministro mencionou. Esta senhora, pois é uma senhora, foi vice-presidente da Câmara de Lisboa, administradora do Grupo Barraqueiro e sobretudo é uma senhora honrada, de bem e de uma ética e lisura inquestionáveis.

Diga-me lá uma coisa sr. ministro: Então os machões que o PS lá colocou na ANACOM e a restante administração não sabiam da organização do evento? Acha que foi uma decisão solitária contra os membros da administração da ANACOM? A responsabilidade é só de uma "girl" nas suas tristes palavras, uma senhora que tem mais de 50 anos e é uma mulher séria?

E diga-me lá uma coisa sr. ministro: o que acha da nomeação dos seus boys para lá? O que acha de Filipe Baptista e da sua nomeação para lá (ver esta notícia)? Acha que o seu salário face ao desconhecimento total do sector é justo? E o ataque dos machões do PS ao aparelho de Estado como o qualifica?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Oráculo (145)

«Quando enviamos notas de imprensa sem critério corremos o risco de estar a dar carne a vegetarianos»

Isabel Bessa, Consultora da LPM

Comunicação política e redes sociais

Se ontem foi Pedro Passos Coelho a fazer o primeiro comentário sobre o OE através do Facebook, hoje descobre-se que Cavaco Silva está preocupado com a classe política através do Twitter.

E com isso se prova que a comunicação política se está a adaptar às novas plataformas e que todas as campanhas podem ser mais baratas.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A política e as pessoas segundo Tony Blair

«A coisa mais difícil de compreender para um político no activo é o facto de a maior parte das pessoas, a maior parte das vezes, não pensar uma única vez em política durante todo o dia. Ou, quando o faz, é com um suspiro, um pigarrear ou um erguer de sobrancelhas, para logo voltar a preocupar-se com os filhos, os pais, a hipoteca, o chefe, os amigos, o peso, a saúde, o sexo e o rock `n`roll»

Tony Blair, Um Percurso

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A crise vem ainda mais aí

Nouriel Roubini, um dos primeiros economistas a antever a grave crise que atravessamos, faz manchete do suplemento de economia do "El Pais" afirmando que virá uma crise ainda mais grave, por culpa do alto endividamento público e privado. Pode ler toda a entrevista a partir deste link.

O ano de "El Juli" e "El Duende"

Agora que acabou a temporada tauromáquica, deixo um breve balanço ao nível dos triunfadores, desilusões e melhor trabalho de comunicação.

Vi todas as grandes feiras, graças ao canal Festa Brava de que sou assinante, com a excepção de Valência pois não transmitiram.

O grande triunfador foi "El Juli", matador madrileno, de grande classe e amplos recursos. Só em Pamplona, por culpa do director de corrida, não saiu em ombros como merecia. De resto, triunfou em todas.

Esta semana, na revista "Aplausos", dizia: «Vejo o toureio como uma oportunidade única de transmitir sensações, de poder fazer algo inigualável». Fazendo como gosta, «deixar que o toureio flua como sai do coração. Sempre o vi por dois prismas: pureza e entrega. Estes são os estandartes do meu toureio».

Como desilusões, para desgosto da amiga Alda Telles, Miguel Angel Perera, mas também José Tomás (pela sua grave colhida no México), mas também Paquirri (Fran Rivera que adoptou o nome do pai), Daniel Luque e Ruben Pinar não explodiram.

A cavalo, o espectáculo de Diego Ventura, Pablo Hermoso sempre bem e a afirmação de Leonardo Hernandez. Sem esquecer que ao contrário dos matadores (estamos muito fracos de talentos), os cavaleiros portugueses tourearam muito em Espanha com boas actuações.

E deixo o melhor para o fim. O meu matador preferido é José António Morante de La Puebla. A arte em estado puro, o que leva os aficionados às praças só pelo prazer de num momento fazer algo de belo.

Não foi uma temporada deslumbrante para ele, mas teve momentos inolvidáveis. Nomeadamente a sua faena em França, quando toureou e matou sentado numa cadeira.

Porém, o seu trabalho de comunicação levou-o a um patamar onde só os grandes mestres da história da tauromaquia estão. Tem o talento dos predestinados, o brilho do divino, o toque de midas.

O "El Pais", na sua revista de domingo, deu-lhe, no início da temporada, seis páginas com o título "El Duende". É um excêntrico Morante. Ouve vozes, mira no horizonte, acende um "puro" e olha para o seu fumo aguardando o contacto com os deuses. É uma figura.

A sua comunicação apela á arte da tauromaquia e os seus cachets dependem dessa ligação com a "áficion". Ninguém sente perder um cêntimo por o ver actuar. É como se tivéssemos a oportunidade de estar no estúdio com Vermeer ou ao lado de Mozart quando compunha uma das suas obras. Os génios são assim.

Aliás, para terminar, em Pamplona, o director de corrida não deu os troféus a "El Juli" porque lhe faltava o toque de "El Duende". Director de corrida dixit.

Séguéla na Tunísia

E aos 76 anos, Jacques Séguéla, vai instalar a sua Havas na Tunísia. Este grande publicitário francês ficou conhecido pela criação de um dos melhores slogans de comunicação política: «A Força Tranquila», na campanha que levou François Mitterrand ao Eliseu.

Li ontem na "Jeune Afrique" (revista francófona sobre assuntos africanos) que o publicitário pretende «ajudar a Tunísia a ter outra imagem; ela é mal amada, mal compreendida e mal conhecida, apesar de ser um exemplo em África e obter a melhor performance económica do continente».

A sua ambição «fazer da Tunísia uma Marca, dar-lhe uma imagem que a leve mais longe». Com um credo: «Que o mundo passe a ter valores maternais e femininos, a harmonia, o equilíbrio, a mudança, a partilha, que são muito tunisinos».

E a revista, sobre Séguéla, diz que é o «Saint Jacques», o homem que passou do jornalismo, «máquina de factos», para a publicidade, «máquina de sonhos».