sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
"2.59" de jornalismo de qualidade
Jornalismo bom e jornalismo moderno é o que o Expresso Diário laçou com o "2.59", o tempo em que um tema da actualidade é bem explicado por jornalistas credíveis. Aliando a informação, a notícia e a análise, ao vídeo, criando um conteúdo apetecível com interesse e de qualidade. Num tempo em que o jornalismo português passa por uma enorme crise, é de saudar este oásis. De parabéns o Pedro Santos Guerreiro e o Ricardo Costa, e naturalmente, o Expresso.
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
A revolução de Bernie Sanders e a Lady Macbeth
Em 2008, a juventude estava com Barack Obama. Em 2016 a juventude está com Bernie Sanders. Ele não é um candidato, é uma moda. É "cool" votar nele.
Bernie é o candidato mais improvável de todos. Antes das primárias, as pessoas já se esqueceram, ele aparecia com menos 60 por cento de apoio do que Hillary Clinton. Tem 74 anos, tem muitos anos de política, mas parece um tornado contra os grandes poderes americanos: Washington, Wall Street e os 1% dos milionários americanos.
Bernie fala em «socialismo» sem pudores - palavra diabolizada nos EUA há décadas -, menciona «revolução» sem medos - palavra assustadora na América - mas promete pôr os bancos e os ricos a pagar e a ajudar a classe média, como já foram ajudados por ela. Promete educação e saúde quase de borla para todos e não tem problemas em admitir mais impostos.
Quando o vejo, lembro-me do antigo ex-líder trabalhista inglês, Michael foot, que já me parecia fora de tempo naquela época. Mas ambos são genuínos, valor esse que os eleitores prezam na actualidade. Não sei se Bernie aguenta uma campanha longa, mas sei que já superou em doadores a campanha de Obama. E doadores de 20 e 50 dólares, isso dá um balanço e energia contagiantes, dá onda, dá como dizem os americanos o "momentum".
Sobre Hillary, há muitos anos atrás chamei-a de "Lady Macbeth". a mulher que encarnou a perfídia pelo poder escrita pelo autor que ao longo dos tempos melhor percebeu a natureza humana: Shakespeare. Hillary é uma mulher preparada, inteligente, mas gosta muito mais do poder do que o marido Bill, um grande presidente americano.
Hillary tem grandes características de liderança mas, apenas e só, as pessoas não gostam dela, melhor, não confiam nela. Hillary é a candidata que tem tudo para ganhar mas que nas estrelas está escrito que nunca será líder dos Estados Unidos. A derrota no New Hampshire é colossal, um estado onde tinha ganho a Obama em 2008.
Hillary, mesmo assim, tem estrutura, tem partido, tem Hollywood e notáveis com ela, mas Bernie tem paixão, está em ascensão e tem menor índice de rejeição. Será uma grande campanha até à Convenção Democrata.
PS: Sobre os Republicanos escrevo amanhã. Mas como "teaser" posso já dizer que considero muito mais temível para o mundo um fanatizado Ted Cruz que um especialista em "reality shows" como Donald Trump. Mas também será uma corrida sensacional de analisar.
Bernie é o candidato mais improvável de todos. Antes das primárias, as pessoas já se esqueceram, ele aparecia com menos 60 por cento de apoio do que Hillary Clinton. Tem 74 anos, tem muitos anos de política, mas parece um tornado contra os grandes poderes americanos: Washington, Wall Street e os 1% dos milionários americanos.
Bernie fala em «socialismo» sem pudores - palavra diabolizada nos EUA há décadas -, menciona «revolução» sem medos - palavra assustadora na América - mas promete pôr os bancos e os ricos a pagar e a ajudar a classe média, como já foram ajudados por ela. Promete educação e saúde quase de borla para todos e não tem problemas em admitir mais impostos.
Quando o vejo, lembro-me do antigo ex-líder trabalhista inglês, Michael foot, que já me parecia fora de tempo naquela época. Mas ambos são genuínos, valor esse que os eleitores prezam na actualidade. Não sei se Bernie aguenta uma campanha longa, mas sei que já superou em doadores a campanha de Obama. E doadores de 20 e 50 dólares, isso dá um balanço e energia contagiantes, dá onda, dá como dizem os americanos o "momentum".
Sobre Hillary, há muitos anos atrás chamei-a de "Lady Macbeth". a mulher que encarnou a perfídia pelo poder escrita pelo autor que ao longo dos tempos melhor percebeu a natureza humana: Shakespeare. Hillary é uma mulher preparada, inteligente, mas gosta muito mais do poder do que o marido Bill, um grande presidente americano.
Hillary tem grandes características de liderança mas, apenas e só, as pessoas não gostam dela, melhor, não confiam nela. Hillary é a candidata que tem tudo para ganhar mas que nas estrelas está escrito que nunca será líder dos Estados Unidos. A derrota no New Hampshire é colossal, um estado onde tinha ganho a Obama em 2008.
Hillary, mesmo assim, tem estrutura, tem partido, tem Hollywood e notáveis com ela, mas Bernie tem paixão, está em ascensão e tem menor índice de rejeição. Será uma grande campanha até à Convenção Democrata.
PS: Sobre os Republicanos escrevo amanhã. Mas como "teaser" posso já dizer que considero muito mais temível para o mundo um fanatizado Ted Cruz que um especialista em "reality shows" como Donald Trump. Mas também será uma corrida sensacional de analisar.
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