Há quem diga que Sevilha é a mais bela cidade de província do mundo. Para mim, das que conheço, é a que tem a atmosfera mais especial, onde o calor que se sente se mistura com a simpatia das pessoas.
Conheço-a bem, adoro-a e respeito-a. Começa a Feira de Abril, um momento fantástico para quem já o viveu naquelas "casetas" povoadas de alegrias e de sentimentos simpáticos.
Eu sou aficionado e ali moram os que mais percebem de tauromaquia. Durante 15 dias, a minha televisão está no canal Festa Brava. Morante (de quem eu espero tudo pois é um génio), El Juli (a regularidade), Manzanares (numa forma já magnífica), Castella (ainda fraco este ano) e Miguel Angel Perera (de quem já vi a melhor faena do ano nas "Fallas" de Valência) são os nomes de quem se espera o triunfo.
«Abril es Sevilla. Parecen hechos tal para cual. La luz, la ilusion, el estreno, la primavera, el optimismo, la fiesta, la feria...Llega Abril y apetece ser torero».
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segunda-feira, 25 de abril de 2011
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O ano de "El Juli" e "El Duende"
Agora que acabou a temporada tauromáquica, deixo um breve balanço ao nível dos triunfadores, desilusões e melhor trabalho de comunicação.
Vi todas as grandes feiras, graças ao canal Festa Brava de que sou assinante, com a excepção de Valência pois não transmitiram.
O grande triunfador foi "El Juli", matador madrileno, de grande classe e amplos recursos. Só em Pamplona, por culpa do director de corrida, não saiu em ombros como merecia. De resto, triunfou em todas.
Esta semana, na revista "Aplausos", dizia: «Vejo o toureio como uma oportunidade única de transmitir sensações, de poder fazer algo inigualável». Fazendo como gosta, «deixar que o toureio flua como sai do coração. Sempre o vi por dois prismas: pureza e entrega. Estes são os estandartes do meu toureio».
Como desilusões, para desgosto da amiga Alda Telles, Miguel Angel Perera, mas também José Tomás (pela sua grave colhida no México), mas também Paquirri (Fran Rivera que adoptou o nome do pai), Daniel Luque e Ruben Pinar não explodiram.
A cavalo, o espectáculo de Diego Ventura, Pablo Hermoso sempre bem e a afirmação de Leonardo Hernandez. Sem esquecer que ao contrário dos matadores (estamos muito fracos de talentos), os cavaleiros portugueses tourearam muito em Espanha com boas actuações.
E deixo o melhor para o fim. O meu matador preferido é José António Morante de La Puebla. A arte em estado puro, o que leva os aficionados às praças só pelo prazer de num momento fazer algo de belo.
Não foi uma temporada deslumbrante para ele, mas teve momentos inolvidáveis. Nomeadamente a sua faena em França, quando toureou e matou sentado numa cadeira.
Porém, o seu trabalho de comunicação levou-o a um patamar onde só os grandes mestres da história da tauromaquia estão. Tem o talento dos predestinados, o brilho do divino, o toque de midas.
O "El Pais", na sua revista de domingo, deu-lhe, no início da temporada, seis páginas com o título "El Duende". É um excêntrico Morante. Ouve vozes, mira no horizonte, acende um "puro" e olha para o seu fumo aguardando o contacto com os deuses. É uma figura.
A sua comunicação apela á arte da tauromaquia e os seus cachets dependem dessa ligação com a "áficion". Ninguém sente perder um cêntimo por o ver actuar. É como se tivéssemos a oportunidade de estar no estúdio com Vermeer ou ao lado de Mozart quando compunha uma das suas obras. Os génios são assim.
Aliás, para terminar, em Pamplona, o director de corrida não deu os troféus a "El Juli" porque lhe faltava o toque de "El Duende". Director de corrida dixit.
Vi todas as grandes feiras, graças ao canal Festa Brava de que sou assinante, com a excepção de Valência pois não transmitiram.
O grande triunfador foi "El Juli", matador madrileno, de grande classe e amplos recursos. Só em Pamplona, por culpa do director de corrida, não saiu em ombros como merecia. De resto, triunfou em todas.
Esta semana, na revista "Aplausos", dizia: «Vejo o toureio como uma oportunidade única de transmitir sensações, de poder fazer algo inigualável». Fazendo como gosta, «deixar que o toureio flua como sai do coração. Sempre o vi por dois prismas: pureza e entrega. Estes são os estandartes do meu toureio».
Como desilusões, para desgosto da amiga Alda Telles, Miguel Angel Perera, mas também José Tomás (pela sua grave colhida no México), mas também Paquirri (Fran Rivera que adoptou o nome do pai), Daniel Luque e Ruben Pinar não explodiram.
A cavalo, o espectáculo de Diego Ventura, Pablo Hermoso sempre bem e a afirmação de Leonardo Hernandez. Sem esquecer que ao contrário dos matadores (estamos muito fracos de talentos), os cavaleiros portugueses tourearam muito em Espanha com boas actuações.
E deixo o melhor para o fim. O meu matador preferido é José António Morante de La Puebla. A arte em estado puro, o que leva os aficionados às praças só pelo prazer de num momento fazer algo de belo.
Não foi uma temporada deslumbrante para ele, mas teve momentos inolvidáveis. Nomeadamente a sua faena em França, quando toureou e matou sentado numa cadeira.
Porém, o seu trabalho de comunicação levou-o a um patamar onde só os grandes mestres da história da tauromaquia estão. Tem o talento dos predestinados, o brilho do divino, o toque de midas.
O "El Pais", na sua revista de domingo, deu-lhe, no início da temporada, seis páginas com o título "El Duende". É um excêntrico Morante. Ouve vozes, mira no horizonte, acende um "puro" e olha para o seu fumo aguardando o contacto com os deuses. É uma figura.
A sua comunicação apela á arte da tauromaquia e os seus cachets dependem dessa ligação com a "áficion". Ninguém sente perder um cêntimo por o ver actuar. É como se tivéssemos a oportunidade de estar no estúdio com Vermeer ou ao lado de Mozart quando compunha uma das suas obras. Os génios são assim.
Aliás, para terminar, em Pamplona, o director de corrida não deu os troféus a "El Juli" porque lhe faltava o toque de "El Duende". Director de corrida dixit.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010
Morante
Para quem me acompanha por aqui, sabe que sou aficionado da festa brava. O grande triunfador do ano passado foi Sebastian Castella, mas continuo a ter na linha da frente Jose Tomás, Miguel Angel Perera e Morante de La Puebla.
Dos últimos 20 anos, os que gostam disto, sabem que a faena de Jose António Morante de La Puebla, com o capote, em Las Ventas, há um ano, vai ficar para a história.
Morante tem a loucura dos génios, agora chamam-lhe o "duende". O resquício da arte dos grandes na tauromaquia moderna está em cada um dos seus lances. Mas o "puro" que o inspira entre faenas, enquanto espera o sinal dos deuses, já é tão mítico como as suas visões e os tratamentos psicológicos.
Esta semana o "El pais" dedica-lhe seis páginas e a "Aplausos" revista de tauromaquia espanhola a sua capa. Aqui fica a entrevista do El País como homenagem a um génio. E como a comunicação é importante para se criarem os mitos.
Dos últimos 20 anos, os que gostam disto, sabem que a faena de Jose António Morante de La Puebla, com o capote, em Las Ventas, há um ano, vai ficar para a história.
Morante tem a loucura dos génios, agora chamam-lhe o "duende". O resquício da arte dos grandes na tauromaquia moderna está em cada um dos seus lances. Mas o "puro" que o inspira entre faenas, enquanto espera o sinal dos deuses, já é tão mítico como as suas visões e os tratamentos psicológicos.
Esta semana o "El pais" dedica-lhe seis páginas e a "Aplausos" revista de tauromaquia espanhola a sua capa. Aqui fica a entrevista do El País como homenagem a um génio. E como a comunicação é importante para se criarem os mitos.
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