segunda-feira, 21 de junho de 2010

Marketing dos Advogados e lição de comunicação

Só li a Advocatus, em papel, deste mês, ontem. E mantenho tudo o que escrevi de bem anteriormente sobre a revista.

Pedro Rebelo de Sousa é um homem que vive bem a vida e a sua entrevista, capa da mesma, é muito interessante. Mais para os advogados, mas também os que trabalham em comunicação podem tirar alguns ensinamentos.

Ele explica o papel do advogado face ao cliente assim: «o advogado é quem seduz a mulher, quem a leva a jantar, ao cinema, quem conversa, quem passa noites a namorar. Quem a leva para o quarto é o advogado. Mas quem, na verdade, passa a noite é o cliente - e o advogado que não percebe isso é um mau advogado».

E acrescenta: «aquilo que o cliente está a pagar é exactamente isso, são as suas ideias, a capacidade de negociar e a de fazer acontecer». Já repararam que um bom consultor de comunicação, se sabe trabalhar, é exactamente esse o seu papel?

Sobre o marketing dos advogados, Pedro Rebelo de Sousa também é muito esclarecedor: «salvo raras excepções, o advogado não tem no seu ADN a perspectiva do marketing. Acho que isso tem a ver com a posição defensiva e conservadora que é passada pelas faculdades».

Aqui diria, ainda bem. É o espaço que os consultores de comunicação têm para se ligar a este mercado. Porque cada vez mais um consultor deve ser um técnico de marketing. Em primeiro lugar de marketing pessoal (coisa ainda rara e pouco compreensível), depois um técnico ao serviço dos seus clientes.

Costumo dizer, como outra pessoa de que gosto muito também diz, que «do meu `brand` trato eu». Um consultor será melhor quanto maior for a influência sobre o «brand» dos seus clientes.

PS: Há uma frase que criei há muito tempo que é «estou no lago dos tubarões mas não sou peixinho». Pois bem, noutra entrevista da Advocatus, Jorge Brito Pereira, da PLMJ, afirma: «não me acho um tubarão mas também não sou golfinho».

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