Há uma contestação e desagrado latente e não julguem que é coisa só de sindicatos ou da dita esquerda mais revolucionária. O núcleo forte de descontentamento está mesmo em quem votou nos partidos do Governo. Porque tinham expectativa, esperança, e, essas, têm sido alienadas.
Não sei quem aconselha Pedro Passos Coelho, não sei se são imaturos ou amadores, mas há um desnorte total e dificilmente recuperável. Não bastam mensagens no Facebook, pois o arrependimento sai pior.
Parece que se espera uma passividade eterna dos portugueses. Isso já acabou. Há muito cansaço. Este Governo que pede sacrifícios aos portugueses, não conhece os portugueses, apenas julga conhecê-los. O ciclo do português caladinho, de pantufas em casa envolto em futebol e novelas está a mudar.
A depressão por vezes leva à loucara. A insatisfação grassa e um povo de bolsos vazios, constantemente atacado no seu emprego e na sua poupança, mas também na sua alma, é um povo que se torna feroz. Quem não tem nada a perder torna-se perigoso. É isto que os conselheiros do Primeiro-Ministro, por incompetência, imaturidade e amadorismo, não perceberam.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
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