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terça-feira, 8 de abril de 2014

Pedro Lomba perguntou, eu respondo

O secretário de Estado, Pedro Lomba, a propósito da morte do Manuel Forjaz e das reacções que lhe seguiram colocou no seu mural uma interessante reflexão, que transcrevo, e à qual dou a minha resposta/opinião.

«Havia uma coisa que eu gostava de tentar perceber. Tentar, porque não estou absolutamente certo. Perceber porque é que Manuel Forjaz encarnava um novo tipo de carisma desconhecido do passado, um carisma diferente das formas tradicionais de influência ou liderança. Perceber que a adesão das pessoas a esse carisma diz muito sobre aquilo que hoje somos. E perceber que Manuel Forjaz, representando o tal novo tipo de carisma, conseguia chegar a mais gente do que chega hoje um político», Pedro Lomba

Primeiro, o Manuel era um bom comunicador; segundo, estava envolvido e ajudou muitos jovens empreendedores e isso criou um lastro de simpatia; terceiro, e mais importante, divulgou a sua luta contra o cancro, não teve vergonha em se expor, servindo o seu caso de exemplo e de alento a quem passava por um combate que precisa de ser feroz contra algo para o qual os cientistas ainda não encontraram cura. Juntamos estes três factores e só eles contribuem para construir uma aura positiva e que chega facilmente às pessoas.

Por outro lado, também não era político e nunca teve nenhum escrutínio de liderança. Era mais um influenciador do que um líder, apesar de ter dezenas de milhares de seguidores. Essa ligação com as pessoas constrói-se com a persistência e confiança ao longo do tempo e com alguma proximidade.

Em contraste, «as tradicionais formas de liderança», os políticos, como diz Pedro Lomba, são analisados no sortilégio da acção concreta, são vigiados ao pormenor, têm de responder ao minuto por aquilo que dizem e fazem. Aparentemente, são mais decisivos nas nossas vidas, porém, o cansaço com a sua ausência de proximidade, a sensação de que muitas vezes desconhecem o país real, vai retirando carisma e uma aura de que um político precisa para chegar ao coração das pessoas. E o discurso que todos os dias se impõe, do «economês», que a maior parte das pessoas não compreende, cria ainda maiores barreiras e entropias.

E o mundo mudou, a internet trouxe a capacidade de cada um produzir conteúdos, de ser seguido e analisado pelo que diz e pelo que escreve. As lideranças mudaram, as comunidades de seguidores de pessoas que não aparecem nos media tradicionais, aumentaram. São estes os novos tempos e para novos tempos, novos profetas. Algo que muitos ainda não perceberam, sobretudo os políticos.

Mas ao contrário de muitos, considero a política essencial, uma actividade nobre que deve ser exercida pelos melhores ao serviço de todos. É mais difícil ser político hoje? É, sem dúvida. E os políticos que não se esqueçam que numa rede social perto de si, está um líder de opinião muito mais popular do que ele.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A cegueira do Governo e do PSD

Os resultados das últimas autárquicas foram muito claros. O PSD teve o seu pior resultado de sempre e perdeu a força motriz dos grandes centros urbanos nos dois maiores distritos. Não tem Lisboa, Amadora, Loures, Sintra, Oeiras, a sul; e Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo, a norte.

É uma grande derrota e que não se desculpem com independentes trânsfugas do partido, pois isso não aconteceu em várias destas cidades, apesar do directório partidário ter culpas no cartório ao apostar em candidatos que não eram os melhores para cada cidade.

Por isso, vejo com legitimidade reforçada o Paulo Cunha, presidente da distrital de Braga que obteve a grande vitória da noite com o Ricardo Rio e ganhando pessoalmente Vila Nova de Famalicão e que é um valor a acompanhar, quando pede que o PSD veja os sinais da noite eleitoral. E ainda não percebi por que é que as distritais de Lisboa e Porto ainda não se demitiram depois de um massacre total nos resultados e pela falta de categoria dos seus dirigentes. E aqui se vê a cegueira do PSD.

Por outro lado, é muito mais difícil o Governo ter força sem o controlo dos grandes centros urbanos, a sua capacidade de reformar é muito mais limitada, o risco de contestação é muito maior. Um Governo que não percebe os sinais evidentes e diz que mantém o seu caminho sem parar para pensar está cego.

Cabe ao PSD e ao Governo regenerar-se. Ver bem que tipo de gente é que integra ambos e precisa de uma revisão programática e no campo das ideias. No último caso, Miguel Poiares Maduro e Pedro Lomba, em vez de perderem tempo com "briefings", deviam meter mãos à obra e municiar partido e Governo de outras ideias.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Lomba sabe de tudo

Ontem fiquei com a confirmação daquilo que suspeitava e temia no Governo. O Pedro Lomba nunca fez nada na vida, escreveu nuns blogs e na última página do Público, mas...

- é especialista em comunicação (viu-se pelos briefings)

- é especialista na área política (vê-se ao dizer que não sabia que cada ministério é como um Governo)

- é especialista em chaminés (mas acha que são nas caves)

- é especialista em cinema (mas nunca viu Luchino Visconti, Antonioni e acha que Ozu e Mizoguchi são sushi-men)

- é especialista em futebol (mas acha que os Pescadores da Costa da Caparica, que eu muito respeito, jogam melhor que o Borussia de Dortmund)

- é especialista em baratas (mas gosta mais das que voam, por uma questão de simpatia)

O mais grave, é que quando sair do Governo vai para televisões e jornais opinar sobre tudo e todos e é apenas um vácuo. Felizmente, as redes sociais não vão perdoar qualquer opinião deste indivíduo sobre quem quer que seja, pois é um especialista em tudo que não sabe nada.

domingo, 8 de setembro de 2013

As "surpresas" de Pedro Lomba

«Surpreendeu-me os ministérios funcionarem como mini-Governos», diz hoje, ao Público, Pedro Lomba. Pois é assim o país real da política e a generalidade dos portugueses, julgo, que a compreende.

Estranho é que quem escreva em blogues e na imprensa não o saiba. Pois é, mas quem diz isto foi um dos autores dos briefings porque julgava que percebia alguma coisa de comunicação e foi o deboche que foi, e foi a secretário de Estado desconhecendo o básico da política e, já agora, também desconhecendo o país real. Mas estamos em Portugal, é normal.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O fim dos "briefings"

O Correio da Manhã noticia hoje que Pedro Passos Coelho decidiu acabar com os "briefings". Contrariando assim o que haviam dito o ministro, Poiares Maduro, e o secretário de Estado, Pedro Lomba, que referiram que eles não acabariam, mas voltariam com outro formato e outro protagonista.

Acaba assim uma boa ideia que se tornou um pesadelo, pois foi deixada a amadores em questões de comunicação. Era bem intencionada a ideia de se tentar promover a agenda positiva do Governo, mas, como fica provado, não basta escrever umas coisas em blogues para se conhecer o universo mediático.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Pedro Lomba entra numa acção do PS

Hoje, o Sol avança em primeira página que o secretário de Estado, Pedro Lomba, entrou numa acção de campanha do PS. O mesmo diz que foi um equívoco.

Não sei se isto é normal, mas estes equívocos evitam-se com preparação do seu staff. Como não se evitou deu notícia que o prejudica a ele e ao Governo. O que vale é que o fluxo informativo agora é mais rápido e daqui a umas horas já ninguém se lembra.