sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conclusões de campanha

Como já escrevi ontem é óbvio que o PSD vai ganhar e vai haver uma maioria de direita. Tenho a convicção que o PS poderá ficar abaixo dos 30%. Mas falta o dia de reflexão. Faço um balanço geral:

José Sócrates - usou como música o "Gladiador" e foi isso que ele foi nesta campanha. Batalhador, tentando fazer das fraquezas, forças, lutando contra o cansaço dos portugueses com a sua imagem. No início deu indicações que podia estar taco-a-taco, no entanto, esta última semana tem sido um esforço penoso e a máquina já não é a mesma de outros tempos.

Pedro Passos Coelho- Começou muito mal, mas nesta última semana a máquina laranja tem-lhe proporcionado boas organizações, melhorou no contacto de rua, não cometeu erros. O PSD fez aquilo que sempre devia ter feito e não fez no começo: centralizar a campanha no líder, na sua racionalidade e bom senso, afastar catrogas, Carrapatosos e outros da campanha, e conseguir a união dos notáveis. Passos vai ter uma boa vitória num momento muito difícil para Portugal.

Paulo Portas- Esteve sempre magnífico, conseguiu transformar um partido de "one man show" numa equipa capaz. Arrancou fortíssimo, mas sinto que em termos de votos o CDS tem derrapado esta semana por causa do voto útil, mas continuo a acreditar que vai ter um excelente resultado. Teve tiradas brilhantes e é neste momento o melhor "campaigner" português.

Jerónimo de Sousa - simpatia e proximidade, manutenção do espaço de intervenção da CDU. É uma personalidade cativante num partido que está envelhecido e muito pouco criativo numa campanha eleitoral. terá resultado satisfatório.

Francisco Louçã - Suspeito que as coisas vão mudar no Bloco. Se ficar em último dos 5 partidos com assento parlamentar, o BE terá que tirar lições de duas derrotas e de algum cansaço com Louçã, que apesar disso melhorou desempenho nesta semana final.

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