Agora vem o verdadeiro teste para Pedro Passos Coelho: Governar. Houve quem não compreendesse Miguel Relvas quando afirmou que o líder do PSD seria melhor Primeiro-Ministro do que candidato.
Pedro Passos Coelho tem todas as condições naturais para dar um bom PM. Está bem preparado e teve bons contributos técnicos em diversas áreas na construção do seu programa de governo.
Em 2008 disse-lhe que o seu ano iria ser 2011. E será. Vai ter de construir um bom executivo, com nomes sólidos, vai ter de refrear os ímpetos concupiscentes do aparelho, pois os portugueses querem estabilidade. Foi bem escolhida a frase da vitória, que lançava já o desígnio: «Portugal unido e forte».
Governar Portugal nesta altura vai ser muito complicado. Vai ter de provar que há vida além da troika, mas este PM vai tomar medidas muito impopulares e enfrentar enorme contestação social. Não vai ser tarefa fácil, mas é nos momentos maus que se vêem os grandes líderes.
O CDS será o parceiro credível. Portas conseguiu reunir e criar bons nomes que terão lugar em qualquer governo. Mas deixo uma incógnita: qual será o seu papel pessoal?
Tenho a certeza que Portas quer os Negócios Estrangeiros. É o lugar mais popular dos governos e reforçaria a sua aura de estadista. E nesta fase, o nosso futuro passa por um ministro das Finanças sério e forte (já direi quem será, a seguir noutro post) e um MNE de categoria inquestionável, Portas tem condições para esse lugar. Se não for MNE, até pode ficar fora do Governo, dando apoio parlamentar.
Os portugueses ainda vivem numa redoma de consumismo e ainda não perceberam o que lhes vai acontecer. A seguir ao Verão, todos perceberão que terão menos notas nos bolsos e menos regalias na sua qualidade de vida.
A arena da oposição será as ruas como faz já adivinhar Carvalho da Silva e João Proença. A esquerda vai ter essa tentação, enquanto o PS estará em discussão pela liderança. Seguro parte à frente.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
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