Governar é decidir, tomar medidas, mas é também dar sinais a quem governa, o povo, e aos mercados internacionais. Não são só as medidas, as reformas, que fazem um Governo, são também muitas outras coisas que lhe conferem estabilidade, credibilidade.
Governar é tentar ser o mais previsível possível. É ter um rumo definido, falar a uma só voz, serenar os ânimos e dar confiança. Os factores imprevisíveis devem ser exógenos ao Governo.
O grande problema deste Executivo de Pedro Passos Coelho é que quase todos os dias diz uma coisa e depois faz outra, não se nota claramente uma linha e parece que está sempre na praça pública a falar com ele próprio. Tornou-se imprevisível, sendo o próprio Governo o maior foco de imprevisibilidade.
Ora, isso não transmite segurança, estabilidade, confiança. Parece uma orquestra desgarrada, sem maestro, a tocar de improviso e, às vezes, com muito pouco talento dos seus solistas.
Como neste Governo, como é sabido, de comunicação se sabe pouco e não trabalham com especialistas na área, relembro-lhes a máxima sempre presente na "war room" de Karl Rove: "Prever muito, improvisar pouco". É essa a diferença entre a previsibilidade de um bom Governo e a imprevisibilidade de um mau.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
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