Os resultados das últimas autárquicas foram muito claros. O PSD teve o seu pior resultado de sempre e perdeu a força motriz dos grandes centros urbanos nos dois maiores distritos. Não tem Lisboa, Amadora, Loures, Sintra, Oeiras, a sul; e Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo, a norte.
É uma grande derrota e que não se desculpem com independentes trânsfugas do partido, pois isso não aconteceu em várias destas cidades, apesar do directório partidário ter culpas no cartório ao apostar em candidatos que não eram os melhores para cada cidade.
Por isso, vejo com legitimidade reforçada o Paulo Cunha, presidente da distrital de Braga que obteve a grande vitória da noite com o Ricardo Rio e ganhando pessoalmente Vila Nova de Famalicão e que é um valor a acompanhar, quando pede que o PSD veja os sinais da noite eleitoral. E ainda não percebi por que é que as distritais de Lisboa e Porto ainda não se demitiram depois de um massacre total nos resultados e pela falta de categoria dos seus dirigentes. E aqui se vê a cegueira do PSD.
Por outro lado, é muito mais difícil o Governo ter força sem o controlo dos grandes centros urbanos, a sua capacidade de reformar é muito mais limitada, o risco de contestação é muito maior. Um Governo que não percebe os sinais evidentes e diz que mantém o seu caminho sem parar para pensar está cego.
Cabe ao PSD e ao Governo regenerar-se. Ver bem que tipo de gente é que integra ambos e precisa de uma revisão programática e no campo das ideias. No último caso, Miguel Poiares Maduro e Pedro Lomba, em vez de perderem tempo com "briefings", deviam meter mãos à obra e municiar partido e Governo de outras ideias.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
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