Toda a gente tem o direito de se divertir, mas também toda a gente tem o direito de dormir, sobretudo nas suas casas e sem serem incomodados pelo barulho de outros. Por isso, bem a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de mandar encerrar os estabelecimentos de diversão nocturna em Santos, Bica e Cais do Sodré de domingo a quinta-feira às 2h e sextas e sábados 3h da manhã.
No entanto, para os que perdem a memória num instante queria recordar e sugerir à CML umas coisas:
1- Quem é que foi o iluminado que até fez uma passadeira cor-de-rosa numa rua do Cais do Sodré, anunciando com pompa e circunstância querer uma «noite de qualidade» ali, mas que trouxe apenas o caos e confusão para aquela zona que já era "cool", para os que se lembram do que era o Tokyo e Jamaica, por exemplo, antes dessa "boutade" e que depois disso raramente lá vão?
2- Como fica quem investiu em novos negócios e obras no Cais do Sodré, seguindo a aposta da própria CML e agora poucos meses depois mudam as regras do jogo?
3- Onde anda a CML que permite "botellons" em diversas zonas de Lisboa, e não só nos três bairros já citados? Querem exemplos? Já espreitaram o que se passa no muro e no jardim do Arco do Cego na rua filipa de Vilhena? E que dizer da Rua do Arco do Cego e o que se passa numa velha taberna ao lado da bomba da Galp e bem pertinho da casa de José Sá fernandes? Mas é tudo permitido nos outros lados?
4- Como é que a CML cobra impostos de licenciamento e rendas de bares e discotecas, mas ao mesmo tempo permite todo o tipo de mercearias e lojas de conveniência em zonas de diversão nocturna (vejam Bairro Alto e Cais do Sodré) em concorrência desleal com quem legitimamente paga os seus impostos e vê uma série de crianças a consumir todo o tipo de álcool comprado nessas lojas?
5- E para quando medidas severas contra quem em cada esquina do Bairro Alto anda a vender droga à noite metendo-se com toda a gente que passa? Que imagem deixam para os turistas que por ali andam?
terça-feira, 21 de outubro de 2014
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