Primeiro o PT estava a arrasar Aécio Neves, até ao dia em que caiu o avião que levava Eduardo Campos. Depois, com a ascensão de Marina Silva, pouparam por instantes o candidato do PSDB para tirarem a santa do santuário e passarem o tractor por cima de Marina. Até voltarem com as técnicas sujas e do medo a dizimarem Aécio. Assim, de maneira simples, deixo o que se passou na campanha brasileira em termos tácticos na comunicação política.
Nesta segunda volta, em que Aécio herdaria os 22 milhões de votos de Marina depois do apoio por ela expresso, o que ressalta é a entrada de Lula e da sua popularidade. Jogando o seu prestígio e todos os programas sociais que legou aos brasileiros.
Lula e a campanha do medo do PT. Acusaram Aécio de ir acabar com os programas sociais que mantêm as vidas de milhões de brasileiros. O ex-presidente chegou a chamar ao PSDB, um partido criado por gente de liberdade como fernando Henrique Cardoso e Mário Covas, «nazi». Uma manipulação e desconstrução de Aécio com esta narrativa do medo.
Veja-se o que se passou em Pernanbuco e Minas Gerais, decisivos para a vitória de Dilma. O primeiro estado que citei, de onde era Eduardo Campos, deu a vitória a Marina na primeira volta, agora a candidata do PT ganhou aqui com mais de 70 por cento dos votos. E Minas, terra de Aécio e bem governada por ele, também caiu para Dilma.
Dilma não entusiasmou ninguém, E Aécio trouxe a mudança mas não a soube explicar bem e nunca na sua narrativa a impôs. Lula e os programas sociais ganharam esta eleição. Não sei se isto basta para os próximos anos do Brasil que continua atolado em corrupção.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
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