Quando Hollywood consegue produzir um grande filme é motivo para regozijo nos dias de hoje. Já tinha lido o livro "Em Parte Incerta" e era um thriller magnífico. Com a maestria dos grandes génios, e David fincher está na vanguarda dos melhores americanos da actualidade e já nos tinha dado o "Alien 3" (para mim o melhor da saga), "Seven", "Clube de Combate", "Benjamin Button", "Zodiac" e o primeiro Millenium, produzindo ainda a série, e realizando o seu primeiro episódio, House of Cards, constrói um grande momento de cinema.
Com dois actores em grande nível, especialmente Rosamund Pike, que faz qualquer homem temer o pior da mulher que tem ao lado e é candidata a Óscar, o filme é um exercício de "suspense", de subtilezas, de enganos, de viragens, é um jogo constante com o público.
O seu cinema é repleto de enigmas e assim está na sua plenitude ao tomar conta do livro. Mas, sobretudo para quem é de comunicação, a evidência de que a percepção é muito mais importante do que a realidade. A imagem que temos das pessoas, e muito mais de quem é figura pública, por vezes não é real.
E o momento em que entra o advogado em cena para realizar o "spin" de transformar Nick na boa pessoa e Amy na má é genial na manipulação das audiências, na mudança da percepção do público. Todo o filme é um portentoso exercício de manipulação. A não perder.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
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