Este não é um artigo sobre futebol, é sobre a força mental que deve estar na base da criação do sucesso. CR não nasceu em berço de ouro, não teve uma infância fácil, foi criado com amor mas numa família que sofria para todos os dias ter pão na mesa.
Para lá dos seus golos e troféus, o seu melhor exemplo e legado é a maneira como fintou as curvas da vida com mentalidade de campeão. Porque o seu mérito é a capacidade de trabalho, a ambição de ser melhor todos os dias, querer ganhar e superar-se para bater todos os recordes.
CR é um empreendedor que tem por base empresarial o seu talento inato. Apostou todos os dias muito forte na sua área de actividade, trabalhou mais do que o horário de expediente para limar as arestas do seu negócio, aperfeiçoá-lo para se tornar letal como produto e limando as suas debilidades. Teve uma boa gestão de carreira e escolheu os mercados onde podia explodir, seleccionou parceiros e instituições que o valorizaram e optou por uma equipa profissional que o projectou com comunicação e marketing de topo.
É esta a base do sucesso de uma empresa. CR é uma marca mundial, um ícone universal, tão poderosa como a McDonald’s, Nike, Mercedes, porque assenta na honestidade de se erguer do nada e todos os dias, com trabalho, esforço e suor, continuar a atingir todos os objectivos a que se propôs.
E diverte-se também. Há tempo para tudo. Todo o trabalho honesto merece lazer. Mas tenho a plena convicção que para ter sucesso nunca se perdeu em disparates nem selvajarias. Era bom que muitos jovens olhassem mais para o CR que os pode inspirar. Todos os dias devem querer saber mais, ter curiosidade intelectual para descobrir mais coisas, porque o saber nunca ocupa lugar.
Não deve ser motivo de orgulho para ninguém destruir um hotel, atirar colchões para uma piscina, vandalizar bens alheios. O objectivo que deve nortear as nossas vidas é sermos melhores, trabalharmos para isso, para, posteriormente, termos o reconhecimento merecido ao nosso empenhamento diário.
O episódio deplorável dos meninos em Torremolinos é tudo aquilo que não interessa a ninguém e que deve motivar uma profunda reflexão, em primeiro lugar nos pais, e na sociedade. CR até tem um grito peculiar, quase primitivo, parece o momento de libertação de todas as pressões de um jovem tímido que alcançou o sucesso, mas não ficará na história por nenhuma barbárie. Seria bom olhar mais vezes para ele como modelo do Portugal que queremos.
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