Em 2001, o PSD venceu as eleições autárquicas conquistando uma série de câmaras de uma maneira inesperada. Nessa noite, falando no «pântano», António Guterres deixou de ser Primeiro-Ministro.
Em 2013, há uns meses atrás, a maior parte dos observadores entendia que era possível ao PS ter uma noite épica no dia 29 e o PSD uma hecatombe. Porque a contestação social era imensa, a crise agudizava-se e Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Vitor Gaspar eram os rostos de todo o descontentamento que provocaria um voto de protesto massificado contra PSD/CDS nas eleições. Aliás, nunca Guterres, em 2001, teve contestação semelhante e manifestações públicas como o actual Governo viveu.
Neste mês, as percepções mudaram e até de muitos candidatos do PSD que andaram meses a esconder o símbolo do seu partido, a evitar serem vistos com Passos e que agora já o convidam para acções de campanha. Do lado do PS, a sensação que se baixaram expectativas e que a maré de contestação nacional não está, neste momento, tão agudizada.
O actual défice de confiança do PS deve-se a um factor: em 2001, a percepção das pessoas já dizia que Durão Barroso seria Primeiro-Ministro a seguir. Hoje, ainda não foi criada a percepção de que António José Seguro se seguirá a Passos e os estudos de opinião demonstram-no. Para uma viragem a nível nacional, o PS e o seu líder precisavam de estar mais fortes. E neste momento não estão.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
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