terça-feira, 16 de setembro de 2014

Dilemas da independência da Escócia

Se perguntar às pessoas se têm simpatia por algum país para lá daquele em qual nascemos, todas dirão que, por diversos motivos, têm. Eu tenho simpatia pela Escócia, pela Itália,  pela Grécia, entre outros, só mencionando países europeus.

É certo que a Europa é apenas um continente, não havendo ainda uma identidade europeia. A Escócia pertence à Grâ-Bretanha mas tem a sua identidade própria, os seus costumes, a sua cultura, as suas indústrias (muitas de ponta), o seu petróleo.

O seu direito a sonhar com a independência é natural. Não por terem uma má relação com a Raínha, mas porque acham que podem construir o seu amanhã em pista própria.

Quem assiste a esta campanha na Escócia sente uma certa simpatia pelos seus propósitos. Mas, por outro lado, sente também os riscos que dela podem derivar. Não os da própria Escócia com a vitória do "Sim", mas porque esse "Sim" pode desencadear outros combates como o da Catalunha (já no terreno), o do País Basco, o da cisão da Bélgica ou a Baviera ("lander" mais rico da Alemanha) a querer também a independência, entre outros.

O dilema maior não é o da Escócia, é o do crescimento dos nacionalismos numa Europa que perde poder todos os dias e ainda não compreendeu os países que a integram.

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