Qualquer pessoa de bom gosto se sente deprimida a ver os programas da manhã da televisão portuguesa. São praticamente iguais, depois têm umas rubricas populistas, umas histórias dramáticas para se chorar, tentam ter humor de simples compreensão para domésticas. Em comum na RTP, SIC e TVI repara-se na pouca capacidade de reinvenção de formatos pouco originais.
Ali ao lado na vizinha Espanha - e a televisão espanhola não é melhor que a portuguesa - a batalha das manhãs também é feroz, mas tem variáveis mais interessantes. "La 1" (TVE) aposta na actualidade, investigação, crónica social, saúde e cozinha. A Telecinco, com Ana Rosa Quintana (escreve na revista do El Pais aos domingos), que lidera o segmento, este ano arrancou a sua temporada na Palestina e recebe políticos a quem deixa que as pessoas interpelem. Primeiro convdado, o novo líder do PSOE, Pedro Sanchez. A Antena 3 tem também a actualidade como marca, dão palco à política e seguem assuntos sociais.
Às vezes é bom que se olhe para o que os outros fazem para podermos evoluir. Em Portugal parece que as manhãs se copiam apenas umas às outras, num exercício de parolice que afasta outros públicos que não têm pachorra para piadas fáceis nem berrarias.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
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