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quinta-feira, 12 de julho de 2012
Um escritor que partilha a sua criação com os leitores na web
Arturo Pérez-Reverte, um dos escritores espanhóis mais lidos da actualidade, no seu último livro foi partilhando a sua criação com os leitores e os seus estados de alma. Um processo interessante, de proximidade e de comunicação, pois são muitos os que gostariam de saber como se processa a criação literária. Para ler por aqui.
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Rui Calafate
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Biografia polémica de Fernando Pessoa
A editora brasileira Record lança Fernando Pessoa-Uma quase autobiografia, de José paulo Cavalcanti Filho.
Vai ser polémica, diz que Pessoa tinha «pouca imaginação» e se limitava a retratar a actualidade. Era «vaidoso» e «tímido». Acho que este livro será em breve muito comentado aqui deste lado do Atlântico. Fica a notícia e entrevista com o autor.
Vai ser polémica, diz que Pessoa tinha «pouca imaginação» e se limitava a retratar a actualidade. Era «vaidoso» e «tímido». Acho que este livro será em breve muito comentado aqui deste lado do Atlântico. Fica a notícia e entrevista com o autor.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O regresso de Frederick Forsyth
Todos os anos diz que é o último livro que escreve, mas felizmente volta sempre. Começou com o Chacal, o livro que lhe deu fama e o projectou para a venda de milhões de livros.
A sua assinatura significa romances de acção e espionagem. Regressa agora com "Cobra". Deixo a divertida entrevista do escritor que foi o mais jovem piloto da RAF e que um dia ambicionou ser toureiro.
A sua assinatura significa romances de acção e espionagem. Regressa agora com "Cobra". Deixo a divertida entrevista do escritor que foi o mais jovem piloto da RAF e que um dia ambicionou ser toureiro.
domingo, 25 de julho de 2010
O museu da inocência
Olhem este começo...
«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo ia conservado sem nunca o deixar escapar».
Adoro Orhan Pamuk, já lhe conhecia a riqueza da escrita de "Istambul" e a "Neve", agora delicio-me com o "Museu da Inocência", de que tiro este arranque fantástico.
Há quem diga que Kemal, a personagem principal, entrará na galeria das personagens da história da literatura.
Eu tenho a certeza que a paixão dele, que o leva a recolher coisas que o façam lembrar a mulher de classe mais baixa com quem ele não casa, até fazer um museu, é de uma intensidade bela e uma das companhias óptimas para o Verão.
Não para ler na praia, que este livro é rico demais para ser invadido por grãos de areia. Para ser lido em ambiente propício, mais tranquilo, para que se absorvam as palavras de Pamuk. E os seus sentimentos.
«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo ia conservado sem nunca o deixar escapar».
Adoro Orhan Pamuk, já lhe conhecia a riqueza da escrita de "Istambul" e a "Neve", agora delicio-me com o "Museu da Inocência", de que tiro este arranque fantástico.
Há quem diga que Kemal, a personagem principal, entrará na galeria das personagens da história da literatura.
Eu tenho a certeza que a paixão dele, que o leva a recolher coisas que o façam lembrar a mulher de classe mais baixa com quem ele não casa, até fazer um museu, é de uma intensidade bela e uma das companhias óptimas para o Verão.
Não para ler na praia, que este livro é rico demais para ser invadido por grãos de areia. Para ser lido em ambiente propício, mais tranquilo, para que se absorvam as palavras de Pamuk. E os seus sentimentos.
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Rui Calafate
sábado, 19 de junho de 2010
Saramago
Como Saramago, vou ser polémico e politicamente incorrecto.
Aos que abandonam este mundo paz à sua alma. E como no magnífico texto de Henrique Monteiro, no Expresso, tenho a certeza que vai para o Céu. Porque Saramago disse que «Deus é um filho da puta», mas Deus, se existe, deve saber perdoar.
O «El Pais» numa página com fotos do escritor dá o título «De uma aldeia do Ribatejo à corte de Estocolmo». E isso é o pouco que tenho de simpatia por ele. A Azinhaga, concelho da Golegâ, terra da minha mãe e dos meus avós.
Nunca gostei da figura, não gosto dos seus livros e a partir de determinada altura tornou-se mais produto de marketing do que escritor. As suas quezílias sobre a religião podiam ser genuínas, mas que melhor forma de se promover, vender livros e conseguir soundbytes do que atacar Deus?
O editorial do DN de hoje é engraçadíssimo. Fala do tempo em que foi jornalista do mesmo, mas omite o saneamento de dezenas de jornalistas na redacção que dirigiu.
Adorei as prosas de Ferreira Fernandes, como sempre, e de Clara Ferreira Alves. Saramago será sempre uma referência da lusofonia, pois ganhou o Nobel negado historicamente à palavra escrita em português.
Um grande jornalista da nossa cultura, António Valdemar, diz que ele «é um escritor razoável e será lembrado por ser o primeiro Nobel da língua portuguesa. Faço parte dos que na Academia de Ciências escolheram Sofia ou Jorge Amado para o Nobel». Eu acrescentaria Lobo Antunes (como hoje relembra o próprio El País) ou a grande Agustina.
João de Melo fala que ele tem uma presença muito forte no imaginário espanhol e já vi hoje textos de Zapatero e Rajoy sobre ele. Saramago ficará em solo português, mas foi um escritor ibérico e universal, parecia muitas vezes envergonhado da Pátria que o viu nascer.
Paz á sua alma. Mas não sentirei a sua falta.
Aos que abandonam este mundo paz à sua alma. E como no magnífico texto de Henrique Monteiro, no Expresso, tenho a certeza que vai para o Céu. Porque Saramago disse que «Deus é um filho da puta», mas Deus, se existe, deve saber perdoar.
O «El Pais» numa página com fotos do escritor dá o título «De uma aldeia do Ribatejo à corte de Estocolmo». E isso é o pouco que tenho de simpatia por ele. A Azinhaga, concelho da Golegâ, terra da minha mãe e dos meus avós.
Nunca gostei da figura, não gosto dos seus livros e a partir de determinada altura tornou-se mais produto de marketing do que escritor. As suas quezílias sobre a religião podiam ser genuínas, mas que melhor forma de se promover, vender livros e conseguir soundbytes do que atacar Deus?
O editorial do DN de hoje é engraçadíssimo. Fala do tempo em que foi jornalista do mesmo, mas omite o saneamento de dezenas de jornalistas na redacção que dirigiu.
Adorei as prosas de Ferreira Fernandes, como sempre, e de Clara Ferreira Alves. Saramago será sempre uma referência da lusofonia, pois ganhou o Nobel negado historicamente à palavra escrita em português.
Um grande jornalista da nossa cultura, António Valdemar, diz que ele «é um escritor razoável e será lembrado por ser o primeiro Nobel da língua portuguesa. Faço parte dos que na Academia de Ciências escolheram Sofia ou Jorge Amado para o Nobel». Eu acrescentaria Lobo Antunes (como hoje relembra o próprio El País) ou a grande Agustina.
João de Melo fala que ele tem uma presença muito forte no imaginário espanhol e já vi hoje textos de Zapatero e Rajoy sobre ele. Saramago ficará em solo português, mas foi um escritor ibérico e universal, parecia muitas vezes envergonhado da Pátria que o viu nascer.
Paz á sua alma. Mas não sentirei a sua falta.
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Rui Calafate
domingo, 16 de maio de 2010
O Oito
Houve quem arriscasse que fosse uma biografia de Napoleão, mas por acaso não, pois estou a ler das Edições 70 uma biografia de Bismarck, de A.J.P.Taylor.
O que fui semeando durante a semana é apenas o livro que muita gente vai levar para ler no Verão, O Oito.
Katherine Neville escreveu-o em 1988, ela foi vice-presidente do Bank of America e especialista em gestão de empresas, e este livro é um precursor dos sucessos de dan Brown, mas na minha opinião muito melhor e menos fantasioso.
Este livro, a chave é o xadrez. A matémática, A música. mas sempre o xadrez.
E envolve Catarina a Grande, Frederico da prússia, bach, Voltaire, Rousseau, Casanova, toda a Revolução Francesa, Napoleão e tantas outras figuras importantes da história a começar por Carlos Magno. Córsega, Paris, Estados Unidos, Argélia.
São mais 600 páginas de pura diversão e alguma cultura. Descubram o segredo das peças do xadrez de Montglane, é uma edição da Porto Editora.
O que fui semeando durante a semana é apenas o livro que muita gente vai levar para ler no Verão, O Oito.
Katherine Neville escreveu-o em 1988, ela foi vice-presidente do Bank of America e especialista em gestão de empresas, e este livro é um precursor dos sucessos de dan Brown, mas na minha opinião muito melhor e menos fantasioso.
Este livro, a chave é o xadrez. A matémática, A música. mas sempre o xadrez.
E envolve Catarina a Grande, Frederico da prússia, bach, Voltaire, Rousseau, Casanova, toda a Revolução Francesa, Napoleão e tantas outras figuras importantes da história a começar por Carlos Magno. Córsega, Paris, Estados Unidos, Argélia.
São mais 600 páginas de pura diversão e alguma cultura. Descubram o segredo das peças do xadrez de Montglane, é uma edição da Porto Editora.
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