domingo, 25 de julho de 2010

O museu da inocência

Olhem este começo...

«Foi o momento mais feliz da minha vida, embora então eu não tivesse consciência disso. Se o tivesse sabido, se tivesse apreciado essa dádiva, teriam as coisas terminado de outra forma? Sim, se eu tivesse reconhecido esse instante de felicidade perfeita, tê-lo ia conservado sem nunca o deixar escapar».

Adoro Orhan Pamuk, já lhe conhecia a riqueza da escrita de "Istambul" e a "Neve", agora delicio-me com o "Museu da Inocência", de que tiro este arranque fantástico.

Há quem diga que Kemal, a personagem principal, entrará na galeria das personagens da história da literatura.

Eu tenho a certeza que a paixão dele, que o leva a recolher coisas que o façam lembrar a mulher de classe mais baixa com quem ele não casa, até fazer um museu, é de uma intensidade bela e uma das companhias óptimas para o Verão.

Não para ler na praia, que este livro é rico demais para ser invadido por grãos de areia. Para ser lido em ambiente propício, mais tranquilo, para que se absorvam as palavras de Pamuk. E os seus sentimentos.

2 comentários:

  1. Pedro Rocha26/7/10 02:19

    Lê o "my name is red" do Pamuk. Encomenda da Amazon, penso que não foi traduzido para português ainda. É qualquer coisa...

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  2. É uma obra-prima este livro.
    Se quiser ler a minha recensão pode fazê-lo em:
    http://conspiracaodasletras.blogspot.com/2010/12/o-munseu-da-inocencia-orhan-pamuk.html

    P.S: "O meu nome é vermelho" já se econtra traduzido em português há muito.

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