Terminou no sábado a exibição da 3ª temporada em Portugal de uma das melhores séries dos últimos anos. " House of Cards", baseada na realidade britânica criada por Michael Dobbs, é uma série sobre o poder, mas não só.
Aliás, a série americana trouxe outra narrativa agregada à perfídia do poder. Os laços, a relação, a aliança, os labirintos dos Underwood (geniais Kevin Spacey e Robin Wright). Muita gente já disse que esta temporada foi a mais aborrecida e a mais débil.
Quem o diz é porque estava fascinado pela tentação e caminho do poder e suas manobras das duas anteriores. Esta última é marcada pelo casal e não pela política, pelas tentações e pulsões do ser humano. As suas ambições e frustrações . Por isso, é muito mais dura e crua que as anteriores.
A guerra, apesar de ter eleições pelo meio, é uma guerra fria entre os Underwood, violenta por vezes, cruel como pode ser a natureza humana. Uma série de emoções, sobre pessoas, mais do que sobre o poder. Por isso, mais incompreensível e menos espectacular, mas muito mais fascinante. Venha a 4ª temporada.
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segunda-feira, 25 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Como se devem temer os humanos...
«O bode teme-se pela frente, o cavalo por trás e os homens por todos os lados»
Luck, série de tv
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Oráculo (156)
A luz natural dá a conhecer a cada um que, tendo o homem sido feito um ser razoável, não deve fazer nada sem ser pela razão, pois de outro modo agiria contra a sua natureza e contra o seu autor»
cardeal Richelieu, in "Testamento Político"
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Rui Calafate
domingo, 19 de setembro de 2010
A Aventura de Antonioni
Eu adoro o Michelangelo Antonioni, por isso é uma boa notícia finalmente em edição de DVD a Aventura.
Antonioni numa sua biografia dizia, acerca do Eclipse, outro genial filme com Alain Delon e Monica Vitti, que «procuro vestígios de sentimentos», o grande drama das sociedades modernas que apesar das redes sociais (ainda não havia nesse tempo) acentuaram o drama da solidão.
Ver Jack Nicholson pelos desertos de Almeria, em Profissão Repórter; o diálogo durante o jogo inventado por Vitti com Marcelo Mastroianni em "La Notte", o vai-vem de emoções e caminhos percorridos também por Monica Vitti pela paisagem industrial de Deserto Vermelho, as dúvidas de Giancarlo Gianninni e Laura Antonelli em o Intruso, as relações das mulheres com um realizador em "Identificação de uma mulher" ou o mais comercial de todos "Blow Up" fazem parte dos prazeres de qualquer cinéfilo e não de consumidores de filmes que mascam pipocas.
João Lopes, hoje, nas suas crónicas imperdíveis no DN conta o episódio do concorrente do Quem Quer ser Milionário que dizia que Antonioni era um «chefe mafioso». Pobres as pessoas que não têm um pingo de cultura.
Como diz JL, Antonioni «mudou o modo de retratar o quotidiano e a sua banalidade. E mostrava que cada instante humano está habitado por uma vertigem de incertezas e mágoas».
Antonioni é um realizador que faz arte com as emoções humanas, não dá tiros nem prodígios visuais e nunca se preocupou em dar vida a heróis da BD para consumo de trogloditas com pouca inteligência para pensar. Comprem a Aventura e vão ver um mundo de incertezas, de leituras várias. Gosto de arte, gosto de cinema.
Antonioni numa sua biografia dizia, acerca do Eclipse, outro genial filme com Alain Delon e Monica Vitti, que «procuro vestígios de sentimentos», o grande drama das sociedades modernas que apesar das redes sociais (ainda não havia nesse tempo) acentuaram o drama da solidão.
Ver Jack Nicholson pelos desertos de Almeria, em Profissão Repórter; o diálogo durante o jogo inventado por Vitti com Marcelo Mastroianni em "La Notte", o vai-vem de emoções e caminhos percorridos também por Monica Vitti pela paisagem industrial de Deserto Vermelho, as dúvidas de Giancarlo Gianninni e Laura Antonelli em o Intruso, as relações das mulheres com um realizador em "Identificação de uma mulher" ou o mais comercial de todos "Blow Up" fazem parte dos prazeres de qualquer cinéfilo e não de consumidores de filmes que mascam pipocas.
João Lopes, hoje, nas suas crónicas imperdíveis no DN conta o episódio do concorrente do Quem Quer ser Milionário que dizia que Antonioni era um «chefe mafioso». Pobres as pessoas que não têm um pingo de cultura.
Como diz JL, Antonioni «mudou o modo de retratar o quotidiano e a sua banalidade. E mostrava que cada instante humano está habitado por uma vertigem de incertezas e mágoas».
Antonioni é um realizador que faz arte com as emoções humanas, não dá tiros nem prodígios visuais e nunca se preocupou em dar vida a heróis da BD para consumo de trogloditas com pouca inteligência para pensar. Comprem a Aventura e vão ver um mundo de incertezas, de leituras várias. Gosto de arte, gosto de cinema.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Desaprendizagem
Vou partilhar uma história convosco.
Entendo que na comunicação, como em tudo na vida, é necessário tentar compreender a natureza humana. Mas há quem não perceba nada disso.
Uma vez fui a uma reunião, acompanhado de uma criatura, com uma pessoa que pouco falava inglês. Como a coisa dependia de mim, correu bem.
Mas no final, a criatura, tentando gerar alguma empatia (algo que nunca conseguiu) dispara para essa pessoa que não percebia nada de inglês: «nesta relação win-win quando é que damos o kick-off?».
Compreensão da natureza humana: Zero. Empatia: Zero. Inglês fantástico...
Entendo que na comunicação, como em tudo na vida, é necessário tentar compreender a natureza humana. Mas há quem não perceba nada disso.
Uma vez fui a uma reunião, acompanhado de uma criatura, com uma pessoa que pouco falava inglês. Como a coisa dependia de mim, correu bem.
Mas no final, a criatura, tentando gerar alguma empatia (algo que nunca conseguiu) dispara para essa pessoa que não percebia nada de inglês: «nesta relação win-win quando é que damos o kick-off?».
Compreensão da natureza humana: Zero. Empatia: Zero. Inglês fantástico...
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