Quem anda na política sabe como tão importante é para o homem que faz carreira política a imagem da sua mulher.
Muitos dos valores que se transmitem são vistos pela opinião pública através de percepções subliminares, muito mais do que por ideias e práticas objectivas.
A imagem familiar de um político gera sentimentos de proximidade ou repulsa, dá votos ou perde votos.
O que se passa em França tem sido um show cuidadosamente encenado desde o início. Nicolas Sarkozy, um político que admiro há muitos anos, preparou a sua corrida ao Eliseu com profissionalismo. Quando enfrentava uma bela mulher, Ségolene, casou com outra ainda mais bela mulher, Carla Bruni.
O problema das coisas encenadas, para lá de serem naturalmente pouco naturais, é que se não são controláveis, facilmente descambam para um alerta máximo e um "damage control" permanente.
Sarkozy vive uma das maiores quebras de popularidade de sempre e muitos auguram que será o segundo presidente francês, antes Giscard D`Estaing, a não conseguir a reeleição.
Carla Bruni, pelo seu passado, já se sabia que era uma mulher "incontrolável". Agora, sairá um livro «Carla, uma vida secreta» que promete fuzilar a escassa reputação actual de sarko.
O livro é escrito precisamente pela mulher contratada, Besma Lahouri, para remodelar a imagem de Carla. Que aparece como fria, calculista e devoradora de homens.
Sarko devia ter adivinhado que Carla Bruni é uma mulher grande (10 cm a mais do que ele) mas não é uma grande mulher. Pelo menos para um político.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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