Ainda não tinha escrito sobre este caso de Manuel Maria Carrilho, a sua saída da UNESCO.
Logo de início afirmo que abomino esta figurinha. E tenho a certeza que em termos de popularidade junto dos portugueses ela deve ser residual.
É um pavão, uma espécie de Rei-Sol do Arco Cego, bairro onde ele vive. Na sua passagem pela Cultura e depois por uma candidatura fraquíssima à Câmara de Lisboa nunca soube granjear simpatias, e isso num político é mortal.
Com os media, apesar de ter uma belíssima mulher, a sua relação sempre foi péssima. E também na política a comunicação é fundamental. A sua imagem de pedante não passa junto das pessoas.
É um homem com uma perspectiva solipsista da sua figura e agora parece que quer passar esta ideia. Se me perguntarem quem é que eu acho que mente neste processo, Amado ou Carrilho, naturalmente acho que é o segundo.
Ao ver este fim-de-semana Carrilho e a sua família a passear lembrei-me de uma história: eu também vivo no bairro do Arco Cego, um dos mais tranquilos e familiares de Lisboa. Na altura da sua candidatura à capital contavam-me aqui as forças vivas: «ninguém gosta dele. Nem no café onde vai o suportam. Abre o jornal no balcão, ocupa espaço e fica ali a pastar para ser visto».
Quando o povo tem esta opinião, já sabemos que é muito difícil a sua sobrevivência no universo mediático. O povo habitualmente não se deixa enganar.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
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